A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 42
Capítulo 41 - Final feliz


Notas iniciais do capítulo

Meus amores me perdoem a demora.

A partir de agora faltam somente mais 2 capitulos e finalizaremos nossa história.

Leiam e comentem...Fiz um video especial para a segunda música, espero que gostem



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Capitulo 41 – Final feliz

Nossas famílias chegaram fazendo barulho e tumultuando, todos queriam ver Peter Cullen, meu filho havia nascido com pouco mais de dois quilos, o que o possibilitou ficar fora da incubadora e nos nossos braços. Eles o olhavam pelo vidro, traziam consigo flores e chocolates. As mulheres pareciam embevecidas e os homens mais preocupados em comemorar com uma boa dose de cachaça. Os olhos de Bella brilhavam e eu podia ver, ali eu tive certeza, nem as maiores loucuras da Erim iriam nos separar.

O medico havia sinalizado que se tudo corresse bem, dentro de no máximo uma semana sairíamos do hospital, pois deveríamos esperar um pouco mais para que Peter estivesse devidamente imunizado e livre das possibilidades de contrair doenças por ser prematuro. Eu não cabia em mim de tão feliz, meu coração saltava como se quisesse sair do peito. Como podia ser possível que um ser tão pequeno e vulnerável pudesse ser capaz de despertar tamanho sentimento? Naquele momento, os elos que nos ligavam, eram muito mais fortes... Eu poderia dizer... Inquebráveis... Amar Bella fez de mim um homem melhor do que jamais fui. Do que jamais sonhei ou imaginei ser.

A vida havia me presenteado da melhor maneira possível, eu tinha uma esposa que retribuía meus sentimentos, pais amorosos, sogros que me queriam como a um filho, irmãos que eram verdadeiros amigos... Nada me havia sido tirado, muito eu havia recebido. Silenciosamente agradeci a Deus pela dádiva que tinha me dado. Embora eu houvesse sido um homem capaz de ferir e magoar sem piedade, incapaz de me permitir sentir pena daquelas que descartei. Todo sofrimento passado com Bella me fizeram ver, a vida era muito maior do que tudo que eu já havia feito lá atrás.

Agora, era o momento das reflexões, momento de rever erros e consertá-los. Com Bella eu poderia fazer isso. Sentei-me ao seu lado na cama, todos já haviam partido e ela segurava nosso filho olhando-o com adoração. Ela brincava com as pequenas mãozinhas e em troca recebia um olhar apaixonado e pequenos ruídos. – acha mesmo necessário abandonar sua carreira? – perguntei pegando Peter do seu colo. Ainda me sentia inseguro para embalá-lo, contudo, sentia um desejo enorme para fazê-lo.

- Não conseguiria ser feliz sabendo que tenho que viajar constantemente e deixar você e o nosso bebê – ela justificou.

- Bella, não há necessidade de deixar de fazer aquilo que você ama, nós ficaremos bem. Eu te garanto.

- Edward, meu querido – era a primeira vez que ela me chamava daquela maneira – não posso simplesmente me afastar de você... Não imagino essa possibilidade. Agora que Peter nasceu, poderei escolher apenas uma das propostas que recebi e deixarei claro que minha carreira como modelo de passarelas acabou. Não quero trabalhos que me tirem de Nova York, não quero mais afastar minha família...

- Eu compreendo e respeito. Só quero que saiba que independente da sua escolha, estarei ao seu lado te apoiando. Embora eu deva confessar que saber da admiração de outros homens por você me deixa com... – limpei a garganta para admitir – eu fico com ciúmes...

- Você tem... Ciúmes de mim? Mas eu nem sou tão bonita... Ainda mais agora...

-Bella, será que você não entende nunca? Eu não estaria com você se fosse somente pela sua beleza exterior, você tem muito mais belezas do que essa... – acariciei seu rosto e depois o do nosso filho que sugava seu seio ainda faminto.

- Quais? Será que conseguiria me citar pelo menos duas?

