The 100 1ª Temporada escrita por Leidiani Almeida


Capítulo 14
Capitulo 13 - Destino Parte 1




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O animal estava lentamente caminhando entre a floresta. As duplas cada uma posicionada em uma árvore, monitorava estrategicamente seus movimentos. Clarke se inclinou sobre um arbusto alto tendo a visão perfeita. Seu parceiro Finn estava abaixo não muito distante em uma árvore, ela poderia vê-lo de onde estava e ambos trocavam um plano para que conseguissem aquele animal. 
A caçada era uma das poucas diversões que teriam naquele lugar, mesmo que Finn ainda preferisse pegar peixes no lago, era bom estar fazendo algo divertido com a garota por perto.
Ao sinal de Clarke ele saiu de sua posição e os dois cruzaram a floresta em pontos diferentes. A loira pegaria a frente do animal, um pouco ousado, mas corajoso para alguém como Clarke. Já o garoto tentaria algo sutil pelas costas, o que remete a distração da presa algo mais atrativo para Finn. 
Clarke puxou uma flecha lentamente de suas costas e ergueu o arco feito de madeira muito bem trabalhada, passando a flecha entre ele e posicionando na mira correta. Sua respiração agora era o triunfo perfeito para que conseguissem acertar, e a posição também conta muito mesmo que naquele estágio, ela não conseguiria se mover precisava ao menos tentar. 
Em uma fração de segundos, a flecha saiu em uma velocidade tão forte que nem o garoto conseguiu acompanhar. O animal fez um gemido estranho e logo caiu sobre a alta grama daquele lugar. Finn ficou tão surpreso, que saiu dando palmas para a maestria da menina. 
— Você foi fantástica! — dizia ele agora de perto analisando a posição da flecha. — Na cabeça. — afirmou muito mais surpreso. 
— Foi sorte. 
— Sorte? — ele a encarou indignado com sua resposta. — Isso foi a coisa mais bem feita que já vi em qualquer caça. 
— Eu disse que caçava. — Clarke olhou sua pontaria e também ficou surpresa por sua habilidade. — Só que faz tanto tempo que nem sei dizer quando foi a última vez.
— Caramba. — gritou Octávia atravessando o outro ponto da floresta. — Clarke? Acertou a cabeça?
— Ela acertou sim. — disse Finn com sorrisinho bobo.
— Menina isso foi sensacional. 
— Foi só sorte. 
— Com essa mira? — a morena a encarou perplexa. — Que bela sorte a sua então.
Os outros chegaram mais perto e logo Clarke ganhou toda a atenção.
— Já temos o jantar garantido. — Octávia lembrou.
— Ainda falta um. — um menino entre eles informou.
— Que vença o melhor caçador. — Finn correu entre as árvores.
— Ótimo. — Octávia foi na mesma direção.
Os dois caminharam entre a floresta deixando o grupo para trás. Finn estava muito irritado porque a morena estava o seguindo, não entendia bem sua grande implicância repentina para o irritar daquela maneira. Octávia de repente o perdeu de vista e com sua lança firme em sua mão, um canivete pendurado sobre sua cintura, olhou atentamente por todos os lados sem sucesso ao encontra lo.
— Te peguei. — disse ele saltando em sua frente jogando Octávia contra uma árvore. — Por que está me seguindo? 
— Não estou te seguindo. — afirmou totalmente presa ao tronco. — Ainda falta um animal e pelo que sei sua parceira já pegou um. 
— Então você estar me insultando todo esse tempo é por causa da caça? 
— Insultando? — Octávia o empurrou e agora colocou a lança em sua frente. — Eu não perderia meu tempo.
— Sei que briguei com seu irmão aquele dia e é compreensível que pegue as dores dele. — Finn pois as mãos para trás atento a lança quase em seu corpo. — Mas, estou focado em fazer as pazes com Clarke e esquecer aquela briga boba.
— Eu não estou pegando as dores de ninguém. — gritou ela.
— Parece bem nervosa agora.
— Você me irrita bastante. — ela admitiu.
