DD&D: Drabbles de Dungeons & Dragons escrita por Goldfield


Capítulo 3
Humor: 1 a 30




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Metal Chainmail Solid (Humor #01)

Draken é o ladino mais habilidoso do mundo. Sua fama cresceu após derrotar seu antigo mentor e sósia, o chefe de guilda de tapa-olho conhecido apenas como "Grande Suserano". Quando uma guilda rebelde intitulada justamente "Filhos do Grande Suserano" resolve vingar seu mestre, apoderando-se de sete dragões elementais cujos covis estavam escondidos nas Ilhas Raposa, Draken é enviado para se infiltrar na fortaleza furtivamente e eliminar um por um dos inimigos.

Para tal, é mais que conhecida sua tática em disfarçar-se como um baú para passar pelos vigias.

Mestre da Ilusão (Humor #02)

Davidus Ironfield sempre foi o maior ilusionista da aldeia élfica de Las Venturas. Até então membro de uma trupe de bardos, ele empregava suas habilidades apenas para ganhar dinheiro e fama, até uma tropa de mercenários violentos invadir Las Venturas e usar runas anti-élficas para submeter boa parte da população.

Agora, Davidus precisará utilizar suas magias de ilusão para amedrontar e espantar os invasores, e nada de usar dois halflings vestidos iguais para simular alguém serrado ao meio: os encantamentos devem ser para valer!

Paladinos e Necromantes (Humor #03)

Você é um necromante que foi encarregado de recrutar o máximo possível de seres para lutar contra o retorno de Drux, o Lorde das Trevas – sendo que ninguém especificou que esses seres precisariam estar vivos.

A solução foi ressuscitar todo um destacamento de paladinos que lutou no passado nas Contendas Sagradas. Guerreiros de exímia habilidade, mas talvez não a melhor escolha. Entre golpes com a espada e magias divinas, eles sempre se entreolham e afirmam: "Tudo bem, mas isto é errado!".

Artista incompreendido (Humor #04)

Josk, o Bardo, foi dotado de dádiva invejável e, ao mesmo tempo, terrível maldição: sua habilidade cantando e tocando instrumentos fez dele um dos mais admirados bardos da vila de Ali-está-o-rio, embora ele só consiga entoar canções na língua das terras do Oriente – as mesmas que embalam as iluminuras animadas produzidas pelos artistas de tais terras.

Os habitantes de Ali-está-o-rio são embalados dia e noite pelas canções dos cavaleiros dos doze feudos ou dos caçadores do bestiário de pequenos monstros, mas não compreendem a beleza das composições por não decifrarem suas letras.

Um belo dia, surge à vila o bardo mestre conhecido como Kara-o-kê, disposto a fazer Josk atingir o pico de suas habilidades.

Dominando grande poder, Josk não será apenas compreendido, mas temido.

Pela união dos seus poderes... (Humor #05)

Luccan utilizou seus conhecimentos acumulados de alquimia para se tornar exímio Elementalista. Dominando com incomparável destreza as forças da água, ar, terra e fogo, partiu junto a outros heróis para uma cruzada contra Drux, o Lorde das Trevas.

Em meio aos seus embates, derrotou o perigoso Elementalista inimigo conhecido como Vorpox. Tal vilão era versado nos quatro elementos básicos assim como Luccan, mas perdeu a batalha por sua prepotência e falta de compaixão.

Luccan, assim, lhe ensinou uma lição ecoada, em outra realidade, por um indiozinho da América do Sul:

— Quando se invoca o poder do planeta, além dos quatro elementos é preciso incluir o CORAÇÃO!

Sons estranhos (Humor #06)

Um arqueiro temido não apenas por sua pontaria, mas os encantamentos sonoros em suas flechas, Adder certa vez afugentou toda uma horda orc da floresta com setas encantadas imitando os urros de um dragão. Em outra, fez com que o exército de Berimor, reduzido em três para um em comparação a um bando goblin invasor, afugentasse os inimigos devido às suas flechas simularem os cascos de cavalo de uma suposta tropa reserva que se aproximava.

Mas o maior feito, sem dúvida, foi desintegrar toda uma força de mortos-vivos que tentava derrubar as muralhas de Velpan ao simular um som de corneta, convertida em mística e ensurdecedora buzina.