- Conseguiria citar dez... Você é amorosa, embora teimosa é meiga, você tem um sorriso encantador, é sincera. Ainda quer que continue?  - ela balançou a cabeça negativamente. – amor, eu nunca pensei que conseguiria amar tanto uma mulher, nem no lugar mais profundo do meu subconsciente, criei essa fantasia. Você apareceu como um raio cortando a escuridão caiu diretamente em cima de mim. Com isso, você me fez acordar e perceber que somente o clarão que você trouxe consigo, me faria seguir em frente naquele breu. Você entende que nada mais faria sentido na minha vida se você não estivesse nela?

- Será que um dia vamos ser capazes de recuperar o tempo perdido?

- Já recuperamos minha querida Bella... Já recuperamos...

PDV Bella

Saímos do hospital muito antes do que o medico havia previsto, Peter se desenvolvia bem e sem nenhum problema embora fosse um bebê prematuro. Edward me paparicava e cuidava no nosso filho com afinco, parecia estar disposto a mover o mundo se fosse preciso. Minha mãe e Esme sempre estavam comigo para ajudar no processo de resguardo. Na primeira semana foi difícil me adaptar a minha nova situação de mãe. Ter um filho para alimentá-lo a cada três horas me deixava exausta, Edward acordava comigo para me fazer companhia e no intuito de ajudar, fazia a troca de fraldas e o colocava no berço.

Infelizmente, embora fosse um dos filhos do maior acionista da Toys Cullen, ele teve que voltar ao trabalho após findar sua licença de cinco dias. Porém, ligava a cada hora para saber como eu estava. Mandava flores todos os dias para dizer que sentia saudades e no instante em que punha o pé dentro de casa, eu o recebia com um grande abraço e um beijo demorado. Tentávamos conter nossos instintos e as saudades que nos consumia. Já fazia um mês desde o nascimento do Peter, eu continuava estudando as propostas para trabalho, contudo, nenhuma delas me parecia atrativa. Edward não parecia ter pressa em me ver viajar, eu podia jurar que para ele, seria melhor que eu ficasse.

Desde o dia em que decidi deixar minha profissão, desde que conversamos no hospital, ele não havia mais tocado no assunto. Saímos, visitamos meus pais, jantamos na casa dos dele. Passeamos no Central Park e quase nunca discordávamos nas nossas opiniões. Descobri que ele era um leitor ávido que devorava os livros numa rapidez imensa, com isso, descobri um prazer maior pela leitura. Colocávamos musica clássica para nosso filho no intuito de que estivesse sempre calmo. Dançávamos ao som de Rob Williams, às vezes George Harrison. Comíamos pipoca enquanto assistíamos TV, pedimos comida chinesa e por fim chorei assistindo Marley e eu. Edward não ria da minha bobeira, ele secava minhas lagrimas com um beijo e sussurrava – amo sua sensibilidade. 

Dentro desse contexto, senti que os dias passavam tão depressa e que eu não seria capaz de decidir em qual deles eu fui mais feliz. Meu marido sempre tinha um sorriso no rosto independente do seu cansaço ou da sua disposição. Eu sabia que nenhum casamento era uma lua de mel eterna, entretanto, eu tinha consciência de que poderia ser sempre assim se eu conseguisse fazer com que nunca caíssemos na rotina. Depois do segundo mês, eu comecei a aprender outras coisas, minha mãe me ensinou a fazer alguns dos pratos preferidos do Edward. Peter já estava mais espertinho e junto a ele já íamos ao shopping ou visitar o pai no trabalho. Era sempre uma festa quando chegávamos.

Por ser o único e primeiro neto, Carlisle o paparicava, sempre frisava a mudança que aquele pequenino ser havia feito em nossas vidas. Eu nunca poderia imaginar que ao me entregar a Edward, eu também estava me entregando à plenitude e a felicidade. No terceiro mês do nosso casamento Peter teve febre, aquilo deixou o Edward completamente paranóico. Levamos nosso bebê ao medico e este disse que seria apenas um resfriado. Foram duas noites acordado, sem nem ao menos lembrar que ele mesmo poderia acabar doente. Edward nunca desligava, era sempre bem disposto e incapaz de nos desagradar. Então aquele era o homem que ele fora um dia? Bom filho, um amigo maravilhoso, um marido excepcional... Todos os dias me culpava e me lembrava dos meus medos e do quanto o tinha feito sofrer por ser injusta.

