Um pedido não tão convencional escrita por Tutti


Capítulo 1
Capítulo 1 - Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Hey galera faz um tempo não? Muito tempo na verdade.... rsrsrsr
Bem, depois de décadas eu voltei e com outra fica do meu casal favorito o/ Espero que vocês curtam.

Eu ainda não revisei ela, então pode ser tenham alguns erros de escrita ainda. Sintam-se livres para deixarem algum comentário.



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Elesis não entendeu. 

O dia estava lindo, calmo, tranquilo. Ela havia passado mais da metade dele em seu escritório resolvendo assuntos referente a papeladas e documentos oficiais da Grand Chase, mas isso não significava que ela não sabia apreciar dias bonitos. 

La fora os pássaros cantavam o fim de tarde, o sol já se preparava para se pôr, iluminando seus últimos raios sobre Ernas. As pessoas começavam a fechar seus negócios e a irem para suas casas, Elesis não era diferente. Terminando de ajeitar a papelada em montes, a líder da Grand Chase estava fazendo os ajustes finais quando foi brutalmente interrompida pela porta de seu escritório sendo rudemente aberta. 

Na verdade quase arrancada, se ela fosse mais precisa. 

Por quem, você pergunta? 

Arme. 

Agora, essa não era a parte difícil de entender da situação toda. Para ser sincero, Arme não era, e nem seria, a primeira nem a última pessoa a invadir seu escritório assim, para desgosto da líder da Grand Chase. 

O que Elesis realmente não entendia era o verdadeiro motivo da vinda de Arme. Esse sim é motivo de toda a confusão. 

O que nos leva situação atual que é...: 

— Desculpe, você pode repetir? 

Arme respirou fundo com, como se fosse mais possível ainda, o rubor em suas bochechas ficando mais forte – Eu perguntei se você me ensinaria a beijar. 

Muito bem. Certo. Então Elesis não ouviu errado. 

Depositando os papéis que segurava lentamente, bem lentamente mesmo, em cima da mesa e com a cara mais neutra que conseguia reunir a líder da Grande Chase respirou fundo e soltou o ar lentamente. 

Por onde ela poderia começar, se é que havia algum ponto por onde começar? Sendo sincera, Elesis não sabe o que fazer com essa informação, totalmente crente de que foi um equívoco, mas não. Arme, em todo seu esplendor corado e sem jeito, repetiu exatamente as mesmas palavras que havia escutado segundos atrás, só que agora com mais timidez. 

— Isso é uma pegadinha? 

— O que- Não! – Arme chiou – Eu pareço estar brincando?! 

A ruiva se limitou a levantar uma sobrancelha para esse fato enquanto a encarava ainda mais. 

— Eu pensei que você gostasse do Ronan. 

— E eu gosto! Só... 

— Só...? 

— Só não estou boa o suficiente para ele! 

— Você por acaso é um pedaço de comida esperando ficar pronto? 

— Eu realmente estou me arrependendo de vir aqui, você sabe? — Rosna a maga. 

Bom, isso é ótimo. Devem ter sobrado alguns neurônios aí dentro que ainda não foram torrados de informações sobre magia, pensa Elesis. 

Embora ela lamente que sejam apenas bem poucos deles. 

— Então o que te trouxe a essa brilhante ideia? 

Talvez isso tudo não passasse de uma alucinação de trabalho excessivo. Sim, Elesis poderia lidar com isso se fosse uma alucinação. 

Na verdade, ela até poderia ser poupada sobre a complexidade de toda a situação! 

Então para testar sua teoria, enquanto Arme divagava sobre como chegou a bela conclusão de que era uma leiga em assuntos de beijos e precisava treinar, Elesis a belisco no braço. 

— Então eu pensei- Heey!  

E Arme gritou e se afastou, mas não despareceu. Okay, talvez não seja realmente tudo fruto de sua mente cansada. Que pena. O que significa que o caminho mais fácil para sair dessa encrenca estava fora de alcance. 

Isso lhe deixa com outras opções como: Alguma poção com efeito estranho, uma alucinação causada por uma febre e uma Arme falsa. 

Ou no pior dos casos toda as opções acima. 

— O que foi isso?! 

— Eu estava verificando se você era real. 

— É claro que eu sou real! – Arme fez bico. 

— ... Talvez se eu beliscar mais forte então. 

— Elesis!  

