O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 109
Ethan


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo das ultimas emoções de O Legado part.2, espero que estejam gostando e se preparem porque hoje teremos muita emoção e diversão com o nosso casal preferido.
Beijos e boa leitura.

Imagens do capitulo:
Vestido de noiva:
https://www.facebook.com/photo?fbid=2614430698847101&set=pcb.2422503621228422

Rolls royce:
https://www.facebook.com/photo?fbid=2614433195513518&set=pcb.2422503621228422



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Sai do chuveiro usando apenas uma calça de moletom confortável, enxugando meus cabelos com uma toalha e foi impossível não pensar em Cíntia, quando vi o interior do quarto de hospedes que ocupamos no último mês enquanto minha tia reformava meu antigo quarto, transformando-o em um quarto de casal, um presente de casamento que daria a minha esposa.

Pensar na mulher que amava e não tê-la ali, depois de termos ficado juntos por um mês, apertava o meu coração, porque em tão pouco tempo Cíntia havia se tornado o meu mundo. Por ela havia me transformado em um homem melhor, para que pudesse se orgulhar de mim assim como me orgulhava dela. Depois de todas as adversidades que enfrentamos, estávamos a poucas horas de nos unirmos como marido e mulher, perante Deus e toda a nossa família, não poderia estar mais ansioso e feliz por esse momento, mas uma batida na porta interrompeu a minha linha de raciocínio.

—Pode entrar. -disse voltando a enxugar meus cabelos curtos, antes da porta ser aberta e do meu pai passar por ela.

—O senhor veio se certificar pessoalmente, de que estou no meu quarto? Achei que confiasse em mim, papai. - disse sério deixando de enxugar o meu cabelo para ver meu pai, que revirou os olhos antes de rir.

—Eu confio, Ethan. Só você que achava que estava sendo discreto, quando saia do seu quarto no meio da madruga e só voltava nas primeiras horas da manhã. Sempre soubemos que estava fugindo para a casa da sua noiva, assim como sabíamos quando seu irmão fazia o mesmo. - meu pai disse se sentado em minha cama com uma caixa de joias azul nas mãos, indicando em seguida que me sentasse ao seu lado.

—Então, porque o senhor não me deixou ficar com a minha noiva hoje? - questionei confuso e ele suspirou, provavelmente se lembrando de algumas horas atrás quando disse que queria conversar comigo e que esperava me encontrar no meu quarto, no qual deveria passar a minha última noite como solteiro.

—Porque queria conversar com meu filho caçula...Ter um último momento de pai e filho, assim como tive com seus irmãos mais velhos, antes de vê-lo se unir a mulher que ama amanhã. - meu pai disse suave e suspirei concordando, afinal se estivesse no seu lugar gostaria de fazer o mesmo.

—O senhor tem razão, me desculpe por não ter entendido o seu lado. - disse envergonhado por minha atitude e meu pai sorriu amoroso para mim.

—Se você não reagisse dessa forma, não seria filho da mulher que amo.

—Isso é verdade. - segredei para o meu pai que sorriu amoroso para mim, enquanto me olhava nos olhos.

—Ethan, quero que saiba que estou muito orgulhoso do homem que se tornou e desejo toda a felicidade do mundo na sua nova vida, que irá iniciar amanhã ao lado da mulher que ama. Para marcar esse novo início, gostaria de lhe dar um presente. - meu pai disse colocando a caixa de joias que estava em suas mãos na minhas, antes de me incentivar a abri-la.

Confuso, desviei meus olhos dos seus antes de abrir a caixa e descobrir que no seu interior havia um par de abotoaduras douradas, idênticas as que meu irmão usou meses atrás no seu casamento, parecidas com a que meu pai usou na cerimônia em comemoração as suas bodas dias atrás.

—Elas não são iguais às que o senhor deu para o Ben, quando ele se casou com a Mel e idênticas as que usou, quando renovou seus votos com a mamãe...Como isso pode ser possível? - questionei confuso e meu pai balançou a cabeça confirmando minhas suspeitas.

