Pieces Into Place escrita por éphémère


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Que saudades que senti do Nyah!
Obrigada Lola Cricket, perfeitah, que me lembrou do nyah esses dias e me motivou a voltar pra cá. A nostalgia que tudo desse site traz à tona é tão reconfortante, só me incentiva a querer escrever mais e mais! Por isso, trago pra vocês esse pequeno projetinho que gostei muito de escrever e que pretendo finalizar.
Beijinhos, espero que gostem ♥



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Rose encostou-se na parede dos fundos de sua casa, tentando acalmar a respiração.

Desde que começara a trabalhar no Profeta Diário, o tempo cada vez mais escasso não lhe permitia encaixar uma rotina de exercícios como a que tinha nos tempos de escola, então ela adquiriu o hábito de aparatar uns bons quilômetros de sua casa e completar o restante do trajeto caminhando, apenas para movimentar o corpo de vez em quando. Naquele noite, no entanto, esse hábito custara-lhe caro: o ar parecia rasgar suas vias respiratórias, tamanha era a dificuldade que seus pulmões tinham em puxar o ar, e suas pernas queimavam tanto que só o encostar do calcanhar no chão lhe enviava uma corrente de dor corpo acima.

Enquanto tirava as botas e as encostava contra a parede, ao lado da porta, Rose praguejou baixinho. Ainda não conseguia acreditar que tinha simplesmente se esquecido do tanto que andara durante o dia. Ainda que estivesse cansada, frustrada e todo o resto, sentia-se terrivelmente boba.

Assim que adentrou a cozinha, a luz alaranjada que pendia do teto e refletia em todos os armários nas paredes a cegou momentaneamente; de algum lugar próximo, uma voz familiar proferia um discurso ainda mais familiar. Fechando a porta sem fazer barulho, Rose foi até a sala de estar. Nem precisou se aproximar muito para ouvir, daquela vez com clareza:

... obstáculos vezes maiores que os meus, essa é uma verdade inalienável, mas nenhum intransponível. Pretendo, dessa mesma forma, elevar-me sobre qualquer adversidade que encontre, e, através do meu trabalho, dar continuidade e legitimidade ao governo justo, consistente e livre de corrupções que o Ministro Shacklebolt nos deixa. Como nascida-trouxa e vítima, ainda nova, de injúrias no que se refere ao meu sangue, sou contrária a toda e qualquer segregação ou preconceito; não há nada que possa justificar o crime de ódio, hostilidade ou intolerância contra qualquer parcela da população. Dito isto, gostaria de ressaltar que...

— Ainda assistindo isso? — Sentado de costas para a irmã, Hugo tinha em mãos um celular que Rose nunca tinha visto na vida, e assistia ao discurso que sua mãe dera ao conquistar o cargo de Ministra da Magia, em 2019. Sobressaltado com a voz repentina da irmã,  ele virou para trás com os olhos ligeiramente saltados.

— Que susto! Não te ouvi chegar.

— A propósito, e esse celular? — a ruiva perguntou, lançando-se sobre o encosto do sofá para sentar-se ao lado do irmão.

Enquanto isso, o discurso continuava:

...como pudemos ver em 1962, quando Nobby Leach foi Ministro da Magia. Advogarei, também, pelos direitos dos elfos por meio do Fundo de Apoio à Liberação dos Elfos e...

— Vovô insistiu que papai o aceitasse porque é quase impossível falar com a mamãe por causa da rotina dela, e também porque ele não aguenta mais ficar sem notícias. Disse que, se o papai não aceitasse, viria morar com a gente porque não aguenta mais ficar recebendo cartas. Nas palavras dele, quer “ouvir nossa voz e ver nossa carinha”.

— Mas visitamos ele toda semana — Rose franziu o cenho, confusa. Seus olhos estavam agora fixos na imagem da mãe na tela, parecendo muito mais jovem e vivaz que agora, nove anos depois.