— O que? – A ruiva se permite sorrir de leve, quebrando a postura séria. 

— Você está me provocando. – Arme acusa o óbvio. 

— Estou? — Anda alguns passos pequenos em direção a mais nova. 

— Você- Eu não acredito em você. – Arme emburra – Você vai ou não me ajudar? 

A volta ao tópico faz Elesis parar seus avanços. Certo, Arme estava aqui para... 

Só o pensamento faz suas bochechas queimarem de leve. 

Com um suspiro Elesis pergunta a encarando nos olhos – Você está falando sério sobre isso? Como, sério mesmo? 

Arme se remexe diante do olhar, entretanto se recusa a vacilar – Eu... Pensei bem sobre isso. É idiota, eu sei, mas... 

— Mas...? 

Arme emburrada diz – Você por acaso prestou atenção na história que eu disse? 

A pergunta era, obviamente, retórica. Nãopois eu estava ocupada demais pensando que toda essa situação fosse fruto da minha mente cansada

Mas Elesis não poderia dizer isso, certo? 

Bem. Risque isso. Ela pode, acontece que provavelmente elas não chegariam a lugar algum, então ela terá que responder de forma tática. 

— Eu apenas ainda não entendi o sentido disso tudo. 

Perfeito. 

— Isso porque você me beliscou antes deu chegar nessa parte da história! – Arme atira. 

Oh.... 

Touché. 

Elesis aperta a parte superior do nariz. Isso é loucura. – Então diga, mas vá direito ao ponto. 

— Certo, então, bem, como eu estava dizendo, eu percebi que eu... – Arme respira fundo e conforme vai falando sua voz vai sumindo até se tornar um sussurro entre elas —... Eu não tenho nenhuma prática em beijos e todas essas coisas.... 

Espere, “todas essas coisas”? 

— Então eu... Pensei em pedir ajuda?  

A última parte sendo mais uma pergunta do que um fato, o que é irônico uma vez que ela já estava aqui e a bomba já foi plantada na sala. 

— E é por isso você veio até mim? 

Agora, vejam bem, Elesis está realmente curiosa, — mesmo que uma parte dela esteja gritando que não vale a pena estender esse assunto mais do que o necessário - de como Arme chegou a essa brilhante conclusão. Elesis conhece Arme, ela não é uma mulher de tomar decisões sérias por achismo, não. Se Arme veio até ela é porque em algum momento dentro dessa pequena cabeça ela deve ter acreditado que isso era uma boa ideia, se não uma ideia genial, se for pela forma em que ela está colocando.  

— Não exatamente você. Eu não sabia o que fazer e, bem, você e a Lire são minhas melhores amigas... Eu pensei que poderia falar com vocês. 

— Entendo. E na metade do caminho o “falar com vocês” se tornou “pedir para beijar a Elesis”?  

— B-beijar...?! — O rubor subiu até às orelhas da maga – Nã-Não é exatamente assim! 

— Mas é o que parece para mim. 

— Mas não é! Eu pedi ajuda com um problema! 

— Não. – A ruiva sorriu e cruzou os braços — Você pediu ajuda para “aprender a beijar” e a menos que você queria que nós duas ficarmos lendo romances bregas toda tarde aqui, eu não imagino outra forma de te ajudar a praticar. 

Bem, isso é divertido, Elesis pensou enquanto observa Arme corar até às orelhas. 

— Vai me dizer que você não pensou nessa parte? — Se era possível o sorriso em seu rosto ficou maior. 

— E—esse não é o foco! – Gagueja. – Eu preciso saber antes de tudo se você vai me ajudar. 

Oras, como se Arme gastasse todo o tempo vindo até aqui apenas para uma probabilidade de não chegar a nada. 

Pelas Deusas, Elesis nem se surpreenderia se ela já tivesse esquematizado como insistir no assunto caso a resposta for negativa, e geralmente Arme sabe como ser insistente. 

O que a deixa nossa querida líder com uma tentadora dúvida de como Arme seria insistente nesse assunto, já que ela parece que em apenas alguns minutos de conversa ficou mais corada e sem jeito do que em toda vida. 

— Antes disso você tem que me responder algumas perguntas. – Declara. 

— Humm, certo. – Arme não parece muito certa, mas qualquer coisa que quebre um pouco o clima era bem—vinda agora. 

Arrumando a postura e coçando a garganta a maga se prepara para responder quaisquer dúvidas que Elesis tenha. 

