Entre Fogo e Gelo escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 24
Feliz e saudável




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Capítulo 23

por N.C Earnshaw 

 

NAQUELA NOITE, WENDY começou a entender mais o seu irmão, Edward, que passava suas noites observando sua namorada dormir. Ali, deitada na cama de Paul, ouvindo a respiração profunda e suave dele. Sentindo o calor do seu corpo colado no dela e vendo que ele, a pessoa que ela estava apaixonada, estava segura, era a melhor sensação que ela teve durante toda sua vida. Ver o seu rosto lindo sem preocupações, enquanto ele ressonava com a cabeça apoiada em seu pescoço e ela acariciava os cabelos curtos e macios, a tinha feito admitir algo que estava sentindo há muito tempo. Estava indiscutivelmente apaixonada por Paul Lahote. 

Beijar Paul foi a melhor coisa que ela já tinha feito. Sentir o gosto da sua boca, suas mãos apertando sua carne, tinha a deixado ansiosa para o momento em que fariam aquilo de novo. Agradeceu então, com todo o seu ser, por não desejar o sangue dele. O cheiro dele a atraía, claro, mas era uma tarefa fácil resistir quando o que queria mesmo era o homem e não o seu sangue. Ela quase esquecia da pequena queimação em sua garganta quando ele estava por perto. Wendy mal podia imaginar como era para Edward. Bella era la tua cantante do seu irmão e beijá-la enquanto ouvia o sangue pulsando pelo corpo dela devia ser uma tortura.

Ela acariciou o braço de Paul com as pontas dos dedos e os pelos dele se eriçaram automaticamente, fazendo ele se aconchegar mais a ela, apertando o braço que ele tinha enroscado em sua cintura. Wendy sorriu para a cena e sentiu uma onda de ternura surgir dentro de si, assim como uma súbita vontade de protegê-lo do resto do mundo. Dos vampiros recém-criados. Do seu pai. Dos fantasmas do seu passado. Mas sabia que Paul precisava lidar com tudo isso, e ela se recusava a se tornar alguém sufocante depois que descobriu que estava apaixonada, no entanto, nada a impedia de estar ao lado dele sempre que ele precisasse. 

E novamente Wendy entendia mais do que Edward passava. Era difícil ter noção do que era proteção ou excesso de controle. Cruzar essa linha só tornava a relação tóxica para o casal, mas era complicado saber quando estava se chegando nesse limite. Wendy justificava o fato de Edward ser tão protetor em relação à Bella, por ela ser uma humana maluca que atraía perigo feito um imã, contudo, o cuidado do seu irmão chegava a ser tão excessivo, que ele forçava Alice a acompanhar cada passo que a humana desse. Wendy desenhou a linha de limite aí. Não queria sufocar Paul, assim como não queria ser sufocada. Ela desejava que seu relacionamento fosse feliz e saudável.

— Paul, está na hora de acordar — cantarolou Wendy baixinho, ao ver que já estava quase passando da hora dos dois se encontrarem com os Cullen e a matilha. Era pouco antes do amanhecer e, se ele quisesse comer algo antes da batalha, teria que acordar rápido. 

O Lahote grunhiu e balançou uma das mãos no ar, como se estivesse espantando uma mosca. Wendy riu e afastou seu corpo do dele aos poucos, entretanto, foi impedida por um braço forte que apertou a sua cintura e a puxou para mais perto. 

— Para de se mexer — reclamou ele, enfiando o rosto nos cabelos dela. — Fica quieta só mais um pouco. 

Ela olhou por cima do ombro ceticamente. Tinha certeza que se desse mais uns minutos, ele pediria mais tempo, e não poderiam se atrasar. 

— Eu adoraria te deixar dormir por mais tempo, mas não acho que os recém-criados vão esperar nossa chegada. — Ela elevou o tom de voz dessa vez ao falar, tentando fazer com que ele despertasse mais rápido. 

Paul abriu os olhos no mesmo segundo, afrouxando o aperto que tinha ao redor de Wendy, o que possibilitou ela se virar para fitá-lo. 