— Pensei que seríamos amigos Octávia, só que percebo que é tão baixa quanto seu irmão.
— Cala a boca. — ela exitou em enfiar a lança no garoto. 
— Que pena. — ele finalmente saiu daquela mira. — Você parece ser incrível sem as manipulações do seu irmão. Que pena que é a capacho dele. — sussurrou as últimas palavras.
Octávia ficou tão irritada que passou tão de pressa a lança sobre os pés dele, que nem mesmo o garoto conseguiria desviar levando um enorme tombo no chão. A menina subiu sobre ele ponto seus joelhos sobre seu peito, passando agora a lança sobre seu pescoço.
— Escute aqui. — disse ela pegando fôlego. — Se falar qualquer coisa de mim ou de meu irmão outra vez eu juro que enfio essa lança na sua cabeça ouviu? 
— Não faria isso. — afirmou.
No mesmo instante ela pegou aquela lança e jogou com tanta habilidade que a mesma atravessou a floresta e acertou o animal, que passava bem próximo deles. A lança foi diretamente na cabeça quase atravessando para outro lado o derrubando de imediato. 
Finn ficou tão assustado que fechou os olhos e somente ouviu o gemido. Ela levantou tão de pressa e foi na direção do animal, que o menino ficou alguns segundos ainda no chão até Clarke surgir sem entender sua posição.
— Finn? — ela o chamou.
— Oi. — disse ele abrindo os olhos lentamente e confirmando ser a loira. 
— Por que está no chão? 
Ele não conseguiu tempo para se explicar, a multidão agora festejava por Octávia e sua grande mira com apenas uma lança. 
Quando retornaram ao acampamento todos se reuniram para refeição. Estavam todos contemplando a caça das duas garotas, e todos a rodeavam prestigiando. Finn estava sentando um pouco longe da loucura, encarando com tanto odeio que até mesmo Jasper sentando ali percebeu sua feição.
— Foi uma caça e tanto ein ? 
— Foi uma droga. — Finn disse disfarçando não estar olhando. 
— Disseram que Clarke foi ótima. — ele continuou falando. — E a Octávia acertou um apenas com uma lança em uma distância muito considerada.
— É.
— Ela é incrível. — Jasper a admirou de longe.
— Ela é louca. — Finn dizia com desprezo. 
— Nossa, porque diria algo assim?
— Ela me ameaçou. — ele jogou comida de lado e a olhou novamente. — É tão marginal quanto seu irmão.
— Se ela te ameaçou porquê não contou para alguém? — Jasper tentava fazer algo. — Como a Clarke por exemplo?
— E o que eu diria? — ele o encarou desta vez. — Que a amiguinha dela quase jogou aquela lança na minha cabeça? 
— Uau, ela disse que faria isso? — Jasper ficou ainda mais surpreso. — Ela é tão cruel. — seu tom era ainda mais deslumbrado. 
— É uma criminosa. — afirmou agora para si mesmo. — Tão criminosa como alguém igual Bellamy. Não sei como Clarke consegue gostar deles. 
— Talvez ela tende a gostar de pessoas criminosas. — Jasper usou um tom insinuando algo. 
Finn apenas deu de ombros e ficou completamente amargurado naquela mesa. Perto da agitação Octávia erguia seu copo para um brinde, chamando Clarke para o seu lado as duas agora tão próximas festejavam sua bela caçada. Assim que beberam e sentaram para finalmente comerem, entre toda a multidão que ia se ajeitando surgiu Bellamy andando lentamente na direção das duas. Octávia chegou mais perto da loira e fez um olhar matador, enquanto a empurrava para mais perto de seu irmão.
— Oi. — disse ele finalmente ali. 
— Oi. — Clarke estava muito nervosa sem entender o motivo. 
— Meus parabéns. — ele tentava não mostrar o nervosismo. — Me disseram que você e minha irmã foram sensacionais na caçada.
— Você sabe como exageram as coisas. 
— Não foi o Murphy que espalhou. — ele brincou. — Foi pessoas confiáveis. 
— Olha...— Clarke soltou riso. — Ainda bem. Quer sentar e comer?