Poderes psiônicos (Humor #07)

Especializado em dons psiônicos, Gerek logo tornou-se um dos maiores combatentes das Terras Verdes. Lançando objetos contra seus inimigos, fazendo suas armas se voltarem contra eles mesmos, causando grandes desmoronamentos... Seu poder, além de admirado, logo se tornou temido.

Até, numa manhã na taverna, um misterioso homem careca surgir...

— Deixe-me falar-lhe sobre minha escola!

Arquétipo errado (Humor #08)

Wilhelm sofria com os olhares reprovadores à sua volta, conforme usava seu rosário como nunchaku ou golpeava o ar entre passos de luta quando era ordenado a esfregar o chão da capela.

— Para que tudo isso? – gritou uma tarde o abade, as mãos indo à cabeça para arrancar os cabelos que não tinha.

— O mestre quis fazer uma ambientação medieval europeia, mas não vou abrir mão do monge tradicional! – respondeu o noviço, apagando o superior com um soco.

O Horrível (Humor #09)

Hagar, o viking, eliminou mais um saxão com uma machadada. Logo em seguida, aparou uma sequência de três flechas com seu escudo. Do centro do campo de batalha, de repente, um clarão: um objeto estranho, de metal brilhante, surgira no meio do campo. A carruagem do próprio Thor?

Uma porta se abre, e de dentro do misterioso engenho sai um grupo de... crianças?

— Chega de ferrar nossas provas de Português! – a líder delas exclama, investindo contra o viking.

Coberto pelos pequenos, ele desfalece.

Rolar motivação (Humor #10)

O espadachim Pilkrin estende seu florete adiante. Os demais unem suas lâminas às dele, prontos para lançar o último ataque ao Usurpador do reino.

— Um por todos...

— ...e todos por um!

O halfling Grimun agita as sobrancelhas:

— Como assim, "todos por um"? Se só o humano restar, vou ter que lutar por ele?

— Também não gostei disso! – o anão Bruk discorda, apontando à elfa Mihala e seus cabelos prateados. – Posso me sacrificar por qualquer um aqui, menos por aquela orelhuda!

Pilkrin suspira:

— Nós temos que insistir! Livrar o reino do Usurpador! Pensem em quantas pessoas estão sofrendo e em tudo sendo destruído!

Os demais espadachins o ignoram. Ele é obrigado a lançar a última cartada...

— O vilão sozinho dá 50000 XP se derrotado!

Pilkrin inventou uma manobra para arremessar Grimun só para conseguir acertar o Usurpador de longe.

Bruk e Mihala lutaram lado a lado todas as rodadas.

O vilão tirou 1 numa manobra decisiva e morreu caindo sobre a própria espada.

Ninguém ganhou XP.

Tipo errado de Ranger (Humor #11)

Como bom Ranger, Pelgrim seguia os rastros dos orcs pela floresta, o arco pronto para disparar em qualquer inimigo que surgisse. Precisava encontrar o rastro dos bandidos para, assim, recuperar o tesouro roubado – e havia nele até um item mágico!

De repente, a figura de collant amarelo e um estranho elmo bem maior que sua cabeça brotou do meio de um arbusto, por pouco não levando uma seta.

— Quem é você? – Pelgrim perguntou assustado.

— Onde você estava? – a mulher de uniforme amarelo rebateu nervosa. – Estamos te procurando pra formar o Megazord!

Ele deu um tapa na testa, já cansado daquilo.

Sempre o confundiam com outro tipo de Ranger!

Assassin's Unbelief (Humor #12)

Eltair era o melhor Assassino da guilda. Sozinho já dera conta de muitos alvos, livrando a terra de Usban dos mais vis tiranos.

Após liquidar um mercador ganancioso, lá estava ele novamente, correndo dos guardas que tentavam pegá-lo. Com as espadas e lanças em seus calcanhares, ele teve de utilizar a técnica mais secreta e sórdida de sua guilda...

Sentado entre alguns simpáticos cidadãos jogando conversa fora, usando trajes e chapéus totalmente diferentes do capuz de Eltair, os guardas simplesmente passaram direto.

O banco de praça. Ele nunca falhava.

Nada é verdade, tudo é permitido.

Objetos curiosos (Humor #13)

Não só conhecido por canalizar pura energia mágica em seu corpo, o Arcanista era conhecido por conseguir transferir esse poder todo a um só objeto, tornando-o praticamente um dos artefatos mais poderosos do universo.

Na Grande Guerra Necromante, quando tudo parecia perdido, o Arcanista, após perder cajado e espada, finalmente revelou sua arma secreta...

