Meu nome...? Faz anos que eu esqueci. Todos os outros shinigamis me conhecem por Kokoro no Rocko. O motivo? Também é desconhecido por mim. A única coisa que sei é... Eu já fui um humano.

- Este mundo é podre... - Murmurou um certo Shinigami que espiava o portal para o Mundo dos Humanos.

Me aproximei dele. O reconheci como Ryuuku. Todos dizem que ele foi para o mundo humano e ficou lá durante vários anos, por jogar um Death Note. Um ser humano o achou e com ele, matou várias pessoas. 

- Ryuuku, você repete a mesma frase todos os dias... O que há com você? - Perguntei, pouco interessado.

Ryuuku gargalhou. Não me surpreendi. Ele era maluco, todos sabiam disso. Ficava sentado, espiando os humanos, sem matar, sem escrever um único nome em seu Death Note.

- Raito... Por que você não joga o seu Death Note no mundo humano como eu fiz? - Perguntou-me - Eu lhe digo, por experiência própria, é muitíssimo interessante.

Raito... Aquele nome me era muito estranho. Mas não me importava. Me aproximei do portal e viuma garota que estava sendo estuprada por um bandido.

- Mas aquele mundo também é... podre. Não há nada de especial nele... - Murmurei, antes de escrever dois nomes em meu Death Note. - E por que eu daria meu único death note? 

Sawachika Hinamori, morte por esfaqueamento após estupro.

Fumikaze Toru, suicídio.

- Está enganado, Raito. Muito enganado... Quanto ao Death Note... Tome este e o jogue. Eu tenho mais dois comigo.

Ryuuku me entregou um caderno com uma aparência rara. Sua capa era branca com os dizeres em preto.  Eu o peguei.

- Vamos, Raito... Jogue-o! - Exclamou Ryuuku, dando me um empurrãozinho.

O Death Note branco escapou das minhas mãos e caiu no portal. O destino dele ainda era incerto, mas eu teria que ir lá de um jeito ou de outro.

- Muito obrigado, Ryuuku! - Exclamei, irritado - Agora eu...

Assim que me virei, não o vi mais. Passei a encarar o portal por um tempo. Shido, outro shinigami, aproximou-se de mim, tocando-me o ombro.

- Rocko!O que faz aí?

- Eu... deixei meu Death Note cair no Mundo Humano. Tenho que ir lá... - Disse por fim, antes de atravessar o portal.