Casamento da Morte escrita por HatsuneMikuo


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Perdão pelo capítulo, mas este terá apenas conversas.



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Conversando com o espelho como se eu já o tivesse visto antes
Ele disse que eu pareço familiar, será que nos encontramos na outra noite?
Alguém me disse uma vez que na vida existem dois lados, qual é o seu?
Acho que acidentalmente deixei a escuridão devorar a luz
E por causa disso

Eu rezei, rezei, e Deus me enviou direto para o correio de voz
É como se durante o dia inteiro minha vaidade estivesse à venda
Tire isso de mim, minha cabeça está no meu próprio inferno

Missio - Sing to me 

No caminho para a mansão Isaak liderava o cavalo enquanto Camus e Eiri cuidavam de Hyoga no colo da moça. 

O jovem vestia o casaco e o sobretudo de Camus, dormindo no colo da jovem que não se importava dele está sujo ou fedendo. Camus segurava a lamparina a óleo acesa próximo dos dois numa tentativa de aquecer o jovem.  

Eu nunca mais vou beber com Hyoga, nunca mais.— Puxava assunto para descontrair depois de uma noite bem tensa. 

E eu nunca mais deveria deixar vocês dois sozinhos.— retrucou o ruivo.

— Ah Camus, foi só um acidente de despedida de solteiro. O que mais aconteceria fora isso? 

— Eu realmente desisto de cuidar de vocês. Vocês dois conseguiram em uma noite extrapolar minha paciência de 30 anos... E Isaak, quando chegarmos você tomará um banho, estas fedendo a urina. 

— Eu, não... tive, culpa. Camus!— disse com o rosto todo vermelho - E você está me devendo por ter duvidado de mim. Minha mão está te aguardando. 

— Meu pai amado, apenas esqueça isso. Isaak - disse deitando -se apoiando suas costas na parede da carroça.  

Não, esqueço não. Eu ainda vou devolver na mesma moeda. - isaak esfregou a palma de sua mão na sola da bota antes de espalma-la mostrando ao mais velho. 

Eiri riu, e os dois se calaram, eles se esqueceram da presença da menina. 

A moça tinha os cabelos soltos do habitual coque, Camus observou-a abraçando o loiro com ternura. Naquele momento Camus confirmou para si mesmo que a jovem é uma esposa mais do que perfeita para seu pupilo. 

— Senhorita Eiri, devo dizer com sinceridade que fiquei surpreso com a sua coragem e valentia. 

— Sim! Eu fiquei muito surpreso, senhorita. E Camus, confirmei agora que você não possui medo algum! 

— Sim senhor Camus. As coisas que ouço do senhor é que és um exemplo de um homem perfeito. 

— Bobagens crianças. Eu ainda sou um ser humano. Naquela hora eu estava pensando apenas em proteger Hyoga e vocês dois. Eu não pensava em mim... - suas lembranças o levaram para a imagem de uma mãe feroz pronta para dar sua vida para proteger sua ninhada, mais precisamente uma loba. Camus não se sentia prestigioso, tivera que usar suas cartas e abusar da persuasão e da agressão psicológica o qual estava acostumado a usar contra a noiva cadáver, não esperava que funcionasse, mas no final deu certo. - Tudo o que falam de mim é apenas expectativas bem arredondadas para mais, você sabe disso Isaak. 

Camus ajeitou-se na carroça para ver como Hyoga estava, ele não havia mais sinal de dificuldade para respirar normalmente, pôs sua mão em sua cabeça e afogou seus dedos entre os fios de seu cabelo. 

Hyoga e Isaak eram muito importantes para ele, Isaak não era seu irmão de consanguíneo, quando pegara no colo pela primeira vez tinha apenas 16 anos. Não tinha idade para chama-lo como seu filho, cuidara dele como seu querido irmão mais novo. Anos mais tarde, no início de sua carreira de pedagogia, Hyoga aparecera em sua vida quando ele tinha apenas 6 anos como filho de seu cliente, era a criança mais tímida e com uma personalidade impenetrável, era um pouco menor que Isaak. 

Hyoga tinha presenciado o falecimento de sua mãe, e estava em estado de choque, nem falar normalmente ele conseguia. 

A criança era muito apegada a mãe. E não possuía nenhum contato ou relacionamento com o pai e os irmãos mais velhos de parte de pai. Camus tivera a responsabilidade de educa-lo e "cura-lo" do trauma para ser apresentado como um filho de respeito. 

No primeiro ano Hyoga mal falava, quem o conhecesse apenas de vista pensaria até que a criança fosse mudo. 