Graças ao poder do espremedor de batatas, a paz reinou naquela terra.

Upando perícias... (Humor #14)

Hermin era o tipo mais inusitado de salteador que as Terras do Outono já haviam visto. Não só por sua habilidade em emboscar e levar os pertences de seus adversários: ele realmente saltava mais alto e mais distante que qualquer ser humano, chegando a pular do alto de uma muralha de muitos metros sem se ferir.

O que poderia ser a raiz de habilidade tão formidável?

Mestre: "Você upou. Onde vai colocar seus pontos de perícia?".

Jogador: "Ah, sei lá... Em Saltar!".

Mestre: "De novo?".

Jogador: "Estou sem criatividade...".

Matemágica (Humor #15)

Gelban, o matemático, conseguia calcular todas as probabilidades. Isso fazia dele o estrategista perfeito. Antes de qualquer missão, costumava reunir os companheiros e expor detalhadamente seu plano de ação em sistemas complexos com inúmeras variáveis: "x" eram orcs, "y" eram trolls.

"Ah, que coisa chata!" – queixou-se Berna, a halfling.

Gelban trocou "x" e "y" por flores e sapatos.

Todos a partir dali quiseram entender e desvendar seus planos.

Perdemos! (Humor #16)

Os goblins até então reduziam o vilarejo à ruína... Isso até a chegada de Milvin, o Infernalista. Sua capacidade de conjurar os mais horripilantes seres das trevas era falada em todo continente. As criaturas sem demora recuaram, os olhos assustados encarando o oponente. A qual sortilégio vil ele recorreria contra eles?

"Ó sombras... Essas criaturas não se cansam desse JOGO?".

Fulminados, os invasores soltaram um grande "Perdemos!".

E se retiraram.

E-Elf (Humor #17)

Elterah, a elfa pertencente aos magos verdes, vigiava a entrada do desfiladeiro de Runniar na companhia de sua gata, Elfirah. Atenta e vigilante, arco pronto para uma reação rápida, ela constatou que aquela seria uma tarde tranquila...

Conjurou uma magia de projeção e começou a atualizar-se com os vídeos mais recentes do YouTube.

Mago Vermelho (Humor #18)

Dilven, o Mago Vermelho, viajava pela estrada em busca de novas aventuras. Numa estalagem pelo caminho, soube que uma cidade próxima estava sendo assolada por um dragão. Rumou até o lugar.

Do alto das muralhas, viram a cor de seu robe.

"Xô, Petralha!"

"Vá pro feudo cubano, esquerdista!"

"Nossa flâmula jamais será vermelha!"

Confuso, Dilven se retirou.

O rei da cidade, o dragão e o MDB se juntaram numa guilda.

Novo deus (Humor #19)

Ele se voltou à multidão ansiosa e um tanto confusa.

"Sou Telvran, novo sacerdote do deus Munnir. Fui enviado aqui para assumir o templo após a morte do anterior".

Eles piscaram atônitos. Houve um ou outro aceno de entendimento.

Telvran bateu com o cajado no chão. Este subitamente se transformou numa guitarra.

"Mas acredito que seja meu dever aqui instituir o culto ao deus Metal!".

O povoado nunca mais foi o mesmo.

Bárbaros e vilões falastrões (Humor #20)

O grupo de aventureiros entra ansioso no coração da masmorra. De pé em seu centro, Galporax, o grande vilão por trás de todo o esquema contra o reino de Wilponia, prepara-se para revelar o ápice de seu plano:

"Como pôde?" – exclama Artha, a Maga. – "Tudo isso serviu para quê?".

"Seus tolos!" – Galporax ri. – "Se soubessem de tudo desde o começo! Lembram-se daquele feiticeiro que os perseguiu? A verdade sobre ele é que...".

Um machado do tamanho de uma árvore atira um Galporax morto em um só golpe contra a parede da masmorra.

Diante dos olhos chocados do resto do grupo (e do mestre!), o anão portador da arma apenas grita:

"23 em iniciativa!".

Filcks, o Bárbaro, ataca novamente.

Perigos da Sexta Era (Humor #21)

Silmon sentira-se, até então, apto àquela tarefa. Praticara suas habilidades como Mago Azul por tempo suficiente e agora poderia, sem problema algum, ensinar novos candidatos...

O problema era terem-no encarregado da Sexta Era.

As profundezas das cavernas de ensino, de onde todos os outros magos instrutores corriam – até conseguindo dispensas para guerras visando se livrar.

