Metáfora para o Fim escrita por Kansas


Capítulo 1
Metáfora para o Fim


Notas iniciais do capítulo

Tenha uma boa leitura!



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Em todo o mundo, nuvens cor de chumbo, carregadas de chuva, aglomeram-se na imensidão azul da troposfera, anunciando uma tempestade eminente. Tão próxima de se realizar que é até possível a imaginar: o manto cinzento do céu sendo atravessado por lampejos luminosos, ao mesmo tempo que aterrorizantes estrondos ecoam e água cai gélida, encharcando o solo.

Isso, porém, não passa de um vislumbre do que virá. Por enquanto as massas de vapor d'água ainda estão se aglomerando, encaixando-se. A catástrofe não se concretizou até agora...

E em meio a tudo isso, três figuras totalmente distintas, localizadas em diferentes lugares do globo, agem como espectadores em uma sala de cinema. Observam a trama que se desenrola diante de seus olhos, tirando suas próprias conclusões sobre a obra.

Primeiro uma menina, criança ingênua. Sente-se amedrontada pelo céu negro que vê e corre para os braços de sua mãe, acreditando que tudo ficará bem perto dela. Em sua concepção para sobreviver à tempestade nada deve ser feito além de procurar abrigo e se esconder até que o dia amanheça bem, como se a chuva não tivesse ocorrido. Sendo a otimista que é, para ela mesmo que coisas horríveis aconteçam, tudo ficará bem no final.

Já nosso segundo sujeito é o total oposto da criança. Este é um velho pessimista irredutível. Um chato, endurecido pelo tempo e pelas dores da vida. Fica sentado em sua poltrona, olhando desgostoso pela janela por não ver opções para amenizar os efeitos da tempestade. Ele aceitou o que está por vir sem nem mesmo lutar para mudar isso, afinal ele não é um tolo. Acha que se nada foi feito até o presente momento, não será feito agora.

E por último, um jovem de vinte e poucos anos, esperançoso e sensato. Ele é realista, sabe que a tempestade vai chegar e que nada vai ser como era depois dela. Porém isso não quer dizer que tudo está perdido, com o tempo tudo volta aos eixos. Além do que, com um pouco de trabalho os danos podem ser reduzidos e isso pode ser usado como uma chance de fazer as coisas se tornarem melhores.

Eis que o momento vital desta trama nos foi apresentado: o primeiro instante em que nossos personagens observam e ponderam para que possam decidir o quê fazer sobre a tempestade que os ameaça. E é exatamente assim que se encontra o nosso mundo agora. Estamos apenas observando a eminente catástrofe se formar. Essa é a hora de definir o quê deve ser feito e escolher nosso futuro.

Podemos ser otimistas ingênuos ou pessimistas chatos e, até mesmo, realistas esperançosos. Porém, o importante é: Já decidiu o que deve ser feito?


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Notas finais do capítulo

Espero que esse texto consiga gerar algum tipo de reflexão em você. :)
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