Há momentos em que eu gostaria de esquecer, mas ao mesmo tempo não. Todos o sangue que escorria de minhas mãos, os pedidos de misericórdia dos fracos durante a guerra. Eu não merecia perdão, mas segui em frente, pois não tem como esquecer, apenas lidar com os erros imperdoáveis. Já tinha dito isso a Elizabeth. Elizabeth.

As coisas começaram a se encaixar, de Elizabeth até os "irmãos" Lutece, o meu nariz sangrando a momentos depois de passar pelas fendas. Era uma teia enorme, mas só levará apenas a um lugar, uma origem.

Logo depois de ser morto, as chances de ter novamente minha memória antes do batismo eram poucas, mas não. Depois de acordar em meu escritório e ouvir o som de choro, fiquei alarmado e pensando no pior, mas ao ver que ela, Anna, segura em seu berço, minhas emoções transbordaram e eu tive que pega-la no colo.

Faziam alguns meses que se tinham passado, aos poucos eu acabava com todas as minhas dividas, trabalhava não por mim, mas por minha filha. Ficava receoso que aparecesse algo e a tirasse de mim, mas era pouco provável que ocorresse, mas todo precaução era pouca.

Aos poucos eu a vi crescer, sorrir ao meu lado e sempre tratando-me como um herói. Não iria estragar as palavras da mesma, não iria estragar a ilusão dela, não. Pois eu já a perdi de uma maneira que não voltaria a se repetir, não a perderia por meus erros do passado e nem pelos acontecimentos que não voltaram a ocorrer.