Na Floresta - CIP escrita por Casais ImPossíveis


Capítulo 1
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Grover observou os galhos marrons e as folhas verdes dançando com a força do vento e com o som de sua flauta. A melodia balançava a natureza de forma voraz, espalhando seus odores pelos arredores. Thalia e ele estavam no centro da floresta do acampamento, longe de todos os outros campistas e dos olhares e julgamentos. Os dois estavam sentados no chão, em contato com a terra e a grama. Enquanto o garoto soprava o instrumento, Thalia movia o corpo lentamente com a sinfonia.

— Eu gostava de ouvir você tocando - Thalia comentou com um meio sorriso traçado nos lábios sérios - Quando eu ainda protegia o acampamento.

— Você me ouvia? - Grover indagou confuso baixando o instrumento para o colo, pois nunca tinha tocado para o pinheiro, apenas no meio do bosque, onde os campistas não o ouviriam e ele era escutado apenas pela da natureza e por Pan.

— Sempre - Seus olhos azuis estavam marejados com as lembranças - As árvores cantavam umas às outras, replicando seu som do bosque para a entrada.

— Vocês se comunicavam - Constatou com uma conclusão alegre – Você gostava de conversar com as árvores?

— Sim. Mas meu momento favorito era ouvir você. Lá na frente eu conseguia imaginar como você seria.

— Imaginou um sátiro?

— Imaginei um ser - Seus olhos encaravam o céu azul coberto por copas e folhas verdes - Com um sorriso bonito e jeito gentil. E que tocava flauta muito bem.

— E como foi quando me conheceu?

— Quando eu vi sua cara desesperada porque tinha uma garota semi morta debaixo do pinheiro?

Ele soltou uma risada envergonhada da provocação.

— Eu não estava desesperado.

— Como? – Thalia o olhou com total descrença apoiando a mão pálida no peito coberto pela camiseta laranja do acampamento – “PERCY! ANNABETH! VOCÊS TEM QUE VER ISSO”.

Imitou o garoto de forma ridícula, fazendo com que ele a atacasse com cócegas. Grover pensou que o riso de Thalia era ainda mais bonito que sua música, e tinha certeza de que se a floresta pudesse falar ela concordaria.

— Para, para – Pediu batendo a sujeira de sua camisa e limpando as lágrimas – Já chega.

— Você ainda não me respondeu – Grover ameaçou quando ela encostou a cabeleira negra no ombro dele.

— O que?

— Como foi quando me viu? Uma decepção?

Thalia riu erguendo a cabeça e encarando Grover de frente.

— Foi melhor do que eu esperava - Finalmente a garota direcionou seu rosto branco para ele, que delicadamente tocou sua bochecha com os dedos trêmulos. Ainda era muito novo tudo aquilo com Thalia, desde ela estar de volta até seu romance e ele ainda achava que um toque mais feroz podia fazer tudo sumir entre seus dedos e transformar sua garota em uma árvore alta e inalcançável mais uma vez.

— Você é o pinheiro mais bonito dessa floresta - Ele sussurrou fazendo com que um riso tímido escapasse dos lábios da garota. Desde que tinham começado a se ver essa tinha se tornado a brincadeira deles.

— E você é o bode mais bonito desse acampamento - Retrucou com humor aproximando sua boca da do garoto.

Grover selou seus lábios e aprofundou o beijo, sedento pela garota e por seus cabelos pretos e olhos eletrizantes. Tocou seu braço com a mão livre e migrou para suas costas aproximando seus corpos tão diferentes mas que ansiavam pelas mesmas coisas.

Os galhos das árvores sobre suas cabeças balançavam em conjunto com seus corpos que se abraçavam e se tocavam com desejo. Thalia corria os dedos pelos cabelos curtos e pelos pequenos chifres de Grover.

Repentinamente uma ventania os atingiu, passando pelo meio dos seus corpos colados e separando os dois, que se olhavam com surpresa.

— O que foi isso? – Grover recolheu sua flauta assustado levantando rapidamente do chão.

— Deuses? – Thalia deu de ombros e provocou – Não querem ver dois jovens juntos.

— Na época deles podia, hum? – Provocou estendendo a mão para ajudar a garota a levantar – Uau, você devia ser modelo dessas camisetas, nunca vi ficar bem em ninguém antes.

— Bobo – Riu batendo suavemente em seu peito.

— Não, é sério – Abraçou ela mantendo suas cabeças próximas – Você é o pinheiro mais bonito E mais bem vestido dessa floresta.

Thalia mordiscou o lábio de Grover, que a beijou mais uma vez. E, mais uma vez, foram separados. Desta vez, o garoto caiu de costas, sendo juntado por Thalia.

— Não devemos nos beijar – Falou levantando as mãos em rendição.

— Mas pelos deuses – A garota xingou, olhando para o céu, que escurecia como se uma tempestade furiosa estivesse para desabar.

— Ah – Grover olhou para cima também – Seu pai?

— Eu não acredito nisso – Thalia riu. Um relâmpago atravessou o céu, fazendo com que o jovem casal desatasse a gargalhar da situação e do ciúmes de Zeus, pai de Thalia e Deus todo poderoso do céu e dos raios.

— Vamos – O garoto segurou sua mão e começou a puxá-la por entre as árvores – Antes que seu pai nos cozinhe no meio do bosque.

Entre risadas e trovões, Thalia e Grover fugiram da floresta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D
Comentem ai embaixo o que acharam dessa fic e desse casal (bem inusitado para mim, mas gostei de escrever sobre eles).
Até uma próxima história



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