La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 22
Capítulo 22 - Strange things!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
(:



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22 – Strange things!

PDV EMILLYA

Eu nunca fui de ficar quieta.

E ficar em cima de uma cama pagando uma de inútil, não estava dando para mim! Mas era isso ou Pete me quebrava na bordoada. Metaforicamente falando! Suspirei de tédio uma vez mais.

-Que estranho... – Pete entrou no meu quarto com uma garrafa de 2L de água. Cheia!

-Que foi? – perguntei. Eu já não estava tao rouca assim.

-Ligaram aqui em casa... atendi e sem dizer nada, desligaram na minha cara. – contou e me olhou preocupado. – Tem certeza que vai ficar bem!?

-Tenho... qualquer coisa, eu subo e fico com Dorothi! – falei dando um sorriso tranqüilizador.

-Você não vai encher o saco dela! – suspirei. ESSE, com certeza, era um defeito de meu irmão. Ele se preocupava demais com o que não era da conta dele. E isso me irritava!

-De qualquer forma, íamos assistir TV no velho sofá dela, como fizemos varias vezes... – falei indiferente. Ele já ia abrir a boca, quando o cortei. – Mas eu vou ficar aqui, mofando e criando raízes!

-Exagerada. – riu se sentando na beirada da cama. – Tá vendo isso? – apontou a garrafa. Assenti. – Essa garrafa é seu novo namorado!

-O QUE!? – meu grito saiu mais agudo do que o natural.

-É... eu gosto dele! É perfeito, não acha? Ele não anda, não fala e ti hidrata. Há namorado melhor? – eu o olhava descrente.

-Oh meu Deus. Devo me preocupar em ti levar a um neurologista ou ainda é cedo? – falei sentando-me.

-E quando eu chegar é bom esse seu novo namorado estar vazio! É como se a cada “beijo” você o sugasse... – disse entregando-me a garrafa.

-Tá, né... – murmurei. – Geralmente os médicos mandam não contrariar...

-O que disse? – perguntou. O lancei um olhar inocente demais. – Deixa quieto, eu to quase atrasado! Eu volto tarde hoje, vou fazer hora extra! – disse dando-me um beijo na testa.

-Tudo bem, vai sem pressa. – falei e o vi sair relutante do quarto. Ainda sentada fiquei ouvindo os barulhos na sala e o bater da porta.

Coloquei meu “namorado” sobre o criado mudo e deitei novamente. Fitei o teto onde tinha desenhos em espirais em um roxo escuro, dando destaque à parede lilás clara atrás da cabeceira da cama. O resto do quarto era de um tom lavanda. As cores entravam facilmente em harmonia.

Suspirei e fechei os olhos.

[...]

Olha que emoção, tirei um cochilo. De meia hora! Agora estou irritadiça por causa disso, que maravilhoso. Esplêndido. Fabuloso. Sentei na cama, coçando os olhos com as mãos. Espreguicei-me e após, bocejei alto.

Ficar sozinha em casa é a coisa mais tediante da minha vida! Levantei-me e fui ao closet, pegar uma roupa descente. Tirei a parte de cima do pijama azul claro de botões, jogando em qualquer canto. Vesti uma blusa fina de mangas comprida verde clara, uma camiseta preta por cima e para fechar uma blusa de lã num tom pastel.

Tirei a parte de baixo do pijama e substitui por um jeans escuro. Eu não queria calçar tênis, por isso, calcei minhas pantufas confortáveis e quentes. Na ponta de cada uma tinha a cara de um sapinho e por conseqüência, elas eram verdes. Já ia saindo do quarto, quando olhei para trás.

Meu “namorado” me encarava.

Dei meia volta e o peguei, seguindo para a porta de saída. Resolvi não trancar, nunca na historia do prédio houve assalto. Caminhei para o elevador. Houve um curto espaço de tempo, ate eu chegar ao andar onde morava. Toquei a campainha.

Houve murmúrios lá dentro. Um riso e passos. Esperei ansiosa. A porta se abriu.

-Oi! – disparei assim que vi Nelly abrir a porta.

-Ora vejam... que bom tê-la aqui! – ela disse abrindo os braços e dando-me um caloroso abraço. – Porque sumiu? – perguntou assim que me botou para dentro do apartamento.

-Problemas de saúde. – respondi dando de ombros. – Odeio minha baixa imunidade!

-Ah... deve ser por isso que esta um pouco rouca então? – Nelly ainda envolvia meus ombros com seu braço. Entretanto, ela não me deixava saída para perguntar de quem mais eu queria.

-Sim... estava com inicio de...

-Mãe, quem era? Eu... – as palavras congelaram tanto na minha quanto na garganta dele. Nos fitamos. – Oi.

-Ola. – respondi com um esboço de sorriso no rosto.

-Agora meu bem, responda-me... – ela atraiu minha atenção. Fiquei tensa. Nelly é uma pessoa que não teme nada e por isso fala o que quer. E eu não queria morrer de vergonha na sala da casa de Rich. – Pra que essa garrafa?

