Redenção escrita por Boadicea


Capítulo 2
Parte I - Primeiro Dia: Tão Perto, Tão Longe


Notas iniciais do capítulo

Olá, minna!
Tudo bem com vocês ?
Bem, preciso começar pedindo desculpas pela demora para postar. Realmente não era minha intenção demorar tanto - esse capítulo deveria ter sido postado no dia dos namorados, na verdade - mas por motivos pessoais eu só consegui aparecer por aqui agora. Então, por favor, me desculpem.
ATENÇÃO: vou explicar algumas coisas básicas sobre a fic, para a melhor compreensão de todos vocês.
Enfim, a estória será dividida em duas partes, ambas com a mesma quantidade de capítulos. Cada capítulo corresponde exatamente ao decorrer de um dia. Sendo assim, hoje começamos o primeiro dia (capítulo) da parte um.
(Eu me animei com isso e até fiz uma capa para cada capítulo, hahahahah. Não ficou das melhores, mas espero que gostem)
A parte 1 é referente ao Sasuke - do shippuden - no futuro que já conhecemos, onde ele se casou com a Sakura e teve a Sarada. A segunda parte será o Sasuke - também do shippuden - visitando o futuro que ele terá se continuar em seu caminho de vingança e ódio.
Enfim, é só isso mesmo.
Sem mais enrolação, vamos ao capítulo:

(LEIAM AS NOTAS FINAIS - aviso importante lá)



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 Parte I: O Florescer da Primavera em meio a Escuridão 

Primeiro Dia: Tão perto, tão longe 

 

 

As cores levemente se projetam por detrás de minhas pálpebras, como se o dia estivesse tentando me acordar. Abro os olhos vagarosamente, tentando me acostumar com a luminosidade intensa – e excessiva – que adentra o cômodo. Pisco algumas vezes, confuso com tanta luz. Nenhum esconderijo da Akatsuki é tão claro assim, o que significa que talvez os acontecimentos de ontem sejam mesmo reais. Se isso for mesmo verdade, então onde diabos eu estou ? 

— Itachi? - chamo, a voz pateticamente embargada, gotejando desespero. Tento me levantar, mas sinto algo me puxar para baixo, quase que imediatamente, como se estivesse tentando me conter. Olho para o lado da cama e vejo pesadas correntes presas em meus pulsos, me impedindo de sair da cama. Puxo-as com força, mas nada. Droga, deixo um resmungo escapar enquanto tento puxá-las mais uma vez, mas nada acontece – exceto pela dor que começa a se espalhar pelo meu pulso. Ouço passos apreçados vindo para cá, o que me faz tentar arrancar as algemas com ainda mais afinco.

— Sasuke-kun! Oh, pare com isso, por favor. Vai acabar se machucando desse jeito – ouço a voz dela muito antes de vê-la. Sinto uma leve palpitação em meu peito, como se meu corpo reagisse ao som completamente inconfundível da voz dela. Uma voz terrivelmente doce, exageradamente gentil, que só pode pertencer a uma única pessoa desse mundo.

Estranhamente, eu me espanto ao direcionar meu olhar para a porta. Com certeza é Sakura quem está parada ali, com seus cabelos rosas colorindo todo o cômodo ao nosso redor. Seus olhos verdes continuam tão brilhantes quanto costumavam ser quando éramos crianças, e ela mantém a mesma expressão preocupada no rosto, a mesma que eu me lembro de ver sempre direcionada para mim quando estávamos em missão.

Mas a mulher parada na porta não pode ser a Sakura. Quer dizer, com certeza é a Sakura, mas não é. Não do jeito como deveria ser, não do jeito como eu me lembro de tê-la visto na ponte, apenas alguns dias atrás.

Ela está diferente, de algum jeito. Os cabelos rosas parecem um pouco mais bem cuidados, mais bem assentados do que estavam naquele dia. Seus olhos também estão tão brilhantes quanto eram na época que vivi em Konoha, não carregam sequer um traço de tristeza ou hesitação – o completo oposto do que o olhar dela parecia carregar naquele dia na ponte. E os traços do seu rosto estão, sem um pingo de dúvida, mais maduros do que deveriam estar. Há, inegavelmente, um ar mais “experiente” em torno dela, uma confiança inabalável que se pode sentir só de olhar brevemente em seu semblante. Além do símbolo em sua testa, o mesmo que Tsunade possui, embora o dela seja de uma outra cor.