Lembrava-se quando apresentou Isaak ao menino pela primeira vez, e de quando o pequenino se perguntava se poderia ver o outro mais vezes na semana, anos passaram-se e os medos de Hyoga foram diminuindo, e a amizade dele com Isaak aumentando. E Camus subiu de grau em sua carreira como o ilustre. 

Não olhava Hyoga como seu cliente, deixara de considera-lo como tal logo em seu primeiro encontro com A criança. 

Camus se lamentava por não considerar Hyoga como seu filho, ou se pudesse até mesmo como seu irmão mais novo. Mas o ruivo se contentava apenas na relação ser de mestre e aprendiz. 

"—Ah... Hyoga, Isaak. Se soubessem o quão importante vocês dois são para mim..." 

Hyoga tem sorte de ter uma mulher como você como esposa, senhorita Eiri. 

— Não diga isso senhor Camus, eu fico um pouco sem graça. .. embora eu sempre fui educada para ser uma boa esposa... eu serei a melhor esposa do mundo para Alexei. 

Isso sem dúvidas você mostrou ser.— disse Isaak. 

Oh... - Eiri sentiu Hyoga se mover seu a braços a abraçando em seu colo, depois mexer a cabeça de posição procurando saber onde estava. - Senhor Alexei, você acordou? 

 Eiri...?— disse sonolento, sentia bastante enxaqueca e suas costas e pescoço doíam de mal jeito. 

— Hyoga, diga como está?— disse Camus 

— Camus...? Onde estou.— Pôs as mãos no chão de madeira do local e descobriu ser na carroça de Isaak. 

Não se preocupe, Hyoga, estamos indo para casa. Descanse. 

Hyoga levantava-se do colo de Eiri e sua visão ficava escura e turva repentinamente. Olhou para garota sua frente. 

— Senhorita Eiri.. você... seus cabelos estão soltos. - A moça tímida passava as finas mãos pelas madeixas onduladas sem jeito. Era a primeira vez que ficava com eles solto desde que era criança. O rapaz dando-se conta que não podia ficar daquela maneira, tentou se levantar, mas estava fraco e tonto.  

—Hyoga, acalme-se, descanse até chegarmos à mansão.  

—Camus... Eu não posso...  

—Hyoga, fica frio aí cara, você passou por muita coisa hoje. - pediu Isaak vendo de costas a situação.  

De fora do colo da moça, Hyoga tentava se situar onde estava. Cochilou um pouco e não lembrava de mais nada, seu estomago estava estranho, seus pés doíam e os músculos das duas pernas queimavam, seus olhos esquentavam e lágrimas teimavam em molhar os cílios. Lembrou-se de quem estava ao seu lado a pouco tempo. Estava confuso, era muita coisa pra sua cabeça.  

Éris 

— Isaak... A Éris... Ela... — Agoniava-se, o escuro da noite e a pouca luz do lampião deixava-o em pânico.  

Hyoga, calma.— Camus se viu no papel de tentar conter o menor. De início foi segurando seus braços, Isaak parou a carroça por instantes para parar de balançar, O mais velho pôs a cabeça do menor em seu colo e abraçou ternamente seu pescoço o fazendo se deitar novamente no piso. - Calma... Calma, estou aqui.  

— Camus, você não entende- chorava - Ela não pode ficar longe, eu não posso deixá-la...  

Ele está sob feitiço da bruxa...— disse Isaak e Camus o repreendeu apenas com o olhar. Eiri ficou calada observando tudo com um fio de medo em seu estômago.  

Hyoga desabafava de chorar em seu colo até que foi parando aos poucos, rendido por um sono que não foi pego naquele dia, entre soluços ele chamava pelo nome da fantasma e pelo nome do tutor.  

Era impossível voltar a fazer o cavalo andar sem balançar a carroça e acordar o mais novo, mas precisavam retornar ao caminho da mansão após Hyoga cochilar.  

Senhor Verseau...— pediu Eiri. - Alexei ficará bem?  

Apenas faça uma prece em oração para quebrar o feitiço do encantamento... Ele ficará bem senhorita Eiri.  

Isaak nada falou o trajeto inteiro, não sentia que era o momento de suas piadas quebra clima, apenas decidiu que jamais iria beber com Hyoga novamente.  

A moça guiou pelo caminho inteiro até chegar na residência de sua família, e estranhou as luzes estarem acesas e uma certa movimentação do lado de fora. Isaak se perguntou do que estava acontecendo.    

Camus fez tudo o que tinha de direito, revirou os olhos, praguejou e suspirou bem fundo. Não haveria um único momento de paz naquele dia...  

...


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Notas finais do capítulo

O que será que aconteceu?
Estarei atualizando a história a cada duas semanas, estou terminando de escrever a história.



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