A Princesa e o Guerreiro escrita por asthenia


Capítulo 8
A espada e o monstro


Notas iniciais do capítulo

Sem desculpas pela demora!
Vamos ao capítulo! Peço desculpas pelos erros e palavras repetidas, só revisei apenas umas vez.



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Ajoelhado em frente a seu baú, Naruto jogava roupas para todos os lados. Jiraiya pegava algumas peças, analisando mais de perto, mas logo as jogava no chão. Nada parecia com o que estava procurando de fato.

— Eu não entendo porque preciso achar roupa de quando eu era mais novo.... Eu não faço ideia se ainda tenho!

Jiraiya suspirou, balançando a cabeça.

— Hinata não poderá treinar de vestido. – O grisalho achou uma peça. Era uma calça de tamanho menor. – Acho que isso pode servir!

— Ufa! – Naruto se levantou. – Eu não aguentava mais mexer nesse baú!

— Espera, espertinho. Ainda precisamos de algo para a parte de cima. – Jiraiya sorriu, travesso. – Já sei, quer vê-la apenas vestindo as bandagens e mais nada, não é?

De repente, Naruto imaginava Hinata vestindo uma calça apertada e bandagens cobrindo seu busto. Agora estava vermelho, em tom escarlate. Jiraiya apenas ria da reação do afilhado.

— Vamos logo com isso! – O loiro disse, jogando as peças que estavam no chão de qualquer jeito de volta ao baú. – Senão o Hyuuga-sensei vai ficar furioso se eu chegar atrasado ao treino!

— Relaxe, eu o avisei que chegaríamos um pouco mais tarde. – O grisalho sorriu. – Tive uma ideia, podemos comprar algum kimono para a parte de cima. Verei se a costureira tem algo pronto.

— Então vamos logo!

Naruto se levantou, apressando-se. Porém, percebeu que seu padrinho sequer se moveu. Ele o encarou, esperando que saíssem logo.

— Por que você ainda tá parado, sensei?

Jiraiya se virou, caminhando até seu quarto. A cabana que ambos dividiam era pequena, no entanto ainda sim cada um tinha seu próprio quarto.

— Venha. Tenho um presente para você.

O Uzumaki caminhava, curioso, ao perceber a seriedade repentina de seu padrinho. Assim que entraram no quarto do mais velho, algo na cama lhe chamou a atenção. Uma caixa comprida, com detalhes entalhados em volta. Jiraiya se posicionou até a abertura da caixa, abrindo-a. Naruto mal podia se mover assim que ele tirou o objeto dali. Uma espada, brilhosa, recém retirada de sua bainha, reluzia.

— Isso foi de seu pai. Infelizmente é tudo o que tenho dele. – Jiraiya disse. – Ela é sua. Você irá precisar para seu novo treinamento de agora em diante.

O loiro mal se moveu. Esticou as mãos, tentando alcançar o objeto, ainda sem conseguir formar frases completas, sibilou, encarando o metal:

— D-Do meu pai?

— Sim. – Jiraiya sorriu. A espada agora estava em ambas as mãos de Naruto. – Ele a usava com maestria, muito melhor que eu empunho uma espada.

Naruto observou que a empunhadura era de couro, em perfeito estado. A espada não era tão pesada quanto parecia, e sua lâmina – que não era fina, apesar de não ser pesada -  parecia estar afiada.

— Você ainda não pode dizer o nome dele, não é? – Naruto disse, ainda olhando o objeto em mãos.

— Não se preocupe, garoto. Tenho o pressentimento que você saberá de sua história mais cedo do que espera.

Os olhos do Naruto se encheram de lágrimas.

— Obrigado, sensei.

Os azuis dos olhos do Uzumaki brilhavam. Jiraiya apenas sorriu, nostálgico. Kushina e Minato com certeza estariam orgulhosos de seu filho.

—/-

Agora, ambos caminhavam pelas ruas de Konoha. Naruto vestia sua espada por debaixo de seu sobretudo.

— Não mostre isso a ninguém, garoto.

— Você já repetiu isso milhares de vezes! – Naruto resmungou. – E eu não acho que vamos precisar trocar a bainha.

— Você irá usar a espada com frequência e essa bainha está gasta. É melhor que-

Subitamente, Jiraiya parara. A sua frente via uma infinidade de guardas entrando e saindo de comércios. As armaduras não enganavam: eram guardas Hyuuga. Estavam empenhados na busca de Hinata por toda Konoha.

