Em meio ao Caos escrita por Val Rodrigues


Capítulo 20
Capitulo Vinte


Notas iniciais do capítulo

Ola, tudo bem gente?
Antes do capítulo quero dizer algumas coisas.
Primeiro: Me desculpem a demora em atualizar. A historia esta pronta no computador, só faltando revisar e postar, mas, nas ultimas semanas fui atingida por um desânimo que foi difícil vencer. Eu amo esta historia, então, levantei, (Graças a Deus) bati a poeira e vim revisar para postar.
Dois: Estou participando do Desafio Drabble. Quem quiser esta super convidado para conferir...
A Crazy Family (Beward)
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InSuficiente (Não precisa conhecer o Original para ler a Fanfic)
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Obrigadah meus amores e boa leitura.



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Bella deixou Lavinia fazendo suas tarefas escolares na mesa da cozinha e rumou escada acima.

Por mais vezes do que ela poderia contar, Theodoro, impaciente e agressivo, gritando com a irmã e consequentemente com ela também, ao pedir que ele parasse. Vendo a situação sair do controle, ela ordenou que ele fosse para o quarto, de castigo.
Esperando alguns momentos para ambos se acalmarem, explicou as tarefas a filha e subiu pronta para mais uma de suas batalhas.
Entrou no quarto, sem bater na porta propositalmente, com o semblante sério.
— Desculpa, mãe.  Theo começou envergonhado, e Bella se segurou para não correr ate ele e abraça-lo. Neste momento, precisava de firmeza.

Cruzando os braços por cima de sua barriga, focou o olhar no filho.
— Eu te desculpo Theo. Mas, não é só a mim que você tem que pedir desculpas. Alem do mais, quantas vezes você vai continuar agindo assim?
— Eu já me desculpei, não posso fazer nada se a senhora não quer aceitar. Murmurou contrariado e Bella se segurou para não lhe dar umas palmadas.
— Olha como fala comigo. Não vou tolerar falta de respeito Theodoro. _ Advertiu, recebendo o silencio em troca.
Encurtando a distancia entre os dois, Bella sentou-se na cama ao lado do filho, e voltou a falar, abrandando o tom de voz.
— Eu sei que estamos vivendo muitas mudanças. Tambem sei, o quanto doeu perder o seu pai. Theo, você esta com raiva e não sabe exatamente do que ou quem, esta bravo com a vida, se sente injustiçado, e eu sei disso filho, por que tambem me sinto assim.
Theo ergueu o rosto, surpreso, ante as palavras da mãe.
— Mas todo mundo esta seguindo com a vida. Todo mundo esta esquecendo dele.
— Ninguem vai esquece-lo, Theo.
Bella contrapôs, negando com a cabeça.
— Vão sim. Até a senhora só quer saber deste bebê agora. Jogou chocando Bella com suas palavras.
— Isso não é verdade filho. Não é por que este bebê vai chegar, que ele vai tomar o seu lugar ou da sua irmã. Theo, em meu coração, cada um de vocês tem seu próprio espaço. Explicou pacientemente, percebendo o filho manter a cabeça baixa. _ Theo, olhe para mim, por favor. Pediu firme, sustentando o olhar carregado do filho, notando ali os conflitos que ele carregava. _ Eu amo os três, igualmente. Independente de qualquer coisa. Você entende isso?
Theo acenou ainda em silencio.
— Otimo. Mas tenho outro assunto para falar com você. Revelou e Theo voltou a olha-la. _ Filho, você não pode descontar nas pessoas a sua volta, toda esta frustração.
— Eu não quero fazer isso mãe, mas quando eu vejo, já falei.
— Eu sei, acredito em você. É por isso que eu quero te perguntar uma coisa. O que você acha de procurarmos apoio de um profissional?
— Um psicologo?
— Sim. Confirmou.
— Eu não preciso disso. Declinou de imediato, e Bella suspirou tentando ser paciente.
— Você mesmo disse que não quer fazer estas coisas, mas quando percebe ja fez. _ Usou a frase do filho, contrapondo sua negativa. _ Talvez, conversar com alguem, te faça bem. Você vai poder colocar tudo o que vem guardando aqui dentro. _ Falou apontando o coração dele, notando seus olhos pensativos. _ Será uma pessoa confiável, que vai te ouvir, aconselhar. Acrescentou torcendo para que o filho aceitasse.
— A senhora iria comigo?
— É claro que sim. Confirmou em expectativa.
— Tudo bem, eu vou. Theo concordou.
— Obrigada. Vou marcar e te aviso, esta bem? _ Finalizou erguendo-se, antes, deixando um beijo no alto da cabeça dele. _ Eu te amo, não esquece disso.
.................................................

 

(SEMANAS DEPOIS...)

