Momento em pausa escrita por Douglas Nôu


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Yo!
É a primeira vez que escrevo uma fic inspirada em alguma música, e gostei bastante. Espero que gostem!
Inspirada na música "Momento em pausa", de Guilherme de Sá (cantorzão cara), enfim, eis o link da música:

https://www.youtube.com/watch?v=9n5kt6uuQ6o

Boa leitura.



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Naruto Uzumaki definitivamente estava a evitando. Perceber isso fez seu peito doer, e doer bastante, por que finalmente entendia o que estava sentindo. E logo agora a ausência dele estava marcando presença. Suspirou, não podia reclamar afinal, a culpa era dela. Para piorar tudo, o amigo sequer apareceu na escola naquele dia.

Hinata e Naruto eram grandes amigos desde... desde... ah! Desde sempre! Nunca foram só Naruto ou Hinata, eram sempre Naruto e Hinata ou Hinata e Naruto. Claro que trocaram uns beijos algumas vezes, tinham mais que um carinho a mais um pelo outro, mas nada acima daquela amizade estranha que não ousavam rotular. Todavia, quando um dos dois aparecia de namorado ou namorada novos acabavam ficando estranhos, mas sempre por pouco tempo.

No último ano Naruto namorou Shion e ela namorou Toneri. Hinata passou umas boas semanas sendo perseguida pela garota quando o Uzumaki terminou com ela de repente, a moça acreditava com toda fé do mundo que era sua culpa o término deles. Bom, foi aí que tudo começou a ficar estranho na amizade deles, Naruto não mais sorria como antes, ainda que sorrisse bastante. Os olhos sempre tão alegres perdiam um pouco o brilho quando a via com Toneri.

A ausência de Naruto era sentida, e muito. Não demorou para que seu namoro também terminasse, entretanto, diferente de Shion, seu agora ex-namorado fora compreensivo. Era como se ele soubesse que as coisas acabariam entre eles, ficou triste sim, mas parecia saber o que a própria Hinata não sabia a respeito de si mesma.

Agora ela sabia, e isso a estava matando!

— Hinata?

— Hã?

— Tá bem! Você não vai passar mais nem um minuto sem procurar o Naruto! – A morena arregalou os olhos.

— D-do que tá falando, Sakura? – A moça revirou os olhos.

— Todo mundo já percebeu, Hina. Tá escrito na sua testa, em neon, “eu amo o Naruto-kun!”

— É claro que eu amo, e-e-ele é meu amigo. – Sakura fez cara de tédio.

— Nem você acredita mais nisso, não é? – Finalmente deu-se por vencida.

— Ele tem me evitado...

— Ai amiga, as vezes vocês dois são uns inúteis.

— Hã?

Então o professor Kakashi apareceu ao lado das duas, no corredor da escola. Seus olhos exalavam uma preguiça que ofuscava qualquer outra coisa que ele sentia. Hinata reparou na pilha de papéis que ele tinha presa na axila, o homem sorriu e entregou-a, a morena não entendeu.

— É o material da aula de hoje, pro Naruto.

— Mas-

— A Sakura disse que você se ofereceu pra entregar a ele, então aí está. Vou indo. – Os olhos perolados fitaram uma Sakura sorrindo amarelo.

— Me ofereci?

— Então, né. – Ela coçava a nuca.

— Acho que você tem razão...

— Aproveita que ele está doente, dê uns cuidados especiais. – Hinata corou.

— Sakura!

— Qual é Hina, todo consegue ver esse tesão entre vocês dois. Até o Toneri percebeu, por isso ele aceitou na boa o término. – Por mais que odiasse a situação, era verdade.

— Espero que dê tudo certo.

— Você conhece o Naruto, é só fazer esse seu olhar pidão que ele se derrete inteiro. – Hinata sorriu envergonhada, sabendo que isso também era verdade.

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Naruto andava de um lado para o outro em seu quarto, uma mão massageando a testa e a outra segurando um caderno onde anotava suas músicas. Estava ficando bom, pelo menos para ele, estava. Suspirou, estava nervoso, muito nervoso. Aquele era seu presente para Hinata, não podia sair menos que espetacular. Pensar nela pareceu ligar o botão da “bad”, esteve evitando a Hyuuga fazia umas semanas. Mas não era por maldade, era bem o contrário. Não conseguia tirá-la da cabeça, inclusive terminou com Shion por isso.

