As Volturi: Throne of Blood escrita por Noxy, MyClaire


Capítulo 10
Ho detto abbastanza


Notas iniciais do capítulo

*Eu disse basta*



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Dobrei e desdobrei o pequeno papel. Lendo repetidamente as palavras escritas, suspirei um pouco alegre. 

A luz do sol iluminava sobre as pequenas janelas, impossível tocar o chão. A estrutura interior do castelo era feito desse jeito. Janelas no alto, poucas portas, e tochas. Mesmo no meio do dia, as tochas ficavam acesas. As tochas servem de enfeites, todos tinham visões noturnas e os turistas visitavam somente a entrada e a sala do trono, onde Marcus, Aro, Caiu, e a guarda escalante esperavam por eles. As vezes eu era convidada para o banquete mas a maioria das vezes eu caçava com minha guarda fora de Volterra. Com os anos fui me adaptando ao estilo dos Volturi e apreciando o sangue humano. O gosto doce e quente exuberante não poderia ser comparado. No começo tentei continuar sendo vegetariana mas a tentação era maior.  Minha dieta não era somente sangue, eu comia comida normal, ainda tem o mesmo gosto no meu paladar. Vantagens de ser híbrida. Minha guarda também agradecem por terem sido mordidos por mim e transformarem em híbridos, aproveitando o melhor dos dois mundos, principalmente Meraki que amava as comidas de seu país natal, Turquia. Ele sonha em nos levar um dia e nos apresentar sua cultura. 

Nesrin não gosta de falar sobre seu passado, a entendo. Ela era órfã quando a encontrei quase morrendo pelas ruas da Turquia. Os dois se encontraram ainda jovens e nunca mais se separam, até quando transformei Nesrin, ele pediu para fazer o mesmo com ele. E eles nunca largaram de mim, dizendo que nunca me abandonaria por ter dado a eles uma nova vida. Claro que não os deixariam, eu sabia muito bem o que estava fazendo quando os transformei.

A entrada da biblioteca se materializou. Suas portas gigantes de madeiras executadas nos dois lado, contando histórias do livros a dentro. Empurrei as duas portas com um pouco de força. não havia ninguém. Entrei e deixei a porta se fechar atrás de mim. Tirei meus cachos do rosto, passei a mão no meu uniforme preto e prata, e arrumei minha capa negra. Andei entrando pelos longos corredores. 

A biblioteca era enorme. Aro fez questão de mantê-la recheadas de livros para Marcus. Cada livro vinha de algum lugar diferente, era uma coleção de séculos. As prateleiras feitas de mármores e desenhos feito de ouro. As paredes eram azul bebê e o piso de madeira recém cerado. Janelas altas e enormes no centro, banhando todo o espaço. O cheiro das páginas de livro nunca falharam em trazer paz. Esse era o único lugar onde havia luz e calma. Eu amo está entre os Volturi e ser parte da guarda, mas sempre tinha brigas e domínio como um jogo sem saída. 

Caminhei entre as estandes procurando o dono do bilhete. O sorriso não largava meu rosto até minhas bochechas doíam. Tentei o achar pelo cheiro mas o leve aroma adocicado misturado com canela e madeira estava fraco. Felix não estava aqui. 

O pequeno papel dobrado pesou em meu bolso. Senti calafrios e os pelos de minha nunca levantar. 

Eu sabia das emoções circulando sobre minha guarda, mas elas eram somente dos gêmeos Alec e Jane. A guarda escalante eram os únicos a saberem da existência da guarda prateada, mesmo com seu ódio os dois e o resto da sua guarda precisam de nós e nunca nos ameaçaram de forma vulgar como mandar bilhetes. O resto da guarda, Demetri, Felix, e Melione nunca os deixariam me ameaçar. Nesrin, Meraki e eu não sobreviveria a um ataque deles juntos. Alguém sabia da nossa existência e eu irei descobrir e o eliminar. 

A biblioteca vazia como sempre, o seus habitantes eram somente minha guarda e Marcus. O resto sempre ocupados espalhados no mundo. Abri o papel novamente lendo de novo suas instruções. 

