Amor na Guerra - CIP escrita por Casais ImPossíveis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D
Boa leitura



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— Está nervosa? – Cato sentou no banco acolchoado de frente para Clove. O trem se movia rápido no caminho do Distrito 2 para a Capital, para o 74° Jogos Vorazes, e a garota não parava de secar o suor das mãos no tecido macio da calça que usava.

Clove deu de ombros, balançando seus cabelos escuros e encarou a paisagem do lado de fora através da janela.

— Um pouco, na verdade.

— Mas nós somos os melhores – Cato sorriu cortando uma fatia de uma torta aparentemente deliciosa.

— Nem conhecemos os outros participantes ainda – Fuzilou o garoto com seus olhos negros.

— E daí? Você acha o que? Que um esfomeado do doze vai tirar a nossa vitória?

Riu negando com a cabeça.

— Não isso. Mas também tem carreiristas bons no um, por exemplo.

— Matamos eles primeiro, então – Sugeriu. Vendo que ela ainda não parecia convencida, trocou de lugar, deslizando para seu lado e passando o braço sobre os ombros pequenos dela. Clove tinha quinze anos e Cato dezesseis, mas a diferença de tamanho entre eles era gritante, pois ela era baixa e magra e ele era alto e musculoso – O que foi?

— Só existe um vencedor – Sussurrou limpando os olhos com a manga da blusa que vestia.

— E?

— Eu não queria ter vindo com você – Apoiou a cabeça no ombro dele, inalando seu perfume tão conhecido enquanto tentava se controlar para não chorar por aquilo.

— Ei ei, não pensa nisso agora – Cato pediu levantando seu queixo com os dedos grossos – Nós vamos proteger um ao outro.

— E o que fazemos quando um de nós for assassinado na frente do outro? Eu não posso te ver morrer, Cato.

— Se – Frisou a palavra – Um de nós morrer o outro ganha o jogo por nós dois. Combinado?

Clove negou com a cabeça, vendo que as lágrimas corriam por seu rosto mesmo sem ela querer.

Cato beijou sua testa, abraçando seu corpo enquanto ela chorava.

— Eu podia ter vindo com qualquer pessoa que eu não ia ligar – Soluçou – Mas não podia ser você.

— Porque não? Somos uma ótima dupla.

— Porque eu te amo, porra!

O garoto piscou algumas vezes antes de absorver a declaração. Já fazia algum tempo que eles estavam se vendo, saindo e ficando juntos, mas nunca imaginou que ela sentia aquilo como ele. Abriu um sorriso e a abraçou ainda mais forte.

— Eu também te amo.

— Eu quero desistir – Murmurou chorosa.

— Vamos fazer o seguinte – Afastou-a de seu peito e pegou dois arames de amarrar sacos de pão de cima da mesa, girando um sobre o próprio dedo e um sobre o da garota – Agora não tem mais volta. Estamos namorando – Brincou tornando a abraça-la com um beijo suave nos lábios.

Cato geralmente não era assim atencioso ou gentil, mas sabia que um deles morreria para que o outro fosse campeão, assim sendo, eram seus últimos dias juntos. Com um beijo no topo da cabeça da garota, o trem parou.

Tinham chegado na capital.

***

— Como estou? – Perguntou alisando o vestido cheio de babados. Estavam na fila para ser entrevistados por Ceasar Flickerman e Clove queria muito passar uma boa impressão.

— Perfeita – Sussurrou com um sorriso.

Um a um os tributos foram chamados para trocar graças com o apresentador e serem apresentados a todos aquelas pessoas que aguardavam ansiosamente por cada edição do programa. Já no último distrito, a dupla do distrito dois estava no quarto assistindo a conversa quando, repentinamente o rapaz – Peeta Melark – confessou estar apaixonado por sua companheira, Katniss Everdeen.

O queixo de Cato caiu e ele direcionou os olhos para a expressão surpresa de Clove.

— Viu? Parece que não somos os únicos.

— Eles falaram lá na frente – Sussurrou mais para si do que para o garoto – Eles estão em vantagem.