— Você não andou bebendo nada de estranho novamente, certo? 

— Não... 

— Sério? Nenhuma nova poção louca ou experimento maluco? 

— Não. Você sabe que eu estou mais focada em pesquisas rúnicas desde que Mari voltou com aquele novo pergaminho da missão. 

Elesis estreita os olhos e faz uma careta, então se aproxima rapidamente de Arme encostando suas testas juntas. 

— Você tem se sentido bem ultimamente? Alguma dor, mal estar ou assim? 

Arme cora e afasta como se estivesse sido queimada. – O que você está fazendo? 

Elesis apenas ignora. 

— Você não parece ter usado nada suspeito, nem estar com febre. – Inclinando um pouco para trás ela cruza os braços. Suas opções estavam acabando, o que lhe deixa com... – Diga algo que apenas Arme e eu sabemos. 

— O que? 

— Você ouviu. 

— Sim, eu ouvi. O que eu não entendi é de onde isso surgiu do nada. 

— ... Como eu vou saber que você é a verdadeira Arme? – Desafia Elesis. 

— Você está falando sério? — Sua pergunta era descrente. 

— Eu estou apenas checando. — Afirma Elesis – A última coisa que preciso é isso tudo ser um mal entendido. 

Arme abriu a boca para protestar, mas desistiu. No final, era apenas Elesis tento certeza, de uma forma rude, que seu pedido era verdadeiro. – Você tem medo de perder as pessoas importantes para você. — Admite – Não que todos não tenham, mas você é muito zelosa, do seu jeito bruto, é claro. 

— .... Você não é falsa. 

Arme se anima — Isso quer dizer que você vai me ajudar? 

— Isso quer dizer... –  A ruiva procura o olhar da maga — ... Que você está em plena, e insana, consciência... – Elesis faz uma pausa – Eu juro, Arme, que se for alguma de suas brincadeiras... – Adverte. 

— Não é! – Arme dá um passo para frente, desesperada – Eu não brincaria com isso com você Elesis. – Garante – Você deve saber disso. 

 — ... 

— Eu sei que você não tem problemas com suas preferências, – Continua – mas em nenhum momento isso quer dizer que eu vim aqui apenas fazer graça disso! Eu só.... Só achei que você fosse uma boa escolha, já que você é minha melhor amiga e bem... – De repente o tapete parece tão mais atraente do que o par de olhos rubis a encarando – Eu não poderia pedir ajuda disso com a Lire, — E numa onda de coragem e deboche, ela olha para a ruiva com um sorriso um pouco zombeteiro – a menos que eu queria ficar a tarde toda sentada lendo livros de romance. 

Essa pequena- 

Elesis devolve o sorriso e se aproxima conforme fala. – Bem, você não parece ter bebido nada de suspeito, e nem estar com febre ou ser falsa... Eu ainda acho isso uma ideia idiota, entretanto. – Para a alguns passos de Arme. 

— Então... Isso quer dizer que você vai mesmo me ajudar? – Seu tom de voz era uma misturar de timidez com esperança. 

Elesis suspirou, uma parte ainda descrente disso tudo, outra divertia com a situação a sua frente, pois uma coisa era certa, Arme estava determinada com essa ideia. Seria mentira dizer que a ruiva também não estava curiosa, e, talvez, um pouco honrada? Elesis não é nenhuma gênia em romance, mas para Arme isso é o suficiente para pedir sua ajuda. 

Isso tem que valer algo depois de tudo, não? 

Talvez anos e anos usando magia afetaram o cérebro da maga. 

— Muito bem... 

Em contra partida, talvez anos e anos de luta tenham feito algo para sua cabeça também. 

Arme se anima para, logo em seguida, congelar no lugar com a realização de tudo caindo sobre si. O que ela deveria fazer a seguir? Ela deveria ser a primeira a aproximar ou esperar Elesis dar o primeiro passo? Foi ela quem sugeriu isso, para começar, então ela que teria que iniciar o beijo? 

Claro, Arme havia pensado muito sobre isso, muito mesmo, e não é como se ela estivesse arrependida. Não. No final Elesis é sua amiga, sua melhor amiga, e ela sabe que pode confiar nela com esse... Problema... 