— Está nervoso? 

Ele bufou baixinho e colocou uma mecha de cabelo que estava caída no rosto da garota atrás de sua orelha. Wendy quase se derreteu com o carinho, no entanto, manteve a mesma expressão neutra, mesmo que por dentro estivesse gritando. 

— Eu estou — confessou ela. — Não quero que ninguém se machuque. 

Paul acariciou sua bochecha levemente e aproximou seu rosto do dela, depositando um beijinho na ponta do seu nariz. 

— Não posso te prometer que ninguém vai se machucar, Wen. Mas posso prometer que você vai ficar segura, não precisa se preocupar.

Wendy suspirou, entristecida. 

— Paul, não estou preocupada com a minha segurança. Eu só não quero que nada aconteça com você ou com a minha família, com a matilha. Se alguém se machucar, eu não sei…

— Shiii, vai dar tudo certo, está bem? Vamos ganhar isso juntos — incentivou ele. — Além disso, estou ansioso para arrancar algumas cabeças dos sanguessugas bebês. 

Ela revirou os olhos diante da animação dele, mas não resistiu e soltou uma risadinha ao ouvir o apelido que ele deu aos recém-criados. 

— Aposto que vai — retrucou ela, fingindo desdém. — Agora vamos, Paul. Temos dez minutos para nos encontrarmos com o pessoal. Wendy se desvencilhou rapidamente do abraço dele e pulou da cama, para que ele não a puxasse de volta outra vez. Paul apenas ficou encarando, com os olhos inchados pelo sono, os cabelos bagunçados e o corpo com as cobertas emaranhadas nele, enquanto a olhava com um sorrisinho no rosto. 

Ela registrou aquela imagem em sua mente. Queria lembrar com detalhes cada pedacinho dele e eternizar na sua memória. 

Se lhe perguntassem o que era perfeição, Wendy automaticamente responderia que era ele. Paul era a definição de perfeição. A pessoa mais linda e mais apaixonante desse mundo. E era dela para sempre. Mesmo que ele ainda não soubesse. 

— Eu vou passar em casa antes de ir até à clareira — avisou a Cullen, arrumando os cabelos e a roupa. — Certifique-se de pegar alguma coisa rápida para comer quando passar na Emily.

— Sim, senhora — caçoou ele. — Agora vem aqui me dar um beijo.

Wendy se virou na direção da janela, pensando se deveria ceder ou sair de uma vez. 

— Pra dar sorte — anunciou Paul, segurando a mão dela ainda deitado na cama. 

Ela tentou se ajoelhar ao lado da cama para beijá-lo, mas foi puxada para cima do seu corpo e não teve tempo para dizer nada, pois Paul logo a beijou com toda a paixão que tinha dentro de si. As línguas se encaixavam uma na outra, e eles devoravam os lábios um do outro como se fosse a última vez que iriam fazer aquilo. 

Wendy se entregou. Queria mais de Paul. Queria tudo. E ela se prometeu mentalmente de não deixar nada acontecer com ele durante a batalha. Não suportaria perdê-lo. 

   ☀

Os recém-criados estavam se aproximando. Wendy podia ver a ansiedade nos rostos de todos os membros da sua família, e uma onda de calma os atingindo aos poucos; ela sabia que era Jasper acalmando-os, e agradecia mentalmente. De todos ali, ele era o que mais estava preparado para a situação. Por ter lutado tantas batalhas antes mesmo de ser transformado, e ter lidado com todas as crises existenciais que vinham antes de qualquer combate que resultasse em tirar vidas. Ela admirava muito o seu irmão por sempre ser tão centrado e controlado — muito diferente dela mesma, que passou os poucos segundos antes da luta começar, emaranhada em incertezas. 

Wendy sabia que tinham que acabar com esses vampiros para evitar mais mortes. Se qualquer um deles escapasse e fosse em direção à cidade, ocorreria uma chacina e mais vidas humanas seriam perdidas. No entanto, nada disso a fazia sentir menos remorso. 