Olhei para baixo e vi o jeito que eu estava agarrada ao recipiente. Eu ri, relaxando. Ela me guiou ate a sala, onde Richard havia se sentado a pouco tempo, no canto do sofá. Nelly também se sentou e me jogou pro meio, deixando-me perto dele. Resolvi responder a pergunta da minha sogra. Quer dizer... da mãe dele!

-É uma longa historia... – comecei.

PDV LUKE

A manha estava gélida.

E eu não pude deixar de me preocupar com Ann. Ela só vestia uma camiseta e uma calça de moletom. No meu armário, procurei por uma blusa minha, bastante quente para ela. Eu não a queria doente!

Achei uma blusa de lã grossa num tom de azul desconhecido de gola alta. Dei a ela.

-Não precisava... – disse vestindo a blusa. Ficou enorme nela e eu não gostei de uma coisa. Eu gostava de olhar o pescoço dela e resistir ao pecado. Mas ele estava coberto! ¬¬

-Tudo bem, mas eu também não gostei dessa blusa! – a abracei.

-Ham? – soltou confusa, com o rosto escondido na base do meu pescoço. Apoiei a cabeça na sua e beijei seus cabelos.

-Gosto do seu pescoço... – falei naturalmente, mas com medo de assustá-la. Eu não sabia ate que ponto ela agüentava. – E ele esta coberto!

-Ah... – riu saindo de perto de mim e indo em direção a porta. Mas não largou minha mão. – Fala serio!

-É serio. – teimei. Annie me arrastava pelo corredor. – Deixe-o a mostra, por favor! – implorei. Ela parou de andar e olhou para trás, com o ar risonho.

-Esta fazendo um biquinho? – perguntou. Seu olhar se tornou descrente e seu sorriso debochado. – Deixa de ser mimado, Luke! – e voltou a caminhar para a sala. Eu ri e a segui.

-Não estou sendo. – teimei novamente.

Sentei-me no sofá, fazendo-a se sentar ao meu lado. Ann escorou seu frágil corpo na lateral do meu ao por as pernas para cima do sofá. Passei um braço por ela e liguei a TV quando Annie apoiou a cabeça nesse mesmo braço.

Eu não queria saber do mundo. Ele que se ferrasse agora, eu não estava nem ai. Tirei do canal de noticias e botei em um onde se passava um filme. Eu tinha a impressão de já tê-lo visto em algum lugar...

A cena do filme era a seguinte: a garota mexia na sua bolsa e olhou por cima do ombro encarando um rapaz estranho. A câmera focou nele por segundos. E voltou a atenção para ela, que continuou mexendo na bolsa. Uma van entrou no estacionamento enlouquecida.

-Ah... – Greg entrou no apartamento com cara de assustado, fechando a porta e se apoiando nela. – Estou morrendo de medo de sair na rua!

-O que foi? – perguntei o olhando com a testa franzida.

-O que diabos você esta assistindo? – ele olhou a TV com raiva. Voltei meu olhar para ela a tempo de ver o cara segurando a van com as mãos, para evitar que esmagasse a garota. – Desliga já isso!

“PLIC”

E ele mesmo desligou a TV. Annie o olhava confusa. Fitou a TV, depois Greg, após me fitou. E ficou alternando entre nós três, ate parar seu olhar sobre mim, fazendo cara de duvida.

Ele é sempre assim?” perguntou pela sua mente. “Assim, tao confuso e elétrico?!

Na maioria das vezes...” dei de ombros. “Sim, pode se acostumar!

Ele é engraçado!” e prendeu um sorrido. Bom, eu não agüentei e ri alto, chamando a atenção do “assunto” e fazendo-o arquear as sobrancelhas.

-O que eu perdi? – perguntou com os olhos em fendas. Annie, como se estivesse acostumada a se fazer de inocente, desviou os olhos da TV e olhou o teto do outro lado da sala. Danadinha!

-Nada. – neguei com naturalidade. – Porque desligou a TV?

-Porque é nesse filme onde nós brilhamos! E isso é uma blasfêmia das grandes. – ele disse e se irritou mais ainda. – Eu não sou um diamante ambulante, ok?

-Ér... – eu não tinha palavras. Annie soltou uma risadinha e de repente, pocou numa gargalhada alta. Eu não resisti e ri junto com ela. Mas então, tudo mudou!

Um cheiro...

Era diferente de tudo o que já tinha sentido! Eu não conhecia e logo Jackson se levantou e ficou na defensiva. O odor estava forte demais aqui dentro, indicava que o eminente perigo estava muito próximo. Annie ficou tensa!

Eu me levantei e, num movimento rápido, a empolerei em minhas costas. Rapidamente, ela enlaçou minha cintura com as pernas e, passou um braço por debaixo do meu e com o outro, passou pelo pescoço, segurando firme ao tentar não me sufocar.

Gregory e eu nos encaramos. O que era aquilo!? Dando cobertura um para o outro avançamos pelo apartamento. Como era inevitável, passei em frente à janela. Eu tinha que...

