Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 27
Capítulo 27: Visão




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Capítulo: 27: Visão

Dezembro de 2004

Carole PDV

Era um dia normal como outro qualquer para nós, estávamos na sala reunidos assistindo TV, quando Alice parou subitamente de descer as escadas. Isso significava apenas uma coisa: ela está tendo uma previsão do futuro. Seus olhos perderam o foco e ficaram vazios fitando o horizonte infinito, claramente não vendo mais o que estava fazendo agora. Jasper percebe as emoções nebulosas da esposa (os dois se casaram alguns anos depois de chegarem) e vai correndo para perto dela:

— O que foi querida? – ele pergunta.

Edward parou de tocar o piano quase imediatamente ao ver os pensamentos da irmã.

— Alice você está bem? – pede Esme.

— Alice? – diz Carlisle.

— O que foi Alice? - eu indago.

— Esperem – orienta Rosalie. – Tenham calma.

Alice pisca voltando o foco no presente.

— Não entendo porque estou vendo essa menina, ela pare um pouco com Esme, mas o que significa?

— Algo mais amor? – questiona Jasper.

— Ela decidiu vir morar em Forks com o pai. Ela se chama Bella, como eu ouvi a mãe chamá-la, e seu pai mora aqui, é o xerife Swan. Eu vi quando ela se despediu da mãe e do padrasto, os pais dela são separados há quase dezoito anos, mora em Phoenix e vai pegar um avião para Seattle.

— Mas porque você a viu? – indaga Emmett.

— Certamente ela vai estudar com vocês na Forks High School – comenta Carlisle passando o braço nos ombros da esposa no sofá.

— Sim é isso mesmo! Eu já vejo alguns flashes das aulas que teremos. Ela será parte de nosso futuro, por isso a vejo.

— Chega! – diz Edward subitamente quase nos assustando, pois ele estava em silêncio.

— Ummm... Alguém não gostou muito do que viu. Quem manda ser enxerido. Sabe de mais Edward? – diz Rosalie.

— Ele não pode evitar, não fez de propósito – o defendo.

— Eu não quero falar disso!

— Ah Eddie, conte pra gente o que foi – Emmett pede.

— Eu já disse que não gosto que me chame assim! – e sai correndo para a floresta.

— Edward! – Esme exclama aflita.

— Fique tranquila querida, ele vai voltar – diz Carlisle.

— Quer que eu vá atrás dele? – proponho.

— Lá vai ela! – diz Rosalie. – Buscar o sobrinho favorito.

Eu ignoro o que minha sobrinha disse. Vou ajudar meus irmãos.

— Obrigado Carole, mas deixe, não precisa – diz Carlisle.

Vejo no olhar que Esme gostaria que eu fosse. Talvez seja melhor assim, Edward precisa de um tempo para pensar, é melhor ficar sozinho para fazer isso.

— Vamos dar um tempo para ele refletir, querida – meu irmão diz para esposa.

— E se... E se ele não voltar? – ela pede soluçando e posso imaginar que seus olhos estariam marejados de lágrimas se ela pudesse chorar.

Mas Edward ainda não vai fugir dessa vez.

— Alice pode nos explicar o que houve para que ele reagisse dessa maneira? – peço para minha sobrinha.

— Não sei exatamente porque ele reagiu assim, talvez ele tenha ficado nervoso com o que eu vi, pois o envolve diretamente.

— Ele ficou muito nervoso sim, eu senti – diz Jasper.

Todos nós percebemos isso, mesmo sem seu dom.

— Não era para tanto; como sempre ele é um exagerado! Não importa o que foi que você viu Alice – diz Rosalie.

— Que bom que você pensa assim Rose, porque vai envolver a todos nós.

— Como assim?

— O que vai acontecer querida? – pede Esme recuperada.

— Ela será namorada de Edward.

Ela fica muito feliz ao ouvir isso, pois significa que Edward não era muito novo quando Carlisle o transformou.

— Vou gostar muito dela! Se ela fará meu filho feliz também ficarei feliz. Aliás, já gosto dela.

— Viu só querida? Você estava preocupada sem motivo – Carlisle beija a testa da esposa.

— Você também estava nervoso – ela justifica.

— Que bom que finalmente Edward vai encontrar uma parceira! – comento.

...XXX...

 

À tarde fomos ao aeroporto de Seattle onde eu iria pegar o voo para a América do Sul. Apenas Carlisle e Esme foram, pois os jovens teriam aula naquele dia e meu irmão só iria para o hospital trabalhar dali algumas horas:

— Tem certeza que vai fazer isso, minha irmã? Não precisa ir embora! – diz Carlisle para mim. – Seremos uma grande família, sim; isso vai atrair a atenção dos Volturi ainda mais, sim; mas não quero que vá. Fique por favor, você não é obrigada a ir, você não precisa fazer isso, não precisa abrir espaço para Bella.