Não cansava de pedir perdão, mas ele não queria me ouvir falar no passado, para Edward, só havia o futuro... O nosso futuro. Eu precisava me adaptar. Nossa primeira noite de amor depois de casados demorou para acontecer, primeiro porque tão logo nos casamos eu fui para o hospital, depois, porque Edward quis respeitar nossas fases. Ele transformou aquele num momento mais mágico da minha vida.

#FLASH BACK ON#

Depois de passar o dia fora com as mulheres da família Cullen comemorando o terceiro mês do Peter, cheguei em casa cheia de sacolas e um bebê adormecido. A casa estava numa penumbra acolhedora. O cheiro delicioso que vinha da cozinha me chamou a atenção. Estranho porque naquela hora não deveria ter ninguém em casa. Segui até lá atraída pelo cheiro, vi Edward parado na beira do fogão com uma toalha de mão pendurada no ombro, os cabelos molhados indicava que ele acabara de lavá-los. Ele não havia se dado conta da minha presença, então segui até o quarto do bebê colocando-o no berço.

Voltei para encontrá-lo ainda concentrado no que estava fazendo, antes de interrompê-lo, observei que estava usando apenas uma camiseta branca e um short. As pernas bem torneadas me fizeram lembrar a quanto tempo não nos tocávamos. – hum – tossi encostando-me no batente da porta. Ele se virou me lançando o seu mais belo sorriso.

- Olá amor – ele caminhou na minha direção. Seus braços se enroscaram na minha cintura e ele me puxou para um beijo suave e demorado – estou fazendo um jantar para comemorar nossos três meses de casamento.

- Jantar?

- É, um jantar especial para minha esposa Bella... Prometo que não tenho segundas intenções...

- E se eu quiser que as tenha, estou morta de saudades de você...

- Eu vou esperar você implorar – ele brincou.

- Acredite, depois do meu banho é você quem vai implorar senhor Cullen... – eu disse me desvencilhando do seu abraço e caminhando em direção ao quarto.

- Já estou com medo – ele disse voltando a cozinha.

A ajuda de Alice naquela tarde foi de extrema valia, quando ela me mostrou aquele conjunto rendado de cor preta, não imaginei que ele seria usado no mesmo dia. Eu estava aprendendo a ser varias Isabellas em apenas uma. Isso certamente manteria o Edward preso a mim de alguma forma. Tomei um banho demorado, usei os sais esfoliantes que deixariam minha pele mais macia. Passei meu melhor perfume e vesti minhas rendas. Por cima apenas um vestido leve de algodão curtíssimo e na mesma cor.

Quando voltei, a sala de jantar estava com a mesa posta, os castiçais com velas acesas e o champanhe no gelo. Sobre a mesa um prato com pernil assado e cortado em fatias, salada de folhas... Um prato de macarronada do jeito que eu gostava. Os braços de Edward me seguraram por trás – está tentando me subornar? – perguntei.

- Não sei de onde tirou essa idéia... – ele respondeu beijando meu pescoço.

- Se fizer isso mais uma vez, acho que não iremos aproveitar esse magnífico jantar.

- Então é melhor que jantemos logo senhora Cullen, não sei se conseguirei resistir e ficar sem te tocar por mais uma hora. – senti todo meu corpo se arrepiar, aquilo não passou despercebido para ele. Edward me virou de frente e me encarou – Bella... – ele murmurou quando sua mão tocou minha perna. Estávamos colados, eu podia sentir as batidas do seu coração, podia sorver seu cheiro, perceber seu desejo... Ele me beijou com anseio enterrando os dedos na minha pele. Com a outra mão, ele segurou-me pela nuca prendendo meu corpo ao dele.

- Edward... – afastei-me com dificuldade – talvez a gente deva fazer isso direito – ele me olhou confuso – acho que o jantar pode esperar, eu quero você agora... – ele me puxou mais uma vez para si. Passou o braço por debaixo das minhas pernas e me carregou. Nosso contato visual não foi perdido, muito menos afastamos nossos lábios enquanto ele me conduzia até o nosso quarto.

