O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 86
Cíntia


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado part. 2 em novo horário.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Nunca pensei que pudesse me divertir tanto com alguém, como havia acontecido nessa noite na companhia de Ethan, aos poucos conseguia perceber que ao seu lado ninguém conseguia ficar triste ou desanimado, pois ele era a própria alegria em pessoa e isso me deixava fascinada.

Assim que seu carro estacionou na porta da pensão, meu coração se apertou ao lembrar que iriamos nos separar novamente, mesmo que dessa vez a separação fosse apenas por algumas horas.

—Não queria me separar de você tão cedo. -Ethan disse sincero, depois que desligou o carro e virou para me ver.

—Eu também não. Se pudesse ficaria com você pra sempre. - disse e ele sorriu doce para mim, tirando o cinto de segurança antes de se aproximar de mim, como se quisesse me contar um segredo.

—Não me dê ideias, senhorita Lopes ou posso desistir de deixá-la ir.

—Talvez, quem não deixe você ir embora seja eu. - brinquei e sorrimos, antes de Ethan acariciar meu rosto com o polegar.

—Prometo que chegará o dia, em que nunca mais precisaremos nos separar. -ele jurou olhando nos meus olhos e senti a verdade em suas palavras.

Ao contrário de Ethan, já havia tido outros relacionamentos sérios, mas nenhum deles havia despertando em mim essa necessidade de sempre estarmos juntos, que sentia em relação a ele. Estar ao seu lado era praticamente uma necessidade física, mas ao em vez de ficar assustada com a força do sentimento que nos unia isso me encantava, pois nunca havia sentindo algo assim antes.

—Obrigada por essa noite maravilhosa, Ethan, eu me diverti muito.

—Não precisa me agradecer Aurora. Só queria que lembrasse dessa noite pra sempre, pois ela  marca o inicio da nossa história de amor.

—A qual espero, que seja longa e repleta de felicidade. - desejei e ele concordou e me inclinei para beijá-lo com carinho.

Só interrompemos o nosso beijo quando o ar se fez necessário, mas continuamos com nossas testas unidas antes de Ethan acariciar o seu nariz com o meu, um gesto que havia apreciado desde a primeira vez que ele o fez.

—Vou sentir sua falta. - sussurrei sincera e ele beijou a ponta do meu nariz com carinho, antes de se afastar.

—Eu também vou amor, se pudesse ficaria do seu lado pra sempre... Que tal se almoçássemos juntos amanhã? -Ethan questionou me olhando com seus olhos escuros, que pareciam muito mais brilhantes agora do que quando lhe conheci mês passado, no casamento dos meus amigos.

—Adoraria, mas, por favor, não precisa me levar para um lugar requintado. -pedi suave, pois Ethan devia estar acostumado a freqüentar lugares requintados que não eram o meu ambiente natural, apesar de saber me portar neles.

—Não se preocupe, já tenho uma ideia de um lugar para levá-la.

—Posso saber onde, pretende me levar para almoçar? - questionei curiosa e ele sorriu negando.

 -É surpresa, meu bem, mas garanto que irá gostar. Confia em mim?

—Confio. - disse sem sombra de dúvidas e ele sorriu amoroso, antes de se inclinar para me beijar.

—Eu te amo, Aurora. - Ethan disse acariciando meu rosto com carinho sem desviar os olhos dos meus, como se quisesse registrar na memória cada parte dele.

—Eu te amo Ethan e vou contar os minutos, para nos encontramos novamente amanhã. - segredei e sorrimos, antes de sairmos do carro já que meu namorado fez questão de me levar até a porta.

Assim que chegamos à entrada da pensão, nos despedimos com um beijo do qual foi difícil nos separarmos e Ethan me pediu para que usasse uma roupa confortável para o nosso almoço, antes de entrar em casa sorridente por finalmente estar sendo amada da forma que mereço.

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Estava sonhando com paisagens tropicais difusas, provavelmente lembranças de quando era criança e morava no Brasil, mas senti alguém me sacudindo me tirando daquele festival de sons e cores.

—Cíntia, levanta logo dessa cama, não me faça morrer de curiosidade para saber o que aconteceu entre você e o Ethan, ontem à noite. - ouvi a voz de Susan dizer impaciente e gemi contrariada, colocando o travesseiro extra em cima da minha cabeça tentando em vão voltar a dormir.

—Susan, pelo amor de Deus, me deixa dormir. - pedi sonolenta e ela tirou o travesseiro de cima da minha cabeça, ignorando o meu pedido.

—Nada disso. Esqueça o seu sono e me conto tudo o que aconteceu, por favor, não me deixe na curiosidade. - ela implorou me olhando com seus olhos verdes claros e suspirei me sentando na cama, pois sabia que não conseguiria mais voltar a dormir.

