Não me deixe só escrita por Anninha


Capítulo 2
Vou ter que superar


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Mais um capítulo para vocês, os aguardo nos comentários, até mais!



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Sol entra em sua casa acompanhada por Castiel, seus olhos ardem devido ao tanto de lágrimas derramadas. 

— Querida. - Sua mãe anda em sua diração e a abraça.

— Obrigado por traze-la Castiel, assumimos daqui. - Nathaniel, irmão de Sol, diz abrindo a porta para o ruivo.

Castiel e Nathaniel tem uma relação complicada, apesar de terem sido muito próximos na infância tudo mudou a algum tempo atrás, rumores dizem que Castiel descobriu algo sobre Nathaniel, algo que ninguém sabia, e por conta disso eles acabaram se afastando. No entanto, ninguém sabe ao certo o que aconteceu entre os dois. Eles preferiram que ficasse dessa forma.

Castiel acena em concordância e anda até a porta.

— Te ligo mais tarde. - Diz em direção a Sol.

— Obrigada. - Ela sussurra observando o amigo sair de sua casa.

— Vamos querida, eu te levo até seu quarto. 

Sol sobe as escadas acompanhada por sua mãe, ao passar em frente ao quarto de sua irmã se depara com a menina escorada em sua porta.

— Não quero ouvir choro essa noite. - Declara Ambre em tom de ironia. 

Sol a olha mais uma vez, antes de ser puxada para um abraço. 

— Vai ficar tudo bem. - Ambre sussurra em seu ouvido.

A visão que as pessoas tinham da Ambre é realmente muito diferente de quem ela é, Sol sabe disso, mesmo que nem sempre se dê bem com sua irmã mais velha, sabe que no fundo ela só quer atenção mas que sempre estaria ali quando Sol precisasse. 

Sol assentiu e continou seu caminho até seu quarto. 

— Mãe, eu preciso ficar sozinha. - Sol entra em seu quarto e senta em sua cama, ela olha ao redor e obseva as imagens com seu namorado em sua escrivaninha. 

— Tudo bem, se precisar de algo, nos avise - Marin deposita um beijo na bochecha de sua caçula - eu te amo.

Ao observar sua mãe sair do quarto e fechar a porta Sol logo anda até sua escrivaninha, em um ato desesperado abre as gavetas em busca da única solução que ela conseguira pensar para aliviar aquela dor.

Uma parte de ser tão egoista em deixar Lysandre partir vinha de sua depêndencia emocional nele. Quando se conheceram Sol estava passando por uma fase complicada, ansiedade devido a morte de seu avô que segundo ela havia a deixado sem nem dizer adeus. Lys havia ajudado a menina a superar, porém agora, ele havia partido também. 

Sol agarra a lámina que estava escondida entre seus pertences e prepara-se para começar a usa-la.

— Não faz isso. - Nathaniel que agora estava parado frente a sua porta pede.

Ela nem havia o escutado abrir.

— Você sabe que não vai fazer a dor passar. - Ele continuou aproximando-se da irmã. — Sol, você não pode deixar que nada te leve de volta a ser a Sol de três anos atrás, por favor, não faça isso com você. - Ele insiste sentando-se ao seu lado. 

Sol o olha e percebe sua lágrimas caindo mais uma vez, ela sabia que ele estava certo. Nathaniel inclina-se a sua irmã e pega a lâmina de sua mão. Sol deixa que seu corpo caia em direção a ele que a abraça.

(...)

Pov Sol On

Acordo sem me lembrar como vim para em minha cama, sinto uma pequena pontada em minha cabeça que passa a doer mais de acordo com meus movimentos. Passo minhas mãos pelo meu colchão em busca do meu celular, e quando o encontro observo a tela. 

Rosa: "Sol, me liga assim que der, precisamos conversar."

Reviro os olhos antes de continuar a ler.

Castiel: " Sol, tentei te ligar várias vezes noite passada, passo para te ver antes da escola."

Olho a hora em meu celular 5:30, droga, acordei super cedo sem necessidade.

Mãe: "Sol, eu e seu pai conversamos, se você precisar ficar em casa hoje, não tem problema, esperamos que você esteja se sentindo melhor, amamos você."

Suspirei. Não queria preocupar meus pais. Decido tomar uma ducha, separo uma roupa e vou em direção ao meu banheiro. Sinto a água morna tocar minha pele.

— Você prefere água quente ou fria ? - Observo Lysandre me olhando envergonhado. 

— Tanto faz Lys. - Sorri timidamente, nossa primeira vez tomando banho juntos.

— Vem cá. - Ele segura minha mão e me guia até o chuveiro, sinto a água morna tocar minha pele. 

— Isso é bom. - Sorri.

Lysandre desliza seus dedos em meus braços me acariciando. Ele me vira de costas para si mesmo e sussurra em meu ouvido. 

— É perfeito, pois você está aqui comigo.

Sorri com suas palavras, me viro e olho em seus olhos bi-colores. 

— É mesmo ? - Sorri maliciosamente depositando um beijo em seus lábios em seguida. 

Toco meus lábios lembrando daquela sensação. Suspiro. Fecho o chuveiro e alcanço minha toalha. Ao me secar e me enrolar na mesma me ponho frente ao meu espelho. Escoro minhas mãos na pia e encaro meu reflexo. Meu rosto ainda está um pouco inchado. 

Eu não posso fazer isso comigo mesma, não posso voltar a ser a pessoa que eu era, o Lysandre foi embora, e eu vou ter que superar.

Termino de me arrumar e desço em direção a cozinha, aparentemente todos na casa ainda estavam dormindo. Preparo uma tigela de cereal a vou a sala comer enquanto assisto algum desenho. 

— Você não vai dizer nada! - Escuto a voz do meu irmão no final do corredor— Eu ja te avisei, não me faça me arrepender de ter dito sim. Ele vem em direção a sala e desliga seu telefone.

— Sol, eu não sabia que você já estava acordada - ele se senta ao meu lado - está se sentindo melhor ?

— Sim. Obrigada.

Ele se levanta - Preciso ir, nos vemos na escola - Deposita um beijo em minha cabeça antes de sair. 

Aonde será que ele vai ? Espanto meu pensamentos e volto meu olhar para a tv. 

Meus pais descem em direção a cozinha conversando animadamente. 

— Oh, bom dia Sol. - Diz meu pai. 

— Oi filha. 

— Oi. - Respondo sem animação.

— Achei que não veríamos você essa manhã, eu estou atrasada para uma reunião, mas conversamos quando eu chegar. - Minha mãe pega sua bolsa, e se despede de nós. — Amo vocês. 

— Também te amamos. — Meu pai responde. — Precisa de dinheiro para a escola ?

Nego com a cabeça.

— Bom, eu vou indo, vejo você mais tarde, tenho uns compromissos e ...

— Diz para a Laura que eu mandei um "oi". - O alfinetei antes que ele terminasse sua frase.

— Sol, eu pensei que já havíamos conversado sobre isso...

Não respondo, apenas continuo a encarar a tv.

Meu pai suspira, escuto o barulho da porta fechar. Recebo uma mensagem de Castiel dizendo que estaria aqui logo. 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Até logo!



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