Não podia ser um sacana e declarar-se para ela enquanto Toneri ocupasse o lugar em que queria estar, mas quando eles romperam, ah! Naruto comemorou como se estivesse em uma final de copa do mundo, mesmo sabendo que isso era um tanto errado. Fitou o violão jogado na cama, depois o caderno, a melodia já estava em sua cabeça há dias, aquela música sairia bem rápido. O aniversário de Hinata estava próximo e pretendia se declarar com a música, nunca foi muito bom em falar o que sentia, por que tudo que sentia era com acordes e melodia.

Naruto definitivamente respirava música.

De repente os olhos encontraram uma fotografia no criado mudo, na imagem estavam ele e Hinata no Ichiraku, um braço rodeando os ombros da menina tímida e o outro segurando um troféu, os dentes tomando metade do rosto num sorriso que só dava quando estava com ela. Ah! Aquele foi o dia em que ganharam uma competição de comida do restaurante. Faziam tudo juntos, até a dor de barriga horrível que sentiram depois daquele dia foi algo que compartilharam. Era uma lembrança bizarra, bizarramente boa. Amava aquela garota, céus! Sentiu um medo tremendo tomar conta do peito, e se ela não sentisse o mesmo? E se as coisas ficassem estranhas entre eles? Pior de tudo, se começassem a se afastar depois que ela soubesse? Naruto não conseguia imaginar um futuro em que Hinata não estivesse presente.

— Certo, certo. Nada de dar pra trás agora. – Bateu nas próprias bochechas, como se o ato lhe desse coragem. Abriu o sorriso próprio da Hyuuga, pegou o violão, sentou-se com as pernas abertas no chão e começou a dedilhar as cordas, mas parou e pensou. – E se eu travar na frente dela? – Puxou os cabelos, nervoso.

Foi então que teve a ideia genial de cantar de frente para uma fotografia da morena. Foi até o bendito criado mudo, abriu uma gaveta e escolheu a foto secreta dela. Hinata nem imaginava a existência daquela fotografia, e se soubesse, provavelmente o mataria. Mas aquilo era seu tesouro, guardado a sete chaves, bom, escondido na gaveta, mas ainda assim bem guardado. Posicionou a fotografia inclinada à sua frente, bem no pé da cama e pegou o violão mais uma vez, foi inevitável corar, e muito. Por mais que fosse só uma foto, nossa! Os olhos dela lhe paralisavam de um jeito...

— Respira, respira... – Bateu nas bochechas mais uma vez, respirou fundo, tomou coragem, olhou nos olhos da morena na fotografia e sorriu.

Era agora!

Se o Uzumaki fosse um pouquinho mais atento e não estivesse de costas para a porta do quarto, veria o par de olhos perolados de verdade lhe fitando, adornados pela face corada e sorridente da pessoa que vinha acabando com suas noites tranquilas de sono todos os dias.

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Hinata estava a um quarteirão da casa de Naruto, e capa passo seu aumentava em dez o número de batidas por minuto do seu coração. Parou um instante para por as folhas das aulas em suas coisas, as mãos estavam suando muito. Borboletas faziam uma tempestade em seu estômago. Sentia a face corar e um sorriso brotando em seu rosto sem nem saber o motivo.

Respirou fundo, bateu as mãos na saia xadrez do uniforme, ajeitou o pequeno laço preso em seu decote e pôs-se a caminhar mais uma vez. Céus! Não conseguia se acalmar! Ela que sempre era tão tranquila, tão meiga, tão quieta. Sabia que ninguém mais lhe causaria todas aquelas sensações, mesmo sem tocá-la, além de Naruto. Paixão não era nada perto do que sentia.

— Hinata? – Foi despertada de seus devaneios ao ouvir a voz de Kushina.

— Ku-kushina-san?

— Oh! Querida! Está indo lá em casa? – A Hyuuga olhou de um lado para o outro para lembrar-se de onde estava, depois para o rosto sorridente da mulher que caminhava em sua direção. Ela e Naruto eram tão idênticos que a menina esqueceu de respirar ao ver o sorriso aberto da ruiva.