As roupas que ela usa também estão diferentes, embora isso seja o de menos. Embora eu não me lembre, nunca, de ter visto Sakura usar uma roupa que deixasse sua barriga à mostra – não era a Ino quem se dava esse trabalho?

— Sakura, é você? - as palavras saem da minha boca antes que eu possa pensar direito. E me arrependo quase que imediatamente: é claro que é ela, não tem como a mulher parada à minha frente ser outra pessoa. Eu deveria ter perguntado o que estou fazendo aqui em konoha, o que aconteceu com meu irmão, o que aconteceu para ela estar assim tão diferente.... Existem muitas perguntas que eu deveria ter feito, ao invés de reiterar algo tão óbvio. Ao invés de resumir a situação à ela.

— Tente relaxar um pouco, Sasuke-kun. Ou essas algemas vão acabar sugando toda a sua energia – ela abre um pequeno sorriso, apesar de ainda manter a mesma expressão preocupada de antes. Ela se aproxima mais e apoia as mãos em meu peito, me empurrando para baixo. O toque dela é leve, mal sinto suas mãos em mim, mas de algum jeito há uma pressão enorme me empurrando para baixo. Não falo nada, apenas arquejo de surpresa ao voltar a me deitar na cama com a mesma rapidez com que Sakura já tirou suas mãos de mim. Não sei o que é mais irritante, mais ultrajante: a naturalidade com que ela me toca, como se viesse fazendo isso há tempos, mesmo que tenhamos passados os últimos anos absurdamente distantes um do outro; ou a força com que sou impulsionado de volta para a cama, mesmo que ela nem tenha me tocado direito. Mesmo que eu seja absolutamente mais forte do que ela.

— Confesso que eu não esperava que você acordasse chamando pelo seu irmão, apesar de tudo. Estou um pouco confusa com tudo isso, mas pode descansar o tempo que precisar antes de me contar o que aconteceu.

— Você está confusa? - as palavras saem de forma atônita de minha boca e fico quase surpreso por dizê-las, mas essa palhaçada toda já está me irritando – Sou eu quem vejo meu irmão morto, sou eu quem – milagrosamente – sou arrastado para konoha e tenho que me deparar com uma versão estranha sua e você ainda vem me dizer que você está confusa?

Ela olha para mim e franze as sobrancelhas, como se estivesse confusa. Argh, não acredito que isso está acontecendo.

— Como vocês conseguiram me pegar?! O que houve com o Itachi?! Me responda!

— Sasuke-kun, eu já disse para você tentar se acalmar e descansar um pouco. Esse estresse todo não vai fazer bem para você, só vai piorar a situação. Eu entendo que talvez isso também não pareça muito normal para você, mas se continuar assim as algemas sugarão seu chakra até você ficar debilitado. E eu aposto que você não quer isso, não é?  Bem, então respire fundo, por favor. Por mais que eu queira te ajudar, não vou poder fazer nada se você continuar se comportando assim...

—Ah, então agora você quer me ajudar? - solto uma pequena gargalhada diante das coisas que ouço dessa mulher, diante dessa situação absurda e extremamente irritante (assim como ela, aliás) – Para começar, não fale como se você ou qualquer outro folha imundo pudesse fazer algo por mim. E o que você pensa que está fazendo falando comigo nesse tom condescendente? Como se eu precisasse da sua condescendência! Não me trate como se eu fosse um garotinho órfão que precisa da sua ajuda.

Ela me encara brevemente, a expressão de preocupação em seu rosto se acentuando cada vez mais e solta um longo suspiro, como se lidar comigo pudesse ser cansativo ou algo do tipo. Ela vira as costas para mim, mexendo em seringas e frascos dispostos em uma mesa do outro lado do cômodo e, não pela primeira vez desde que cheguei até aqui, me vejo arquejando de surpresa.

Quero continuar gritando com ela, quero expressar toda a minha irritação com a atual situação. Quero dizer a ela que lidar comigo não é nada cansativo, com certeza, se comparado a um loiro idiota que ela aguenta diariamente em sua equipe. Quero, de novo, exigir uma explicação para essa situação bizarra e estressante, mas, novamente, tudo o que sou capaz de fazer e ficar encarando-a de forma atônita.

