Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer o apoio e o reconhecimento que tenho recebido por meio dos comentários. Obrigada.

Agradeço também a "Kerem Hapuque" por ter favoritado esta minha nova fanfiction. Obrigada, querida!

Mais uma vez devo lembrar que esta é uma obra de ficção e todas as soluções jurídicas que escrevi nada tem que ver com a realidade, ok?? Tudo é fruto da minha imaginação fértil!

Boa leitura!
Em 28/04/2020, às 17:04 --------- Fiquem agora com o CAPÍTULO 11



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/789574/chapter/11

Desde que Kate chegara com Martha e Alexis para as férias investigativas nos Hamptons, aquele era o primeiro dia em que retornavam tão cedo das buscas. Nos dias anteriores elas finalizavam ao pôr do sol.

Assim que entraram em casa, Martha, Kate e Alexis foram diretamente para uma das salas de estar da imensa mansão e sentaram-se no conjunto de sofás e poltronas.

— Você me deve uma explicação, Kate. – Alexis se lamentou e mostrou toda sua irresignação – Você sabe que se dependesse de mim eu ainda estava lá no restaurante com meu pai... Ou melhor ainda... – ela se exaltou – Nós poderíamos tê-lo trazido, afinal de contas, esta casa é dele. – ela falava com veemência, mas, seus olhos continuavam tristes e logo começou a chorar.

— Oh, meu anjinho! – Martha foi até a neta e a abraçou. Acredito que a Katherine deve ter algo muito especial para nos falar, não é, querida? – Aquela afirmação foi mais uma intimação para a detetive do que um simples comentário para sua neta – Eu também queria o meu filho aqui, mas vamos ouvir o que a Katherine tem a nos dizer.

Abraçada pela avó, a garota chorava inconformada por não estar com seu pai.

— Você está certíssima, Martha. Bem... – Kate foi até a menina e fez um carinho nos seus cabelos ruivos, na tentativa de fazê-la parar de chorar – Escute, minha linda, eu vou explicar e sei que você vai me entender.

A menina olhou para a detetive e seu rosto estava muito vermelho devido ao choro. Passou as mãozinhas no rosto para secar as lágrimas e depois de alguns soluços, ela analisou o que a Kate falara.

— Vou te ouvir, Kate... Mas estou muito triste. – outro soluço da menina foi sentido pela Martha e por Kate.

De pé em frente a elas, Beckett começou a sua explicação.

Kate tocou no seu próprio peito e na sua garganta, expressando sua angústia – Devo dizer que se vocês pudessem escutar os meus batimentos cardíacos, acredito que ficariam assustadas, pois eu estou quase explodindo de felicidade. Mas devo confessar que o meu medo e a minha ansiedade também colaboram muito para isso. – a fisionomia de Kate traduzia seu estado de ansiedade.

— Você está feliz por ter deixado meu pai lá? – Alexis estava resistente.

Kate precisava ter paciência para lidar com a menina, mas ela entendia o lado da garota. Sabia que não estava sendo nada fácil para a criança.

— Oh, meu anjo! – Beckett contestou de forma amorosa.

— Claro que não estou feliz por ter deixado seu pai lá, querida! – Kate continuou – A minha alegria é por saber que seu pai está vivo e, aparentemente, está bem. Ele se recuperou de todos os ferimentos, e olha que não foram poucos.

— É... Eu vi... – Alexis reconheceu que a detetive estava certa.

— Graças a Deus que meu filho está bem!

— Quando eu vi o Castle ali, na minha frente, eu pensei que iria morrer de alegria ou morrer de frustação por não poder abraça-lo como vocês duas puderam fazer. – Kate se sentou e se recostou na poltrona, esticou os braços e depois juntou as mãos, estalando os dedos, em sinal de tensão.

— Oh, querida! – Martha ficou comovida com o desabafo da moça – Eu imagino sua angustia. Nós três estamos aflitas, mas, pelo menos, eu e a Alexis pudemos beijá-lo e abraça-lo!

Kate prestou atenção ao que Martha falara.

— Então, Katherine, diga qual o seu plano. Oh, sim, tenho certeza que para você ter nos tirado de junto do Richard, você deve ter um plano.

Kate fez um gesto afirmativo com a cabeça – Sim, tenho um plano, mas preciso que vocês duas me escutem com atenção.

— Estamos aqui. – Alexis afirmou.

— Antes de mais nada, preciso dizer que, na verdade, nem posso chamar de “plano”... Eu diria que é uma precaução, para o bem do próprio Castle.

— Prossiga, Kate... – Alexis estava ansiosa.

