That's alright, that's ok escrita por RosaDWeasley


Capítulo 5
Sol


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curto e triste, porém necessário

Boa leitura mores :)



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— Deixa tio Ron descobrir viu Rosita, que você tá namorando o Malfoy – ela largou a colherada de sopa para olhar incrédula para James.

Scorpius riu, já havia se passado alguns dias do baile e ele simplesmente não conseguia desgrudar dela, queria ficar ao máximo ao lado da ruiva antes de voltarem para suas casas para as festas.

— Não amola sua prima James, estamos de boa, mas qualquer eu mesmo conto pro seu tio – deu uma piscadinha para a ruiva quando ela o olhou assustada e fez o pequeno grupo rir, assoviar e bater palmas o atormentando.

— Você conseguiu as notas de aritmancia? – Rox perguntou e ele assentiu.

— Por acaso vou encontrar a professora daqui a pouco – ele se virou e abriu a bolsa para pegar o trabalho que tinha na bolsa – ei Rose, me empresta seu livro de aritmancia avançada, esqueci o meu – pediu e a garota assentiu tirando o dele da bolsa, ao revirar a mochila para guardar o livro de Rose viu, outra carta a pegou olhando intrigado.

— Outra carta!? – Albus exclamou incrédulo, Rose o olhou rapidamente, mas voltou a atenção para a sopa, Lily, que viu toda a dinâmica da atriz, quis gritar com ela, mas se calou, suspirando e voltando a comer sua sopa, agora com raiva.

— É a sexta – ele falou dando de ombros – você se incomoda Rose? – perguntou e a menina apenas negou dando um sorriso sem jeito.

— Viu só! Eu não falei que a Hannah que era idiota! – Albus exclamou e o loiro apenas riu, se levantando.

— Vou indo, depois nos vemos? – Rose assentiu e Scorpius lhe deu um beijo no rosto.

Enquanto ele andava calmamente até a sala da professora abriu a carta, não havia muito escrito ali, mas ele era capaz de sentir a dor.

“Sabe o que é incrível?

Eu já te vi com várias garotas, na verdade mais sou que vocês estava as ‘pegando’ do que ver mesmo.

Apesar de sempre incomodar, nunca havia de fato doído.

Porque você nunca havia oficializado nada.

Mas agora é diferente, com Hannah você oficializou, mostrou para a nossa sociedade que está namorando, tem sentimentos por ela.

Apresentou a garota para seus amigos.

E eu? Não tenho palavras para descrever o que eu sinto, só quero achar uma forma de matar esse sentimento no meu peito, porque dói!

Tenho que me livrar dele porque sei que você nunca será meu, que nunca me olhará assim, que é impossível pra mim.

Dói de infinitas formas”

Aquelas cartas intrigavam Scorpius, parecia que se ele soubesse quem era, tudo se resolveria, era essa sensação que ele tinha e não saber estava acabando com ele.

A visita a sala da professora havia sido rápida, ele entregou seu ultimo trabalho e a jovem senhora parecia bem satisfeita com ele.

— Estude mais um pouco esse livro Scorpius e não terá dificuldade de lidar com a matéria no próximo semestre – indicou e o menino acenou concordando, contudo ao guardar as coisas na mochila derrubou o livro de Rose, ao cair o livro ficou aberto na última capa, onde havia um desenho, Scorpius o pegou, olhando confuso.

— Está tudo bem, querido? – a professora o tirou do torpor e o menino apenas assentiu saindo da sala.

Na última capa do livro, do lado interno, havia um sol desenhado e na página ao lado vários desenhos de sol em miniatura, o mesmo desenho que ele vinha vendo por seis semanas, riu incrédulo, seu coração ao pulo, não podia ser verdade, mas ao olhar a pagina direito no canto, havia a constelação “Scorpio” desenhada, foi como se as engrenagens se encaixassem na mente dele, a timidez, o distanciamento, as aulas, a forma como parecia que ela o conhecia perfeitamente, ela ter passado mal quando ele recebeu a primeira carta, Albus dizendo que conhecia o poema da última carta...

E de repente, ele estava com raiva, se sentia traído, enganado, a passos duros caminhou até a torre de astronomia, ela estaria lá, era o lugar que vinham se encontrando todas as noites com o fim das aulas e ele não estava errado, Rose estava sentada ao lado da porta da varanda que ainda se encontrava fechada, quando o viu ela sorriu.

— Não fui lá fora porque não conheço o seu feitiço, precisa me ensinar... – parou de falar ao ver a expressão séria do loiro – aconteceu alguma coisa?

Ele apenas estendeu o livro pra ela – abra a capa de trás – pediu sério, ela pegou e abriu, ao reconhecer seus próprios desenhos, o coração bateu na garganta e engolindo em seco ela o olhou, não lembrava que era nesse livro que estavam os desenhos.

— Scorpius, eu...

— ERA VOCÊ! ESSE TEMPO TODO SEMPRE FOI VOCÊ!!! – acusou enquanto andava se um lado para o outro, se sentindo ferido.

— Porque você está tão bravo?

— Porque? PORQUE?! Você me viu receber essas cartas por semanas, me viu ficar agoniado tentando descobrir quem era, pra que você armou esse circo Rose? Pra que as aulas, as cartas e todo o resto? PRA QUE?

— NÃO FUI EU! – Agora ela já chorava, nunca o tinha visto tão bravo.

— Não foi você que escreveu, vai negar?

— Eu não enviei! Eu nunca enviei essas cartas! – ele parou o olhando cada vez mais confuso, depois se aproximou dela e disse coisas das quais ele se arrependeria depois.

— Sabe por quanto tempo eu achei que você me odiava? Sabe por quanto tempo eu tive medo até de olhar pra você? Porque nunca me contou? Porque essa palhaçada toda? Eu não sou uma marionete que você usa como quer Rose! – ele estava furioso.

— Scorpius por favor, eu não fiz nada, não é minha culpa – pediu, já hiperventilava, os sentimentos confusos e intensos a sufocando, o loiro, alheio em seus próprios sentimentos riu, a aplaudindo irônico.

— Sabe o que é pior? Faz semanas que eu estou gostando de você e tive medo de você não estar gostando de mim de volta!

— Scor, por favor...

— Sabe como eu estou me sentindo? Traído! Você teve inúmeras chances de me dizer, principalmente agora e você escolheu que eu continuasse sendo feito de idiota! E pior, na frente de todo mundo!

— Não foi assim, não é assim que funciona para mim... – falava aos soluços o corpo todo tremendo.

— Mas é assim que funciona para mim! – ele deu as costas para sair, ela se desesperou.

— NÃO SAI ASSIM! – gritou desesperada.

— Saio, porque não aceito ser feito de idiota, aproveita – tirou a carta da bolsa e jogou aos pés dela, o corpo da ruiva pulava de tanto que ela chorava – e faz o que você disse que ia fazer ai, arranja um jeito de matar esse sentimento – e com o coração aos pulos saiu, sem olhar pra trás.

— SCORPIUS! – ela caiu de joelho abraçando o próprio corpo, chorava compulsivamente, as lagrimas molhavam a carta embaixo dela, não conseguia respirar, com as últimas forças ela guardou a carta e enviou um bilhete a Albus, pedindo para encontrá-la que estava em crise, se arrastou pelos corredores, a falta de ar cada vez mais forte, o peito cada vez mais acelerado.

Quando Albus a encontrou correu até ela a abraçando.

— Me ajuda..- foi o pedido antes dela desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Meu coração ta apertaaaaaado, mas vamos ter fé que tudo irá se resolver.

Comentem please!