—As abotoaduras que dei ao seu irmão e as que estou lhe dando agora, são cópias da que usei no meu casamento com a sua mãe. Essas abotoaduras estão na nossa família há gerações e as ganhei do meu avô, que me pediu que as desse ao meu filho quando se casasse. Como tive dois meninos, fiz questão de mandar fazer duas réplicas perfeitas da minha, para que pudessem seguir com a tradição da nossa família. - meu pai explicou suave e sorri comovido por seu gesto carinhoso e gentil.

—Obrigado, pai. Prometo que irei usá-las amanhã e quando chegar a hora, as darei ao meu filho, para que ele possa continuar a tradição da nossa família. -jurei emocionado e meu pai sorriu amoroso para mim, me abraçando com carinho e beijando minha bochecha, antes de nos separarmos.

—De nada meu amor, mas além das abotoaduras seu bisavô me deu também três conselhos de presente. Gostaria de ouvi-los? - meu pai perguntou me olhando nos olhos e concordei, antes dele respirar fundo voltando a falar. -Um casamento deve ser feito à base de três palavras, filho: Amor, Aceitação e Perdão. Nunca deixe de dizer ou demonstrar o quanto ama sua esposa, porque a correria do dia a dia nos rouba momentos preciosos e sem cultivo, o amor tende a morrer, por mais apaixonados que estejam no começo. Aceite que a apesar de se amarem, vocês dois são diferentes, e as vezes as diferenças causam choques em uma relação. Por isso, aceite que vocês são duas pessoas diferentes, que se escolheram para passarem o resto da vida compartilhado afeto, amor e carinho. E o mais importante de tudo, o perdão... Nunca saia de casa ou vá dormir brigado com a sua esposa, pedir perdão não é sinal de fraqueza, filhote e sim sinal de amor, porque só quem ama reconhece seu erro e tenta concertá-lo. Ame sempre a sua esposa como se fosse seu último dia, seja o herói dos seus filhos e os ame mais do que a sua própria vida, porque a vida é feita de momentos que passam rápido demais e devemos aproveitar cada um deles, como se fosse o último.

Sem dizer uma palavra abracei meu pai com carinho, agradecendo-o por tudo que havia feito por mim, por todo cuidado, amor, carinho e dedicação que sempre me deu, antes mesmo de eu nascer.

—Eu te amo, pai. - sussurrei em seu pescoço enquanto o abraçava e ele acariciou minhas costas com carinho.

—Eu também te amo, filho e espero que seja muito feliz. - ele desejou enquanto ainda permanecíamos abraçados, desfrutando desse momento entre pai e filho.

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—Está na hora de acordar e levantar para brilhar, caçulinha. - uma voz conhecida disse enquanto uma claridade desconhecida entrava pela janela, me fazendo resmungar sonolento e colocar o travesseiro no rosto, bloqueando assim a luminosidade que me impedia de continuar a dormir.

—Deixa de ser chato, Ethan, levanta logo dessa cama, queremos aproveitar a manhã com nosso irmão antes dele se casar. - outra voz conhecida disse tirando o travesseiro do meu rosto e o edredom que me cobria, me fazendo gemer furioso antes de me sentar na cama e ver meus irmão mais velhos sorrindo empolgados para mim.

—Já disse que odeio vocês?! Isso lá é hora de me acordar em pleno sábado? -questionei aos dois que reviraram os olhos, antes de sorrirem.

—Só queremos passar um tempo com você, afinal depois do casamento, só o veremos daqui a um mês, quando voltar de lua de mel. -Ária explicou e Benjamin balançou a cabeça concordando, vê-los daquela forma me fez sentir culpado por estar brigando com os dois quando só queriam passar um tempo comigo.

—Me desculpem, por estar sendo um chato, só que não dormi muito bem ontem à noite e vocês me acordando desse jeito, não me ajudam a melhorar o meu humor. -expliquei envergonhado por meu comportamento.

