La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 14
Capítulo 14 - Mal estar...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/79122/chapter/14

N/a: no capitulo anterior, eu estava tao afobada que esqeuci de colocar as fotos dos carros... entao lá vai:

Carro da Annie:

Carro do Peter:

 

14 - Mal estar...
 
PDV GREGORY
 
Quase 72 horas sem sexo.
 
E eu estava subindo pelas paredes. Eu estava no bairro da "luz vermelha". Sabe, eu estava adorando, mas ainda não tinha achado aquela mulher para me divertir e matar essas horas sem graça que eu tinha a noite. Entrei num barzinho qualquer, onde uma musica erótica tocava alto.
 
Wow...
 
Minha mente começou a trabalhar no modo sádico e pervertido. Eu ia me esbaldar e ia provar para aquela Loira que é que manda na Europa. Vadia safada... quem ela pensa que é? Seduziu-me e depois, sem mais nem menos, me hipnotizou e fugiu. ¬¬ Cachorra... NINGUEM brinca com Gregory Jackson. Ninguém! Loiras, morenas, ruivas... brasileiras, americanas, asiáticas, australianas... todo o tipo! Tinha que ter uma do meu agrado...
 
-O que vai beber? - perguntou uma voz feminina com um sotaque espanhol muito atraente. Dei-lhe meu sorriso mais sedutor possível. Era essa!
 
Cabelos castanhos e enrolados, dona de olhos verdes alegres e sedutores e proprietária de um corpo exótico. Garanto que a roupa dela fez todo o serviço de chamar minha atenção. Espartilho preto e um generoso decote, calça de couro colada em suas pernas e mostrando o quão gostosa eram suas coxas, e salto alto revelando seu glúteo empinado. Eu iria seduzi-la... mas sem o meu dom!
 
-Martini, por favor... - falei e dei uma piscadela a ela. Sorriu, mostrando que tinha gostado. Ela se afastou.
 
-Tesuda, uma ajudinha, por favor! - um das garotas gritou. Estava vestida parecida com ela, a diferença era: ao invés de calça, era uma saia de pregas curtas e a bota cano super longo, que alcançavam suas coxas. Essa era levemente arruivada.
 
-Desculpa Master, ti vira sozinha, estou ocupada! - e entregou meu drink e retribuiu a piscadinha. Mordi o lábio inferior.
 
-Teu nome é Tesuda? - perguntei roucamente a ela, que limpava o balcão a minha frente. Esta olhou para mim, divertida.
 
-É um codinome! - explicou. - Posso ti dizer meu nome mais tarde... se quiser!
 
-E porque eu não iria querer? - perguntei bebericando meu Martini. E então, a "Tesuda" recebeu uma palmada nas nadegas de uma outra morena.
 
-Trabalha, Tesuda! - replicou gargalhando.
 
-E você acha que eu estou fazendo o que, M.? - respondeu alegremente. Eu já não estava mais agüentando, eu tinha que ter uma das garotas... e tinha que ser agora. A encarei com toda a malicia do mundo. - M?
 
-Sim? - a garota, que não passava dos 18 anos respondeu ao seu lado.
 
-Segura as pontas para mim...
 
Dei um sorriso vitorioso. Ela havia, de fato, entendido o recado.
 
-Vai voltar? - a mina nos analisou com a sobrancelha arqueada.
 
-Só amanha! - e riu. Em seguida, subiu em cima do balcão e pulou ao meu lado. Em um gole, terminei meu drink e ela me pegou pela mão e saiu me arrastando. É, hoje a festa esta garantida!

{n/a: Tesuda, Master e M não fazem parte da trama, mas... o Greg não sabe disso! Bom... como o mais importante é saber quem ele pegou, lá vai a foto da T: }

PDV EMILLYA

Maldita constipação!

Maldito organismo fraco!

Sim, eu estava amaldiçoando as centésimas gerações de quem descobriu a constipação e de mim mesma por ser fraca. Ódio! Eu não consegui chegar ate o meu quarto, por isso fiquei no sofá mesmo. Eu estava de olhos abertos, mas eles estavam embaçados e eu nao enxergava nem um palmo na frente do nariz. O negocio era ficar com os ouvidos atentos mesmo! ¬¬

-Hmm... - gemi ao sentir meu corpo ficar tenso por causa das dores. Panturrilhas, coxas, lombar, abdômen, costa, braços e cabeça. Simplesmente tudo. E então eu me arrependi de ter me agasalhado mal quando sai de casa, para ir ao treino e aquela maldita garoinha me acoito no meio do caminho. E eu fiquei como? ¬¬

Fechei os olhos para tentar amenizar a dor.

E como se tivesse levado uma pancada na boca do estomago, senti aquele inferno de náusea. Levantei num átimo e corri para o banheiro. Debrucei-me na privada e vomitei violentamente. Mas não tinha mais nada para por para fora. Era um esforço em vão! Inútil. E isso estava me matando. Pois meu estomago doía horrores e...

Senti mãos segurando meus cabelos.

