Quando os primeiros sintomas apareceram, ela – mesmo sendo experiente – não deu importância, não por irresponsabilidade, mas por sempre se cuidar, então, as chances de ela estar gravida em meio a uma viagem ao lado de Sasuke Uchiha, seu esposo a poucos meses, era mínima, Bem, foi isso o que ela achou.

Contudo, a exaustão de antes se tornou mais frequente, os enjoos mais intensos e a falta de concentração para conter seu chakra para curar as pessoas se tornou difícil, foi quando ela percebeu, tinha alguma coisa errada.

Saber que estava gravida por outra pessoa – quando ela deveria saber perfeitamente disso – foi um segundo choque, o primeiro, claro, foi saber que em seu ventre crescia uma pequena semente do seu amor com o de Sasuke.

A gravidez foi repentina para ela quanto para Sasuke, entretanto, eles tinham ciência que aquilo era apenas o fruto do amor deles, por mais que estivessem assustado com o enorme passo que suas vidas dava, estavam felizes, afinal, Sasuke estava finalmente reconstruindo seu clã e formando uma bela família.

Decidiram por não interromper a viagem e Sasuke pôde perceber um lado que quase não se lembrava da época de gennin, de um Sasuke Uchiha protetor e atencioso.

Com o passar das semanas, sua barriga antes reta foi se tornando saliente e ela começou a sentir o que era estar gravida. Aquele pequeno ser que se formava em seu ventre, mesmo lhe consumindo uma enorme energia, a fazia sorrir bobamente quando fazia algum movimento.

O pequeno ser parecia reagir a sua voz e ao seu toque suave, seja no banho ou até mesmo de forma involuntária.

Quando a garotinha nasceu nos braços de Karin, não soube falar ou expressar sua felicidade em poder pegar aquele ser tão pequenino de cabelos escuros nos braços, dá o primeiro mamar ou até mesmo, não chorar de felicidade.

Quando a pegou no colo pela primeira vez, rapidamente contou todos os dedos dos pezinhos e das mãozinhas, levou o dedo até o pequeno e delicado nariz enquanto aqueles pequeninos olhos a fitavam.

As lagrimas banhavam seu rosto tamanho era a felicidade que sentia naquele instante, tudo a sua volta parecia ter perdido o valor e a única coisa preciosa que tinha estava ali, em seus braços começando a chorar.

Não soube e ainda não sabia dizer o que sentiu ao segurar sua filha Sarada no colo pela primeira vez e acreditava que jamais saberia descrever tal sensação.

Os anos foram passando e a doce Sarada crescendo, de um bebe a uma criança e de uma criança entrando na pré-adolescência.

Seu pequeno e doce bebe, havia se tornado uma bela e habilidosa gennin como ela e Sasuke foram um dia, mas claro, Sarada era ainda mais poderosa.

E o amor que Sakura sentia por ela, apenas crescia que não havia mais espaço em seu coração, já havia se apoderado de seu corpo. Ver sua doce menina chorar de frustração, ficar triste ou sorrir, fazia seu coração se aquecer e perceber: Não amaria nada e nem ninguém como amava sua doce e bonita menina.

O medo de vê-la se machucar ou pior, de perde-la, dilacerava seu coração, ainda mais quando sua doce menina tinha um sonho tão grandioso como ser uma Hokage— coisa que ela acreditava veemente que Sarada conseguiria.

Seu sorriso se tornou enorme e involuntário ao ver a filha vir correndo em sua direção e lhe abraçar.

Tocou os cabelos negros tão parecidos com o pai e afagou num leve carinho fazendo a garotinha de doze anos se aninhar em seus braços, era em momentos como aquele que Sakura tinha certeza, Sarada era seu bem mais precioso.

— Obrigada mamãe! – A jovem Uchiha falou lhe fitando com um sorriso aberto, mostrando ali toda a sua admiração, gratidão e amor.

Manter os olhos secos havia se tornando uma grande tarefa quando o assunto era a filha, ainda mais quando a Uchiha fazia questão de mostrar a ela o quanto a amava e admirava. Tocou levemente o centro da testa da Uchiha com carinho e sorriu.

Ficou admirando a filha correr para os amigos e acenar de longe e sorriu.

Seu coração se aqueceu ao recordar-se de todos os momentos com a filha, desde as felicidades aos momentos de chateações e discussões e Sakura teve uma certeza, ela amava ser mãe de Sarada e se pudesse mudar o passado, faria tudo novamente, só para poder ver aquele sorriso ser direcionado a ela todo dia.

Porque Sarada a fazia a mãe mais feliz e orgulhosa do mundo.