— Pois é — Hugo concordou — Mas mamãe falou que é normal da idade querer ficar mais próximo da família, ainda mais que ela é filha única e nós somos os únicos netos dele.

— Então você tá baixando o vídeo pro papai.

— Isso — o vídeo agora se encerrava com uma salva de palmas efusiva, e foi possível ver bem no canto da tela, por pouquíssimos segundos, Rose em um vestido de tom pastel, os cabelos cacheados e rebeldes despontando para todos os lados; devia ter 13 anos naquela época.

— Você sabe que ele vai dar um jeito de estragar esse do mesmo jeito que estragou os outros, não é? — ela indagou, um sorriso travesso brincando no canto dos lábios.

— Nossa, com certeza — o irmão aquiesceu, fechando o vídeo que agora tinha certeza de estar completo para começar a baixá-lo — Mas eu gosto de poder ajudar ele com essas coisas.

— Santa paciência essa sua, viu — bagunçando a cabeleira ruiva dele, ela se levantou.

Tinha mais uma vez se esquecido da situação em que se encontravam seus membros inferiores. Mal conseguiu ficar em pé, tamanha era dor que despontou da sola de seus pés e se instalou sobre as batatas da perna, como garras afundando na carne; cambaleou, tropeçando na mesinha de centro, quase encontrando as cinzas da lareira com a própria cara. Às suas costas, Hugo urrava de tanto rir.

Seu joelho teria um lindo roxo no dia seguinte para contar história.

— Você não tem amor aos dentes, não?!

— Pode apostar que tenho — Hugo respondeu com a voz fraca à medida gradual que as gargalhadas desapareciam — Quem parece não ter é você, irmãzinha.

Com os dentes cerrados, mal foi possível ouvir o xingamento que ela dirigiu ao irmão antes que saltasse na direção dele, um sorriso triunfante tomando suas feições diante da facilidade que teve ao segurá-lo em um mata-leão; pego de surpresa, o Weasley mais novo desatou a rir mais uma vez, os braços que pareciam gelatina dando batidinhas quase que insignificantes em qualquer parte da irmã que conseguisse alcançar.

— Qual é, Huguinho — Rose provocou, afrouxando o aperto do golpe, completamente contagiada pela risada do irmão —, vai desistir tão fácil?

— Eu... conseguir... — ele tentou respondê-la entre as risadas, mas estava tão ofegante que conseguiu pronunciar apenas essas duas palavras. Na falta de reação, deu alguns tapinhas contra o braço dela, indicando que desistia.

Jogada ao lado do irmão no sofá, tentando recuperar a respiração enquanto os resquícios de risada ainda puxavam os cantos dos seus lábios, Rose suspirou fundo, encarando os porta-retratos que decoravam a parte de cima da lareira. Praticamente toda a sua história estava ali: quando tinha pouco mais de um ano, o pequeno sorriso quase sumindo em meio à infinidade de bochechas, suas mãozinhas gordinhas se movendo em direção à câmera; quando tinha dois anos, seus cabelos ruivos já despontando rebeldemente para todos os lados, cambaleando na ponta dos pés enquanto Hermione, com um enorme sorriso no rosto, agachava-se com cautela, para mostrar Hugo à filha; quando tinha oito anos, coberta de barro dos pés à cabeça no quintal d’A Toca, segurando a vassoura maior que ela com ar triunfal, cercada pelos primos; quando tinha onze anos, já com o uniforme completo de Hogwarts, acenando de dentro do Expresso, emoldurada pela fumaça da locomotiva que espiralava pela Plataforma 9 3/4...

Tomada pelo saudosismo, ela voltou o olhar para o teto, afundando ainda mais no encosto do sofá. Seus olhos azuis escuros vasculhavam perdidamente o nada. Ainda que tivesse sido criada de forma simples, com os valores sempre justos e verdadeiros dos pais, nunca tinha parado para pensar no quão privilegiada era, nem mesmo quando conviveu, se apaixonou e beijou alguém em Hogwarts que era diretamente afetado pelo preconceito predominante na sociedade bruxa. E se sentia ainda pior em pensar que só conseguiu discernir as coisas depois que viu os lugares em que aquelas pessoas moravam, as feições duras que carregavam.