Porque, de alguma forma, é o símbolo dos Uchihas que está diante de mim, porque de um jeito inexplicável, é o brasão da minha família que se faz presente, de maneira quase que austera, nas costas da blusa dela.

— Bem, fico feliz em ver que você conseguiu se acalmar um pouco, ao que parece. Mas ainda assim você não parece muito bem, então descanse mais um pouco antes de conversarmos sobre o que está acontecendo, está bem?

— Por quê...? - minha voz sai falha, baixa e silenciosa – Por que, nas suas roupas, o brasão da minha família...

Perco o controle antes mesmo de terminar a frase. Impulsiono meu corpo na direção dela, o ódio com certeza brilhando em meus olhos.

— Você não tem esse direito! Nenhum de vocês tem o direito de profanar minha família desse jeito!

Eu grito ao mesmo tempo que puxo as correntes com toda minha força, com todo o meu ódio. Como ela ousa fazer uma coisa dessas:?Quem lhe deu esse direito?! Tento me jogar na direção dela, mas mal consigo levantar meu tronco da cama, meu corpo todo se debate, em vão.

Continuo puxando as malditas algemas, mas elas sequer parecem estarem perto de se romperem. A cada novo puxão, a cada movimento desesperado do meu corpo, me sinto mais e mais fraco. Até que começo a sentir uma leve tontura, uma dor paralisante se espalhando por meus músculos enquanto tudo o que essa mulher faz é continuar me olhando com preocupação, enquanto se afasta de mim e sussurra que eu tenho que me acalmar.

De repente, uma dor lancinante atinge minha nuca e sinto meu corpo cair de volta na cama, minha consciência se esvaindo enquanto vejo um homem alto se aproximar de Sakura. Quem é ele? Quero perguntar, mas minha voz não sai. Estranhamente, os cabelos pretos, o formato de suas costas, a maneira como ele anda para perto dela.... Estranhamente, há algo nele, talvez todas essas coisas, que o fazem parecer familiar. Mesmo que eu nunca o tenha visto.

— Você está bem? Eu lhe disse para esquecê-lo, Sakura. Eu lhe avisei para tomar cuidado e se afastar o máximo possível, não? - a voz dele soa ainda mais familiar, especialmente a forma resignada com que ele pronuncia o nome dela. Há firmeza na voz dele quando diz à ela para me esquecer e eu quero avançar em cima dele também, seja lá quem ele for.

Tento lutar contra a dor, contra a tontura, mas não consigo. É como se eu estivesse nadando em areia movediça, afundando ainda mais sempre que tento sair. A última coisa que pareço ver antes de perder a consciência é aquele desconhecido abraçando a minha Sakura enquanto ambos parecem ignorar minha existência. Traidora. Era desse jeito que ela queria me ajudar?

                            ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

Acordo novamente no mesmo quarto, ainda com as correntes presas em meus pulsos. Mas dessa vez a luz do dia foi embora e o quarto permanece quase que em completa escuridão: o único rastro de luminosidade é, provavelmente, proveniente da lua lá fora. Uma leve brisa entra pela janela, fazendo a cortina esvoaçar levemente, trazendo consigo vislumbres de uma luz prateada.

Esta casa, ou seja lá qual for o local que estou, parece inacreditavelmente silenciosa. Dessa vez não ouço passos vindos para cá e muito menos se afastando: simplesmente não ouço nada.

Eles seriam mesmo suficientemente idiotas a ponto de me deixarem aqui sozinho?

Puxo meus braços praticamente em um ato de reflexo a este pensamento, mas é em vão. Sozinho ou não, não consigo me levantar daqui. Não sinto meu chakra, não consigo me libertar das correntes... E não posso me arriscar a continuar puxando-as: Sakura tinha razão, o esforço que fiz na primeira vez que acordei acabou me deixando excepcionalmente fraco.

O que me faz lembrar... Sakura, Sakura. Como aquela traidora teve a audácia de fazer uma coisa daquelas? Dizendo que queria me ajudar, apenas para logo em seguida se derreter nos braços do primeiro imbecil que apareceu. E o pior, fazendo isso enquanto ostentava levianamente em suas costas o brasão do meu clã. Do honrado clã Uchiha.