— Bem, tenho muitas prioridades e todas elas dizem respeito a integridade física, mental, emocional, moral, fiscal e jurídica do seu pai, Alexis. Está mais do que óbvio que ele está desmemoriado após ter sobrevivido ao naufrágio e por isso, não queremos que ele seja visto como um impostor que forjou sua própria morte e, por este motivo, está completamente fora de cogitação trazê-lo para cá antes disso tudo ser esclarecido perante a lei.

Kate percebeu que Alexis iria interrompê-la, mas ela, delicada, ergueu a mão para informar que precisava continuar explicando.

Alexis entendeu e não disse nada. Esperaria.

— E foi por tudo isso que eu interrompi o nosso encontro lá no restaurante, pois, se continuássemos lá, o próximo passo seria trazê-lo para cá, vocês concordam comigo? – Kate concluiu.

— Claro! Afinal de contas esta casa é do papai.

— Eu sei, querida. Esta casa é do seu pai e nada vai mudar isso. – Kate respondeu com carinho – Eu sei! Mas não podemos trazer o seu pai para casa antes de comunicarmos às autoridades acerca do que aconteceu. Por mais que a gente tenha visto o seu pai lá, é necessário que as autoridades policiais vejam com os próprios olhos, inclusive analisem o modo como ele está vivendo. Eles têm que fazer um registro oficial.

— Mas você é policial, Kate... Você podia fazer o registro... – Alexis contestou.

— Mas eu amo o seu pai e por mais que eu fale a verdade sobre os fatos, as autoridades talvez não entendessem assim. Eu não quero arriscar.

— Entendi... seu depoimento poderia ser considerado suspeito, né, como se você fosse mentir para proteger o meu filho.

— Isso, Martha!

— Ainda bem que eu trabalho na polícia e tenho meus contatos para começar a resolver tudo do jeito certo e da melhor forma possível.

— E mais rápido, por favor! – Alexis pediu.

Naquele momento Kate concentrou sua atenção para Alexis, pois era criança e estava muito abalada, talvez em maior proporção do que Kate e Martha.

— Alexis, querida, eu comunicarei às autoridades. Elas virão aqui para conversar com o seu pai, com todas as pessoas que o salvaram, presenciaram seu restabelecimento e sabem sobre a nova vida que ele está levando. Eles irão provar que seu pai é um sobrevivente. Ele não agiu de má fé. Depois de tudo explicado, vai ficar óbvio que seu pai sofreu um acidente e ficou impossibilitado de voltar. Tudo indica que seu pai está desmemoriado, mas somente os médicos poderão atestar isso e os policiais farão os registros. E a amnésia do seu pai vai comprovar que ele não voltou para a família porque não se lembra do seu endereço, muito menos do seu próprio nome.

— Não havia pensado nisso, Katherine. – Martha comentou, aliviada pela moça ter tomado aquelas precauções – Ainda bem que você pensou nestes assuntos técnicos.

— Eu jamais pensaria nisso, Kate. – Alexis admitiu.

— Eu sei que vocês não faziam ideia disso. Alexis, temos que pôr uma coisa na nossa cabeça, querida. Não podemos colocar nossa vontade de estar com seu pai, antes da necessidade de provar, perante a justiça, que ele é um sobrevivente do naufrágio e que está desmemoriado.

— Mas o que foi que você e ele ficaram sussurrando, eihm? – Alexis indagou.

— Ah, isso é outro assunto que graças a Deus não está ligado ao seu pai, querida, mas vou resumir para vocês.

Kate, então, comentou sobre a grande possibilidade do moço que estava almoçando no Restaurante Sol Dourado, conhecido no vilarejo pelo codinome de JR, ser o Jonathan Rossi, o assassino de Madleen Rossi e do seu mordomo.

Dito isso, Kate abriu um largo sorriso – E agora quero dar a uma excelente notícia para vocês. Já que eu tenho quase certeza que esse tal JR é um assassino foragido, então, quando eu comunicar ao Capitão Montgomery que, mesmo estando de férias, eu ajudei a encerrar mais um caso de homicídio, eu acho que ele vai ficar tão contente por ver aumentado o índice de casos solucionados na delegacia dele, que nem vai se importar muito por eu ter desobedecido as ordens superiores e continuado a investigação para encontrar o Castle.

— Tomara! – Martha vibrou.

— Mas, como eu não sou boba, eu vou falar que encontramos o Castle ao acaso... – ela deu risada e Martha e Alexis a seguiram – Digamos que eu ter encontrado o JR serviu de álibi para eu falar sobe o Castle... Como se eu ter encontrado o JR fosse o meu passaporte para escapar de uma punição... Entenderam a jogada?