Seus olhos passearam até encontrar o irmão ao seu lado, que tinha voltado a mexer no celular do pai. Ainda que tivessem uma boa convivência, nunca tinham tido uma amizade sólida, um verdadeiro companheirismo. Eram pessoas muito diferentes com gostos muito distintos, e isso era o suficiente para criar um distanciamento considerável entre os dois, e talvez esse distanciamento fosse outro indicativo de seu privilégio.

Sem dizer nada, Rose forçou-se a se colocar de pé e subir as escadas. Aparatar da sala até o andar de cima lhe pouparia muita dor, mas a regra de não aparatar do lado de dentro da casa era mais velha que Rose e ela a seguia mesmo sem saber porquê, uma vez que não acreditava que sua mãe ou seu pai seriam burros a ponto de não colocar um feitiço rastreador para monitorar o cumprimento das regras.

Ela seguiu direto ao banheiro, fechando a porta atrás de si. Deixando o chuveiro na temperatura mais alta, ela fechou o ralo e, enquanto a banheira enchia, despiu-se com dificuldade, apoiando-se onde pôde principalmente para conseguir tirar as calças jeans que usava. Quando seus olhos encontraram o espelho acima da pia, prendeu a respiração; ainda que fossem os mesmos olhos escuros que a encaravam de volta, ainda que fosse o mesmo rosto assustadoramente parecido com o da mãe, ainda que fossem os mesmos cabelos ruivos despontando para todos os lados, não encontrou a mesma familiaridade que naquela manhã. Algo havia carregado suas feições com uma fragilidade, uma delicadeza que nunca lhe fora característica.

Ela desviou o olhar e desligou o registro do chuveiro, tentando estabilizar o fôlego que tinha segurado haviam poucos segundos. Não sabia dizer se a dificuldade que encontrava era causada pelo vapor da água quente, que agora embaçava o espelho e a janela, ou se era pelo turbilhão de pensamentos que a acometiam.

Seus olhos fixaram-se na superfície oscilante da banheira quando adentrou, observando o volume ser alterado pelo seu corpo. Como pôde ter sido tão cega tendo consigo todos os recursos necessários para ver a realidade debaixo do seu nariz, em que grande parcela de bruxos se encontrava?

A água quente a envolveu como um abraço, e Rose instantaneamente sentiu a dor e a tensão dos músculos de suas pernas começarem a esvair. Descansando a cabeça na borda da banheira, ela fechou os olhos e inspirou profundamente, segurando o ar brevemente antes de expirar de forma demorada. Debaixo da água, suas mãos apalpavam toda a extensão de seu corpo, massageando os pontos doloridos como costumava fazer após o quadribol.

Lembrou-se de seu primeiro ano em Hogwarts, especificamente da forma que se sentiu observada logo que desembarcou em Hogsmeade, enquanto agarrava-se ao braço de Albus e eles se reuniam aos primeiranistas. Todos que tinham o mínimo de contato com o mundo bruxo sabiam quem eles eram, e eles os olhavam, mas não era aquela sensação que tomava conta dela. Depois de muito procurar à sua volta, descobriu o garoto pálido que a encarava com seus enormes olhos azuis-acinzentados. Quando perguntou ao primo quem era, ele respondeu de prontidão que era Scorpius Malfoy, a quem o pai dela tinha se referido aquela manhã. Não conseguia entender porquê ele a encarava tão fixamente, mas entendia menos ainda o revirar do seu estômago e a forma que seu coração parecia saltar pela boca sabendo que ele continuava encarando-a. Então, até quando durou a cerimônia de Seleção de Casas e eles foram separados, um para as masmorras e outro para a torre no sétimo andar, ela o encarou de volta.