— Pai, tem certeza que consegue fazer isso? Bella questionou, em duvida.
— É só aplicar um papel de parede. Que dificuldade por haver? Charlie devolveu encarando o material em mãos e a parede a sua frente, analiticamente.
— Para mim, parece muito difícil.
— Você pode descer e ver se sua mãe precisa de ajuda. Nós podemos dar conta de tudo aqui, não é garoto? Charlie questionou usando o apelido singular com o neto, que deixou um pequeno sorriso despontar em seu rosto.
— É mãe. A gente consegue. Theo garantiu e Bella acenou concordando.

Poucas semanas de conversa com a psicologa e ja conseguia notar algumas diferenças no filho. Bella tambem precisou mudar. Chamada para uma conversa com a profissional, ela esclareceu muitas de suas duvidas e aproveitou para dar dicas de como proceder dali em diante, colocando Theo e Lavinia na rotina gestacional dela, para que eles não se sentissem deixados de lado.
Era por isso, que eles estavam ali, tentando montar o espaço do bebê no quarto dela e pelo visto estava funcionando.
Refletiu jogando o peso do corpo com cuidado no sofá. As pernas latejando, e a coluna reclamando, devido ao peso extra que carregava.
— Como estão as coisas lá em cima? Renne questionou e ela abriu os olhos, notando a mãe colocar uma pilha de roupas de bebê, unissex, devidamente passadas no outro sofá.
— Meio confusas, eu acho. As duas riram um pouco.
— Eles dão conta. Garantiu, encarando os pés dela, que descansavam no sofá.
Em silencio, se posicionou, começando a massageá-los, delicadamente.
— Isso é tão bom. Bella murmurou fechando os olhos e apreciando a massagem em seus pés doloridos.
— É bom para a circulação sanguina. Renne explicou continuando sua tarefa por um tempo.
— Edward costumava fazer isso quando meus pés ficavam inchados. E dizia exatamente a mesma coisa que a senhora.
Comentou, em um misto de tristeza e saudade.
— Você sente muito a falta dele, não é, filha?
— Todos os dias.
Confirmou com a voz baixa, sentindo o peito apertar.
Renne parou os movimentos encerrando a massagem e sentou-se ao lado dela.
— Filha, você não acha que esta na hora de esvaziar as prateleiras dele? Quer dizer, pensa na quantidade de espaço que você vai ganhar para organizar as coisas do bebê.
Explicou notando o semblante tenso da filha.
— Mãe, ja conversamos sobre isso.
— Eu sei. Me desculpe por insistir Bella, mas você precisa seguir a vida. Precisa parar de agir como se ele fosse retornar a qualquer momento ou algo assim.
— A senhora acha que eu não sei disso? _ Bella contrapôs, magoada. Uma lagrima, caindo sem permissão. _ Todos os dias, eu preciso dizer a mim mesma que ele não vai mais voltar. Informou e foi a vez de Renne suspirar, abraçando a filha, que deitou a cabeça no ombro dela.
— Bella, o que eu quero dizer, é que você precisa deixar o Edward partir....
— Mãe, por favor.
— Tudo bem, me desculpe. Não vamos mais falar sobre isso., Vamos mudar de assunto. Está ansiosa para a chegada deste pequeno ou pequena? Renne riu e Bella acenou.
— Eu estou. Muito ansiosa, na verdade.
— Agora falta pouco filha. Muito pouco. Segundo a doutora Elis, pode ser a qualquer momento. 
...............

 

Bella deitou se de lado tentando buscar uma posição confortável, mas nada lhe parecia boa o suficiente. Suspirou, desistindo de dormir e sentou se encostando as costas na cabeceira da cama. 
— Hoje está difícil não é bebê? Suspirou, sua voz ecoando pelo quarto. 

Inquieta, se remexeu, encarando mais uma vez as paredes do quarto recém modelado para a chegada do seu pequeno. Parte dele, decorado com papel de parede infantil. O berço montado, a comoda, todas as coisas do seu pequeno organizados e ela suspirou acariciando o ventre com carinho.

Sentindo uma pontada no baixo ventre , respirou profundamente, atenta, buscando outros sinais de que estava na hora de ir ao hospital. Graças as duas gestações anteriores, ela tinha uma ideia do que esperar. Outra fisgada, desta vez mais forte a colocou em alerta. 
Com dificuldade, ergueu se da cama, rumando para o banheiro em busca de um banho para relaxar a tensão do corpo.
Quase uma hora depois, sem indícios de que elas não iriam passar, alcançou o celular ligando para Renne. A ligação caiu na caixa postal, após tocar vários vezes e Bella respirou profundamente vezes seguidas, quando uma contração mais forte a atingiu. 
— Mãe. Pode vir aqui? Eu acho que preciso ir ao hospital.

Mordeu o lábio escondendo o desconforto ouvindo a resposta positiva de Renne, se tornando eufórica do outro lado. Bella teria rido, se não estivesse passando por outra contração. Vestida, agarrou sua bolsa, conferindo Theo e Lavínia adormecidos em seus quartos. E desceu segurando firmemente no corrimão, degrau por degrau. Não sem antes ser atingida por mais uma onda de contrações. 