—Entendo. Você não conseguiu dormir, porque sentiu falta da Cíntia. - meu irmão disse e balancei a cabeça concordando. - Não se preocupe, daqui a poucas horas vocês dois estarão juntos pra sempre.

—É o que mais desejo, Ben.- disse e meu irmão concordou, antes dos dois saírem do meu quarto me dando alguma privacidade para me arrumar.

 Assim que desci para tomar café da manhã, sorri emocionado por ver toda a minha família ali, para celebrar ao meu lado o dia mais feliz da minha vida. Abracei cada um deles, que me desejaram felicidades antes de passarmos um dia em família, relembrando histórias de quando era criança ou apenas curtindo a companhia um do outro.

Aquele momento em família iria ficar guardado na minha memória, como um dos melhores presentes que poderia ter ganhado deles, pois saber que estavam felizes e me apoiavam nesse novo passo que daria daqui a algumas horas, era extremamente importante para mim.

—Posso entrar? - mamãe questionou com a porta entre aberta, enquanto tentava arrumar a minha gravata em frente ao espelho do closet do quarto de hospedes.

—Claro, mãe. - disse e logo minha mãe entrou no closet devidamente arrumada para o meu casamento. - Vim lhe ajudar com a gravata, porque sei o quanto se atrapalha com a sequência dos nós.

—A senhora me conhece tão bem. - segredei brincando e ela sorriu entre lágrimas, antes de começar a fazer o nó da minha gravata, mas notei que minha mãe estava silenciosa demais, algo que não era típico dela. - Mãe, está tudo bem?

—Está, só que... Hoje meu menininho, vai deixar de ser sou meu...Mas estou feliz por você, porque finalmente irá se unir ao se imprinting e começar a construir a sua família. - mamãe disse entre lágrimas enquanto fazia o nó da minha gravata e segurei suas mãos, para que ela me olhasse nos olhos.

—Eu sempre serei seu menininho, dona Leah, lembre-se sempre disso. -segredei amoroso para ela antes de abraça-la com carinho, beijando sua testa e lhe agradecendo por todo amor e dedicação que me proporcionou durante meus vinte e sete anos de vida.

Assim que minha mãe parou de chorar e terminou de fazer o nó da minha gravata, descemos de braços dados para a sala, onde meus familiares já nos esperavam arrumados para que fossemos em direção a igreja de São Lucas, onde seria o meu casamento.

Durante todo o trajeto em que o motorista dirigia, meu coração batia acelerado de expectativa enquanto respirava fundo, fazendo meus exercícios respiratórios tentando me tranquilizar de alguma forma, para o momento tão aguardado por mim desde que conheci Cíntia.

—Vai ficar tudo bem. - meus pais sussurraram sentados ao meu lado no carro, tentando me acalmar e balancei a cabeça concordando, tentando não pensar no que iria acontecer daqui a pouco.

—Nervoso? - Benjamin questionou assim que sai do carro da nossa família, no qual havia vindo com nossos pais, já que ele veio no dele com alguns membros da nossa família.

—Eu estou apavorado. - segredei nervoso para o meu irmão mais velho que sorriu concordando, colocando seu braço direito por cima do meu ombro enquanto andávamos em direção a entrada da igreja, já que nossos pais pararam para cumprimentar alguns conhecidos.

—Isso é normal. Fiquei da mesma forma quando me casei, só consegui relaxar depois que Melissa entrou e soube que tudo era real. Que ela havia realmente me escolhido, para viver ao seu lado e ser o pai dos seus filhos. Apenas respire fundo, irmão e confie no amor de vocês. - Ben disse suave e concordei fazendo o que meu irmão pediu, logo comecei a sentir uma calmaria me invadir e olhei para meu tio Jasper, que piscou para mim sentado ao lado da minha tia Alice que acenou, junto com os outros membros da família Cullen.

—Obrigado. - sussurrei para ele que sorriu para mim, antes de Edgar ao lado da esposa, que estava nos últimos meses de gestação, virem me cumprimentar.