— H-ha-hai! – Começou a bater os dedos indicadores um no outro.

Kushina ergueu uma sobrancelha com malícia. Ponderou a situação por um segundo, Hinata provavelmente ia entregar alguma atividade escolar ao lerdo do seu filho. Ok! Quando saiu de casa o dito cujo nem dera atenção, concentrado no “presente” da moça à sua frente. Ok! A mocinha estava com as bochechas mais coradas que de costume, provavelmente de expectativa de que algo pudesse acontecer. Ok! Resolveu fazer o que qualquer boa mãe faria.

— Querida, ainda bem que nos encontramos! – Abraçou e beijou a bochecha da morena, as mãos nos ombros dela. – Estou indo comprar um material pro jantar, e bom, o estabanado do Naruto nem ouviu quando avisei pra ele que estava saindo. Então toma aqui. – Pôs a chave da casa na mão da moça e sorriu feliz, sabendo que não tardaria a ter sua tão sonhada nora.

— Hã? – Hinata estava perdida.

— Não se preocupe, ele está melhor. – Deu leves tapinhas nos ombros da morena. – Está até estudando... – Sorriu arteira, mas Hinata não percebeu. – Bom, até mais Hina-chan!

Hinata olhou a chave em suas mãos, depois a ruiva se afastando, mais uma vez as chaves. Então estaria a sós com Naruto?! Sentiu as pernas ficarem bambas. Deus! Se estava nervosa apenas de vê-lo, estar a sós com ele então! Se bem que, parando para pensar um pouco, aquilo era perfeito! Assustador, é verdade, mas perfeito! Bateu as mãos nas bochechas, esperando criar coragem com o ato e pôs-se a caminhar.

Finalmente de frente para a casa dos Uzumaki, a Hyuuga sentiu toda sua coragem escorrer pelo ralo imaginário da timidez. Mais um par de tapas nas bochechas quentes, os seios estufados e enfiou a chave na fechadura. Uma tensão tomou de conta do seu corpo ao passar pela porta. Olhou de um lado para o outro e engoliu o medo. Pôs a mão no peito e procurou se acalmar, era Naruto afinal! Não era a primeira vez que ficavam sozinhos em casa.

Fechou a porta atrás de si e caminhou até as escadas que levavam aos quartos, conhecia aquela casa tanto quanto a sua própria. Foi então que, na metade dos degraus, pôde ouvir a voz dele dizendo algo. Suas pernas tremeram, a boca secou, as borboletas mais uma vez fazendo um tornado em seu estômago, as mãos pareciam querer deixar-lhe desidratada de tanto suor. A porta do quarto dele estava entreaberta.

Hinata caminhou, a passos silenciosos, até a porta do quarto de Naruto. Sentiu o coração bater ainda mais rápido ao vê-lo sentado no chão, de costas, sem camisa. Céus! Aquelas costas largas e bronzeadas, cheias de músculos nos lugares certos! Quando Naruto cresceu tanto? Prestou atenção, mesmo sendo difícil, ele estava com o violão.

Escondeu-se quando ele levantou e foi até o criado mudo, tirou uma fotografia de dentro da gaveta e voltou a sentar-se no chão. Corou, corou muito ao conseguir enxergar a fotografia. Era ela! E o pior de tudo, estava deitada na cama à sua frente, toda desengonçada, espreguiçando-se! Pôs as mãos no rosto, se Naruto virasse e a encontrasse ali, desmaiaria de vergonha!

Foi então que viu o loirinho bater as mãos nas bochechas, como ela instantes atrás, era um ato só deles, mais uma das coisas que compartilhavam desde sempre. Sorriu, sentindo os olhos marejarem ao perceber o que ele estava fazendo. Procurou ficar em silêncio, ansiosa por ouvir o que ele cantaria. O Uzumaki puxou o fôlego e começou.

( https://www.youtube.com/watch?v=9n5kt6uuQ6o )

(N/A: Ouçam ao longo da cena, é maravilhoso!)

Se eu bem me lembro era pra esquecer
Mas sou o que a lembrança me permite ser
Olá, olá, olá, olá, olá!
Olá, olá, olá, olá!

