Isolated escrita por Fanfictioner


Capítulo 2
Novos usos à sala de monitores


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY QUARENTENERS!

Como estão? Ai está mais um capítulo fresquinho sobre o isolamento da Lily e do Potter... aproveitem!
Nos vemos nas notas finais...



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Lily parecia ter entrado em estado de choque, pois não foi capaz de dizer uma palavra. Ficou encarando o nada com uma expressão de desespero e, aos poucos foi empalidecendo. Madame Pomfrey, assustada, colocou-a sentada e foi buscar um copo com água e uma poção da serenidade.

— Ruiva? Ei... você tá bem? – Lily ainda parecia em outro mundo, e só sacudiu a cabeça negativamente. – Ei, relaxa... tá tudo bem, vão resolver tudo! Vamos ficar bem!

Repentinamente, como se ela retomasse a consciência e entendesse o que realmente estava acontecendo, Lily desatou a chorar, em pânico.

— Por quê? MERLIN, POR QUÊ?! O que aconteceu?! Por que estou com essa bosta de doença?!

Ela passava as mãos pelos cabelos de uma maneira compulsiva e pouco sã, puxando-os com força nas laterais da cabeça. Quando James tocou seu ombro, sugerindo que ela mantivesse a calma, Lily se levantou de supetão, afastando-se quase dois metros do colega de casa em um salto, e começou a berrar.

— Não! Não encosta em mim! Vai saber o que pode acontecer, a gente pode se contaminar mais... – James riu da situação e, principalmente, do desespero de Lily. Estendeu as mãos em sua direção, querendo tranquilizá-la. – SAI! JAMES POTTER SE AFASTA DE MIM!

— Tá bem, tá bem... vou ficar longe! – deu dois passinhos para trás e levantou as mãos em rendição. Havia um sorriso divertido sambando no rosto de James, e Lily sentia que queria tirá-lo dali a base de socos. – Ruiva, é impossível a gente se contaminar mais. Já estamos com a doença, agora é só o nosso sistema imunológico reagir...

— Isso é ridículo! Eu não posso estar com varíola de dragão! Eu não saí para além de Hogsmeade...

— Que já tem uns 10 casos confirmados, você sabe... – James a interrompeu.

— Independente! Eu não tive febre, nem as manchas, nem as feridas... nada! – completamente transtornada, e com os olhos cheios de água, Lily andava nervosamente pela enfermaria, enquanto James continuava sentado na mesma cadeira, assistindo tudo e se esforçando em ser gentil e fazer a colega manter a calma

— Para quem quer ser medibruxa, você está bem perdidinha nos estudos eim, Evans? – Lily ficou furiosa e logo fuzilou-o com o olhar. – Nunca ouviu falar de pacientes assintomáticos? Com certeza as rondas da monitoria contaminaram a gente; convivendo com um monte de alunos, possivelmente algum infectado estava no meio, e aí já era. Talvez até fosse alguém que esteja em casa agora...

— Algum irresponsável! Quem é que sai contaminando os outros por aí? Era para ficarem todos quietinhos em seus cant...

— Ué... achei que você estivesse reclamando do confinamento sanitário quando Dumblendor suspendeu as aulas e anunciou a quarentena... – James jamais perderia uma oportunidade como essa de irritar Lily.

Furiosa, ansiosa e desejando esganar Potter, Lily se limitou a não responder, apenas bufou, deixando clara a sua frustração, e esperou a enfermeira voltar. Depois de tomar a poção da serenidade, Lily conseguiu manter um pouco mais de calma e, então ouvir as instruções da enfermeira sobre os sintomas e a profilaxia da doença.

— Se parece muito com qualquer outra doença bacteriana que já tiveram. Vão ficar febris, e as manchas vermelhas logo devem surgir, pelo corpo todo. Estamos com os medicamentos enviados diretamente do Hospital St. Mungus para nós, e os senhores serão imediatamente medicados para impedir que fiquem muito esverdeados.

— Esverdeados? – James riu, embora levemente preocupado com a possibilidade de mudar de cor.

— Exato senhor Potter, em casos mais graves a varíola de dragão pode empalidecê-los em um tom amarelo-esverdeado. O que claramente não queremos. Podem ter ouvido também sobre as manchas darem pús e virarem feridas, - Lily concordou com a cabeça. – o que, devo assegurá-los, é mentira. O máximo que pode acontecer é um leve ardor, seguido de fumaça sair de suas narinas ao espirrarem.

James gargalhou ao pensar na ideia de andar por Hogwarts parecendo um dragão filhote.