— Claro, quero sim. — afirmou ele se unindo a todos na mesa.
Comeram então todos e conversavam abertamente em um momento muito descontraído. Octávia percebeu os olhares matadores de Finn do outro lado e para provoca-lo fazia questão de unir ainda mais seu irmão a Clarke.
— E vocês já fizeram as pazes?
— A…. nós. — Clarke gaguejou.
— Não tivemos tempo de conversa. — Bellamy respondeu.
— E porquê não agora? — Octávia seu a ideia.
Bellamy lançou um olhar para ela e depois sem jeito, encarou Clarke que parecia também concordar com aquela situação. 
— Não precisa dizer nada. — a loira sorriu segurando sua mão. — Sei que estava preocupado comigo e só queria garantir que eu ficasse bem. 
— Eu….— Bellamy ficou sem reação.
— Eu te desculpo. — ela não parava de sorrir. — Obrigado por se preocupar tanto. — se inclinou de repente e beijou seu rosto.
Bellamy ficou tão vermelho e paralisado naquela cadeira, que nem mesmo conseguiu expressar suas palavras para a menina. Octávia ergueu seu copo e os que estavam por perto fizeram o mesmo. 
— Um brinde a isso. — disse 
— Um brinde. — todos disseram em coro.
Finn assistiu toda aquela cena completamente enjoado e saiu dali o mais rápido que conseguiu, deixando todos surpresos por sua atitude repentina. Jasper fez sinal para Octávia, deixando claro que suas intenções teriam sido concluídas com sucesso. Tudo que ela pudesse fazer para tonar os dias daquele garoto terríveis, ela usaria suas forças para isso até que finalmente toda verdade pudesse ser dita. 
Depois de comerem foram todos as suas atividades e Clarke passou por todo acampamento procurando por Finn, já que desde que voltaram da caça não teriam tido uma conversa. 
Finalmente achou o garoto um pouco afastado dali, sentando na floresta jogando alguns galhos com uma expressão bastante irritada. 
— Finn? — ela foi se aproximando o chamando. 
Ele nem mesmo se moveu fingindo que não estava a ouvindo. Clarke chegou em sua frente e cruzou os braços, entendendo que estava sendo ignorada e irritada por essa sua atitude repentina.
— Estou falando com você. — dizia ela agora parada em sua frente. — Por que está evitando?
— Acha que estou? — ele ainda mexia com os galhos.
— Eu achei que a gente estava bem.
— Você me pareceu muito bem sim lá naquela mesa. 
— Espera! — Clarke uniu as ideias. — Ficou com ciúmes do Bellamy?
— Ciúmes? — ele finalmente a encarou. — Eu não tenho ciúmes daquele babaca.
— E porquê está agindo assim sempre quando assunto é eu estar com ele?
— Não sei Clarke....— ele jogou o galho e a encarou diretamente. — Será que é pelo motivo de ele ser um idiota? E parece que vocês estão sempre grudados.
— Não estamos grudados. 
— Pensei que eu e você éramos a dupla aqui. — Finn começou a fazer uma cena. — A ligação lembra? 
— Olha eu não queria magoar você não pensei que se sentia assim.
— Você não pensa Clarke esse é seu problema. — ele apontou dedo e parecia grosseiro. — Não percebe o que ele está fazendo? Está te usando fingindo ser o bom moço para que esqueçam todas as merdas que ele fez na arca.
— O Bellamy é um cara muito legal.
— Claro. — ele andava de um lado para outro. — Ele quer parecer assim para todo mundo acreditar nele. Porque não ter um grupo grande de pessoas o defendendo das punições não é? 
— Não faz sentido o que diz.
— Ele está te usando Clarke. — gritou novamente. — Acorda! Ele e aquela falsa da irmã dele, querem que todos gostem deles para que quando chegar a fez de serem julgados possam ser perdoados por seus grandes feitos.
— Do que está falando? — Clarke estava muito confusa.
— Ele não te contou? — Finn agora se aproximou. — Monty já conseguiu arrumar os comunicadores, a única coisa que não conseguem é estabelece uma comunicação com a arca. 