Não conseguiu conter o sorriso que tomava conta de seu rosto ao ouvir aquilo. Com certeza era sobre o infame primeiro beijo que trocaram. Nenhum dos dois soube o que fazer, e pior, foi tão natural que não conseguiam dizer que foi um erro. Resolveram esquecer, mas ela nunca esqueceu. Como poderia?

Comecemos outra vez de novo o ensejo
Sei que a vida é seu apreço, eu só o recomeço
Olá, olá, olá, olá, olá!
Olá, olá, olá, olá!

 

Esforçou-se ao máximo para que seu choro não pudesse ser ouvido, as lágrimas desciam sem controle pelo rosto. Céus! A felicidade tomando conta do corpo quase como uma anestesia, as mãos suadas e trêmulas.

 

Por que tanto olá termina com adeus?
Me esquente ou afaste o frio
Devolve o riso, abraça-me
É que o coração não pensa e se pensasse, pararia
Quem sabe o seu decida me amar?
Olá!

 

A vontade de avançar sobre Naruto e beijá-lo era quase insuportável! Aquele maldito romântico! Se ele soubesse o efeito que aquilo lhe causaria se cantasse olhando em seus olhos! Com toda certeza do mundo desmaiaria e não ouviria tudo. Com todo cuidado do mundo engatinhou para dentro do quarto, silenciosa como uma gatinha.

 

Somos o verso certo no poema errado
E somos outros depois de outro alguém
Eu sou, eu sou, eu sou, eu sou, eu sou?
Eu sou, eu sou, eu sou, eu sou?

 

Sim. Agora ela via com toda clareza, eram dois idiotas! Procurando nos outros o que sempre tiveram juntos. A vontade de abraçar Naruto era quase incontrolável. Mordeu os lábios sentindo o gosto das lágrimas.

 

Não diga adeus hoje
Somente os mortos sabem dizê-lo
Me esquente ou afaste o frio
Devolve o riso, abraça-me
É que o coração não pensa e se pensasse, pararia
Quem sabe o seu decida me amar?

 

Por quê diabos, ela se perguntava, a voz de Naruto tinha que ser tão linda?! E aquela paixão toda em cada palavra, em cada fôlego, era pra ela? Seu corpo todo tremia. Fechou os olhos e respirou fundo, a vontade de abraça-lo cada vez mais forte. Sabia que não olharia para mais ninguém como olhava para ele. Sentiu ciúmes da própria foto ao vê-lo tão apaixonado, a voz grave, forte, potente, cheia de sentimentos direcionados a uma fotografia. Oras! Ela estava bem ali, pronta para amá-lo com tudo que tinha!

 

Então que o tempo pare
Onde exista nós, oh uh!
Onde seu coração resista
Que parta junto ao o meu
Que saiba decidir, que decida amar
Amor
Olá!

Estava simplesmente em êxtase quando ele terminou. Não pensou em mais nada, não tinha o que pensar, afinal “se pensasse, pararia!”. Envolveu os braços ao redor do pescoço tão masculino dele, os lábios de encontro aos cabelos loiros tão macios e bagunçados, sentiu o cheiro de Naruto invadir seus sentidos e causar-lhe um torpor. Ele virou-se de uma vez, assustado, quando Hinata entrou?! Ela ouviu tudo?! Estava corado, muito, muito corado.

Os olhos azuis, limpos, arregalados, fitavam os perolados cheios de lágrimas, mas felizes. Naruto também sentiu o cheiro de Hinata, mais forte do que em sua cama. A última vez que dormiram juntos fazia umas semanas, e odiava-se por isso. Mas ela estava bem ali, o rosto colado ao seu, o sorriso tímido que acabava com seu sono. Deus! O cheiro dela estava em suas veias, forçando-o a lembrar dos sonhos nada puritanos protagonizados por eles dois.

— Olá, Naruto-kun. – Foi o suficiente para fazê-lo mandar qualquer senso comum à merda! Tomou os lábios tão desejados com paixão. Apertou a cintura tão feminina dela, forçando o corpo pequeno de encontro ao seu. A pele arrepiou ao sentir as mãos pequenas puxarem seus cabelos.