..........................................................................................................

Tendo esclarecido suas atitudes e suas preocupações para Martha e Alexis, Kate tratou logo de fazer as ligações telefônicas.

Com muita eficiência e falando de modo claro, Kate telefonou para a 12ª DP e comunicou ao Capitão Montgomery sobre suas suspeitas de ter localizado Jonathan Rossi, o assassino de Madleen Rossi.

Montgomery ficou muito feliz com a eficiência da jovem policial.

Kate Comentou ainda que ficou sabendo que no vilarejo onde mora, o homem é conhecido como JR.

— Eu soube ainda, Capitão, que ele mora numa casa muito grande. Disseram que por fora é uma construção feia e sem vida, mas que por dentro, segundo informações confiáveis, a casa é uma verdadeira mansão como as dos ricos e famosos, com muito luxo e conforto.

— Muito suspeito isso, né! Gostei que você me avisou, Beckett! Vou providenciar a reabertura do caso com urgência. Gostei disso! Mesmo de férias, você não perde a oportunidade de investigar... – ele riu – Boa garota! Ponto para você! - ele comemorou.

— Ah, obrigada! Eu até tento ficar longe das investigações da polícia, mas as coisas aparecem e não tenho como deixar passar... – Kate riu, já pensando em como tocar no assunto do Castle.

— Sem querer invadir sua vida pessoal... Mas o que é que você foi fazer nos Hamptons, detetive Beckett? 

— Como estou e férias, a Martha e a Alexis me chamaram para ficarmos aqui, juntas, nos recuperando... O senhor sabe, né... A saudade do Castle... – ela tentou disfarçar o quanto pode Elas estão muito abaladas e eu também... O senhor bem sabe que eu e ele vivíamos às turras, mas deve imaginar como ele é muito querido para mim...

— Sim... entendo... – ele concordou - Aliás, só vocês dois não sabiam o quanto gostavam um do outro, Beckett. Saudades do Castle! Ele era uma figura e está nos fazendo falta! O distrito não é o mesmo sem ele. 

Aproveitando que o Capitão ficara feliz com a perspectiva de colocar mais um assassino atrás das grades, além do que, ele estava saudoso, Beckett imaginou que aquele seria o melhor momento para comunicar que ela havia encontrado o Castle.

— Por falar no Castle, Capitão... Nós o encontramos! – mais direta, impossível!

Kate Beckett olhou para Martha e Alexis e fez um semblante assustado, esperando a bomba explodir.

— Como é que é, Beckett? – ele ficara atônito – O que foi que você disse?

Kate contou tudo que aconteceu ao Castle, com riqueza de detalhes, sem deixar de relatar os ferimentos e os traumas pelos quais o escritor passou, narrando também que estava desmemoriado e que vivia de favor no restaurante, local onde trabalhava como pescador.

— Ainda não acredito que você continuou as buscas, Beckett! – seu tom de voz não era amigável.

— Capitão, o senhor até pode me punir, mesmo que eu nem mereça, mas eu te imploro que do mesmo modo que o senhor vai providenciar a captura do Jonathan Rossi, o senhor também, poderia tomar as medidas necessárias para provar que o Castle está vivo e que ele é um sobrevivente de um naufrágio... Ele usa o nome de João Marinho, veste roupas próprias de pescador e não tem noção de quem seja, muito menos que foi dado como morto. Eu não contei isso para ele. Preciso que um médico veja o momento certo de fazer isso.

— Kate, lógico que fiquei feliz por saber que o Castle está vivo. Óbvio! Mas pensei que eu tivesse te proibido de continuar as buscas, mocinha. – Montgomery a repreendeu.

— Mas foi tudo muito natural, Capitão. Do mesmo jeito que eu encontrei o Jonathan Rossi, assim, do nada, eu também encontrei o Castle. – Kate mentiu e fez uma careta divertida na direção da Alexis e Martha, que assistiam a conversa da moça ao telefone, pois Kate havia acionado o modo “viva-voz” – É como eu disse ao senhor... Nós estávamos almoçando em um restaurante na praia e uma garçonete que não sabia ficar calada, começou a fofocar da vida dela, da família dela e também sobre um homem que foi encontrado quase morto nas areias da praia em frente ao restaurante... E o resto o senhor já sabe porque já te contei.