— Isso não é verdade. Eles iriam me dizer. — disse ela baixinho.
— Tem certeza? 
— Finn isso é loucura. 
— Não é Clarke. — ele tocou seus ombros. — Olha em volta ele fez todo reinado dele. É um cara bem visto por todos e planejou tudo isso aqui. Você acha que ganhará crédito por ter o ajudado? 
— Eu não sei — Clarke balançava cabeça nervosa. 
— Ele contará tudo assim que conseguirem se comunicar. Contar para Chanceler, sua mãe e todos lá que você os influenciou a tentarem ir contra o Jaha e o que vai acontecer? — Finn estava com olhar assustador. — Eles iram te punir por isso Clarke. E o que vai acontecer com ele? Será o herói. 
— Já chega. — ela o forçou a solta-la. 
— Clarke seja sincera comigo. — ele a viu se afastar. — Por que desistiu do seu plano contra Jaha?
Clarke parou por um momento e pois as mãos na cabeça, achando tudo o que ele dizia um total absurdo.
— Simplesmente do nada você desistiu dos seus interesses e passou a fazer tudo o que ele queria. Por que? 
— Chega Finn. — ela gritou de repente. — Eu não sei ok. Para de dizer todas essas merdas.
— Eu sei. — afirmou ele balançando a cabeça negativamente e se afastando.
— Então fala essa merda. — Clarke correu até ele e o empurrou. — Fala Finn!!
— Está apaixonada. 
— O que? — seu semblante foi totalmente de surpresa. 
— Você está apaixonada pela porra de um cara como ele. — ele gritou. 
— Não fala merda.
— Merda? — Finn agora passava dos limites. — Olha para vocês naquela mesa com toda aquele ceninha. Por favor, Clarke. Pelo menos seja honesta consigo mesma. 
A garota ficou em um silêncio absoluto e foi quando tudo ficou conturbado em sua mente.
— Viu — ele apontou agora para ela. — Seu silêncio é a resposta perfeita. 
— Cala a porra da boca Finn.
— Você é uma idiota também. — ele arriscou a falar. — Está deixando toda essa bobagem esquecer das suas raízes, até mesmo perdoou o traíra do Wells. Ele traiu seu pai Clarke, e agora olhe para você está o traindo também.
— Chega! — ela gritou tão alto que o corpo do garoto estremeceu. — Cala a porra da sua boca ok? Cala a porra da boca. 
— Clarke? Eu….
— Já chega de falar. — ela chegou bem perto dele. — Não ouse falar sobre meu pai de novo. Não use a porra da sua boca para falar qualquer coisa sobre mim.
— Desculpa. — disse ele baixinho.
Clarke saiu tão furiosa dali que até mesmo Finn ficou perplexo por sua reação. Tentou ir atrás dela mas, parou de correr no meio do caminho. Sua expressão de assustado agora tomou um semblante de orgulho, finalmente teria conseguido o seu maior feito e mesmo que isso custasse a confiança da garota perdida, era exatamente o caminho que precisa para conseguir o que quer. 
Clarke voltou para o acampamento completamente transtornada. Foi quando o grupo saiu da nave e veio correndo em sua direção, junto deles estava Monty com uma expressão radiante em seu rosto e as palavras que a garota ouviria naquele instante poderiam mudar tudo. 
— Clarke? Clarke? — ele gritou ao vê-la. — Está funcionando! Eu consegui, eu consegui! 
— Do que está falando? — ela o parou.
— Os comunicadores eu consegui. A arca recebeu nosso sinal. 
— Merda. — ela não disse mais pensou. — O que eu vou fazer? 

Arca - Atualmente

Abby estava em sua quarentena naquela sala quando finalmente ouviu os sons das portas. Se levantou cambaleando um pouco e o rosto que surgiu ali não a fez querer nem um pouco sair. 
— Bom dia Abby. — disse Jaha ao entrar e parar na porta com uma bandeja em suas mãos. — Está com fome? Gosta de panquecas? Eu pedi que as fizesse para você. Também tem um pouco de café para te dar energia. — ele a deixou no chão próxima de onde ela estava amarrada. 