Ele me pôs do chão e ficou a um centímetro de mim, apenas parado. Alguns segundos depois ele suspendeu as mãos e tocou meu rosto desenhando meus traços com o polegar. Gentilmente ele tocou meus lábios com sua língua, eu os entreabri e deixei a passagem aberta para ele. Enrolei meus dedos nos seus cabelos e prolonguei aquela tortura. Desci a mão e acariciei seu peito, depois prendendo a barra da camiseta retirei-a por cima da sua cabeça deixando-o apenas de short.

Ele parou de me beijar e seus olhos me cobiçaram – pensei que não me quisesse mais... – murmurei.

- Você é mesmo uma tola minha Bella, como eu poderia não te querer? Só estava respeitando seu tempo, esperando seus sinais. – enquanto ele falava, me dava pequenos beijos no nariz, bochecha, testa... Pescoço.

- Se eu soubesse, teria dado antes. – ele beijou minha boca docemente.

- Ainda bem que decidiu dá-los agora, caso contrario não sei se conseguiria esperar mais tempo... – segurou a barra do meu vestido tirando-o pela minha cabeça. Seus olhos pousaram no meu corpo – você é linda. – ele murmurou – e é só minha.

Dito isso ele capturou meus lábios mais uma vez, conduziu-me até a cama onde me deitou. Eu não podia descrever o que aquele momento significava para mim. Tudo o que eu queria era que ele me possuísse... Edward segurou minha perna e beijou meus pés, aos poucos sua boca fazia o percurso entre minha perna e minha virilha, eu não sabia se conseguia respirar... Às vezes, olhando-o, eu esquecia completamente de fazê-lo. Deixei que sua língua percorresse meu abdômen e chegasse aos meus seios. Lentamente ele desabotoou o feche que ficava na frente, seus dedos brincaram com meus mamilos ainda sensíveis e eu senti um arrepio que vinha de prazer.

- Esse conjunto é novo?

- Sim, espero que tenha gostado senhor Cullen.

- Adorei, você fica linda de qualquer jeito. Eu poderia dizer que... Prefiro você sem nada... Diria ainda mais, tenho uma esposa indefectível... – ele disse capturando meu seio, dessa vez com a boca, dando leves mordidas, sugando-os gentilmente.

- Edward... – murmurei.

- O que?- ele me olhou com intensidade.

- Deixe-me sentir você...

- Estamos nas preliminares senhora Cullen, quero te dar prazer completo... – ele sussurrou.

- Nesse momento, eu só quero você – puxei-o para cima de mim – agora.

- Está certa de que quer pular as etapas?

- Tenho toda certeza do mundo, eu quero você agora. Eu estou implorando...

- Se é assim... – ele sorriu e se posicionou entre minhas pernas e eu desci seu short até a altura dos quadris. Toquei seu corpo e senti seu sexo latejante na minha mão. Eu me sentia completamente receptiva, não conseguia mais esperar. Acomodei-o dentro de mim, senti que aos poucos as barreiras iam sendo rompidas. Edward fechou os olhos e gemeu.

Aos poucos ele se movimentou dentro de mim, sobre meu corpo. Eu tentava lembrar porque o desejava tanto. Eu só sabia que tê-lo ali, tão perto, tão meu, me fazia feliz... Fazia-me sentir, plena...


Link para a música http://www.youtube.com/watch?v=ge3IhQKLU2Y&ob=av3nm

Bem que se quis

Marisa Monte

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...

Mas tanto faz!
Já me esqueci
De te esquecer
Porque!
O teu desejo
É meu melhor prazer
E o meu destino
É querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...

Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim



Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer...

Bem Que Se Quis!...

Edward continuava se movimentando dentro de mim, entrando e saindo... Prendi minhas pernas em seus quadris enquanto ele voltava a me beijar. Minhas unhas se cravaram em suas costas no momento em que senti como se uma bomba estivesse prestes a explodir. Percebi que ele continuou enquanto o beijo se tornava mais quente e intenso. No ápice do seu prazer, ele se enterrou em mim com força e murmurou meu nome. Ele tinha total conhecimento, possuía a total percepção... Eu era dele e de mais ninguém.