Eu não quero em hipótese nenhuma encontrar os Volturi. Nem sequer que eles venham atrás da minha família. Ou cheguem perto daqui.

— Não estou indo por causa dela. Eu tenho que ir porque eu quero ir, meu irmão. Eu preciso, já está tudo acertado, não posso abandonar simplesmente. Não se preocupe comigo, eu sei me cuidar. Não é outra coisa, nada com você, não entenda errado. Eu sei que nós nunca ficamos tão longe, mas confie em mim, vai dar tudo certo.

— Está bem, mas o Brasil, irmã? É um pais tropical você sabe.

— Eu sei, a maior parte do território é sim tropical. Mas existe uma região inteira praticamente abaixo do trópico. Onde eu vou é bem ao sul do Rio de Janeiro. Vou ficar em uma cidade pequena da serra gaúcha chamada Serafina Corrêa.

— Eu trabalharei lá por um ano como enfermeira, podendo meu contrato ser renovado por mais um ano.

— Quando quiser pode ir relaxar na ilha – oferece Esme.

Ela parece bem menos aflita com minha viagem do que Carlisle. Esme me apóia mais do que o marido, meu próprio irmão. Ele não confia em mim! Ou está sendo o que sempre foi para mim, mais do que um irmão mais velho, ele cuida de mim como um pai.

— Obrigada irmã, irei lá nas férias.

É um pouco difícil, pois dependendo do que você quiser caçar tem que ir ao continente.

— Mas você vai ficar sozinha lá?!

— Sim, eu entendo o que você está sentindo meu irmão, mas não se preocupe, eu vou ficar bem. Conhecer outra cultura, outras pessoas vai ser ótimo, você sabe que vou gostar muito disso.

— Eu sei Carole, compreendo. Assim como eu você é um espírito livre. Escolhe ir quando quer onde quer e está onde quer estar. Eu fico preocupado mesmo sabendo que você pode se cuidar. Você é uma mulher linda e pode acontecer com você o que aconteceu com Rosalie. Se acontecer qualquer coisa não hesite em ligar para casa.

— Pode deixar comigo, não se preocupe, vai dar tudo certo e correr tudo bem. Será uma experiência maravilhosa para mim.

— Espero que nada mal aconteça.

— Se algum perigo me rondar Alice poderá lhe avisar, não se preocupe. Pensamento negativo atrai coisas ruins.

— Ah Carole vou sentir muito sua falta! Nunca tive você longe de meus olhos antes.

— Só quando eu era criança.

— Você sabe o porque eu tive que me manter afastado.

— Sim eu sei, para nossa segurança. Eu sou a prova disso.

— É verdade. Nem todos os vampiros são tão compassivos com os humanos.

— Você é uma bênção!

— Você também, minha irmã. Queria ter visto você crescer. Mesmo sem minha presença você se tornou uma boa mulher.

— Obrigada – eu teria corado com o elogio se não fosse uma vampira.

— Não há de quê.

— Eu vou, mas eu volto. Prometo. Pode acredita na minha palavra.

Promessa é dívida, mesmo sendo uma vampira eu vou cumprir o que digo.

— Eu acredito sim. Mas... e se você encontrar vampiros lá?

— Não existem vampiros no Brasil, Preciso mesmo ir, vocês sabem onde estarei.

Ao contrário de meu sobrinho Edward, meus irmãos saberão onde me encontrar.

— Um dia você também vai encontrar um companheiro – diz Esme vindo ao lado do marido, que a recebe com um beijo.

— Não sei... Não é por me sentir deslocada aqui que eu vou para outro país. Você sabem o quando eu adoro ver vocês dois assim, juntos.

Olho para o casal.

— É verdade – concorda Esme.

— Minha irmã!

— Carlisle, está tudo bem. Vai ficar tudo bem, ao tenha medo. Vamos nos falar todos os dias pela internet – as noites em que ele não estiver de plantão nem eu – Você sabe muito bem o que nossa profissão significa para nós.

— Sim – ele admite.

— Quero cuidar dessas  pessoas, os brasileiros precisam de mim. lá é um lugar seguro, não se preocupe. A maioria da população é de pele clara, descendentes de europeus, ninguém vai ficar olhando para mim.

— E os olhos?

— É quase marrom, mas vou usar lentes.

— As lentes incomodam e devem ser trocadas em pouco tempo – ele me orienta.

— Eu sei disso. Em outras vezes posso usar óculos escuros.

— E o clima?

— Lá é bastante frio e nublado.

— Tome cuidado minha irmã.

— Eu sei que não devemos chamar atenção. Eu vou me cuidar – dou um beijo no rosto dele e vou até o avião.

Toda a nossa conversa foi em um tom de voz inaudível para os outros passageiros. Poderia parecer que não estávamos conversando, apenas nos despedindo com gestos.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Serafina_Corr%C3%AAa



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