Confidências escrita por NutellaCruz


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

e ai galerinha, quanto tempo!!!! Alguém aqui ainda? Saaaaudades hahhaaha

Pra você que está de quarentena por causa do Corona Virus, vai ai uma one-shot rápida! hahah

Desculpem os erros e boa leitura!



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Fim de semana.

Fazia alguns dias que Sasuke-kun estava de volta a vila, porém partiria em breve, especificamente nesta madrugada.

Era em torno de onze horas da noite, estavámos em uma comemoração na casa de Naruto e Hinata, era aniversário de Boruto. Todos nossos amigos estavam lá, o ambiente estava bastante agradável e nos divertíamos muito, inclusive eu e minha shishio que aproveitávamos bem o sakê. Sarada estava bem animada e se divertia com as outras crianças. Sasuke-kun participava de uma conversa aparentemente burocrática junto com Shikamaru e os outros, shannaro, eles não relaxam nem em uma festa.

Passei olhos pelo local e vi Naruto ao fundo, olhando algo pela varanda. Levantei-me com meu sakê em mãos e fui caminhando até lá para me juntar ao meu amigo de longa data. Me debrucei no parapeito da varanda ao lado dele enquanto ele me olhava curioso com minha aparição repentina.

— Sakura-chan!! – exclamou.

— Não está gostando da festa? O que faz aqui? – perguntei.

— Não é nada disso, é só que as vezes gosto de vir aqui olhar as estrelas. – explicou com aquele sorrisão e sua posição descontraída de sempre.

— E pensar no passado? – questionei como quem não quer nada, enquanto lhe oferecia um pouco de sakê, o qual ele logo recusou.

— E no futuro também. – completou com convicção e voz mansa.

— Tsc. – ri. – é verdade, eu também faço muito isso. Mais até do que gostaria. – afirmei e ele me olhou interessado.

— E em que pensa, Sakura-chan? – perguntou enquanto voltava a olhar para a escuridão noturna a nossa frente.

— Em como tudo teria sido, se eu tivesse tomado outras decisões. – revelei calmamente.

— Como assim? – ele me olhava incrivelmente curioso agora.

Um tempo se passou, talvez um minuto que parecia mais horas, porém ele esperava minha resposta respeitando o meu tempo.

— Eu não deveria te falar isso, não depois de tanto tempo, mas... – outra pausa, respirei fundo. – houve um tempo, quando Sasuke-kun partiu em sua redenção, que eu realmente pensei e considerei se deveria olhar para você com outros olhos.

Ele me olhou espantado, com os olhos arregalados, perturbadoramente surpreso pela minha confissão. A confissão mais intima que jurei nunca contar a ninguém, porém parece que a embriaguez, pela boa quantidade de sakê que bebi, estava me traindo nesta noite.

Ele nada disso, estava sem saber o que dizer ou simplesmente esperava que eu continuasse com seja lá o que fosse sair pela minha boca.

— Mas naquela época, duas coisas me fizeram desistir. A primeira foi Hinata, eu sabia e a entendia exatamente como ela se sentia em relação a você, e depois de Pain e da Guerra em que vocês se aproximaram mais, eu jamais poderia interferir entre vocês. – olhei pra ele e sorri, para logo beber mais um gole de meu sakê.

— E a segunda coisa? – perguntou depois de um tempo.

— Cheguei a acreditar na época que se eu me dedicasse de verdade, eu poderia esquecer o Sasuke-kun se eu não o visse mais, e ai então eu poderia me abrir para você. – respirei devagar antes de continuar. - Você é uma pessoa fácil de se estar perto, é contagiante, alegre, me anima e me levanta sempre, basta simplesmente olhar para você. No entanto, eu tive que considerar que o Sasuke-kun voltaria ou pelo menos passaria rapidamente pela vila um dia e eu tive medo do meu coração se agitar de novo por ele, como obviamente aconteceria, e assim eu jamais poderia me perdoar por te machucar desta forma. – conclui.

— Você não está arrependida de ter se casado com ele, não é?! – questionou ele meio alarmado.

— Não! Eu só me sinto melancólica as vezes e esses pensamentos me inundam, claro que quando eu olho para ele eu não sinto dúvida alguma de minhas decisões, no entanto... eu passo muito tempo sozinha, sabe? Com ele longe. Então não posso evitar pensar. Talvez seja todos esses anos que começaram a me pesar os ombros, criar Sarada sozinha e lidar com os questionamentos dela, ir a festas e eventos sozinha, dormir e acordar sozinha, enfim... as vezes se fico doente, penso que se eu simplesmente morresse ali, você enviaria uma chamado para ele e o máximo que ele poderia fazer por mim é lamentar minha morte. Vivo com o constante sentimento de me desapegar da ideia de um dia, quando minha hora chegar, conseguir me despedir dele.

— Não diga essas coisas, Sakura-chan. Você sabe que ele ama muito vocês duas. – garantiu Naruto já meio nervoso com minhas palavras.

— Eu sei, - sorri tranquila. – eu não tenho dúvidas sobre isso. Assim como sei que ele tem a dor dele e não o culpo nem um pouco por essa situação. É só apenas injusto conosco, a vida meio injusta para nós.

— Mas isso não vai durar para sempre, você sabe. – afirmou agora mais contido.

— E quem tem certeza disso, Naruto? – perguntei sem realmente esperar uma resposta. – quando penso na minha velhice, penso que não quero olhar para trás e ver que só vivi e existi pela Sarada. Sim, me dou ao luxo desses pensamentos egoístas as vezes, mas quem não tem ou nunca os teve? Entretanto, não posso me chatear, a vida me deu meu Sasuke-kun e eu estou bem com isso.