—Quem diria, que viveria o suficiente para ver você se casando. Logo você, que tinha pavor de compromisso e de ser pai. - meu amigo disse sorrindo assim que nos separamos, após nosso abraço.

—Isso é verdade, o mundo dá voltas, Edgar. - segredei para o meu melhor amigo que concordou.

—Ainda bem. Desejo que você e Cíntia sejam muito felizes. -Edgar disse sorrindo e agradeci antes de nos abraçarmos novamente, cumprimentei sua esposa antes dele seguirem para o seu lugar.

Em seguida, a cerimonialista contratada para organizar o casamento, me comunicou que estava na hora de todos assumirem seus lugares, para que pudéssemos começar a cerimônia, pois a noiva estava a caminho. Rapidamente todos que fariam parte da fila de entrada, seguiu para fora ocupando seus lugares de acordo com a orientação da cerimonialista.

Meu pai fez questão de me dar um beijo de boa sorte, antes de eu entrar na igreja de braços dados com a minha mãe, sorrindo feliz por ver que todos os meus amigos e familiares estavam ali naquela tarde, compartilhando comigo o momento mais importante da minha vida.

Não prestei muita atenção na entrada dos outros convidados que estavam na fila, pois estava ocupado demais tentando me manter calmo, para não sair correndo do altar em direção a minha fêmea, já que seu cheiro estava muito perto confirmando que ela estava perto.

Logo a música que compus para Cíntia no dia em que a conheci, começou a ser tocada pelo meu afilhado e fechei os olhos respirando fundo, abrindo-os no momento exato em que as portas da igreja de São Lucas foram abertas, revelando a mulher que amava de braços dados com o seu pai.

Assim que me viu mesmo de longe, Cíntia sorriu apaixonada para mim e sorri para ela, fascinado por vê-la diante de mim vestida de noiva, tão linda e encantadora, depois de termos passado praticamente um dia inteiro separados.

Nem em meus melhores sonhos, consegui imaginar o quanto Cíntia ficaria linda vestida de noiva, como uma verdadeira princesa...Um apelido carinhoso, que havia lhe dado depois que fizemos amor pela primeira vez, pois ela era tão delicada e frágil que tive medo de machucá-la ao menor toque.

Assim que meu sogro estava perto o suficiente, desci os três degraus que davam acesso ao altar para receber a minha noiva de suas mãos.

—Hoje, estou entregando o meu bem mais precioso a você, Ethan, por favor, cuide bem da minha filha. - Lorenzo pediu olhando nos meus olhos de braços dados com a filha, assim que parou na minha frente.

—Eu prometo, que irei cuidar muito bem da Cíntia, Lorenzo. A partir de hoje, ela é a minha vida. - disse olhando nos olhos do meu sogro que concordou, antes de nos abraçarmos de lado e ele colocar a mão da sua filha na minha, assim que nos separamos. Simbolizando que confiava em mim, para me entregar a sua filha.

Segurei a mão de Cíntia sem desviar os olhos dela, olhando-a de forma demorada sem querer perder nenhum detalhe dela assim, vestida de noiva e prestes a se tornar minha esposa...Minha companheira para vida toda e a futura mãe dos meus filhotes.

—Você está linda...Muito mais linda, do que algum dia imaginei que seria capaz. - disse apaixonado olhando em seus olhos verdes escuros, que brilhavam emocionados ao me ver.-Eu te amo, minha princesa.

—Eu também te amo, meu amor, e obrigada pelo elogio. Você também está muito lindo. -Cíntia disse amorosa para mim e me inclinei para beijar a sua testa com carinho, aproveitando para sentir seu doce cheiro de pitanga, que tanto me fez falta nas últimas horas.

—Pronta, para nos casarmos? - questionei suave com a minha testa encostada na sua, tentando me controlar para não beijá-la antes da hora.

—Sim. - ela sussurrou suave e beijei a ponta do seu nariz, me afastando em seguida antes de oferecer meu braço, para que pudéssemos subir os três degraus que nos levariam em direção ao altar, onde o padre nos esperava.