Acontece que a ideia de beijar alguém já a deixa nervosa. Afinal esse é seu primeiro beijo! Enquanto ela poderia querer que fosse algo simples e romântico como os livros e histórias contam, Arme se vê muito alto consciente da situação toda. Desde seu coração acelerando, suas bochechas coradas até a presença da líder a alguns passos a sua frente. 

É um milagre que ela ainda consiga olhar no rosto de Elesis. 

Que está claramente se divertindo com sua briga interna, pelo visto. 

Já Elesis, ela nem se incomodou sobre fazer o primeiro movimento, ainda. É mais que óbvio para ambas que Arme não conseguiria fazer isso, e mesmo que ela tenha pedido ajuda a “aprender a beijar” está claro que Arme precisa de ajuda com o conceito de beijo em si, e não somente a prática. 

Quer dizer, olhe para ela. Ela parece pronta para cavar um buraco e morrer dentro dele. 

Elesis nem tem que se esforçar para saber quais pensamentos cruzam aquela cabeça de cabelos roxos. Está estampado em sua cara, de qualquer forma. 

Decidindo que a maga já teve tortura mental de mais, que estava ficando tarde, e que era hora de fazer algo, a líder esticou o braço e tocou levemente a bochecha direita da menor, terminando de aproximar seus corpos em um movimento só, mas procurando deixar uma distância confortável. 

Talvez fosse muito rápido e ousado, pois a resposta de Arme veio quase em seguida. Um chiado estrangulado, olhos arregalados, bochechas vermelhas e uma hesitação de se afastar repentinamente, como não aconteceu, a maga apenas, instintivamente, se encolheu, claramente nervosa. 

— Você está nervosa. 

— Você espera que eu estivesse como? 

— Eu não sei. A ideia foi sua para começar. – Elesis alfineta – Não adianta nada se você não está pronta para isso ainda. 

— Eu estou pronta! É só... embaraçoso... – Pela segunda vez na discussão toda Arme desvia o olhar para qualquer canto da sala – Como você consegue estar tão calma? – Murmurar revoltada. 

— Eu não estou. – Elesis diz simplesmente e isso atrai os olhos violetas para si. 

Isso não é uma mentira. Não há um ponto em mentir agora. Elesis sente um desconforto em seu estômago, uma antecipação a algo, e se ela não tivesse algum controle suas mãos provavelmente estariam tremendo, embora ela saiba que elas estão começando a ficar suadas. 

Tudo isso por causa de um pedido estúpido. Que ela poderia recusar, claro. 

No final ela poderia simplesmente mandar a maga ir embora com alguns pequenos tapas na cabeça e alguma frase de incentivo como “Você não deveria se preocupar com isso” ou algo mais provocativo “acho que o Ronan ficaria mais feliz em te ensinar”, mas qual a graça? Arme já havia percorrido todo o caminho até essa situação, e Elesis já havia perdido todo o tempo tentando assimilar tudo que a mandar sair daqui depois disso era um desperdício. 

Além do mais, Elesis tem quase certeza de que pela forma que Arme está tremendo, ela não voltará a puxar esse assunto de novo. 

Deixando as provocações de lado, talvez seja melhor ela apenas acabar com isso logo. 

A grande pergunta é: Como? 

É uma perda de tempo pedir para Arme relaxar, isso é mais sentir do que obedecer. Pode ser egoísta, mas passar por tudo isso para ter um beijo ruim é um desperdício total. 

Claro que Elesis pode, sempre, sugerir mais de um beijo, mas...? Tudo em Arme está claramente gritando que ela tem todo o seu alto controle em não sair desta sala com o rosto entre as mãos e se enfiar no primeiro buraco que encontrar. E isso é algo que deve ser mencionado. Elesis está bem surpresa por toda a determinação dela nessa situação, isso só mostra a quão determinada, ou desesperada, ela está por ajuda. 

O bônus disso tudo é que é fofo a forma com que ela parece determinada e envergonhada ao mesmo tempo. 

Como avançar diretamente não dará bons resultados, e Arme não vai relaxar tão cedo, Elesis tem que partir para planos emergenciais. 

Cosquinhas. 

Sem aviso prévio Elesis segura firmemente a cintura da maga com ambas as mãos, apenas para ter Arme gaguejando de surpresa demais com isso, e antes mesmo dela processar o avanço, deixada apenas com um protesto inacabado – Elesis?! O que voc- –, Elesis move precisamente suas mãos por seu estomago e lados arrancando risos e risos da mais nova. 