Logo que o primeiro vampiro apareceu do outro lado da clareira, ela colocou de lado sua culpa e se focou no que teria que fazer. Jasper, que estava na frente liderando, fez um sinal com os dedos e Wendy correu em direção aos recém-criados. Ela riu ao ouvir o grito de guerra de Emmett ao agarrar um deles, arrancando sua cabeça sem muito esforço. 

A garota sabia que não precisava se preocupar com a sua família, os recém-criados eram mais fortes do que um vampiro mais velho, mas não tinham qualquer técnica de luta. Somando isso ao fato que estavam enlouquecidos com o cheiro de sangue que Bella tinha deixado por lá, eles estavam desconcentrados e somente procuravam algo para enfiar as presas. Ou seja, mais uma vantagem. Além disso, ainda tinham os lobos para o ataque surpresa. 

Wendy saltou sobre um vampiro forte e atarracado, entretanto, não o matou logo de cara. Tinha planos melhores. Com as mãos segurando sua cabeça, a vampira murmurou ordens no ouvido do homem, que, com o olhar vidrado, cambaleou na direção contrária a que estava indo e começou a matar os recém-criados como uma besta. A surpresa e o choque de serem atacados por alguém do seu próprio time, facilitou o trabalho do rapaz em acabar com dois vampiros de uma vez. Contudo, algo estranho aconteceu, olhares de reconhecimento passaram pelos vampiros que estavam próximos a ela — como se reconhecessem que ela tinha algum poder que controlava mentes. E eles ficaram aterrorizados. 

Apesar de estarem em um número menor, os Cullen estavam conseguindo controlar até bem a situação, no entanto, Jasper, que tinha acabado de arrancar um braço de uma mulher, assobiou para a floresta, dando o sinal para os lobos entrarem na briga. 

Lobos enormes surgiram das árvores e pularam no centro da clareira. Os recém-criados lançaram olhares assombrados para os quileutes, já que, quem quer que tenha os criado, não tinha avisado da existência de lobos do tamanho de cavalos e com presas enormes. 

Wendy sorriu largo para o lobo cinzento que se colocou ao seu lado, agarrando uma vampira loira com a boca e a jogando para longe. Eles trocaram olhares de cumplicidade, e ela desejou profundamente que Paul estivesse na forma humana para que pudesse beijá-lo.

Trabalhando juntos, ela segurou um vampiro de touca por trás pelos braços, e Paul arrancou a cabeça dele com uma patada forte, fazendo com que rolasse por boa parte da clareira. 

Ele era um bom lutador, Wendy tinha que admitir. 

Usando seus poderes, a Cullen agarrou um recém-criado de cabelos ruivos pelo braço, puxando ele para perto e tocando sua pele. A vampira sussurrou as mesmas ordens que tinha dado ao outro vampiro atarracado. E, assim como ele, o ruivo passou a atacar o outro lado com um olhar avoado, como uma marionete sendo manejada. 

Ela ganhou um olhar surpreso e orgulhoso de Paul, que destruía qualquer um que se aproximasse dela enquanto estava ocupada. A garota sabia que ele ainda tinha dúvida se ela podia se virar durante a batalha, por isso tinha se posto ao lado dela assim que foi possível, contudo, Wendy entendia que devia ser difícil para ele, ver seu imprinting ser atacado e não fazer nada. 

Um ganido soou do lado esquerdo da clareira, e Wendy viu um lobo castanho ser agarrado por dois vampiros — que ela logo reconheceu ser Jared. Sem pensar duas vezes, ela correu até ele e arrancou um dos vampiros que o apertava. Ao acabarem com os dois, Jared a encarou com um olhar agradecido. 

A Cullen acenou com a cabeça e começou a avaliar o desempenho da sua família e da matilha. Tinham derrotado quase todos os recém-criados, e com a empolgação que Emmett e Paul acabavam com eles, não tinha muito mais que ela pudesse fazer. 

Wendy franziu o cenho ao ver um lobo de pelagem avermelhada acabar com um dos seus fantoches. Tinha decidido finalizá-los por último, mas já que aquele lobo tinha adiantado seu serviço, ela não se importava de encontrar o outro e terminar seu trabalho ali. 