#FLASH BACK OFF#

Depois daquele dia, não podia me queixar de uma vida sexual plena, ativa e absoluta. Edward me mantinha satisfeita em todos os aspectos, Peter obviamente o amava. Bastava ouvir a voz do pai para que ficasse em alerta. No quarto mês voltei a estudar os contratos para o encerramento da minha carreira internacional. Por mais que eu pensasse, não queria deixar os homens da minha vida sozinhos. Teria que ser algo rápido, que não me mantivesse muito tempo fora de casa, ou do homem que eu amava.

PDV Edward

Trabalhar sabendo quem me esperava ao chegar em casa me dava mais inspiração, um filho, por mais que a mídia me enchesse de amantes, ou dissesse que eu e Bella não iríamos durar um ano devido a minha fama passada, eu não me imaginava mais longe dela. O cheiro da sua pele me acompanhava como se fosse uma tatuagem, ela estava impregnada em meus poros. Na minha vida.

Tudo só fazia sentido quando ela estava perto, eu não conseguia parar de pensar no quanto queria que chegasse a hora de voltar ao meu lar. Antes o trabalho era uma fuga para a solidão, agora era um momento a mais no meu dia. Poder compartilhar cada nova fase da minha vida com a minha família fazia com que meus dias passassem rápido. Eu podia me considerar um homem de sorte, tinha o tudo o que queria, mais do que precisava. Os meses passavam rapidamente e agora Peter estava com seis meses, antes de ir para casa passei no nosso deposito e peguei um dos nossos brinquedos de teste para que ele pudesse aprová-lo ou não. Era minha nova criação para uma linha de bebês.

Meu pai não cabia em si de tanto contentamento, Jasper só faltava flutuar tamanha era minha inspiração. Emmett continuava testando alguns dos brinquedos, principalmente os jogos para os novos vídeos games que tínhamos acabado de lançar no mercado de eletro eletrônico.

O transito estava mais caótico do que o normal naquele dia, como Alice e Rosálie tinham ficado na loja, dei carona aos meus irmãos que ajudaram a viagem a ficar menos insuportável já que levamos quase duas horas para chegar em casa. Quando entrei em casa, notei que Bella estava sentada no chão da sala brincando com nosso filho, fiquei parado um pouco observando aquela cena. Nunca imaginei que pudesse amar tanto uma mulher, por esse motivo fiquei ali, paralisado. Extasiado. Encantado.

- Boa noite amor – eu disse finalmente. Ela me olhou e sorriu alegremente – boa noite filhão – sentei-me ao lado deles -trouxe um mimo para você – ele esticou os braços para que eu o pegasse.

- Tão cedo em casa senhor Cullen – Bella comentou – só o esperava as oito.

- Imprevistos, desmarcamos a reunião do fim da tarde, assim pude chegar cedo e ficar com vocês – beijei-a suavemente. – e vocês, o que fizeram o dia todo?

- Nada demais – ela respondeu – passeamos no central park, li um livro para ele... Descobri que ele adora a historinha do Peter Pan.

- Eu também amava – sorri – era a minha favorita durante a minha infância.

- Edward – ela ficou seria de repente – estou estudando aquelas propostas para voltar às passarelas, mas, eu gostaria que me ajudasse a decidir qual contrato devo assinar.

- Mas, Charlie não vai te ajudar nisso? Ele não é o seu empresário?

- Sim, mas nesse caso, acredito e meu pai também, que devemos tomar as decisões juntos. A maioria deles são contratos longos e não quero me ausentar muito tempo.

- Longo... Quanto tempo – parei de brincar com Peter sentando-o no carpete virando-me para olhá-la.

- O mais curto tem a duração de três meses e o mais longo um ano. Eu realmente não queria ficar longe de você por tanto tempo. – ela me olhou triste. – eu não consigo me imaginar sem você... Dormindo sem te ter ao meu lado, chegando em casa e não te encontrando... Não ouvir sua voz ou ver seu sorriso. Esses cabelos que nunca são penteados – baguncei-os.

- Ei, o que você tem contra meus cabelos? – segurei suas mãos dando-lhe um beijo suave.