A ruiva mesma não conseguia evitar de rir da situação toda, se atrapalhando entre segurar Arme no lugar, que se debatia em seus braços, e fazer mais cosquinhas nela até ela (ambas) ficar sem folego, se concentrando nisso por um tempo, o máximo que pode, ignorando os protestos e súplicas abafados e inacabados da amiga. 

Somente quando sua barriga já começava a pulsar de dor que ela parou, satisfeita com seu trabalho. Arme era uma bagunça de respirações rápidas, olhos lacrimejados e bochechas coradas. Não que a ruiva estivesse muito diferente disso, mas procurava acreditar estar ao menos um pouco melhor que a maga. 

Ainda sorrindo e rindo um pouco, e no fundo de sua mente tomando cuidado para não avançar muito rápido e estragar todo o clima planejado, mas não tão lentamente a ponto de Arme ter outro crise de timidez, Elesis aproxima mais seus corpos a uma distância mais íntima e coloca suas testas juntas, inclinado um pouco e passando o nariz carinhosamente pela bochecha dela, encostando seus narizes. Ela pode sentir contra o rosto as respiradas ainda sem jeito de Arme, assim como seu sorriso, e tem certeza de que pela proximidade ela também sente a sua. 

Talvez seu plano tenha funcionado muito bem, porque a próxima coisa que Elesis tem certeza de que sente são seus lábios juntos. 

Estranhamente pensando, não foi ela quem iniciou, mas ela salvará esse pensamento para mais tarde. 

Não é nada profundo ou como se lê nos livros, mas ainda assim é carinhoso, Elesis faz questão que seja. 

Não colocando muita pressão nos lábios, mais contentada aproveitar o beijo, com Arme não sendo tão ruim como ela se dizia ser. Seus lábios eram macios e ela só era, ainda, um pouco tímida com isso tudo. 

Talvez tudo seja falta de confiança? A líder pode ter que trabalhar isso mais tarde, como uma boa amiga e líder, porém agora ela pode se contentar em aprender com o momento. 

Elas não ficaram muito tempo, com seus pulmões logo pedindo ar, ainda se recuperando das risadas momentos atrás, mas foi o suficiente para desfrutar disso. Elesis é a primeira a quebrar o beijo, tomando cuidado ao se afastar. 

— Então...? – Pergunta calmamente, observando como Arme volta aos poucos. 

Não era estranho sentir uma certa satisfação com isso tudo, certo? Principalmente porque a cada segundo que passava Arme ficava mais vermelha. 

— Eu... Isso foi, bem... Isto é- eu. 

Também não valeria todo o esforço feito se Elesis perdesse a compostura agora, mas, Deusas a ajudem, Arme estava uma bagunça cômica e Elesis está morrendo de vontade de provocar isso. 

Não que ela estivesse muito longe, tendo certeza de que suas bochechas estavam vermelhas e seus lábios pulsavam um pouco, com a leve vontade de tocá—los com as pontas dos dedos. 

Ou, mais ousada, iniciar outro beijo. 

Mas Arme não está pronta para isso agora. 

Então, buscando ainda o controle da situação, ela nem faz questão de não evitar um sorriso e nem de disfarçar a forma que encara a amiga. 

Com diversão, claro. 

E um pouco de malícia também. 

— Eu espero que seu primeiro beijo tenha sido bom, e que eu tenha atendido suas expectativas como professora. 

Deusas, como era possível que alguém ficasse tão vermelho? 

A próxima coisa que a líder sabe é que Arme se afasta rapidamente em uma bagunça de gaguejos e desculpas se retirando da sala quase tão rápido quando entrou, batendo a porta atrás dela. 

Elesis aproveita esse momento para rir. 

Mas então a porta de abre lentamente seguida de uma cabeça de cabelos roxos surge a vista, ainda incrivelmente corada. 

— Eu... – Arme morde o lábio e diz rapidamente – Eu volto amanhã para mais aulas. 

A porta da sala foi, dessa vez, fechada calmamente. 


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Notas finais do capítulo

Não vou mentir, eu tenho uma ideia de como isso poderia virar uma fic de talvez mais alguns capítulos, mas sinceramente? Eu não sei se conseguiria, desculpem. Eu mesma demorei quase um mês para escrever esse capitulo.
Então não vou prometer nada sobre talvez adicionar outro capitulo a essa fanfic.
Sinceramente eu achei legal assim, como está.



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