— Já sabe, não abra a boca!

— Eu sei, eu sei, nunca falaria nada!

Sons de gritos e coisas caindo chamou atenção de Naruto. Ao olhar para o lado em uma curta distância, na entrada da pequena padaria dos Akimichi, um cavalo branco estava parado, ao lado de cavalos de cores mais escuras. Os gritos vinham de dentro do local. Logo identificou que uma das vozes era de Chouji, seu colega de infância.

O Uzumaki correu até lá, mesmo a protestos de Jiraiya. Ao entrar, via de costas um homem de cabelos azulados pálidos e armadura reluzente, segurando um grande pacote de farinha.

— Não senhor, por favor, nós usamos esses ingredientes!

— Então responda de uma vez, gordo idiota, antes que eu destrua mais esse saco de farinha! – O homem estava prestes a furar o saco com sua espada. – Sabe onde está Hinata Hyuuga?

Os olhos de Chouji estavam cheios de lágrimas.

— E-eu já disse, eu nunca nem a vi!

A raiva de Naruto lhe subiu a bile.

— Ei, babaca! Você não lava as orelhas direito? Ele já disse que nunca a viu!

Naquele momento, os outros guardas que riam de Chouji pararam e se viraram na direção de Naruto. O homem que ofendera Chouji se virou, raivoso. Ele era alguns centímetros mais alto que o loiro.

— Quem é você para se intrometer?

O loiro encheu o pulmão, orgulhoso.

— Naruto Uzumaki. E você?

O homem sorriu, sarcástico.

— Toneri Otsutsuki.

Aquele nome.... Já ouvira em algum lugar. Hizashi havia citado, mas ele não se lembrava o porquê.

— Tá Toneri Otsu... Sei lá o quê, saia daqui agora e deixe meu amigo em paz!

Os guardas que acompanhavam Toneri começaram a rir, assim como o próprio. Naruto olhou raivoso a todos. Eles estavam fazendo chacota dele!

— E se eu não sair?

Instintivamente, o Uzumaki colocou a mão na espada, por cima de sua capa. Se entrasse em uma briga, provavelmente levaria uma bronca gigantesca tanto de Jirayia, quanto de Hizashi. Mas ele não deixaria as coisas daquele jeito. Não depois de ter sido humilhado e de maltratarem seu amigo.

Tudo aconteceu muito rápido. Antes mesmo de alcançar sua espada, uma sombra apareceu entre ele e Toneri.

— Uchiha. – A voz de Toneri confirmou quem era a sombra de costas a Naruto. Era Sasuke.

— Está tudo bem por aqui, Toneri-sama?

A voz de Sasuke era firme. Ele olhou de relance a Naruto, que afastou a mão da espada. Viu ao longe Jiraiya observá-lo, sem se mover.

— Está. – O Otsutsuki ficou sério. –Esse cara era quem queria se meter em encrenca.

— Ignore-o. É apenas o lenhador da cidade.

Assim que a frase saiu, Toneri e os outros guardas começaram a rir, alto. Naruto ficou ainda mais nervoso.

— Qual seria seu golpe, lenhador? Iria lutar comigo com seu machado? Ou melhor, você usa um galho como espada?

Os guardas gargalhavam. O rosto de Naruto ficou vermelho, e se não fosse por Sasuke que segurou seu braço com firmeza, iria para cima do homem com sua espada.

— Eu lamento o incômodo, Toneri-sama.

Mesmo sob protestos, agora o Uchiha arrastava Naruto para longe dali. Os guardas e Toneri também saíam do local, montando seus cavalos.

— Me larga, Sasuke! Eu vou socar a cara daquele merda!

Sasuke parou, encarando o loiro.

— Ficou maluco? Aquele cara tem uma guarda inteira obedecendo a ele. – Sasuke disse, baixo. – Ele está procurando a noiva Hyuuga que foi raptada. Não se meta com aquela gente.

Sentiu seu sangue ferver. Então o cara idiota era noivo de Hinata. Agora queria socá-lo ainda mais.

— Você estava seguro demais na frente de Toneri. – Sasuke o olhava, atento. – Você tem alguma arma para lutar contra ele?

O loiro ficou pálido. Sabia sobre o quanto Sasuke Uchiha era inteligente. O moreno fazia parte da guarda de Konoha e sempre foi observador.