—Tudo bem, Su, o que gostaria de saber?- questionei vencida e minha irmã sorriu feliz, por ter aceitado lhe contar tudo o que aconteceu ontem à noite.

—Quero saber tudo, não me poupe de nenhum detalhe, dos mais doces aos mais picantes. - ela suplicou e sorri da sua animação, antes de lhe contar sobre o meu reencontro com Ethan.

—Ci esse colocar é lindo, não apenas pela jóia em si mais por todo seu significado, irmã. É como se ele quisesse lhe dizer, que o relacionamento de vocês vai muito além do namoro. - minha irmã disse suave depois que lhe contei tudo sobre ontem à noite.

—Senti a mesma coisa, Susan. Na verdade, desde que conheci Ethan, é como se algo me puxasse em sua direção e agora que estamos juntos, essa força é muito mais forte. - disse me lembrando, de como me senti quando o vi pela primeira vez. - Já tive outros namorados Su, mas com ele é diferente, não sei direito explicar e isso me assusta. Porque se algo der errado e me decepcionar, sei que vou sofrer muito mais.

—Hei, vai ficar tudo bem. Sei que vocês dois ainda serão muito felizes juntos, mas pra isso precisa contar a ele os seus temores. - Susan disse segurando a minha mão, sem desviar dos meus olhos.

—Sei disso Su, por isso disse todos os meus temores a ele, porque sabia que não seria certo escondê-los.

—E como ele reagiu?

—Melhor do que esperava e isso me deixou mais calma, porque sei que Ethan seria incapaz de me machucar. - disse segura e minha irmã sorriu amorosa para mim.

—Tomará irmã, pois você merece toda a felicidade do mundo depois de tanto sofrimento. Algo me diz, que o Ethan é o homem da sua vida e vocês ainda serão muito felizes juntos.

—É tudo que desejo, Su. -disse esperançosa e minha irmã sorriu, antes de me abraçar com carinho.

Conversamos sobre as crianças, que haviam ficado felizes por terem participado de uma noite do pijama com os avôs, enquanto os pais haviam ido me acompanhar ao show ontem à noite.

—Eles ficarão tão empolgados, que pediram para terem outra noite do pijama só que no aniversário deles.

—E o que você disse? - questionei curiosa sentada na cama, enquanto amarrava os cadarços do meu tênis terminando assim de me arrumar, depois que subi após ter tomado o meu café.

—Disse que iria pensar, porque cuidar de três crianças já é difícil, imagine ficar de olho em várias dela por uma noite... Parece o anuncio de um filme de terror, que me deixará sem dormir depois que assisti-lo. - minha irmã brincou e sorrimos.

—Você sabe que pode contar comigo, se decidir fazer a noite do pijama para o aniversário dos gêmeos.

—Eu sei irmã, mas quero lhe dar um tempo para aproveitar esse inicio de relacionamento. É nesse momento, que começamos a construir as bases para algo duradouro, por isso aproveite sua boba. - Susan me incentivou e sorri concordando, antes de abraçá-la com carinho.

—Vou tentar irmã e obrigada por sempre estar ao meu lado, me apoiando em tudo. - sussurrei agradecida em seu pescoço e ela me abraçou mais forte.

—Não precisa agradecer, Ci, sou sua irmã. E as irmãs sempre se apóiam. - ela disse suave e meu celular tocou, anunciando que havia uma nova mensagem de texto, antes de nos separarmos.

—Deve ser o Ethan, avisando que já chegou. - disse indo pegar o meu celular que estava em cima da minha escrivaninha.

—Pelo seu sorriso, só pode ser o seu pediatra gato. - Susan brincou e desviei os olhos do celular para vê-la, confirmando com um aceno de cabeça.

—Sim, ele está no carro me esperando. Como estou? - questionei nervosa para a minha irmã que sorriu enquanto me olhava.

Havia escolhido um vestido branco leve de alças, já que o clima estava quente essa manhã, que possuía alguns detalhes em brocado em sua barra e como sapato, optei pelo meu inseparável all star azul, que sempre usava quando dava aulas para as crianças no final de semana, algo que já não fazia mais.

—Você está linda e se divirta. - ela recomendou e concordei lhe dando um beijo, descendo as escadas em seguida e me despedindo da minha avó, antes de sair da pensão e procurar Ethan com os olhos.

Não tive que fazer muito esforço para acha-lo, pois ele estava encostado em um carro preto usando óculos escuros, assim que me viu abriu um sorriso de tirar o folego e corri em sua direção, sem me importar com o que os outros iriam falar, pois tudo que queria era estar em seus braços.

Assim que me aproximei dele, Ethan abriu os braços e me abraçou apertando me girando no ar, o que me fez rir antes dele me colocar no chão.

—Isso tudo é só saudades minhas? - ele questionou brincando segurando a minha cintura, enquanto meus braços estavam em volta do seu pescoço.

—Sim, mas e você? Não sentiu saudades de mim? - questionei curiosa e ela sorriu amoroso pra mim.