Não se lembrava de detalhes suficientes daquela noite para saber, mas revisitando aquela memória específica, se soubesse o que sabia agora, talvez tivesse percebido que Scorpius ficara sozinho a noite toda, que o silêncio no Salão Principal quando seu nome fora chamado era pesado, e que seu olhar não desviara da figura dela por causa do que ela representava. E ela representava alguém tão diferente dele mesmo, alguém vinda de uma realidade tão distinta...

Quando Rose deu-se por si, o vapor já tinha esvaído do banheiro e a água em que estava mergulhada estava praticamente gelada. Lavando um pouco do próprio rosto, ela se levantou, envolvendo-se na toalha mais próxima. Suas pernas estavam quase que completamente recuperadas, apenas um puxão leve e insistente em seus joelhos remanescia.

Quando abriu a porta, o vento que a atingiu estava mais gelado do que imaginava. Seu corpo encolheu-se instintivamente quando os arrepios a tomaram dos pés à cabeça, e ela acelerou o passo até chegar ao seu quarto, fechando a porta atrás de si. Quando acendeu a luz, a primeira coisa que viu foi o próprio reflexo, e como no banheiro, ela voltou a se sobressaltar com o que via. Dessa vez, no entanto, ela ergueu o queixo e confrontou o que via.

A toalha caiu em volta de seus pés. Seu corpo, ainda que continuasse magro, tinha gorduras acumuladas na barriga que a idade e o tempo lhe deram. Era um corpo mais maduro, com quadris maiores e seios mais fartos, mas ainda era assustadoramente dela.

Ela se vestiu rapidamente quando sentiu os arrepios voltarem, pendurou a toalha no cabideiro ao lado da porta e se dirigiu diretamente à sua escrivaninha. Abriu a janela que havia acima dela, e a luz do luar que adentrou junto da brisa noturna deu um brilho característico à máquina de escrever que ocupava maior parte da mesa.

Presente de formatura que seu avô, Arthur Weasley, lhe dera, a máquina era magicamente modificada para que, com um aceno de varinha, escrevesse sozinha tudo o que Rose quisesse. Fora o melhor presente que recebera em toda a sua vida, principalmente porque Arthur trabalhara nele desde a primeira vez que ela mencionou querer trabalhar em um jornal, quando tinha cerca de cinco anos.

Colocando uma folha de pergaminho consideravelmente grande no rolo da máquina, ela acenou a varinha, e seu quarto foi preenchido pelo tec tec das teclas funcionando.

Jogando-se na cadeira da escrivaninha, a brisa noturna acariciando seu rosto, Rose pegou sua caderneta de anotações e voltou a encarar a lista de nomes que fizera. Com uma mão, ela girava a varinha entre os dedos distraidamente.

O nome da família Malfoy era um dos primeiros que constavam ali, mas ela deliberadamente o contornou e o evitou naquele dia. Não se julgava capaz de olhar para a cara dele depois do que aconteceu no baile de formatura, por mais que Albus falasse na sua cabeça. E por esse mesmo motivo, continuaria fugindo do nome Malfoy até quando pudesse fugir.

Um leve bater na porta interrompeu a linha de pensamento da Weasley quase ao mesmo tempo que as teclas da máquina de escrever se silenciaram. Instintivamente, ela fechou a pequena caderneta, jogando-a em cima da cama simultaneamente à sua mãe entrando pela porta, uma pequena bandeja seguindo-a, flutuando.

— Olá, meu amor — Hermione saudou, caminhando até a filha e depositando um beijo carinhoso em sua testa. Seus cabelos cada vez mais grisalhos despontavam em todas as direções possíveis, preenchendo o quarto de Rose, e seus olhos, apesar de cansados, emoldurados por leves olheiras e marcados por linhas finas de expressão, só tinham ternura quando encontraram os olhos da filha. Rose sorriu para a mãe, puxando-a pela cintura e descansando a cabeça em sua barriga.

— Oi, mãe.

— Hugo me disse que chegou e não comeu nada, e sei que você deve estar sem fome, mas coma pelo menos isso — a bandeja às suas costas repousou sobre a escrivaninha da filha com delicadeza.