Ela procurou com os olhos o vampiro ruivo que tinha controlado, e viu que Paul estava bem ao lado dele. O Lahote, percebendo que ela fitava o recém-criado, entendeu rapidamente o que ela queria fazer, então se adiantou e extirpou a cabeça dele. Wendy bufou baixinho e revirou os olhos para ele, que riu de uma maneira esquisita, já que estava transformado. 

— Edward está vindo pra cá — avisou Alice, jogando um corpo na fogueira que eles fizeram para queimar os recém-criados. — Eu vi que Victoria aproveitou para atacá-los enquanto lutávamos. 

— Eles estão bem? — A voz preocupada de Esme soou por toda a clareira, mas Alice não teve tempo para responder, pois Edward tinha acabado de chegar ali com Bella pendurada em suas costas. 

Wendy ignorou a conversa da sua família assim que viu que todos estavam salvos, e se aproximou de Paul para ficar ao lado dele. 

A Cullen sentia uma vontade imensa de tocá-lo. Queria passar suas mãos por aquele pelo macio e sentir o cheiro do homem que estava apaixonada. No entanto, não sabia como ele reagiria se ela o tocasse com tanta intimidade na frente de todos. 

Parecendo sentir a hesitação dela, Paul baixou a cabeça enorme em direção a mão de Wendy, pedindo carinho. A vampira riu, e afagou o pelo dele, abraçando-o de lado para sussurrar algo em seu ouvido. 

— Você não imagina o quanto estou feliz que ninguém se machucou. 

O lobo a encarou com os olhos brilhando, e balançou a cabeça, concordando. 

— Foi bem mais fácil do que eu esperava — confessou ela, enterrando o rosto no meio dos pelos dele, como Paul gostava de fazer com seus cabelos. — Eu quase não tive nada pra…

— Leah, não! — O grito ensurdecedor de Edward foi tudo que Wendy ouviu. E, quando ela se virou, desejou não ter cantado vitória antes do tempo. 

Um recém-criado, que provavelmente esteve escondido durante a batalha e eles tinham deixado passar, tinha os braços ao redor de Leah num aperto que, ou resultaria em sua morte, ou em muitos ossos quebrados. Paul tencionou seus músculos, e Wendy assistiu espantada o lobo avermelhado trocar de lugar com Leah, e ser esmagado. 

Quando o corpo atingiu o chão gritando de dor a pleno pulmão, foi que ela reconheceu que o lobo era Jacob Black, o nêmesis do seu irmão. A vampira sentiu Paul disparando ao seu lado para acabar com o vampiro que havia acabado de machucar seu irmão de bando e optou por observar Carlisle examinando o garoto, de longe. Não queria ver nada que não devia, já que ele estava nu. 

— Pessoal! — gritou Alice com os olhos arregalados. — Os Volturi estão quase chegando aqui!

Wendy congelou e trocou olhares preocupados com Rosalie. A família toda tinha expressões apavoradas no rosto, e os lobos os encaravam, confusos. 

— Os lobos tem que sair logo daqui! — avisou Jasper. 

Carlisle assentiu para o loiro e a matilha correu em direção às árvores para vestirem roupas. Jacob ainda jazia no chão agoniado, mas alguém já tinha vestido um short nele, então Wendy se aproximou. 

Bella estava ajoelhada ao lado do garoto e lágrimas escorriam pelo seu rosto — talvez se sentindo culpada pelo acidente, enquanto Carlisle o examinava. 

Wendy suspirou ao sentir mãos fortes agarrarem sua cintura por trás. Ela logo reconheceu o cheiro de Paul, então se virou rapidamente e o abraçou com mais força do que devia. Estava desesperada para senti-lo seguro em seus braços, e parecia que ele sentia o mesmo, pois retribuiu o abraço da mesma maneira. 

Paul a afastou um pouco e beijou sua testa, sussurrando como estava agradecido que ela estava bem. Wendy percebeu os olhares surpresos que os dois ganharam, mas não se importou. Só queria ele por perto por mais alguns segundos. 

