I'm Not Alone - CIP escrita por Casais ImPossíveis


Capítulo 1
Capítulo Único - Eu Não Estou Sozinha




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Adora abriu os olhos sentindo que havia algo errado. Levou alguns segundos até acordar o suficiente para entender o que exatamente, pois ainda era alta madrugada e o sono a deixava um pouco atordoada, mas logo percebeu que o que faltava na cama era Felina.

Com calma a loira se levantou. Aquela não era a primeira vez e com certeza não seria a última que isso acontecia, então ela já sabia exatamente para onde ir: a varanda do quarto onde se podia ver o céu de Lua Clara, tão diferente da Zona do Medo.

— Acho que eu devia por grades na cama pra garantir que a gatinha vai parar de fugir. — Adora brincou, cruzando os braços e se apoiando no batente da janela.

— E eu acho que você deveria voltar a dormir. — Felina resmungou com o tom ríspido de costume, mas fez questão de se virar e sorrir para mostrar que estava só brincando também. — Olha... Eu estou bem. Pode descansar, eu vou daqui a pouquinho.

— Desculpa, mas em Lua Clara você vai ter que lidar com apoio emocional. — respondeu rindo e indo se sentar ao lado dela. — O que houve? Teve um pesadelo?

— É sério, Adora. Eu não quero conversar e você tem que dormir.

— Poxa... Eu acho que não sou boa em fazer os outros se abrirem. — Adora fingiu uma expressão triste. — Isso parece um trabalho para os Melhores Amigos Pra Sempre. É melhor eu chamar a Cintilante e o Arqueiro.

Quando ela ameaçou levantar, Felina a segurou pelo braço, gritando. — Não! Por favor, não. Eu aturo esses doidos durante o dia e até estou aprendendo a gostar deles, mas aguentar as baboseiras melosas do Arqueiro a essa hora não, por favor.

— Okay. Mas de mim você não pode fugir, então bora conversar.

Aff, tá bom! — Felina revirou olhos e enrolou o rabo ao redor das pernas. — Não foi um pesadelo. Não exatamente pelo menos. Foi um sonho que me deixou... Pensativa.

— Me conta. Vai te fazer sentir melhor.

— No meu sonho eu estava de volta na Zona do Medo, mas não como Capitã da Força. Eu era tipo a nova Hordak da parada. — murmurou se encolhendo um pouco mais. — Eu não sei explicar como me sentia sentada naquela cadeira no todo da escada. Não era mal, mas não era bom também. Era... Frio. E solitário.

— Nossa. — Adora sentiu um arrepio percorrer o corpo só de imaginar um destino que acabasse assim. — E aqui? O que você sente aqui?

— O que eu sinto? — Felina bufou e riu. — Eu me sinto... Perdida. E com medo. E feliz. Porque eu tenho tanta certeza? Eu nunca me encaixei em lugar nenhum, eu nunca... Nunca fui realmente feliz. Agora eu estou aqui no último lugar que eu pensaria em estar, convivendo com pessoas que antes eu odiava e pela primeira vez eu sinto de verdade que posso estar começando algo de bom. Isso é tão... Confuso.

— Mas isso é uma coisa boa. — a loira sorriu e pegou as duas mãos de Felina, tomando cuidado para não se machucar com as garras afiadas. — É estranho, eu sei. Só que... A gente se acostumou a viver uma vida tão medíocre na Zona do Medo, qual o problema de se acostumar a viver uma vida boa? Você tá aqui, tá bem e tá comigo depois de tudo de horrível que a gente passou. E não precisa sentir falta da ação, daqui algumas semanas, meses no máximo, a Entrapta vai conseguir entender toda a tecnologia do Mestre da Horda e vamos poder viajar pelo espaço, levar a magia de volta ao universo. Juntas.

— Isso é muita loucura. — respondeu com um sorriso de canto. — Mas você tem razão, eu acho que posso me acostumar com isso.

— E me beijar sempre que quiser é um baita de um bônus, eu aposto.

— Como você é idiota! — Felina empurrou o ombro de Adora e riu.

— Isso quer dizer que você tem um péssimo gosto pra namoradas. Só não é pior que o meu. — provocou, pois não importava se estavam de bem, a implicância sempre estaria ali.

As duas começaram a se empurrar e brincar um com a outra, Felina começou a gargalhar inundando os ouvidos de Adora com aquele som que era o seu favorito no mundo. Era tão bom estar com ela de novo, o amor de sua vida que só demorou uma guerra para deixar de ser cabeça dura e admitir que a amava.

No fim as duas estavam caídas no chão, uma ao lado da outra, recuperando o ar depois de tanto rir. Então seus olhares se encontraram, sorrisos sinceros e apaixonados estampavam ambos os rostos. Felina rolou para cima de Adora e a beijou com carinho, logo sentindo as mãos dela em sua cintura.

Aquilo era felicidade.

A felicidade de saber que não estava mais sozinha.


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