Com o giz arcano numa mão e os tomos de feitiçaria em outra, Silmon avançou pelo túnel... até que a primeira voz a ecoar pelas paredes rochosas fê-lo dar conta da demanda em que se envolvera:

"Tio, é pra copiar a lápis ou a caneta?".

Magnum (Humor #22)

O guerreiro Felkon derrubou mais um soldado do reino de Vrankia batendo com o mangual sobre seu escudo, partindo a peça de madeira em duas. Atordoado pelo golpe, não foi difícil a Felkon finalizar o combate com o golpe seguinte.

Ele olhou ao redor. Todo exército do rei de Vrankia estava dizimado.

Do alto de uma colina, porém, surge o desafio final...

Montando seu cavalo e empunhando um machado de lâmina em formato de picolé, o soberano galopou na direção do guerreiro, que assumiu posição defensiva.

— Agora conhecerá minha fúria! – bradou o adversário. – Sou Carlos Magnum, o rei do sorvete!

Clichê na Bretanha (Humor #23)

O escudeiro acompanhava o mentor ansioso pela colina, a brisa do amanhecer agitando a relva. Terminada aquela prova, ele seria sagrado um paladino, tomando parte na mais nobre ordem de cavalaria do reino.

Ansioso, perguntava-se qual podia ser o último desafio. Uma corrida de obstáculos? Duelar contra iniciados mais velhos?

Ao topo da elevação, o mentor abriu caminho. Ali, o escudeiro encontrou uma espada fincada numa pedra.

— Ah, tinha que ser isso? – o jogador chamado Arthur, desconcertado, atira um dado d8 sobre a mesa.

— Eu tinha que fazer associação com seu nome! – o mestre curva os ombros – É épico, você tem que reconhecer!

Classes inéditas (Humor #24)

Henshi, espadachim, lera um anúncio sobre uma guilda estar recrutando aventureiros de todas as classes para uma arriscada missão. Interessado tanto na recompensa quanto na experiência da jornada, ele compareceu à taverna onde haviam sido convocados a se reunir.

Tentando interagir com os presentes – prováveis companheiros de grupo – Henshi, porém, foi subitamente atacado. Um acrobata, que misteriosamente só atacava com uma lança, uniu-se a um gigante de quase três metros que só poderia ser um bárbaro em seu encalço.

— M-mas de que classes vocês são? – aturdido, o espadachim tentava se defender dos ataques.

— Eu, Lancer, e meu chapa aqui Berserker, fizemos uma aliança para durar mais tempo! – o misterioso acrobata exclamou. – Você, pela arma, só pode ser um Saber!

Sem nada compreender, Henshi viu apenas um Mago Cinzento batendo palmas entusiasmado no segundo andar da taverna:

— Bem-vindos à Guerra do Graal!

Liberdade, Igualdade, role Vontade (Humor #25)

O Lorde das Trevas foi derrotado e tudo parecia bem. No grande pátio de Ilnas Mirith, o recém-coroado soberano Tarathorn recebia sua esposa élfica Aurwen e agradecia a todos os membros da Irmandade pela jornada.

— Curvem-se perante seu rei! – ordenou um arauto.

Todos obedeceram, mas Tarathorn ergueu uma mão em protesto:

— Não! Àqueles halflings que destruíram o Lorde das Trevas, sou eu quem devo me curvar!

Assim, colocou-se de joelhos...

Somente para Brodo, um dos pequenos, sacar um machado e atingir o pescoço do soberano.

— Que final feliz com monarquia que nada! Viva a revolução!

A Assembleia dos Povos Mágicos Gerais passou a governar Ilnas Mirith.

Numa fase mais extrema, os Sem-Colete (vestimenta muito característica dos halflings) implementaram o Horror, perseguindo ex-apoiadores de Tarathorn. Brodo liderou a facção, mas acabou ele mesmo executado.

Os elfos moderados subiram ao poder, mas a crise não passou.

Baldunir, da dinastia deposta em Ilnas Mirith, deu um golpe de estado no 18 Elfário e tomou o poder.

Seu império cresceu até uma frustrada invasão às Montanhas Brancas durante o inverno, sendo derrotado por Trolls de Gelo.

20 é 20! (Humor #26)

O grupo do ladino Deltax adentrou extensa clareira. Sem nenhuma árvore, muito menos grama, ele avançou displicentemente por vários metros, até um troll surgir de uma floresta vizinha e avançar contra os aventureiros sem estes conseguirem correr.