— Quanto tempo ainda vai me deixar aqui? 
— Eu não sei. — ele pois as mãos para trás. — Você está pronta para sair? Não vai insultar a mim ou aos seus colegas de trabalho? Ou ao Kane que lhe ajudou sempre?
— Ele é um traidor. — ela se exaltou e as correntes a lembraram da dor. 
— Abby…— ele pausou se abaixando junto dela. — Porque está sendo tão ingrata? Depois de tanto tempo pensei que tínhamos deixado nossas desavenças no passado.
— Você mandou minha filha para a terra sem minha permissão. — ela gritou. — Isso é esquecer o passado?
— Não foi pessoal. — ele afirmou. — Muitos outros jovens como ela estavam naquela nave, assim como meu próprio filho estava lá.
— Ele é só outro pobre coitado sendo usado por você. 
— Você não mudou nada sabia. — ele levantou e começou rir. — Lembro-me bem de quando sentamos na sala de casa eu, você, Jake e minha queria Emilly. — ele pois as mãos no peito. — Éramos tão próximos e você sempre teve esse gênio difícil. Jake sempre tinha que ter mais ração para desbancar você em tudo. 
— Como ousa falar deles? — Abby debruçada sobre a parede o olhava com raiva. — Você os traiu. Os destruiu. Tudo por esse seu senso de querer o poder. Me diga Thelonius? — ela tentou se aproximar. — Como é deitar a cabeça no travesseiro todos os dias com a marca de morte em suas mãos?
— Não sabe o que está dizendo Abby. — ele fingiu não entender. — Coma loga. Ficar sem se alimentar pode causar delírios em você.
— Sabe do que estou falando. — ela continuou insistindo. — Foi aqui que a deixou também até a morte? Trouxe a bandeja para ela também ou a deixou mofando?
— Já chega! — ele se exaltou. — Continuará mofando aqui Abby, só agradeça ao Kane por eu ainda ter piedade de não flutua-la por ameaça ao seu líder. 
— Que seja! — ela disse. — Eu não tenho mais nada mesmo. 
— Tenho pena de você. 
Thelonius se levantou e pediu que as portas se abrissem. Assim que saiu dali tornou todo o seu ar de superioridade e retornou até a sua sala, como se nada tivesse acontecido e nem mostrando um pouco de consideração a pessoa que acabaria de falar. 
Ao chegar em sua sala Marcus está o esperando. Todos os dias no mesmo lugar com a esperança de que em algumas destas idas Abby retornaria. 
— Chanceler. — disse ele levantando depressa. — Como foi? Ela está bem? Aceitou a comida?
— Acredito que ela coma. — afirmou Jaha o pedindo que sentasse. 
— Ela ainda ficará lá? 
— Olha Kane... — ele observava o espaço pela grande janela que havia ali. — Eu admiro muito seus cuidados com ela, sei bem de suas intenções são as melhores possíveis, mas, Abby não está pronta. 
— Não, não. — Marcus ficou abalado. — Ela perdeu a filha poderia dar outra chance a ela. 
— Dei todas as chances possíveis para Abby. E olha, todas elas foram desperdiçadas. 
Marcus apenas se debruçou sobre a mesa e sua lágrimas surgiram. Thelonius se aproximou e tocou sem ombro em gesto gentil, mostrando entender sua dor naquele momento. 
— Eu sinto muito meu amigo. — disse. — Eu lhe disse que essa família seria um peso sobre você.
— Eu fiz tudo errado. — Marcus resmungou. — Eu deveria ter a protegido. Não podia ter concordo com uma coisa dessas.
— Do que está falando? 
— Deste plano idiota de enviar aqueles jovens naquela nave. — ele se exaltou. — Eu era responsável pela Clarke, eu devia cuidar dela para que Abby ficasse bem.
— Não era seu dever. — Jaha o lembrou. — Ela não é sua filha. 
— Se Jake ainda estivesse aqui…
— Está mesmo dizendo isso Kane? — ele ficou surpreso por sua palavras. — Se ele estivesse aqui estaremos perdidos. Talvez nem estaríamos aqui hoje. 