— Como foi o trabalho? —perguntou, segurando a mão de Hermione quando esta sentou-se na cama, de frente para ela.

— O mesmo de sempre, querida: extremamente cansativo. Fazer parte da equipe do Ministro me dá mais dor de cabeça do que quando eu ocupava esse cargo! — Rose riu e a mãe a acompanhou, sem deixar de acrescentar — Mas e o seu trabalho, Rosie?

— Ah — a ruiva não sabia por onde começar, e sentia um nó enorme formando-se em sua garganta quando tentou começar a contar. Felizmente, não era necessário dizer muito para Hermione, que prontamente apertou a mão dela e a puxou para perto, para mais um abraço.

Foi ainda mais difícil ficar ali, acolhida nos braços da mãe, tendo seu cabelo acariciado. Mas ela segurou ainda mais a vontade de chorar, que agora fazia seus olhos queimarem e sua cabeça latejar.

— Eu te disse, Rosie, conversar com essas pessoas é complicado. Mesmo o Ministério tem dificuldades em entrar em contato, monitorar, dar assistência... Deixe eu e seu pai te ajudarmos, filha.

— Sem chance — Rose retrucou de prontidão, acariciando a cicatriz que dizia “sangue-ruim” no antebraço da mãe — Meu trabalho não vai ter valor algum se eu deixar que outra pessoa o faça por mim.

— Não estaremos fazendo nada por você, meu amor! Pelo contrário, tudo o que queremos é compartilhar da sua felicidade quando aquele artigo estampar as páginas do Profeta.

— É mais complexo que isso, mãe. E agradeço de novo por tentar me ajudar, mas tenho que continuar recusando. Só fica tranquila porque eu vou conseguir escrever tudo, e meu artigo vai estar na manchete do Profeta.

— Conto com você pra dar um jeito nesse jornal, meu anjo — Hermione depositou outro beijo na testa de Rose, apertando-a em seu abraço — Não conseguimos alterar muito o conteúdo dele nem quando de-corrompemos o Ministério, mas você é mais do que capaz de conseguir. Eu acredito em você, viu?

— E eu também — a voz de Ron veio do corredor, baixa e afetuosa, e quando Rose olhou naquela direção, viu o pai apoiado contra o batente da porta, os braços cheios de cicatrizes firmemente cruzados contra o peito. Ainda vestia as calças e o colete que usava no trabalho, e seus olhos azuis, emoldurados por algumas rugas, sorriam para ela.

Sentando-se na cama e estendendo os braços para o pai, Rose pediu por um abraço, ainda mais incerta se conseguiria segurar o choro. Mas quando ele cobriu aquela distância em duas passadas e a segurou com força em seus braços, ela se sentiu mais forte, principalmente porque as mãos de Hermione apoiavam suas costas.

— Eu amo vocês.

— Nós também te amamos, Rosie — os dois responderam em uníssono, trocando um olhar brilhante e cúmplice.

— Vê se come, viu? — Ron disse, levantando-se da cama e indo em direção à porta — E não fique acordada até muito tarde.

— Digo o mesmo — Hermione reiterou, levantando-se, pegando a toalha que Rose deixara no cabideiro no caminho — E já que não nos deixou ajudar diretamente, pegue o carro. Ao menos vai continuar tendo pernas ao final dessa busca.

Rose entreabriu os lábios, buscando por algo que pudesse falar para rejeitar a proposta educadamente, mas a mãe a encarou com olhos firmes, que não cediam espaço para argumentações, e ela apenas se calou. Logo, a porta do quarto fechou-se, mergulhando-a num silêncio que já não lhe incomodava tanto.

Com mais um aceno de varinha, o silêncio fora novamente preenchido pela máquina de escrever, e enquanto ela comia os pãezinhos de abóbora que a mãe lhe trouxera, suas pernas vibravam em agradecimento pelo carro.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Se gostou, deixe um review ou um favorito, ficarei imensamente grata ♥



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