- Amo seu cabelo, amo sua voz, seu cheiro, sua pele... Amo tudo em você Edward Cullen.

- Eu, particularmente gostaria que você ficasse e nunca mais fosse para longe de mim. Nem um dia, sequer. Mas sei que isso é importante para você e não vou forçá-la a tomar uma decisão precipitada. Então vamos por localização – tentei manter minhas emoções sob controle. – de onde são as empresas que querem contratar você?

- A maioria é européia, tem uma asiática também. De qualquer maneira, todas me manteriam fora dos estados unidos por um tempo. Eu sei que você não teria como ir comigo estando tão envolvido nos projetos da Toys Cullen e tão próximo aos festejos natalinos. Nem poderia pedir que deixasse tudo, pensei em levar Peter comigo... Não quero ter que me afastar dele também. Edward sei que estou pedindo muito e impondo uma distancia desnecessária entre nós. Eu só quero... Despedir-me da vida que levava e que nunca mais terei.

Acariciei seu rosto, ela estava completamente curada das marcas do acidente. – sei que sou egoísta por te querer só para mim. Sei que independente de ficar distante por uma hora, um dia ou um mês... Vou morrer de saudade, você é muito mais para mim do que um dia possa ter noção. Isabella Cullen, se você demorar mais do que três meses para voltar para mim... Eu vou te buscar no final do mundo, e lhe trago em meus braços direto para casa, acorrento-a aos pés da cama e daqui você nunca mais irá sair. – ela sorriu triste.

- Então você prefere que...

-... Assine o contrato mais curto independente da distancia que ele te leve. Assim que eu tiver uma folga e mesmo que seja para passar um final de semana ao seu lado, irei ate você.

- Oh Edward! – ela me agarrou pelo pescoço beijando meu rosto, Peter estava sentado no carpete e sorria para nós espantando, qualquer resquício de duvida sobre o nosso amor sumiria se alguém nos visse naquele momento. Amávamo-nos e nosso filho era a maior prova disso. – obrigada por me compreender. Eu te amo senhor Cullen.

Trouxe-a para meu colo – não tem o que me agradecer Bella. Eu jamais faria nada que tivesse que impor você a uma decisão que não queira tomar. Sei que quer sair do mundo da moda de um jeito honroso.

- Não casada com um milionário nova-iorquino e desfilando com um filho pequeno a tiracolo... – gargalhamos. Aquelas haviam sido suas palavras na ilha.

- Ao menos sei que me ama... Não sou milionário... Você é, meu pai é. Acho que foi um golpe inverso...

- Prometa que enquanto eu estiver fora irá se comportar – ela cercou meu pescoço dando um beijo suave na ponta do meu nariz.

- Prometo que usarei cinto de castidade e nem por um instante olharei para os lados. – nos beijamos. – para quando é a sua viagem?

PDV Bella

UM MÊS DEPOIS...

                                                                       

Minhas malas estavam prontas e as do Peter também, meu pai não iria comigo daquela vez. Ângela iria me hospedar em seu apartamento em Milão, na Itália. Eu iria ficar os primeiros quinze dias lá e seguiria para Londres para passar um mês. Depois vinha Espanha, França e Alemanha. Era uma longa campanha para outono/inverno da Dolce Gabana. Não podia me queixar, sempre tive os melhores contratos e devia tudo ao meu pai. Ele havia construído minha carreira com base na sua competência e pontualidade, tudo havia se acalmado depois do nascimento de Peter. A imprensa tinha nos deixado em paz e agora já não nos davam mais amante ou faziam profecias sobre uma separação.

Edward tinha deixado de ser solteiro, porém, continuava cobiçado. Independente de fama ou de trabalho, eu sabia o que o havia levado aquela vida e Erim não me causava mais temor. Passar três meses longe dele não me causava ciúmes. Claro que ainda restava uma ponta da velha insegurança, contudo, ele sabia saná-la com suas palavras doces e seus mimos diários. O ultimo havia sido uma orquídea roxa. Minha preferida.

