Capítulo 27 — As coisas que eu amo em nós

Por Angela Weber

Quando Bella terminou de falar, sorriu e apertou o nariz de Edward, que se mexeu como se fosse morder a mão dela.

— Vocês são tão fofos! — exclamei sem conseguir me conter ao vê-los dando um selinho rápido.

Eles riram se separando.

— É difícil manter as minhas mão longe dele — confessou Bella. — Os anos passaram, mas com nossos trabalhos, a rotina de gravação dele e a minha rotina de shows, ainda faz com que a gente se separe. Hoje em dia não por tanto tempo quanto a primeira vez, mas isso faz a gente aproveitar as oportunidades de tocar e estar perto.

— E como Sebastian entra nessa rotina de vocês?

— Nós o adotamos com cinco anos, então ele já precisava frequentar a escola, então tiramos um ano para Seb. Nos encaixarmos na rotina dele ao invés dele se encaixar na nossa — contou Bella. — Quando voltamos a trabalhar, organizamos nossa agenda pra pelo menos um de nós estar com ele.

— Em época de aula eu costumo pegar trabalhos onde eu tenha uma liberdade maior para voltar para casa e Bella arruma a agenda dela para que os shows sejam mais aos finais de semana — explicou Edward.

— E como você sente com essa rotina, Sebastian? — perguntei para o garoto.

A entrevista era com seus pais, mas não faria mal saber um pouco da visão dele.

— Eu amo meus pais — disse ele. — Principalmente quando eu estou de férias e a mamãe me leva na turnê com ela, a gente viajou pra vários lugares legais nas minhas últimas férias.

— Por favor, me adotem! — pedi fazendo todos darem risada.

Eu já havia perdido a compostura sobre essa entrevista já fazia muito tempo e eu não me importava. Tinha sorte que ninguém escutaria as minhas gravações ou leria minhas anotações, então eu lidaria com tudo sozinha quando chegasse em casa para escrever a matéria.

— Bella falou sobre as coisas que ela descobriu que não gostava em você e do seu lado, Edward? Você descobriu o que não gostava nela em novembro? — questionei

Novembro de 2007

Edward Cullen

Não consigo lembrar se foi exatamente em novembro que eu descobri o que eu não gostava nela. Mas com certeza quando ela fugiu e não disse os motivos estava na minha lista daquela época

Haviam muitas coisas que eu não gostava nela, como o jeito que ela mordia os lábios deixando eles machucados, ou quando roia as unhas e acabava machucando  a própria mão.

Só que em novembro eu descobri o que eu amava em nós dois, o que me dava a certeza que seriamos um bom casal.

Amava o jeito que ela atendia ao telefone animada quando eu ligava, amava a maneira que nós dois passávamos nossas agendas pela ligação tentando achar o melhor horário pra gente conversar.

Eu adorava como ela me contava em detalhes sobre os eventos que ia, pra me fazer sentir como se eu estivesse com ela. Também adorava os comentários que ela fazia sobre tudo que eu falava sobre as gravações e o andamento do filme.

Nós fazíamos planos para quando eu voltasse para Los Angeles, sobre encontros e sobre como nos assumiríamos como um casal. Fazíamos planos sobre apresentarmos nossos amigos que não eram famosos um para o outro.

Tudo se resumia ao fato de que ouvíamos um ao outro de verdade, fossem nas amenidades, nos planos ou nos desabafos de dias ruins.

E eu amava tanto isso em nós dois