Não consegui prestar atenção em nada do que o padre dizia, pois toda a minha atenção estava na mulher de mãos dadas comigo e no quanto estávamos felizes em estar ali, dando um grande passo em nossa relação.

—Ethan, por favor, diga seus votos. - o padre disse e desviei minha atenção da minha noiva, para vê-lo. Sem dizer uma palavra, respirei fundo antes de virar novamente para Cíntia segurando suas mãos, enquanto olhava em seus olhos verdes escuros para que ela sentisse toda a verdade na promessa que a faria de hoje em diante.

—Eu, Ethan Harry Clearwater Thompson, recebo a ti, Cíntia Aurora Duarte Lopes, como minha esposa. Prometo estar ao seu lado em cada momento da nossa vida, prometo zelar pelo seu povo, que de hoje em diante será o meu povo. Prometo te defender de qualquer um que queira machuca-la, de hoje em diante deixarei de ser apenas um homem, para me tornar o seu companheiro para a vida toda. A sua vida, será a minha vida. As suas alegrias serão as minhas alegrias, as suas lagrimas serão as minhas lagrimas e a sua dor será a minha dor, porque hoje, nos tornamos um só para o resto das nossas vidas. - jurei olhando em seus olhos enquanto deslizava com cuidado a aliança de casamento de Cíntia, em seu dedo anelar da mão esquerda, em seguida coloquei  seu anel de noivado que estava na almofada das alianças, antes de beijar a sua mão e ver o quanto minha noiva emocionada com meus votos.

—Cíntia, por favor, diga seus votos. - o padre disse e minha noiva sorriu entre lagrimas para mim, sem desviar seus olhos dos meus.

—Eu, Cíntia Aurora Duarte Lopes, recebo a ti, Ethan Harry Clearwater Thompson, como meu esposo. Prometo estar ao seu lado em cada momento da nossa vida, prometo zelar pelo seu povo, que de hoje em diante será o meu povo. Prometo te defender de qualquer um que queira machuca-lo, de hoje em diante deixarei de ser apenas uma mulher, para me tornar a sua companheira para a vida toda. A sua vida, será a minha vida. As suas alegrias serão as minhas alegrias, as suas lagrimas serão as minhas lagrimas e a sua dor será a minha dor, porque hoje, nos tornamos um só para o resto das nossas vidas. - ela jurou olhando em meus olhos enquanto deslizava minha aliança de casamento em meu dedo anelar da mão esquerda, beijando minha mão em seguida enquanto sorriamos felizes para o outro.

—Com os poderes concedidos a mim pela santa igreja, vós declaro marido e mulher. Ethan, pode beijar a sua noiva. - o padre disse e sussurrei um até que fim, que fez todos no altar rirem antes de puxar a minha noiva para os meus braços.

Com cuidado, acariciei a ponta do seu nariz com o meu, antes de beijá-la de forma apaixonada e nada educada para uma igreja, mas quem poderia me recriminar?! Estava morrendo de vontade de beijá-la desde que a vi entrar na igreja, estava surpreso comigo mesmo por ter esperado o momento certo para isso.

—Eu te amo. - Cíntia sussurrou sem fôlego ainda com seus braços em volta do meu pescoço, assim que interrompi o nosso beijo quando o ar se fez necessário.

—Eu também te amo. - disse apaixonado e ela sorriu feliz antes de beijá-la novamente, interrompendo nosso beijo apenas quando o ar se fez necessário.

Saímos do altar sob os aplausos de todos, enquanto andávamos de braços dados pelo largo corredor da igreja em direção ao rolls royce clássico preto estacionado na porta, que pertencia a minha família e havia trago minha noiva. Fomos recebidos na saída da igreja com uma chuva de arroz jogada pelos convidados, que não acertou a minha noiva porque fiquei na sua frente, impedindo que os grãos pudessem machucá-la.

Acenamos para todos antes de entramos no carro da minha família, que estava sendo dirigido por meu primo Harry, já que ele era o único, além de mim e da minha noiva, que sabia o que aconteceria comigo depois do juramento que havia acabado de fazer na igreja.