—Sempre vou sentir sua falta, minha Aurora. - ele admitiu sincero e sorri feliz antes de ficar na ponta dos pés para beijá-lo, pois Ethan era uns bons centímetros mais alto que eu.

Apesar de ter beijado Ethan poucas vezes, tinha que admitir que ele era muito bom nesse assunto, sempre carinhoso e gentil comigo, como se quisesse demonstrar nos menores gesto o quanto me amava.

—Pronta para sairmos? - ele questionou com sua testa encostada na minha, enquanto tentava me recuperar do beijo que havíamos acabado de dar, o qual havia me feito perder a noção de onde estava.

—Sim. - disse ainda afetada por seu beijo e ele sorriu, me dando um selinho carinhoso antes de nos afastarmos, entrelaçando nossas mãos em seguida.

Ethan fez questão de abrir a porta do passageiro para mim, antes de assumir o volante. Assim que me acomodei no banco do passageiro, percebi que havia uma cesta de piquenique no banco de trás o que me fez sorrir feliz, pois fazia um bom tempo que não ia ao parque, a última vez havia sido com Mel e nossos sobrinhos.

—Então, quer dizer que vamos fazer um piquenique no parque? - questionei assim que ele se sentou ao meu lado e ligou o carro.

—Como você...A cesta. A minha namorada é esperta. - ele disse sorrindo olhando para o banco de trás e concordei.

 -Você não sabe o quanto. - segredei e ele sorriu antes de sair da frente da pensão.

—Agora que sabe onde iremos almoçar, gostou da minha ideia ou preferi ir para outro lugar? - Ethan questionou desviando os olhos da pista por alguns segundo para me ver.

—Eu adorei a ideia Ethan. A última vez que fiz um piquenique foi com a Mel e os nossos sobrinhos, antes dela se quer estar namorando com o Benjamin. - disse me lembrando que durante o piquenique, conversamos sobre a sua atração pelo meu chefe na época.

—Que bom que gostou da ideia, estava receoso de que não gostasse do que planejei. - ele disse parando em um sinal antes de me olhar.

—Sou uma pessoa simples, Ethan. Troco o jantar mais requintando no lugar mais caro, por uma manhã no parque respirando um pouco de ar puro, na companhia de alguém que amo, sem ter que pensar muito.

—Pode parecer estranho, mas eu também sou assim. Apesar de morar em uma casa grande e ter uma situação financeira tranquila, meus pais me criaram com os pés no chão assim como meus irmãos mais velhos. Eles jamais deixaram, que nos sentíssemos diferentes das outras pessoas, por causa do nosso sobrenome ou da nossa conta bancaria.

—Isso é raro, Ethan. Nem todos que possuem berço como você, pensam dessa forma. - disse me lembrando do que Douglas havia me falando quando discutimos e Ethan me olhou surpreso, como se não acreditasse no que havia acabado de falar.

—Aurora, eu não possuo berço, sou uma pessoa comum.

—Claro que possui, você é um Thompson, Ethan. Uma das famílias mais antigas, tradicionais e ricas da Inglaterra. - expliquei e ele suspirou antes de estacionar o carro no acostamento, me deixando confusa por nossa parada repentina.

Sem dizer uma palavra, ele tirou o cinto e os óculos escuros, antes de virar para me ver sério, o que me deixou preocupada em tê-lo ofendido sem querer.

— Aurora, vamos deixar uma coisa bem clara entre nós. Meu sobrenome não significa nada pra mim, perto do amor que sinto por você. Não deixe que uma palavra com oito letras, a faça se sentir inferir a mim, porque isso não irei permitir. - Ethan disse sério e senti meus olhos se encherem de lágrimas por suas palavras, como se ele soubesse que precisava ouvi-las naquele momento. - Se meu sobrenome deixa-la desconfortável, posso muito bem usar o sobrenome de solteira da minha mãe, ou até usar apenas o meu nome. Tudo que não desejo, é que se sinta intimidada por causa do meu sobrenome, pois tudo o que mais desejo nesse mundo é vê-la feliz e confortável ao meu lado, sem receios ou temores por causa de um sobrenome.

—Deus, eu sou uma boba mesmo. - sussurrei entre lágrimas, envergonhada por minhas inseguranças e Ethan sorriu amoroso, enxugando minhas lágrimas com carinho. - Me perdoa, se disse algo que o magoou.

—Você não é uma boba, Aurora. É normal, ficar insegura depois de tudo que passou e não precisa ficar preocupada achando que me magoou, porque isso jamais irá acontecer. Eu te amo, meu bem e vou ser compreensivo com você, não importa qual seja a ocasião. - Ethan prometeu amoroso e tirei o meu cinto para abraça-lo apertado, agradecendo por sua paciência antes de nos separarmos e seguirmos para o nosso piquenique.


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