Olhei para cima e vi Peter, com o semblante preocupado. Respirei fundo e fechei os olhos. Ele finalmente chegará! Um alivio para mim... Ele passou o braço por minha cintura, levantando-me. Minhas pernas estavam fracas e eu não conseguia me sustentar, por isso meu irmão me pegou no colo. Apoiei a cabeça eu seu ombro e deixei-o meu levar ate o meu quarto.

Logo senti o colchão sob mim. O frio do lençol foi o bastante para me causar calafrios. E num gesto atencioso, ele jogou varias cobertas por cima de mim. Eu queria me sentir quentinha, mas estava me sentindo ser mergulhada na água fria do Alaska. Tremi. Senti uma coisa ser colocada em minha boca. O termômetro! O tempo já não fazia sentido.

Fiquei levemente a deriva, mas...

-O que você fez? - ele perguntou. Sua voz não transmitia a raiva que eu estava imaginando.

-Nada... - sussurei roucamente. - Quer dizer... eu sai de casa um dia e... - parei para tomar fôlego. - e choveu um pouquinho e...

-E você não estava vestida adequadamente, certo? - assenti. Ele pegou o termômetro de minha boca e deu uma sacudida. - Ah merda! - gemeu. - Vamos para o hospital... agora!

Ele me tirou de debaixo das cobertas, me vestiu com três blusas (sendo uma dele) e me pegou no colo. Apenas encostei a cabeça em seu peito. Eu queria dormir! Eu flutuava ou era o andar de Peter que fazia aquele movimento sutil? Mas ainda ontem eu estava bem... Richard que o diga, não!? HAHA... se Peter souber disso, to ferrada!

Mas... que horas ele chegou?! Abri e fechei os olhos, meio grogue. Eu sentia o frio aumentar e me causar calafrios, fazendo-me arrepiar toda.

E então, eu finalmente dormi!

PDV ANNIE

Mordi o lábio para não chorar.

-Sabe Aninha, cadê aquele seu namorado? - Hannah perguntou ajeitando sua roupa de grife. Trinquei o maxilar e fechei os olhos, quando o conhecido nó se fez em minha garganta.

"Não, ela não havia tocado nesse assunto..."

-Estou esperando a resposta, mana! - disse com arrogância. Enruguei a testa e meu lábio inferior tremeu. - E aquela sua amiga... como se chamava mesmo? - e estalou os dedos, puxando na memória. - Ali alguma coisa... menina estranha!

-Érr... - minha voz falhou. Engoli seco e respirei com dificuldade. - Hannah, vou pro meu quarto! Você se ajeita ai... - falei baixinho.

-Han... tá bom! - e resmungou mais alguma coisa e foi para a cozinha. Corri pro meu quarto, mas deu tempo de a ouvirela dizer: - CADE O CEREAL DE MEL?!

Fechei a porta com força e cai pesadamente na cama. Eu já não conseguia controlar meus soluços. Lagrimas escorriam por meu rosto como se fossem cachoeiras num lugar sombrio. Abracei meu travesseiro com força, querendo eliminar aquela dor em meu peito. Porque ela tinha que tocar no assunto!? Porque? Porque?

Bati no travesseiro que abraçava. Frustrante, dilacerante, torturante! E eu já não sabia o motivo da vinda dela para cá. Já basta! Eu não queria mais sofrer, mas... perder as pessoas mais especiais da minha vida numa só noite, sem uma despedida oficial. É demais para mim!

-Pare Annie... pare!

Gemi para mim mesma. A histeria crescia dentro do meu peito e então eu senti. A falta que um amigo me fazia! Eu PRECISAVA do Luke... precisava de seu abraço confortador, ou apenas de seu olhar solidário. Mas eu precisava dele! Agora... mas eu não podia!

Chorei com mais força. Foi como se a dor tivesse aumentado 20x mais! Coloquei a mão no peito, numa tentativa de fazer parar. Eu não queria mais sentir! Eu quis gritar. Eu quis acabar com isso que estava me partindo em duas. Eu quis... morrer! "NÃO!" Uma voz diferente ecoou em minha mente. Mas não era minha consciência. Não era eu. E então: quem era!? Eu estava imaginando coisas já...

Toc, Toc, Toc

-Aninha, você tem uma visita... - a voz de Hannah era abafada pela porta. - ELE é um gato e disse que quer falar com você!

Sim, ele veio me ver! Ah...

-O mande esperar! - falei com a voz embargada. Levantei-me e fui ate o banheiro. Lavei o rosto e me olhei no espelho.

Olhos inchados e vermelhos. Eu estava me acabando!

Funguei e lavei o rosto de novo. Sequei-o. Coloquei o cabelo trás das orelhas. Respirei fundo e evitei encarar meu reflexo. Sai do banheiro e voltei ao quarto. Peguei uma blusa de capuz comprido e a vesti, colocando o capuz em seguida. Procurei meus óculos escuros e os coloquei também. Sai do quarto.