— Mas Sakura-chan, você sabe que o Sasuk....

— Sakura! – escutei a voz grossa e aveludada que eu tanto amo e rapidamente foi como se o peso da consciência de tudo que eu havia dito caísse sobre mim. – Nós precisamos ir, já está tarde.

Será que ele havia escutado? Estava ali a quanto tempo? Minha mente estava eufórica. Me amaldiçoei pelo deslize e pela maldita embriaguez que me deixou solta até demais.

— Já estou indo, Anata! – me virei para me despedir de Naruto com um abraço e falar em seu ouvido. – Me desculpe pelo que disse, acho que tomei muito sakê. Esqueça tudo, por favor! – pedi quase suplicando.

Em seguida caminhei sorrindo até meu marido, mas também sentindo o mundo meio zonzo. Segurei sua mão levemente, basicamente apenas encostando, porém o senti se afastar discretamente me dando a certeza de que estava encrencada demais e para o meu próprio bem, eu deveria parar com as bebidas.

— Boa noite, Naruto! – o ouvi dizer e logo sair liderando o caminho. Me despedi de todos e agradeci pela hospitalidade amável de Hinata, logo vi Sarada vir a nosso encontro e voltamos para a casa.

(...)

Agora já em casa, com Sarada dormindo, restávamos eu e meu marido acordados e em nosso quarto. Ele terminava de arrumar suas coisas para sua partida e eu apenas o admirava, a dúvida me corroendo. O clima no cômodo era congelante, ele não havia dito uma palavra sequer e estava frio e distante, o que havia se tornado incomum quando estava em casa.

— Anata, vem logo se deitar comigo. Nem que seja por pouco tempo. – pedi com uma voz manhosa e ele nada respondeu, apenas continuou sua tarefa. Bufei, aquilo não seria nada fácil.

Ao terminar seus afazeres, veio e sentou na beira da cama sem nunca olhar para mim. Ele logo teria que partir mas estava ressentido e provavelmente não sabia como abordar isso.

— Você ouviu, não é? – perguntei já sabendo a resposta e o vi assentir sem vontade. – O quanto você ouviu, Anata?

— Tudo! – afirmou. – E não me chame assim, se não deseja mais. – completou e ali me alarmei completamente.

— O que está dizendo? Eu amo você, não duvide disso agora. – afirmei com toda certeza do meu coração e me aproximei o abraçando por trás, ele até tentou se afastar mas eu o segurei com minha força. – Não faz assim, Anata! Não por besteiras que eu disse quando estava basicamente bêbada.

— Você preferiria o Naruto, ele realmente é tudo aquilo que você disse, talvez teria sido e/ou estaria mais feliz com ele do que comigo. – cuspiu as palavras e eu sentia a dor e o ciúmes que eu havia lhe causado, justo eu que nunca sequer pensei em lhe ferir.

— Pare, por favor! Você também deve ter ouvido que eu não me arrependo nem um pouco de estar com você. Você é tudo para mim e sabe disso. – afirmei em seu ouvido, eu sentia seu coração martelando.

Desci da cama e fui até ele, me sentei em seu colo e nada me tiraria dali a não ser que ele invocasse seu Susanoo e me obrigasse, mesmo assim eu não desistiria. Ele olhava para baixo, sempre evitando me olhar. Levantei seu rosto, mas ele ainda me evitava e dirigia seu olhar pelo quarto sem na verdade fixar em nada, confesso que sentia medo de ver a dor refletida naqueles olhos que tanto amo. Dei-lhe um beijo próximo ao seu rinnegan e em seguida encostei minha testa ali, ele nada fez.

— Me perdoe, Anata! Eu te machuquei. – pedi em um sussurro, agora já sem conseguir controlar as lágrimas que caiam. – Pode ser verdade que tudo esteja me pesando agora, incluindo o futuro incerto, mas por favor não duvide que eu amo você com todo meu coração. Você não tem culpa de nada disso, ou melhor, nós não temos culpa. Não pense que eu teria ficado com o Naruto, porque eu escolhi você, sempre foi e sempre será só você e eu sei que você sabe disso. Aquilo tudo foi uma grande besteira da época, uma insegurança por você ter me deixado de novo.

— Eu não quero perder você, mas também não te quero infeliz. – confessou e o alivio me pegou quando o senti me segurar forte com seu único braço e esconder o rosto em meu pescoço. – eu quero e vou estar lá para você na sua velhice, Sakura. Não posso nem sequer imaginar a sua morte, mas não te deixarei sozinha quando for a hora. Essa situação não vai durar muito, eu também estou cansado de procurar por algo que nem sabemos se existe, de ficar longe de você e nossa filha.

— Então você me perdoa, Anata? – pedi tentando controlar minha voz trêmula.

— Hn. – foi tudo que ele disse, mas eu sabia que era de verdade.

Logo o vi erguer seu rosto e ir de encontro aos meus lábios em um beijo profundo, poderia sentir tudo de meu marido através daquele beijo e eu o respondi na mesma intensidade. Quando senti minha costa encostar no colchão macio e o Uchiha em cima de mim, eu soube que foi o momento em que tudo estava finalmente bem de novo.

Eu não posso sequer cogitar a ideia de viver sem esse Uchiha na minha vida.

É minha vida.

É meu tudo.

 

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[♥]


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Notas finais do capítulo

e ai? Gostaram?

Por que não deixar o romance idealista um pouco de lado e mostrar um lado mais realista e 'fraco' da relação? hahaha em que a Sakura pode sim dar um deslize e nosso Uchiha perdoá-la sim, como ela sempre o perdoou.

Me deixem saber que estão ai, saudades de ler os comentários.

até a próxima! Beijos ;*



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