Caíram deitados no chão, ele por cima dela. Desceu os beijos pelo pescoço alvo, sentindo aquele cheiro que cravava em seus sentidos, o calor da pele dela, a maciez, a cor. Amava Hinata, amava muito! As pontas de seus dedos tocaram a cintura desnuda da morena, por baixo da blusa do uniforme escolar que ela usava. Hinata arfou, arqueando as costas, dando volume aos seios. Naruto afastou-se um pouco, ainda por cima dela, para fitar os olhos perolados. A morena estava com as bochechas bem coradinhas, um sorriso ainda brincava em seus lábios. Sentiu as mãos dela passearem por seus braços, toques suaves e delicados, como ela.

— Vo-vo-você ouviu? – Com muito esforço sua voz saiu. Hinata apenas acenou, ainda sorridente, as mãos agora afagando sua nuca. – Quando você chegou? – Aquele maldito sorrisinho dela só atiçava mais a vontade de beijá-la.

— A tempo de ver aquela foto minha. – Naruto arregalou os olhos, tentou se afastar, mas os braços dela o prendiam. – Não vai fugir, Naruto-kun. – Apertou o abraço, forçando-o a aproximar o rosto do seu. – Não depois disso tudo. – Encostou os lábios nos dele mais uma vez, suas respirações já estavam descompassadas mais uma vez. – Nunca mais, nunca.

Se fitaram por alguns instantes. O Uzumaki se permitiu sorrir, não saiu como planejava, mas bem, Hinata ouviu o que queria que ela ouvisse, então deu certo, não é? Respirou fundo, ainda tinha que dizer da forma tradicional.

— E-eu estava fugindo de você, m-mas não era por mal. – Desviou os olhos dos dela, se não o fizesse acabaria beijando-a de novo. – Caramba, Hina-chan! Você não me deixa dormir! E-e-eu fi-fico sonhando com esses beijos e... e... – Passou a mão no rosto, nervoso, suado. Hinata ainda tinha aquele sorrisinho na boca, naquela maldita linda boca! – Eu sou louco por você! Olha, eu te amo, amo de um jeito que sei que não vou, e nem quero, amar mais ninguém. Caralho! É uma tortura deitar nessa cama, sentindo seu cheiro toda noite, olhar pra qualquer canto desse quarto e pensar em você, por que tudo aqui tem uma parte sua. Eu não consigo olhar pra mais ninguém, Hinata.

— Eu te amo, Naruto-kun. – Pegou o rosto dele entre as mãos, fitando-o nos olhos. – Você é tão impulsivo, se afastando assim, quando podíamos ter resolvido isso faz tempo! Mas não consigo deixar de amar isso em você, por que se não fosse assim, estabanado e afobado, não seria você. Eu amei tudo que você cantou, amei como você estava tão apaixonado olhando pra minha foto, fiquei até com ciúmes de mim mesma. – Sorriu lembrando, uma mão começou a acariciar a bochecha dele. – Não mude nunca, Naruto-kun. Eu amo cada pedacinho de você.

Sem esperar mais nada, tomou os lábios do loiro com desejo. Rolaram no chão, agora ela por cima. Beijou o pescoço másculo, sentindo a textura da pele quente de Naruto. seus dedos se aproveitavam de cada pedaço da derme dele, era tão quente, tão aconchegante. Sensações que apenas ele podia proporcionar. Pensou se fariam amor ali, um sorriso tímido no rosto. Seria a primeira vez de ambos.

— Você acabou com minha surpresa.

— Eu sei.

— Seu aniversário é amanhã, o que eu vou te dar? – Hinata sorriu maliciosa, pegou as mãos dele entre as suas e depositou em suas coxas. Rebolou de leve sobre ele. Sabia que estava corada, era impossível não estar. Se soubesse o que isso fazia com ele...

— Algo que não quero de mais ninguém, pelo resto da minha vida. – Naruto corou, corou muito.

— A-a-agora? Te-tem certeza?

— Absoluta.

Naruto procurou alguma dúvida nos olhos perolados antes de amá-la pela primeira vez. Ele não sabia, mas todas as próximas vezes em que a amaria, seriam como aquela, cheia de descobertas e surpresas, com amor e paixão, com toda devoção que tinham um pelo outro. Por que com Hinata, aquele momento estava congelado, para sempre, e sempre estariam ali.


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Notas finais do capítulo

Bem, foi isso.
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Até a próxima!



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