—Que foi? - Cíntia questionou sorrindo assim que me surpreendeu olhando para ela, sentada ao meu lado vestido de noiva com o seu buque de lírios artificiais no colo, já que a nossa madrinha de casamento era alérgica a flores.

—Já disse o quanto, está linda?! E no quanto sou sortudo, por ter me escolhido para ser o seu marido?!- disse olhando para ela que sorriu concordando enquanto olhava para mim, antes de esticar a sua mão em direção ao meu cabelo tirando alguns grãos de arroz dele.

—Você é sortudo mesmo, afinal o mercado de homens estava generoso. -Cíntia brincou tirando os grãos do meu cabelo e foi impossível não rir do seu comentário.

—Isso é verdade, por isso preciso ser um marido excelente, afinal não quero perder a minha esposa. - disse suave olhando em seus olhos e Cíntia parou de tirar os grãos de arroz do meu cabelo, logo senti uma força desconhecida me puxando em sua direção sem que pudéssemos resistir.

Com cuidado, com medo de machucar minha esposa, me inclinei em sua direção beijando seus lábios com pressa enquanto suas mãos paravam em meus cabelos, me puxando para cima dela, sem nos importarmos de onde ou com quem estávamos.

Antes de nos casarmos, meus pais haviam conversado conosco sobre a cerimônia, nos ensinando o juramento que deveríamos fazer e os efeitos que o mesmo causaria em nós, para que soubéssemos como reagir diante do que iria acontecer depois do nosso casamento. Só que uma coisa era saber a teoria e a outra era sentir seus efeitos na pele, de forma devastadora e descontrolada, como se não estivesse no controle de mim mesmo e minha fêmea, não estava nem um pouco controlada.

Minha...

Minha fêmea...

Meu imprinting...

Ouvir seus gemidos de prazer, enquanto descia meus beijos do seu pescoço para o seu colo, não ajudava em nada o meu frágil autocontrole, na minha mente passavam várias coisas naquele momento e nenhuma delas era relacionada a controle.

—Me deixe, amar você, minha fêmea...Me deixe, dar a você os filhos que tanto queremos...- implorei desesperado no ouvido da minha fêmea e voltei a beijar o seu pescoço de forma torturante a espera da sua resposta, mas antes que ela pudesse responder uma zoada alta de algo caindo nos assustou, fazendo com que batesse com a minha cabeça no teto baixo do carro ao levantar para ver o que estava acontecendo lá fora.

—Deus...Amor, você está bem? - Cíntia questionou preocupada assim que me afastei dela e nos sentamos no banco de trás do carro, enquanto tocava o local da batida com a ponta dos dedos em busca de algum machucado, respirando aliviado por não encontrar nada.

—Estou, por sorte foi só uma pancada e não vou precisar de pontos. - disse tirando minha mão do local e vendo que não havia sangue em meus dedos.

—Tem certeza? Você bateu a cabeça com muita força, meu bem. - minha noiva questionou me olhando com preocupação e sorri suave tentando tranquiliza-la.

—Tenho amor, não se preocupe, não me machuco fácil. - assegurei olhando em seus olhos e Cíntia respirou aliviada, antes dela beijar meu ombro de leve.

—Que bom, porque não quero nem pensar na possibilidade de te perder. - Cíntia disse com a voz embargada ao pensar nessa possibilidade e a envolvi nos meus braços.

—Shh, não vamos pensar nisso, principalmente hoje, que acabamos de nos casar. Vou ficar com você pra sempre, minha princesa, prometo. - jurei apoiando meu queixo no alto da sua cabeça enquanto ela me abraçava com força, enquanto ficávamos em silêncio desfrutando apenas da companhia do outro.

—Amor, sobre o que aconteceu alguns minutos atrás...Era disso que seus pais estavam falando? - Cíntia questionou quebrando o silêncio que havia se instalando por alguns minutos.