Por um momento, ela não parecia  mais a garota que vivia atrás de mim, atrapalhando meu treinamento e me fazendo perder tempo com suas bobagens.

Naquele instante, nos braços daquele cara, ela parecia longe demais do amor que passara anos jurando sentir por mim.

Cerro meus punhos, inconscientemente, ao me lembrar da forma como aquele idiota havia dito para ela se esquecer de mim. Aquele maldito filho da puta, quem ele achava que era para falar uma coisa dessas?

Não que aquela irritante já não devesse ter me esquecido, mas quão fraco era o amor que ela dizia sentir por mim para me ignorar simplesmente porque um outro cara lhe mandou fazer isso?

Me viro na cama, inconformado, tentando me ajeitar melhor. Sakura Haruno sempre foi, com certeza, uma das pessoas mais teimosas que existem nesse mundo. Não consigo imaginá-la fazendo algo que alguém lhe mandou, não consigo imaginá-la deixando um homem decidir o que é melhor para a sua vida.

Tisc, o que essa garota pensa que está fazendo?

Me largando amarrado à esta cama, durante uma noite razoavelmente fria, sem um único cobertor?

E tudo isso porque um babaca qualquer lhe disse para fazer. Porque outro cara lhe disse para me esquecer...

Francamente, o que há com essa garota agora? Não se parece em nada com a Sakura de antigamente, a Sakura com a qual eu vivi... Mesmo que os olhos sejam os mesmos. Mesmo que ela ainda me olhe preocupada, mesmo que seus cabelos irritantemente coloridos demais insistam em continuar colorindo tudo ao seu redor.

Argh, com absolutamente irritante essa maldita garota consegue ser? Se passaram apenas alguns dias desde que a vi na ponte, implorando para ir comigo, e agora ela me deixa aqui sozinho para poder sair por aí com outro cara qualquer.

Ah, droga será que ela está com ele? Olho ao meu redor, desesperadamente, mas não encontro nada. Não há sequer uma única forma de entrar em contato com alguém, de pedir por uma médica ou algo do tipo. Que irresponsável, abandonando um paciente. Me abandonando.

Só se passaram alguns dias desde o nosso último encontro, mas parece que já fazem anos. Como alguém pode estar tão mudada em tão pouco tempo?

Por um breve momento, meus pensamentos são interrompidos por um barulho ínfimo. Parece o leve ranger de uma porta, mas não dá para ter certeza se é isso. Talvez nem seja nada, na verdade. A casa continua mergulhada no mais completo silêncio, até que vejo a maçaneta da porta se mexer, lentamente....

— O que está tentando fazer? – a voz sai cortante, baixa e ríspida, Com certeza é aquele cara de novo, o toque familiar em sua voz permanece, o tornando inconfundível.

Novamente, há apenas o silêncio. Poderia ele estar tendo a ousadia de impedir a Sakura de me ver?

Heh, eu sabia que ela não me esqueceria tão facilmente. Eu cheguei na vida desta garota muito antes desse homem, seja lá quem ele for.

Infelizmente, isso significa que vou ter que continuar aguentando ela me encher o saco, droga.

— Eu apenas queria ir ao banheiro, mas me confundi por conta do sono e do escuro – finalmente alguém volta a falar alguma coisa. Mas, não, essa não é a voz da Sakura. Com certeza não é a voz dela. Então, se não a rosada, quem está aí fora, tentando me ver? Esta não deveria ser, em absoluto, a função dela?

— Você não espera que eu acredite mesmo nisso, não é? Não minta para mim, Sarada. E muito menos me desobedeça. Se eu disse a você para ficar longe desse quarto e de quem está aí, é porque espero que me escute. Não quero você correndo perigo, já disse.

A voz daquele homem se faz presente novamente, dessa vez ainda mais gélida. Não há sequer um toque de gentileza nas palavras dele.

Bem, ao menos ele não é estúpido ao ponto de me ver como uma pessoa fraca. Mas, se ele sabe que sou uma ameaça, por que se mantém tão próximo?

Além disso, quem diabos é Sarada?

— Eu posso muito bem me defender sozinha. E tenho o direito de saber o que está acontecendo! Sem contar que, se ele fosse mesmo tão perigoso quanto você diz, não estaria preso aqui. Como o hokage pode permitir uma coisa dessas?