Bella sentiu o peito apertar, sem conseguir evitar o sentimento de solidão que lhe afligiu no curto período de tempo em que esperava seus pais na sala.
Em outros momentos, com uma calma invejável e que deixava Bella ainda mais nervosa, Edward pediria para ela respirar calma e profundamente. Ela apertaria sua mão ou seu braços ficaria brava por suas palavras calmas. Agora, ela seria muito a falta destas palavras. Notou secando o rosto.

Renne chegou esbaforida e agitada e Bella teria tido se não fosse o aumento de suas contrações. O táxi já esperando por elas. Pois Charlie ficaria com os netos. 
— Vai ficar tudo bem filha. Em breve, vamos conhecer o rostinho dele ou dela. Bella acenou ansiosa e agitada internamente.

As cinco e trinta e seis da manhã, um novo choro invadia os ouvidos de Bella, que emocionada, chorava e sorria ao mesmo tempo, encarando o embrulhinho que a médica trazia em seu colo. 
— Parabéns Bella. É um lindo menino. A médica falou e Bella sentiu seu coração se expandir, a medida que olhava abobada o pequeno ser, totalmente alheio ao seu universo. 
— Obrigada doutora Elis. Agradeceu chorosa. 
— Vamos levar lo para os procedimentos iniciais. Já voltamos. 
— Obrigada. Bella voltou a agradecer.
Algumas horas depois, Bella despertava. Renne parando ao seu lado.
— Como se sente? 
— Bem. _ Murmurou com a voz rouca. _ Que horas são? Dormi por muito tempo?
— Só um pouco. Você precisava descansar. Ele é lindo filha. 
— Obrigada mãe. _ Falou olhando o adormecido. _  A senhora falou com o papai?
— Sim. As crianças estão ansiosos para conhecer o irmãozinho, mas eu não sei se eles vão liberar a entrada. A visita está reduzida por conta da pandemia. Eu também já avisei a Rosalie, Alice e Esme. Quero ver conte-las quando elas chegarem ansiosas. Renne brincou e Bella riu. 

................................

Como previsto, as visitas estavam reduzidas. E o bebê foi conhecido apenas por foto. 

Renne, a única liberada para entrar nas visitas, assinou a alta hospitalar de Bella na tarde seguinte. 

Carregando as bolsas, as duas caminharam sendo surpreendidas por uma pequena reunião em na sala de estar de Bella. 
— Papai fez todo mundo passar pelo teste e já fomos higienizados. Alice se adiantou e Bella riu abraçando-a de lado.
— Oi Alice. Que bom que veio. 
— Eu não ia perder a oportunidade de conhecer meu sobrinho. Posso segurar? 
— Claro que sim. Bella concedeu  lhe entregando o pacotinho adormecido.
— Alice, deixe a Bella entrar primeiro.

Esme se posicionou abraçando-a também. 
— Tudo bem Esme?
— Sim e você? Como se sente?
— Bem. Obrigada por vir.                                                                            _ Desculpe não ter vindo antes.
— Eu entendo Esme. Não precisa se desculpar.
— Posso conhecer o meu neto? Pediu e Alice se aproximou, embalando o bebê recém acordado.
Esme soluçou, levando a mão aos lábios.
— Carlisle. Murmurou chorosa. 
— Eu sei querida, eu sei. Carlisle se aproximou colocando a mão no ombro dela, contido, mas igualmente emocionado. Os presentes se entreolharam preocupado.
— Mãe, a senhora está bem?
— Estou. Obrigada querida. Agradeceu tomando vários de água, que Rosalie lhe entregou.
— Me deixe segura-lo Alice. Pediu erguendo os braços, segurando com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo. As lágrimas descendo por sua face. _ Ele é tão lindo. _ Murmurou segurando a pequena mão, analisando cada detalhe do rostinho do neto. _ Ele é a copia exata do Edward quando nasceu. 

A família conversou um pouco mais, envolvida pela boa atmosfera de estarem juntos. 

— Nós vamos ficar aqui para ajudar no que você precisar, Bella. 
— Esme, não precisa fazer isso. Sei o quanto e difícil para você estar aqui neste momento. Eu entendo, de verdade. 
— Não Bella. Não se preocupe com isso. É lógico que estar aqui, me faz lembrar muito dele, mas eu vou lembrar de qualquer maneira. A menos que você não queira minha presença aqui. 
— É claro que eu quero. 

— Edward amava muito vocês. E a melhor coisa que nós podemos fazer neste momento para honrar a memoria dele é apoia-la, querida, e cuidar para que fiquem bem. 

— Acho até que estamos um pouco atrasados Bella. Carlisle se pronunciou, contido, mas igualmente emocionado. 

— Não se preocupem. Tenho certeza que vou precisar de muita ajuda ainda. 

Ambos riram, reconhecendo a verdade daquela afirmação. 


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