— Você sabe muito bem que isso não é verdade. — Kane gritou. — Você estava com todos os papéis, todas as fiéis pesquisas dele. Foi você que o apontou naquele dia Thelonius. Você sabe muito bem que ele queria nos salvar.
— Ele traiu nosso povo. — agora exaltado Jaha também gritava. — Graças a ele perdemos muito e nosso primeiro líder ficou doente.
— Ele não ficou doente. — Kane se levantou. — Ele estava morrendo. Como muitos de nós por toda falta de oxigênio. E o que você fez? 
— Você está alterado meu amigo vá para sua base e descanse. 
— Você mentiu. — ele continuou. — Você mentiu na frente de todo conselho. Você olhou nos olhos de seu melhor amigo, do único pelo qual acreditou em você Thelonius e o que fez? O condenou. 
— Eu tinha que fazer isso ok? — Jaha gritou. — Pela minha família.
— Família? — Kane soltou riso. — Que família? Sua esposa pela qual você matou? 
— Cale a boca.  
— Sim. A matou sim quando a puniu deixando naquela sala nojenta, sabendo que ela estava doente e precisava de cuidados. Você a isolou até mesmo da Abby que era médica. — ele gritava. 
— Não é verdade.
— E depois? — Kane estava andando pela sala. — Seu filho? O garoto fazia de tudo para ter sua atenção e o que fez? Mentiu. Usou ele e o mandou dentro daquela nave para morte. 
— Pare. 
— E o Jake? — ele continuava. — Ele era sua família. E o que fez? O julgou e o condenou a morte distorcendo todos os fatos e o colocando como um lunático.
— Eu não fiz essas coisas. — Jaha gritou.
— Fez. — afirmou. — E se acha que fará algo contra Abby pode ter certeza que somente passando por mim. — ele o colocou contra a parede quando os guardas chegaram. — Eu tenho nojo de você Thelonius. 
Ele foi segurado pelos guardas e retirado daquela sala. O homem estava tão transtornado que até mesmo a força dos guardas não foi o suficiente para para-lo. Chanceler saiu em seguida e os olhares de todos vieram diretamente para ele. Não se sabia se teriam ouvido todo o escândalo de Kane, e nem mesmo se agora ele seria o vilão da história. Mesmo preocupado com toda essa lavação de roupa suja, os guardas vieram rapidamente para lhe darem uma notícia que mudaria tudo. 
— Senhor, venha conosco a sala de sistema. 
— O que está havendo? 
Chanceler foi arrastado até a sala de sistemas. Assim que chegou a voz ecoava por todos os 7 comunicadores. O olhar de todos os que estavam ali era de esperança e Jaha, estava mais surpreso do que nunca diante daquela situação.
— Alô? Alô? Arca na escuta? 
— O que é isso? — questionou aos funcionários.
— Senhor monitoramos o satélite e confirmamos que a transmissão está vindo da terra. 
— Isso é impossível!
— Alô? Alô? Arca na escuta? — a voz continuava 
— Temos como responder? 
— Eu creio que sim senhor. — a mulher de jaleco lhe direcionou a mesa com rádio. — Devemos?
— Alô? Alô? Arca na escuta?
Jaha correu até aquela mesa e puxou aquele rádio para perto. Seu coração estava acelerado, sua mente estava tão confusa naquele instante que não sabia o que dizer.
— Alô? — disse em meio a pausa.
— Alô? Estão me ouvindo? — a voz parecia mais clara. 
— Estou te ouvindo sim. — ele estava trêmulo. — Qual é sua localização e nome? 
— Eu sou Monty Green falo da nave  0126542059. 
— Aí meu deus. — Jaha não conseguia acreditar que era real.
— Minha localização. — o garoto pausou. — Terra. 
— Senhor responda. — a mulher o lembrou.
— A claro. — ele puxou o rádio. — Certo, Monty diga-me. Quantos estão aí com você? 
— Somos em 100 senhor. — disse o garoto. — Somos os 100.

 


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