Mestre em se esconder, Deltax resolveu buscar um refúgio em meio ao imenso descampado.

Seu jogador tira 20 no dado.

O ladino consegue desaparecer completamente, ainda que todos estejam sob o sol do meio-dia e não haja uma mínima pedra atrás da qual seja possível se esconder por dezenas e dezenas de metros.

— Como ele conseguiu se esconder se não havia nada para escondê-lo? – outro jogador questiona indignado.

— Um 20 é um 20 – replica o mestre.

Voltando ao jogo, Deltax, semanas depois, narraria o ocorrido a alguns desconhecidos numa taverna, arrematando:

— Não sei, só sei que foi assim!

Adaptação (Humor #27)

Belken construiu sólida fama como o bardo mais famoso de Wilponia. Seu talento com o alaúde e letras contagiantes, seja narrando grandes aventuras ou alfinetando nobres locais, era lendário.

No entanto, a chegada da peste exigiu que todos os moradores de Wilponia permanecessem em suas casas, até mesmo o palácio real fechado às costumeiras apresentações do bardo.

Ao invés de se desesperar, Belken resolveu fazer uso do novo círculo de magias que recentemente aprendera...

Esta noite, quase todo habitante do reino tem uma janela flutuante dentro de sua casa, fruto de uma magia de projeção, exibindo o interior da residência do bardo, onde ele se prepara para tocar o alaúde... ansioso por ser sua primeira live.

Não confie no mestre (Humor #28)

Jelsman, o Feiticeiro, era parte de um grupo de aventureiros constantemente atordoado pelo destino – em outras palavras, o mestre das sessões. Sempre adentrando masmorras dotadas de um perigo a níveis sádicos, qualquer indício de alívio ou benefício logo se revelava uma ameaça mortal minuciosamente preparada.

Com os jogadores e seus personagens extremamente fustigados, o mestre permitiu que abrissem um portal à Terra e fizessem uma viagem de férias a uma cidade turística. Quando o local de destino foi revelado, porém, os personagens debandaram.

Causava-lhes calafrios uma estadia em Paris, cidade conhecida pelos Mímicos.

Provando um cordeiro (Humor #29)

Jonytans não era um simples Arcanista: sua especialidade era concentrar magias nas artes culinárias. Certa vez, um nobre local ouviu falar de suas habilidades à cozinha e exigiu que ele lhe preparasse o melhor cordeiro de sua vida. Enquanto unia os ingredientes, Jonytans descobriu que o nobre tinha um grupo de inteiro de aventureiros preso num calabouço embaixo de sua casa.

Usando magia, Jonytans soltou os prisioneiros, livrando-os de suas cordas. Depois, serviu o prato pedido ao nobre... que tinha a aparência de carne somente devido a um encantamento. Ao dar a primeira mordida, o vilão percebeu que comia as próprias cordas com que amarrara os aventureiros, estando agora envenenadas. Caiu imediatamente.

Foi o melhor "cordeiro" de sua vida.

Agradecidos, os aventureiros discutiram se deveriam viajar com Jonytans a partir de então. A decisão veio depois que o Arcanista cozinheiro fez o convite:

"Me sigam para mais receitas!".

Sem tempo, irmão! (Humor #30)

O Lorde das Trevas riu, após lançar ao ar mais um grupo de guerreiros que ousara enfrentá-lo. Aquilo era tudo que os exércitos de Wilponia tinham a oferecer? Oponentes patéticos e inofensivos a tal nível?

Uma ponta de temor, porém, tomou o vilão – algo que até então não achava possível – quando um soldado de armadura pesada, munido de uma maça, saltou à sua frente:

— Sou Wilmeln, Cavaleiro de Starning! Prepare-se, é seu fim!

Mal o Lorde assimilou a ameaça, outro adversário surgiu, rolando por um flanco:

— Trilvix, o anão, não deixará barato!

Quase de imediato, uma terceira voz se uniu ao coro, assim como uma silhueta portando um cajado:

— Relvka, clériga da deusa Ternyria, expelirá sua presença maligna ao submundo!

Novos aventureiros surgiram em seguida, de um ladino halfling a um bárbaro meio-ogro. Quando o Lorde das Trevas concluiu estar cercado, ouviu de uma só vez, antes de ser atacado:

— NÓS FINALMENTE CONSEGUIMOS TEMPO PARA JOGAR!


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