-Pare! – Annie disse. Congelei no mesmo lugar. Será que ela viu algo e eu não!? ¬¬ Pô, ela é humana! – Deixe-me descer... – pediu.

Relutante, fiz o que ela pediu. Devagar, ela pôs os pés no chão e voltou para a janela. Tombou a cabeça de lado e espalmou as mãos no vidro. Encarei Greg e ele deu de ombros. Aproximamo-nos dela.

-Não é a primeira vez que eu o vejo... – sussurou encarando a rua. Eu e Greg a flanqueamos. Eu do lado esquerdo, ele do direito. – Isso é estranho!

-Do que esta falando, Annie? – Gregory usou Aquele tom. Ela apenas franziu a testa, concentrada na rua. – Por favor, nos conte sobre isso!

-Eu... – ela parecia realmente incomodada. – Eu o vi! – e apontou para a rua. Assim que olhamos, um caminhão passou, tapando a visão da calçada. Mas foi por apenas 4 segundos e o caminhão sumiu. E não havia ninguém do outro lado da rua. – Ele estava bem ali...

Sussurou frustrada e perturbada. Eu estava sendo tao egoísta que só pensei que ao trazê-la para conhecer meu mundo, ela estaria em perigo somente por minha causa. Não pelos outros! E eu só me dei conta disso agora.

Você esta tendo uma revelação, não é? Pode dividir agora comigo...” Greg pensou com o olhar concentrado e distante.

-Eu juro que o vi! – Ann disse magoada, ainda com as mãos na janela.

-Tudo bem, acreditamos em você. – falei e a puxei para os meus braços, como se pudesse protegê-la para sempre ali. “Depois eu te conto...” mandei de volta a Greg, que ficou um tanto surpreso com minha nova habilidade.

Cada um estava imerso em pensamentos. Cada um em seu mundo. Annie estava agarrada a mim, perturbada por ter visto alguém que não vimos. Greg tentava entender o que essa pessoa podia ter contra nós. E eu pensando no quão burro fui, ao deixar Annie entrar no meu mundo.

Entretanto eu...

TOC, TOC, TOC.

Fiquei rígido e ela, tensa. Gregory deixou os olhos em fendas. Eu sabia que mesmo ele sendo um maníaco sexual, também sabia lutar tao bem quanto eu. Andou sem pressa ate a porta. Respirou fundo e a abriu.

-Eu não sabia onde procurá-la... – a voz era baixa. Mas reconheci a sonoridade: Hannah. – E você é vizinho dela.

-Quem é você?

-Hannah, sou irmã da Annie. Ela mora aqui do lado e... – ela aumentou o tom de voz. – Não que eu esteja me preocupando com ela, Aninha é grande e vacinada. Mas é que ela me deixou para fora de...

Três coisas aconteceram simultaneamente. Greg se apoiou na porta, dando uma visão clara de quem estava aqui dentro. Hannah se inclinou para ver o interior do apartamento e Annie afastou a cabeça do meu peito e olhou para a porta.

MERDA!” sua mente gritou.

-Rá, ai esta você! – e Hannah entrou marchando. – Onde esteve a noite inteira? Porque não me avisou!? Por conseqüência de não ter onde dormir, tive que perambular a noite inteira pelo bairro! Esse bairro é horrível!!!

Eu podia jogá-la pela janela, ai sim, eu teria a devida paz!” Annie pensou irritada.

-Desculpa. – simplesmente disse.

-Só vai dizer isso? – Hannah estava bufando de raiva.

-Não vamos lavar roupa suja na casa dos outros! – respondeu ríspida. E olhou gentilmente para mim. – Volto depois.

Tive medo de deixá-la partir, mesmo seu apartamento estando ao lado do meu. Eu não sabia o que poderia acontecer sem ela estar na minha presença. Lancei-lhe um olhar intenso, como se dissesse eu a amo!

Seu olhar suave dava a entender que me respondia eu o amo também! E ela saiu, levando a irmã irritada consigo. Sentei-me no sofá, pensando. O que diabos acabou de acontecer?!

FIM DO CAPITULO!

Personagens:

Hannah

Nelly

Gregory

Emillya

Annie

Sandy

Luke

Samantha (nao sei se a foto dela foi excluida)

Peter

Richard

Amsterdã



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Notas finais do capítulo

Os capitulos ficaram turbulentos... e mesmo hoje nao tendo atualização de #TVD, tem da fic! SHUHSUASHAUSHAUSA
Ah... quem quiser me seguir no twitter é @LuNandap e eu sigo de volta, ok?
Nao posso adiantar nada dos proximos capitulos, nem sequer um spoiler posso soltar.
Como podem ter percebido, tive que excluir o capitulo onde tinha os personagens. Eu postei nesse aqui de novo, ok?
TUDO o que foi citado na fic... (:
E quem esqueceu de dar o palpite no capitulo anterior, continue dando... hsuahsuahsauh'

bj =*



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