As palavras morreram em sua garganta. Sentiu uma mão pousar em seu ombro, possessiva.

— Obrigada pela ajuda, Sasuke-san. – Jiraiya sorria, atrás do Uzumaki. – Vamos Naruto, temos coisas para resolver.

— É... É verdade!

O loiro se virou, aliviado. Se não fosse por Jiraiya, poderia ter aberto a boca e colocado tudo a perder.

— Naruto. – Ouviu ser chamado e se virou. Sasuke o olhava, sorrindo. – Não se esqueça do nosso duelo. Está se aproximando.

Naruto parou e sorriu ao Uchiha.

— Eu não me esqueci. É bom estar se preparando para ter sua bunda chutada!

Alguns passos à frente, Jiraiya gritava:

— Vamos logo!

Naruto se virou e correu até seu padrinho, que o esperava. Sasuke continuou observando, ainda desconfiado.

—/-

Depois de ter levado uma bronca gigantesca, Naruto e Jiraiya estavam finalmente a caminho da cabana de Hizashi. A carroça balançava conforme seguiam seu caminho. A quem olhasse para os dois não desconfiaria de nada, apenas o jovem lenhador estava indo adentro da floresta para buscar mais lenha.

— Sensei. – Naruto dizia, ainda prestando atenção ao caminho. – Aquele cara, o tal de Toneri. É verdade que ele é o noivo de Hinata?

— Sim. – Respondeu, olhando seu afilhado. – O que achou dele?

O Uzumaki franziu a testa.

— Um idiota. Ele não merece alguém como a Hinata.

Jiraiya se surpreendeu com a resposta do loiro. Sorriu.

— Eu também acho. Mas é melhor tomarmos cuidado e não nos metermos com ele. – O loiro olhou de relance ao seu mestre. – Não podemos deixar que ele a encontre. Quero que me prometa que irá protegê-la.

Naruto sorriu, confiante.

— Pode ter certeza disso!

Poucos minutos depois já estavam na cabana. Jiraiya entregou a Hinata as suas novas roupas para seu primeiro treino. A Hyuuga se preparava enquanto Naruto começava sua meditação, como de costume.

Hizashi aproveitara que sua sobrinha e seu aluno estavam distraídos e chamou Jiraiya para um canto, afastando-se o suficiente para que nenhum dos dois ouvisse.

— Você terá que me prometer que não irá fazer isso do jeito mais difícil. – Disse, olhando fixamente para os olhos de seu amigo.

O grisalho cruzou os braços.

— Eu não prometo nada.

— Isso é perigoso demais. Eu sei o que está fazendo. Quer usar as emoções dele nesse treinamento, mas se ela acordar.... Se ela-

— Ele precisa controlá-la, Hizashi. Você estará comigo para ajudar, assim como esteve com Kushina, não é?

O Hyuuga continuou sustentando o olhar.

— Você se lembra o quanto ela sofria. Não quero ver isso acontecer de novo.

O sorriso seguro de Jirayia lhe acalmou.

— Ele é filho de Minato e Kushina. Não duvide da força desse moleque.

—/-

Na hora que a morena apareceu em sua frente, vestindo sua calça de quando era criança, o kimono que ia até o meio de suas coxas, e seu cabelo preso em um rabo de cavalo alto, sentiu seu coração acelerar. Ela lhe sorria, tímida, com a coloração rosada tomando o rosto.

— Estou pronta, Naruto-kun. – Disse, ainda incerta. – E-Está tudo bem? Você parece-

— Está tudo ótimo, não se preocupe!

Ele forçou um sorriso exagerado.

— Ótimo, podemos começar. – Hizashi interrompeu, ignorando o rosto corado dos dois jovens. Entregou a sua sobrinha uma estaca de madeira e outra ao loiro. – Ensine a Hinata ataques e defesas simples.

— Certo!

De repente, o silêncio pairou.

— Então Naruto, quais são as posições iniciais?

— Ah... Claro. Vamos lá!

Naruto estava de pé, ereto, explicando a Hinata a forma correta de segurar a “espada”. Depois explicou alguns movimentos simples de ataque e defesa, como trocar a posição da estaca rapidamente e como enxergar pontos cegos de seu oponente. Hizashi apenas observava. Era comum vê-lo se perdendo nos movimentos, ou tendo que parar para lembrar exatamente o que fazer, mas a paciência de Hinata lhe dava segurança, incentivando-o. Suspirou. Era evidente que os dois formaram um laço. Deveria ter previsto essa aproximação.