Abracei-me com força, mas manter o autocontrole imune as piadinhas sem graça e de mal gosto de minha meia irmã. Cheguei na sala e vi que Hannah exibia suas pernas longas e brancas demais naquela saia curta, só por causa do Luke, que estava tenso perto da soleira da porta.

-A onde vai vestida desse jeito, parecendo um trombadinha? - ela perguntou me olhando.

-Eu já volto... - falei baixo. Andei de cabeça baixa ate ele, que abriu a porta para mim e saímos do meu apartamento. - Vamos tomar alguma coisa? - perguntei segurando as lagrimas.

-Capuccino? - perguntou solene. Assenti freneticamente. - Vamos então... - e ele me estendeu o braço. O peguei, encostando o meu rosto em seu ombro. Eu precisava de seu apoio. Não sei de onde tirei esse desejo! - Vamos naquele café, perto do Hotel? - perguntou.

-Pode ser... eu gosto de lá! - sussurei.

-E eu gosto do parque que tem ali perto... - falou já dentro do elevador. Hesitei, tirando os óculos. Eu estava numa distancia segura de minha irmã para tirá-los. Luke viu meus olhos marejados e apenas abriu os braços. Em dois passos, e eu já estava empolada em seu peito, o abraçando forte.

E então eu reconheci seu perfume. Era uma mistura de lavanda com canela... totalmente diferente. E por cima dessas fragrância, eu senti o perfume Calvin Klein, suave como sempre. Ele apoiou a cabeça na minha, enquanto eu me afundava em seu pescoço. Respirei com dificuldade. E...

"Nunca mais pense aquilo!"

Eu ouvi claramente em minha cabeça. E... eu não estou ficando louca. Quer dizer, aquele dia em que vi o Luigui deve ter sido engano. Mas, eu ouvi! E a voz parecia ser do... do homem a quem eu estava nesse exato momento abraçando. E isso me assustou. Mas logo relaxei. Eu sempre soube de nossa...

-Vamos? - perguntou docemente. Assenti e me soltei dele. Com a mão na base de minhas costas, saímos do prédio em direção ao grande carro que estava ali na frente.

PDV NELLY

O bebe chutava demais.

E eu estava com um cansaço que juro que não sei de onde saiu. Fui para a cozinha e bebi um copo de leite gelado. "Quem sabe isso não acalmava o bebe?"

Alisei a barriga. Não sei se devo dizer a Rich que o pai da criança que agora carrego, é o mesmo pai dele. É, eu sei... cai na armadilha pela segunda vez, com o vasto pensamento de que iria mudar. Tolo engano!

Sentei-me no sofá e liguei a TV. Zapeei pelos canais ate achar o programa da Oprah. Ela esta do outro lado do continente e ainda assim, sabe dar os mais diferenciados conselhos. Aconcheguei-me nas almofadas. Ficar em casa é produtivo, e ao mesmo tempo é tediante. Eu tinha limitações aqui em casa. Coisas de meu filho.

Não pegue peso. Não faça movimentos bruscos. Descanse muito. Beba muita água. Tome leite sempre que quiser, ou sucos. Faça isso, não faça aquilo. Rá, uma chatice! ¬¬ E então eu me obriguei a prestar a devida atenção no programa de TV. Oprah fazia perguntas impensadas a uma pessoa famosa de vida conturbada.

Senti uma cólica.

Normal, o medico disse que as vezes eu iria sentir isso. E o medico também disse que se eu sofrer um "quase" aborto, será impossível segurar a criança dentro de mim. Será a terceira vez. E eu não iria suportar isso. Meus olhos se encheram de lagrimas. Amar e não ser amada é tão ruim. Por mais que eu tente negar, eu amo aquele bastardo desgraçado que me seduziu por duas vezes. Mas ele não se importa comigo, sempre fala: "eu vou me divorciar de minha esposa para ficar com você!" ou então, como da ultima vez: "vamos relembrar os velhos tempos... eu sei que você me ama!"

E então a cólica aumentou e aumentou.

Ficou insuportável não gritar. Segurei a barriga com força. E ao ver sangue manchando minha roupa, me desesperei. Aquilo era demais para mim! Olhei ao redor e vi o telefone. Peguei-o com a mão tremula e disquei rapidamente o numero de Richard. Um toque. dois toques. Três toques.

-Alo?

-Riiiich... - gritei entre as lagrimas.

-Mãe, o que foi!? - perguntou com medo.

-Sangue... tem muito sangue... - balbuciei histericamente. O telefone ficou mudo. Joguei o aparelho no chão e abracei minha barriga com força. Eu não queria perde-lo!

FIM DO CAPITULO!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que houve com voces?! Só tres reviews? Qual é gente... olha, minha net tá meia complicada por causa de um raio que caiu aqui no jardim. Mas eu to bem e o raio só destruiu: a Tv, o telefone, o speed e o estabilizador. Agora eu divido o pc com meu irmao e minha mae. ¬¬ Nao sei se vou conseguir postar semana que vem na data certa... mas vo tentar!

bj a todas que estao comentando...
:*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Lumière Au Bout Du Tunnel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.