— Desculpe, desculpe. Acho que estou em choque, vou me acalmar. – tentou ficar sério ao ver Lily lhe encarando irritada e a enfermeira parecer impaciente.

— Como eu dizia, - encarou James com uma cara feia, enquanto ele segurava o riso. – professora Mcgonagal logo deve vir buscá-los para levar ao isolamento. Nossos alunos da Lufa-lufa foram mandados ao hospital pela seriedade de seus casos, mas os senhores, como estão sendo tratados desde agora, devem poder ficar no castelo.

— Não poderemos ver ninguém?

— Infelizmente não, senhorita Evans. Podem ter a companhia um do outro, no entanto.

— Eu prefiro a internação hospitalar, se me entende. – murmurou, revirando os olhos, ao que James riu.

Madame Pomfrey ministrou poções antígenos aos dois e pediu que esperassem a chegada de Minerva. Ao que pareceu horas depois, embora apenas quarenta minutos tivessem passado, ela apareceu. A seu lado flutuavam duas malas, que Lily logo entendeu serem de mudas de roupas dela e de Potter, e em suas mãos havia uma prancheta.

— Evans, Potter, após uma reunião com o diretor, decidimos isolá-los dos demais alunos na sala dos monitores. Seus colegas tomaram a liberdade de preparar malas de roupas para os senhores e seus pertences de estudo já devem estar a sua espera. Assim que Madame Pomfrey passar as orientações finais e entregar aos senhores os medicamentos para hoje, eu os acompanharei até lá.

Lily achou que a poção que tomara a estava deixando avoada, pois não lembrava de ter ouvido como ela e Potter seriam separados. Antes, no entanto, que pudesse perguntar, James adiantou-se.

— Uhm... ficaremos mesmo juntos, professora?

— Sim, senhor Potter. Não temos estrutura para isolá-los separadamente, e considerando que ambos são monitores chefes, ambos têm direito a usar o espaço que destinamos. As medidas de privacidade necessárias foram tomadas, e o colegiado de professores entendeu que as animosidades dos senhores poderiam ser parcialmente resolvidas por essa convivência forçada.

Se fosse necessário seu corpo se preparar para mais uma crise de ansiedade ou ataque de pânico, Lily sentia que colocaria para fora até o que não tinha no estômago. Além de doente e isolada, teria que ficar doente, isolada e na companhia de James Potter.

— Professora! Professora, por favor! É um absurdo eu ter que ficar com Potter! Me sinto constrangida de ficar num quarto com um menino! – sua memória a lembrava de sua cara de pau, já que um ano atrás usara da monitoria para justificar invadir o dormitório de Fábio Prewett.

— Entendemos suas colocações, e espero que entenda que todo o necessário para assegurar suas privacidades foi feito, senhorita Evans. Os senhores, no entanto, não têm direito de escolha, no momento, sobre aonde ficar. Se o que Hogwarts oferece não lhe parece o suficiente, podemos transferi-la para o Hospital St. Mungus.

Lily ainda tentou protestar mais um pouco, insistindo em sua privacidade, mas no fim precisou ceder e aceitar que, pelos próximos 15 dias, estaria presa na sala dos monitores com James Potter.

Madame Pomfrey logo veio, dando orientações, comprimidos e poções em caixinhas separadas e as recomendações necessárias para os dois. Professora Mcgonagal avisou-os que, diariamente, a enfermeira os visitaria para acompanhar a evolução e o tratamento do estado de saúde de ambos; antes mesmo da hora do almoço, James e Lily tinha sido deixados na sala dos monitores.

O espaço tinha sido remodelado para comportar uma quarentena provisória. Havia duas camas de dossel dispostas em uma das paredes, com uma mesa de cabeceira ao lado, e um trilho, com uma cortina pesada de veludo vermelho, vinda do teto, separava as duas camas segundo fosse a vontade dos dois. Aos pés de cada cama havia um aparador para as maletas, sobre os quais seus roupões de monitores, com seus nomes e emblema da casa bordados, estavam cuidadosamente dobrados junto com toalhas limpas e felpudas.

Havia ainda um sofá de frente para a lareira, duas escrivaninhas, uma de cada lado da sala, e uma mesa de refeições, junto com um carrinho de comida, perto da entrada da sala. No fundo, a porta de acesso ao banheiro dos monitores, já conhecido. Pensando positivamente, era uma espécie de quarto de quarentena de luxo... só que dividido com James Potter.


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Notas finais do capítulo

Oh lord... eu queria esse isolamento social com o James, vocês não?
Voldemort puxa o pé de quem não comenta, eim?!
Espero vocês nos comentários!



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