—Acho que sim, afinal nunca senti isso antes, em nenhuma das vezes em que estivemos juntos. - disse sincero e Cíntia afastou seu rosto do meu peito, para que pudesse ver meus olhos.

—Eu também, não. Mas, preciso dizer que foi muito bom, tirando a parte que você bateu com a cabeça no teto do carro. - Cíntia disse sincera e foi impossível não rimos ao lembramos do ocorrido, afinal meu incidente havia sido realmente engraçado.

—Que bom que estão rindo, isso é sinal de que não ficarão chateados comigo, por ter acabado com a festinha dos dois no banco de trás do carro. - Harry disse aparecendo na janela do banco de trás, assustando a minha esposa já que eu havia sentindo seu cheiro se aproximando de nós. -Acho que os dois me devem um obrigado, Harry, por impedir que começássemos nossa lua de mel em um carro no meio da estrada.

—Espera, aquela zoada toda foi você? - questionei confuso, tentando pensar no que meu primo teria feito para causar aquele estrondo.

—Foi. Tive que derrubar uma arvore, para ver se os dois paravam com aquela loucura toda no banco de trás. -meu primo explicou e o olhei surpreso, antes que pudesse dizer algo sobre o ocorrido, minha esposa se afastou de mim e abriu a porta do carro, antes de começar a bater no meu primo com seu buque de noiva.

—Você ficou doido?! Meu marido podia ter se machucado, quando bateu a cabeça no teto do carro, Harry. - ela disse furiosa enquanto batia com o buque no meu primo, que sorria surpreso pela coragem da minha esposa em enfrentar um lobo, na verdade nos dois estávamos.

Assim que me recuperei da surpresa, de ver a minha esposa batendo no meu primo para me defender, sai do carro e caminhei na direção dos dois segurando Cíntia pela cintura, afastando-a do meu primo.

—Cara, acho melhor você andar na linha porque a sua mulher é doida. - Harry disse rindo surpreso e revirei os olhos, enquanto segurava minha esposa pela cintura que lutava para se soltar dos meus braços.

—Quem você está chamando de doida? - Cíntia questionou furiosa esperneado nos meus braços.

—Harry, pare de provoca-la ou juro que deixo a minha mulher te bater. - disse sério e ele concordou levantando as mãos, antes de entrar no carro me deixando a sós com a minha esposa, que estava furiosa.

—Está tudo bem, meu amor. Você já deixou claro para o meu primo, que não gostou da brincadeira dele. Agora quero, que respire bem fundo e tente se acalmar. - pedi suave em seu ouvido e senti seu corpo relaxando no meus braços, só soltei Cíntia quando seu coração voltou a bater normalmente, confirmando que ela havia se acalmado.

—O que foi? Porque está me olhando assim? -Cíntia questionou confusa e com os cabelos loiros soltos exibindo cachos, provavelmente eles se soltaram do penteado enquanto ela batia no meu primo com o buque de lírios artificiais.

—Nada...Só não sabia que havia me casado com uma leoa. - disse brincando e ela revirou os olhos antes de segurar no meu paletó, me puxando para mais perto dela.

—Só estou cumprindo meu juramento, de protegê-lo de qualquer um, não importa se esse qualquer um é um lobisomem ou seu primo. Você é o meu marido, e vou sempre protegê-lo, não importa se você é mais forte que eu. -Cíntia disse sincera e sorri agradecido para ela antes de beijá-la com carinho, porque jamais esperei que meu imprinting pudesse ter uma atitude dessas.

—Eu te amo, minha princesa e obrigado, por seu cuidado. - sussurrei com minha testa encostada na sua, depois que interrompemos nosso beijo.

—Eu também te amo, meu amor, e não precisa agradecer. Sempre vou protegê-lo, porque te amo. - Cíntia jurou sincera e lhe dei um ultimo beijo, antes de pegar o seu véu que estava no chão e seguirmos abraçados em direção ao carro para a recepção do nosso casamento.


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Notas finais do capítulo

Cíntia é muito louca........
kkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijos e até sexta.
❤️ ❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️



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