Alguns minutos depois a Hyuuga movia a estaca precisamente, enquanto Naruto apenas se defendia, dando passos para trás.

— Isso Hinata!

Naruto sorria, satisfeito. Só não previu uma pedra atrás de si, o que o fez tropeçar para trás, fazendo a Hyuuga cair em cima dele.

Ele era bom, mas precisava se concentrar ainda mais.

— D-Desculpe, Naruto-kun! Você está bem? – Hinata disse, levantando-se. Seu rosto estava vermelho.

— Não se preocupe, a culpa foi minha. – Ele sorriu, também sem graça.

“Esse garoto é tão pervertido quanto o padrinho.”

O Hyuuga soltou o ar com força. Teria que vigiar esses treinamentos de perto.

—/-

O treinamento de Hinata havia sido satisfatório. O método proposto por Jiraiya ajudaria Naruto se lembrar dos movimentos mais básicos e a se concentrar melhor. Depois da exaustão, Naruto e Hinata estavam sentados no jardim, enquanto se alimentavam de algumas frutas e descansavam.

— Ei, Hinata. – O loiro a chamou, sem olhá-la. Seus olhos se concentraram em uma fruta silvestre. – Eu conheci seu noivo. Toneri.

Ela se surpreendeu.

— Como?

— Ele estava incomodando um amigo meu. Estão à procura de você por toda Konoha.

O silêncio pesou sobre eles.

— Ele é um idiota. – A voz de Naruto estava firme. Colocou a fruta em sua boca.

A Hyuuga baixou os olhos.

— Eu sei.... Por isso eu não podia continuar no palácio. – Olhou para Naruto. – Obrigada por me treinar. Eu nunca fui forte mas acho que pelo menos poderei me proteger.

Seus olhos eram cristalinos. Naruto podia ver algumas lágrimas ali.

— Você é forte, Hinata! Não duvide disso! – Ele sorriu, aberto. – E eu vou te proteger, não se preocupe!

Hinata sorriu, limpando as lágrimas antes mesmo que caíssem. Antes de agradecer mais uma vez, Jiraiya apareceu.

— Vamos, Naruto. Agora é a hora de seu treino.

O Uzumaki sorriu, levantando-se animado.

—/-

O distanciamento entre Naruto e Jirayia era de pouco mais de cinco metros. O ar parecia mais pesado e o olhar fixo e sério de Jiraiya era diferente de todos os olhares que Hinata já vira – o homem podia ser realmente assustador. Seu tio, ao seu lado, também parecia mais sério que o comum. No entanto, nada disso havia lhe chamado tanta atenção quanto as espadas que ambos empunhavam. As espadas brilhavam mesmo pela pouca luz do entardecer. Naruto estava com uma espada cumprida, de lâmina mais grossa. Já o outro empunhava uma espada de menos cumprimento e lâmina mais fina, mas ainda sim parecia afiada e perigosa. Aquilo estava longe de parecer um treinamento.

— Não se acanhe comigo, Naruto. Quero que me ataque para valer, sem medo.

— Mas sensei-

— Faça isso, antes que eu o ataque.

O loiro respirou fundo, sentindo o suor escorrer pela lateral de seu rosto. Com velocidade, correra em direção a Jiraiya que rapidamente se defendeu usando a própria espada. O tilintar de metal contra metal era alto, a disputa era real. Jiraiya era veloz e habilidoso, impedindo qualquer ataque com maestria. Naruto dera alguns passos para trás, analisando o oponente. Seu padrinho sequer suava!

“Parece que ele mal tem ponto cego... Consegue se defender de todos meus ataques!”

O Uzumaki correu mais uma vez, tentando atacar por cima. Jiraiya sorriu, prevendo o ataque e segurando a espada sobre sua cabeça. O barulho da colisão havia sido forte, se o mais velho não tivesse se defendido, o impacto teria sido fatal.

Agora Naruto atacava com mais afinco e todos os golpes eram defendidos. Os olhos apertados do loiro transpareciam que ele estava perdendo a paciência. Tentou pela direita, esquerda, nada. Posicionou a espada para as áreas das pernas de Jiraiya e ele se afastara.