Eu sei quem é. Venha a biblioteca. 

Isso é estupidez da minha parte dá ouvidos a um mero papel. Pode ser apenas uma pegadinha da guarda escalante. Eu nem tinha pensado nisso. Meu sangue borbulhou. Algumas correntes elétricas lampejavam entre meus dedos. Fechei meus olhos e procurei por auras ao meu redor. Havia somente rastros e uma curta concentração vindo do outro lado. Escondi a minha própria aura e fui de encontro com a misteriosa aura. 

Meus passos eram silenciosos quase de um felino. A aura ia se desfazendo, coberta de ódio e desprezo. Rolei meus olhos. Muito criativo tentar mexer comigo por bilhetes, covardes. 

Do outro lado possuía apenas mesas de estudo, pilhas de livros e algumas notas de papel sobre a mesa, todos organizados. Larguei o meu bilhete na mesa para ver se alguns desses papéis coincidiam a mesma fonte de energia. Vasculhei alguns dos papéis, e não tinha um sem ser em letras estranhas. Devia ser notas de Marcus pelo o jeito que foram desenhadas. Uma vez ele me ensinou grego antigo, e as letras são bem parecidas. Só compreendi um ou três palavras. Traduzir o máximo que pude. Marquiele, segredo, e lendas. O resto não vinha em mente. O que Marcus estava aprontando?

Minha mente focou somente nas notas a minha frente, esqueci completamente o porquê de esta ali. Uma mão segurou minha cintura delicadamente. Voltei ao alerta, sem pensar já estava atrás da pessoa com minhas presas em seu pescoço. 

“Wow Marie, não sabia que gosta disso.” Felix disse com um sorriso malicioso. O soltei aliviada.

“Quem sabe mais tarde?” Dei apenas um selinho em seu pescoço antes de voltar a minha pesquisa. 

Felix se aproximou da onde estava, seus olhos procurando por algo. Seu comportamento muito estranho, segui o seu olhar. O vampiro agarrou um pedaço de papel na mesa com força, virou o rosto e endureceu seu corpo. Na hora procurei o pedaço de papel. Oh não. 

“Marie, o que é isto?”

“Um bilhete que alguém deixou na minha mesa.” Eu falei casualmente.  

Me afastei dele alguns passos ao ver seu rosto sem um tipo de emoção, e seus olhos negros. Felix riu alto bastante para ecoar através da biblioteca. 

“Você realmente acha que eu vou acreditar?”

“Acredite ou não, mas estou falando a verdade.” 

Ele se aproximou segurando o papel quase no meu rosto, dessa vez firmei meus pés no chão o enfrentando. Pude ver sua hesitação. 

“Mentira.” O sangue correu rápido para meu rosto mas continuei calada e esperando ele. “não acredito que tenha outro.” Felix disse para si mesmo mas consegui escutar.

Então era minha vez de ri. 

“A quanto tempo estamos juntos? Um dia ou setenta e quatro anos?” Minha voz estava na beirada de gritar nele.

“Mas, mas você já me deixou uma vez.” Ele gritou novamente. 

“Vamos lembrar do passado, devemos? Lembra quando me transformou nisso que sou?” Gritei de volta, qualquer filtro ou paciência não existia. 

“Em que? Híbrida ? não é assim que funciona.”

“Me explica então, quem me fez beber sangue?”

Felix cambaleou confuso mas a sua raiva voltou. Nesrin segurou seu ombro o impedindo de falar algo a mais. Felix… Minhas mãos automaticamente cobriu minha boca. 

“Chega.” Nesrin sussurrou e retirou sua mão do braço de Felix.

Ela andou até onde eu estava e me cobriu com um dos seus braços e me tirou dali antes que um de nós reagimos. 



 


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Notas finais do capítulo

Oi galera, tenho notícias boas e ruim. Esses dias para cá eu fiquei doente, até fiz o teste do Covid mas deu negativo. Eu ainda to meio doente e infelizmente eu vou ter que da uma pausa só de duas semanas, para me recuperar e voltar no trem da escrita.
Beijinhos e vejo vocês daqui duas semanas :)



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