— Vamos levá-lo até a casa do Billy — avisou Sam a Carlisle. 

— Vou até lá assim que acabarmos aqui. Sinto muito não poder atender ele agora, é um infortúnio ter que lidar com os Volturi — explicou-se o doutor. 

O alfa assentiu. E Paul, que abraçava Wendy pela cintura, franziu o cenho com uma curiosidade palpável. 

— Te explico tudo depois — murmurou Wendy, acariciando o braço dele, enquanto apoiava a cabeça em seu peitoral. 

— Paul, venha nos ajudar a carregar o Jake — chamou Sam, posicionando-se em um lado de Jacob. O Lahote concordou e deu um leve aperto na cintura dela antes de ir. 

Os garotos o ergueram soltando grunhidos ao ouvir os gemidos de dor que o Black fazia cada vez que mexiam mais nele. 

Wendy percebeu o corpo de Bella estremecer a cada lamento. Pensou em ir consolá-la, mas Edward já estava ao seu lado a apoiando. 

Antes de começar a andar, Paul a lançou um olhar pidão, e Wendy rapidamente captou a mensagem, então logo prometeu que iria com Carlisle até a reserva.

O clima na clareira após a saída dos lobos ficou ainda mais tenso. Haviam acabado de terminar uma batalha com alguém gravemente ferido e, muito provavelmente, iniciariam outra com um grupo muito mais experiente que um bando de vampiros novos que não sabiam nada sobre suas próprias habilidades. Os Volturi não perdoavam, e o fato de Bella ainda não ter se transformado em vampira, colocava um alvo gigante nas costas da família. 

Perdida em pensamentos, a caçula dos Cullen não reparou na nova presença, até que ela soltou um chiado baixinho encarando Bella com desejo. 

— Quem é essa? — indagou Wendy ao ver uma garota morena se escondendo atrás de Esme. Ela parecia ser jovem, com não mais que 15 anos. Os cabelos eram longos e encaracolados, muito parecidos com os dela; a diferença era que Wendy estava completamente limpa, e a recém-criada estava toda suja de terra e com galhos presos em seus fios. Tinha uma estatura baixa e o corpo franzino, dando-lhe um ar de fragilidade. Contudo, a Cullen sabia muito bem que ela escondia uma força assombrosa naqueles bracinhos magrelos. Os olhos brilhavam num vermelho escarlate, e ela admirou a cor por alguns instantes. Fazia décadas que ela não via aquele mesmo olhar em seu próprio rosto. 

— O nome dela é Bree — explicou Esme para a família. — Ela quer se juntar a nós. 

Wendy franziu o nariz, não gostando muito da ideia de deixar o posto de mais nova da família. 

Sua reação, comparada a dos seus irmãos, foi ínfima, pois assim que os homens do clã ouviram a apresentação, colocaram-se em frente a suas parceiras com expressões ferozes e protetoras, como se aquela coisinha fosse atacar qualquer um deles. 

Carlisle, o único que não regrediu para os tempos das cavernas, lançou um olhar repreendedor para os seus filhos, mas foi em vão. Nenhum deles mexeu sequer um milímetro de suas posições. 

Ao ver como todos estavam se portando e o semblante medroso no rosto da vampira, Wendy se aproximou. Por outro lado, seria legal ter mais uma irmã para encher. E, apesar de talvez perder o posto de caçula, teria mais alguém para usar suas pegadinhas. Inclusive as velhas que ninguém da sua família caía mais.

Ela sorriu para a recém-criada com simpatia. As covinhas profundas apareceram em suas bochechas, e a outra garota relaxou automaticamente. Apesar do olhar maroto que ela tinha no rosto, Bree a achou a mais confiável dali depois de Esme. 

— Oi, Bree! Meu nome é Wendy! Vai ser um prazer ter você na família. 

Esme a deu um olhar orgulhoso, e apontou para os outros como se dissesse: “Olhe só a Wendy, é assim que se faz”. 

 


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