— Chega de brincadeira, Naruto! – Ele gritara, defendendo de mais um golpe. – É assim que pretende ganhar de Sasuke?

Sentiu raiva. Deu um giro de perna, concentrando seu ataque em uma das laterais do ombro de padrinho. Mas ele empunhou a espada a tempo. Seus rostos estavam perto um do outro. A voz baixa do grisalho lhe chamou atenção.

— É assim que pretende proteger Hinata?

Afastaram-se mais uma vez. Sem entender o porquê, sua raiva cresceu ainda mais. Empunhou a espada, e correu em direção a Jiraiya. Agora sem erro ele o acertaria, assim como conseguiria vencer de Sasuke e proteger Hinata.

Sentia sua cabeça doer e sua pele arrepiar. Ele tinha que proteger Hinata, ele tinha que ser forte ele tinha-

Tudo parou. Seus olhos arregalaram. Ouviu seu nome ser gritado com dor. Viu tudo escurecer.

Jiraiya havia o perfurado na barriga com sua espada.

— Jiraiya, o quê-

Hizashi segurou sua sobrinha que agora chorava. Vira o olhar do loiro mudar, o tom avermelhado preencher todo o globo ocular dele. Sua mão, que segurava a lâmina de Jiraiya, transpareciam as veias, suas unhas se transformavam em garras. As marcas de seu rosto ficaram mais grossas, seus dentes se afiavam.

Jiraiya sorriu.

— É com você que quero falar, Kurama.

Uma risada maléfica ressoou pelo local. Hinata não mais reconhecia Naruto. Uma áurea monstruosa o cobria, seus olhos azuis haviam desaparecido.

— Foi por isso que você o feriu. Está pedindo para morrer, Jiraiya?

O mais velho continuava empunhando a espada, sem se mover.

— Você não irá fazer nada, eu sei. Agora também irá protegê-la.

O monstro franziu as sobrancelhas, raivoso.

— Por mim eu matava todos os Hyuuga. Transformaria tudo em cinza.

Jiraiya tencionou a mandíbula.

— E por ele?

Kurama, na possessão do corpo de Naruto, apertou a lâmina de Jiraiya, destruindo-a parcialmente.

“Droga... Eu preciso ser mais rápido!”

— O que quer de mim?

— Faça-o mais forte. – Seus olhos eram fixos. – Use seu poder para ajudá-lo! Sabe do que ele é capaz!

— Você quer me usar assim como todos eles. Você e Minato me aprisionaram aqui para me usar como arma! – A lâmina de Jiraiya se desfez na garra do monstro. – Eu quero destruir todos vocês!

Kurama rugiu alto. Com sua mão esquerda segurou o pescoço de Jiraiya, que só teve tempo de gritar o nome de Hizashi. O Hyuuga correu até as costas do monstro, colando ali um papel do tamanho de sua palma. Tudo acontecera em segundos. De repente a áurea monstruosa em Naruto desaparecia, e todos os aspectos medonhos dele também. Agora a garra voltava a ser mão, e se abria soltando Jiraiya.

O loiro caía, inconsciente. Hinata correu até ele, ainda em lágrimas, segurando-o em seu colo.

— Você ficou maluco, Jiraiya! Eu disse que isso era uma péssima ideia! Você quase morreu!

Ajoelhado no chão, o grisalho tossia algumas gotas de sangue. Com dificuldade, disse:

— Veja os sinais vitais de Naruto.

Hizashi correu até o Uzumaki. Analisando-o com cuidado.

— N-Não é possível... – O Hyuuga foi olhar a ferida na barriga de Naruto, que se curava sozinha. Colocou dois dedos em seu pescoço. – Ele está bem, em perfeito estado. Só está inconsciente.

Jiraiya sorriu, fracamente.

— Não há dúvidas. Ele será o melhor guerreiro de todos os tempos.

Hinata olhou os dois mais velhos ainda sem entender o que havia acontecido. Seus olhos pousaram no rosto sereno em seu colo. Havia muitas coisas que precisavam ser esclarecidas, mas uma era óbvia. Naruto era a pessoa mais forte que conhecera.


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Notas finais do capítulo

Kurama is in the house! Desde o começo eu tinha isso planejado. Também estou atualizando essa história do Spirit, caso queiram acompanhar. Sempre aviso sobre as fics no twitter também, meu user é @asthe_nia
Beijos e até o próximo!



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