— Ei, o que foi que eu disse? Nada de pensar nisso. E daí que ele está apaixonadinho por ela? Eles vão morrer de frio ou de fome em alguns dias – Zombou.

— Cato, me promete que a gente vai ficar junto até o final.

— Com certeza – Garantiu beijando seus lábios convidativos.

***

— Cato – Clove chamou sacudindo seu corpo. Os dois estavam escondidos no pé de uma árvore, aparentemente longe de todos os tributos – Eles disseram que vai ter um banquete na cornucópia. Com o que cada um está precisando. E disseram também que um casal do mesmo distrito pode ganhar.

— Um o que? – Piscou algumas vezes os olhos claros.

As árvores estavam paradas e o mormaço fazia sua pele suar e a dor aumentar ainda mais.

— Uma dupla do mesmo distrito pode ganhar, Cato – Seu sorriso era gigante – Só temos nós e os do doze que ainda estão juntos.

— Você não pode ir lá.

— Se eu não for, você morre antes mesmo de o jogo acabar – Ralhou apontando para o ferimento de espada que cruzava seu abdome.

— Aquela menina do seis fez um estrago aqui – Resmungou deitando a cabeça no tronco mais uma vez, suspirando com a dor.

— Eu vou lá e volto. Rápida como um raio.

— Volte viva – Pediu quando a garota correu pelo meio das folhas secas, indo para a cornucópia. Cato sentiu as lágrimas quentes escorrendo por seu rosto e as deixou cair enquanto seu corpo tremia, um pouco da febre e outro por medo.

Clove avistou de longe o pacote com um grande dois branco pintado. Mas também viu Katniss agarrada na sacola do doze. Buscou uma de suas facas e atirou na direção da garota, que a viu e desviou. Pegou outra faca e arremessou mais uma vez, vendo que a outra parava o golpe com a bolsa. Correu até ela, lançando-a no chão e prendendo seu corpo esguio e moreno no chão.

— Vai chamar seu namorado? – Provocou ameaçando a garota com uma lâmina. Começou a se divertir, perdendo o medo mais uma vez, como sempre acontecia quando a adrenalina corria por suas veias daquela forma. Katniss lutava para sair do aperto, mas Clove era mais ágil e conseguia a manter na posição – Você é ridícula. Sabe aquela sua amiguinha? Eu e meus amigos que matamos. Bem feit...

Repentinamente, sentiu um puxão em suas costas, e foi erguida no ar.

— CATO! – Gritou por impulso.

— O que foi que você disse? – Thresh, ex companheiro de Rue do distrito onze, bateu com as costas de Clove no metal frio da construção agressivamente.

— CATO!

— Você matou ela?

— CATO! – Sabia, em seu íntimo, que ele não podia fazer nada por ela no estado em que estava, mas não conseguia falar nada além de chamar por ele.

Antes que pudesse chamar o garoto mais uma vez, Thresh empurrou seu corpo repetidas vezes até que a vida dentro de Clove desaparecesse, e a deixou no chão antes de correr com seu pacote.

Cato, ouvindo os apelos desesperados da garota, levantou com dificuldade, se apoiando na espada para caminhar. Chegou na cornucópia louco de dor mas, quando viu a pequena Clove na grama, sangue na boca e olhos arregalados, conseguiu correr desajeitadamente até seu corpo, se ajoelhando sobre ela e chorando compulsivamente.

Se alguém quisesse aparecer ele destroçaria a pessoa, ele vingaria a morte dela. Entretanto, horas depois, ninguém tinha aparecido e suas lágrimas já tinham secado. Com um suspiro, abriu a bolsa pela qual Clove tinha dado a vida e passou o remédio em seu ferimento ensanguentado, adormecendo ao lado da garota, pensando que, no dia seguinte, venceria aquela droga. Venceria por eles dois.

Beijou a testa fria de Clove e abraçou seu corpo chorando baixinho.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam desse dramalhão?
Eu tenho que contar uma coisa pra vocês: eu tinha UM CRUSH (mas pensa no crush) no Cato no filme. Eu sei que ele é mau, não me julguem :(
Comentem ai o que acharam da fic e qual personagem da 74° edição dos jogos vorazes vocês crushavam o.0



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