— Ok, Kate. – ele riu – Vou fazer de conta que acredito que tudo aconteceu ao acaso. Vou fazer de conta que acredito que você não ficou perguntando os detalhes para essa tal garçonete tagarela. Eu te conheço, garota. Você é a melhor detetive que conheço e sabe que eu admiro muito os seus métodos de interrogatório. Você sabe como introduzir um assunto e sempre consegue fazer as pessoas confessarem.

— Agradeço o elogio, Capitão. Mas o que importa mesmo é que o Castle está vivo, não é verdade? E o senhor não vai me punir, até porque eu encontrei o Jonathan Rossi. Mais um caso encerrado no seu distrito e isso é maravilhoso!

— Você sempre me embromando, não é, mocinha?

Kate deu um sorriso travesso e esboçou uma careta engraçada, fazendo Martha e Alexis rirem.

Com o Capitão mais calmo, ela sugeriu que ele entrasse em contato com a polícia dos Hamptons, mas implorou pela presença dele durante a diligência. 

Por possuir a alta patente de Capitão, Roy Montgomery daria forças e confiança para ela e para a família do Castle e que tudo aconteceria de modo certo e mais rápido. Falou também da importância dele estar presente no momento da captura do Jonathan Rossi.

— Eu também te imploro que o Jonathan Rossi não fique sabendo que eu estou envolvida na sua prisão. Quero evitar que ele faça uma conexão entre a prisão dele e a localização o Castle... Nunca se sabe o que se passa na mente perversa de um monstro como ele.

Kate também pediu ao Capitão a presença do Esposito, da Lanie e do Ryan, além, claro, do Dr. Carver Burke, pois, o mundo sabia que ele é um médico psiquiatra muito competente e humano.

No entender de Kate, a primeira conversa do médico com o Castle, ainda nos Hamptons, contribuiria na escolha correta do tratamento para a recuperação da sua memória.

Beckett também telefonou para o Dr. Radesh Fayad e ele amou a notícia e disse que iria imediatamente para os Hamptons. Ele tiraria fotocópia de todos os documentos da polícia acerca da localização do Castle, inclusive depoimentos das pessoas envolvidas no salvamento dele, além de muitas fotografias. Apresentaria tudo à Justiça para provar que o acidente do Castle o tornou desmemoriado, e que por conta disso é que ele não conseguia se lembrar do seu endereço, da sua família, muito menos do seu próprio nome.

— Assim, Srta. Beckett, comprovarei que o Castle está vivo e, consequentemente, vou requerer a anulação do testamento. Contudo, como o Castle se encontra desmemoriado, você continuará como Tutora da Alexis.

— Sem problemas, Dr. Radesh Fayad. Só o fato de o Castle estar vivo já estamos satisfeitos.

Todas as ligações foram feitas com o modo viva-voz ativado, para Alexis e Martha.

Elas ouviram, inclusive todos os comentários, tanto do Capitão Montgomery quanto do Dr. Radesh Fayad, nos mínimos detalhes, evitando, assim que Kate precisasse repetir tudo para elas.

Enquanto ainda conversava com o advagado, Kate cancelou o modo viva-voz e se trancou na biblioteca – Dr. Fayad, assim que eu cheguei aqui nos Hamptons, o senhor havia me dito que a Meredith ficou muito irritada quando soube que o Castle não lhe deixou nada no testamento e que eu que fui a escolhida para ser a Tutora da filha dela.

— Sim, Srta. Beckett, e eu também te falei que a Meredith avisou que entraria na justiça para reverter tudo. Pois bem, ela entrou mesmo na justiça com um processo para anular o testamento e também para tirar de você a função de tutora da menina.

— Eu devo me preocupar? A Alexis não pode ficar com esse monstro!

— Nem se preocupe! Ainda bem que você fez aquele vídeo onde a própria Meredith deixa explícito o seu desamor pela própria filha, valorizando o dinheiro que pensava ter herdado.

— Mas agora nem devemos nos preocupar com isso, né, Dr. Fayad, pois o Castle está vivo e ele terá de volta a guarda da filha.

— Sim! Mas o vídeo está guardado.

— Ótimo! Nunca se sabe o que a Meredith pode aprontar novamente...

A ligação telefônica foi encerrada e Kate retornou à sala.

No momento em que Alexis foi beber água, a detetive contou para Martha sobre a conversa reservada que mantivera com o advogado do Castle, acerca da Meredith.

Ao final das ligações telefônicas as três estavam emocionalmente esgotadas e, por sugestão da Martha, todas tomaram banhos quentes e depois desceram para tomar chá de camomila com o objetivo de relaxar o corpo e a mente.

 

 

... Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí???

Que tal comentar, favoritar e recomentar a fic, eihm...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segunda chance para o nosso amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.