Deixo um sorriso de canto se formar em meus lábios, involuntariamente. Seja lá quem for essa garota, está de parabéns por responder a este imbecil dessa forma. Independente de quem seja, não tenho dúvidas de que mereça todo o ultraje e indignação na voz dela. Isso até me faz lembrar da Sakura: absolutamente, essa é a maneira como eu esperava que ela respondesse a aquele cara, desde o começo.

Mas é a primeira vez que ouço alguém citar o Hokage. Com o coma da Quinta e a adorável (porém terrível, para eles) morte do Danzo, não havia sido o Kakashi quem assumiu o posto?

Em uma situação como essa, pensei que ele seria o primeiro a aparecer por aqui e rir de mim, se gabando de conseguir algo que não tem verdadeiramente nada a ver com ele. Embora eu ainda não saiba como vim parar em Konoha... Isso tudo realmente tem relação com a aparição de Itachi e o tal jutsu a que ele se referiu?

Além disso, eu ainda não vi o Naruto. Sequer ouvi a voz dele, ou alguma menção ao nome dele. Estranho. Era de se esperar que aquele idiota estivesse grudado na Sakura e plantado aqui ao meu lado em uma hora dessas, me importunando o máximo possível.

— Esta é uma situação delicada demais, mas tudo o que você precisa saber é que precisa ter cuidado e me obedecer. Vamos, volte para a cama.

“Voltar para a cama,” ele disse. Então está realmente tarde da noite?

Mesmo assim, não pensei que a obsessão que aqueles dois tem por mim fosse tão fraca a ponto de me abandonarem aqui. Ou talvez sejam apenas estúpidos o suficiente a ponto de acharem que voltei.

Ouço passos pesados se afastando da porta e um suspiro de cansaço. Provavelmente a tal Sarada não gostou nada da resposta que obteve.

Lentamente, a noite foi passando, sem qualquer outro barulho. Aparentemente a conversa estava mesmo encerrada entre os dois.

Sem nem perceber, acabei pegando no sono de novo, ainda com a cabeça abarrotada de pensamentos e perguntas a respeito dessa situação bizarra.

A luz do sol volta a invadir meus olhos assim que os abros. Resmungo, em frustação, e tento me sentar na cama para me orientar melhor. Agora que amanheceu, será que Sakura já está voltando para cá? Será que a tal Sarada vai conseguir vir para cá, também? Embora eu não faça a menor ideia de quem ela seja e do porquê de querer me ver.

— Então você finalmente acordou – ouço a voz daquele homem, e desta vez ele parece estar calmo, apesar de levemente irritado. Droga, com certeza não é a primeira voz que eu gostaria de escutar em uma manhã como essa. Bem, em nenhuma manhã na verdade – Acho que está na hora de termos uma conversa séria. Só nós dois, de Uchiha para Uchiha.

Viro para ele imediatamente ao ouvir suas últimas palavras, minha frustração dando lugar à surpresa, de novo. Inacreditavelmente, aquele homem está escorado na porta, me olhando mortalmente. Inacreditavelmente, olhar para ele é como olhar em um espelho. Os traços do seu rosto, a forma como ele se recosta na porta, o ódio em seu olhar... É como se eu estivesse olhando para mim mesmo.

Mas há diferenças também, percebo agora. Seu cabelo está bem menos rebelde que o meu e apenas um de seus olhos permanece negro, como o de qualquer Uchiha. Em seu olho esquerdo, um rinnegan brilha mortalmente.

— E então, como é que você foi parar aqui, Sasuke?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Sobre o aviso... Eu estava pensando seriamente em delimitar uma data fixa para postar os capítulos, pois assim eu consigo lidar com minha vida pessoal e atualizar minhas outras fics ao mesmo tempo que não demoro muito para voltar a postar aqui.
No momento, a melhor oferta que tenho a oferecer é a postar uma semana sim, outra não.
Se vocês gostarem da ideia, por favor me avisem no comentários. Caso eu receba um feedback positivo, já seguirei esse prazo de agora em diante, de forma que o próximo capítulo será postado dentro desse prazo.

Então, por favor, me avisem o que acham.
Beijos e até o próximo ♥



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