Antes de sairmos para o aeroporto Edward me puxou pelo braço e me aconchegou ao seu peito num abraço demorado levando-me a repensar minha viagem. Senti seu coração acelerado e a respiração pesada, era notório que ele segurava suas emoções para não me ferir. Afastei minha cabeça e olhei dentro dos seus olhos – Essa é a minha despedida, não de você, para você eu voltarei.

- Eu sei, só fico imaginando como vou ficar aqui sem você... Acho que terei de fazer companhia a Charlie.

- Meu pai?

- É, vou me sentir como ele quando nos casamos... Sozinho... Mas sei que nossa despedida temporária é para um bem maior e que não poderia impedi-la de fazer algo que queira. Devo admitir... Ainda bem que essa é sua despedida, não sei se suportaria ficar longe de você por mais tempo, por tantas campanhas. – ele pausou e passou o dedo na minha boca. – lembra de quando nos conhecemos? De quando você viajou e só me ligou quando chegou ao Brasil? – fiz que sim com a cabeça – eu já estava perdidamente apaixonado por você... Não conseguia nem pensar direito porque lá no fundo eu tinha medo que voltasse para Jacob. Fiquei imaginando como seria se isso acontecesse e preferi ignorar o fato porque eu sabia. Lá no fundo, eu sabia que um dia, nós ficaríamos juntos e que nada, nunca mais iria nos separar.

- Nós vamos voltar... Eu vou sempre voltar para você. – beijei-o mais uma vez. Ele me puxou pela cintura colando seu corpo no meu, suas mãos percorreram minhas costas, subiram pelos meus braços e seguraram meu rosto dentro das suas palmas. Vivi aquele momento como nenhum outro, embora soubéssemos do amor que sentíamos um pelo outro, foi naquele beijo que minha certeza de que o amava ficou ainda mais forte... Não podia ser normal ou mundano aquilo que nos ligava... – eu tenho certeza de que somos almas gêmeas. – sussurrei.

- Deve ser por isso que para mim, nunca mais haverá ninguém além de você. Nessa ou em outra vida, se existir, eu sempre irei te amar.

Link para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=9rzozZkjPis

A sua/ Marisa monte


Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem


(...)

Nossas famílias estavam mais unidas do que nunca depois do nosso casamento, todos se reuniram numa comitiva para me desejar boa viagem. Eu só descobri que minha cunhada, a pessoa responsável por todo tumultuo na minha vida iria comigo no momento em que chegamos ao aeroporto. – Jasper, como você pode deixá-la agir assim? – Charlie perguntou.

- Ninguém segura a Alice – ele estava com uma mão no bolso e outra a segurando pela cintura. Emmett sorriu.

- Alice solta na Itália... Precisamos tomar cuidado com as paginas policiais, vai que ela rouba um carro? Conhecendo bem a cunhadinha aqui, com a mente criativa, pode achar que esta participando de um filme.

- Ai Emmett, como você é bobo. – Rosálie o advertiu – ela vai para que possamos estar por dentro da nova linha européia para a próxima temporada. Até parece que ela nunca fez isso antes.

- Tem razão... Se cuida Bella, eu não iria querer ficar sozinha na Europa com Alice. Ela é perigosa.

- Não se preocupa Emm, sei cuidar dela – nessa hora chamaram nosso vôo. – o Jazz é que vai ter que tomar cuidado para não enfartar com a próxima fatura do cartão de credito.

- Ei, é de mim que vocês estão falando... – ela finalmente reclamou. – estou indo para cuidar de você e do meu querido sobrinho, Bella. Edward não terá com o que se preocupar.

Ele coçou a cabeça – agora sim fiquei preocupado. – depois que nos despedimos de todos eu o abracei demoradamente mais uma vez. – eu te amo... Para sempre – ele sussurrou no meu ouvido.

- Eu te amo mais... – sorri vendo seu rosto ficar num tom avermelhado e os olhos marejarem. Beijei-o mais uma vez, queria me lembrar do gosto da sua boca. Senti meu braço ser puxado.

- Ei pombinha, vamos logo. Caso contrário, perderemos o vôo. Edward estará aqui quando você voltar – Alice que segurava Peter num braço me arrastava com a outra mão em direção ao portão de embarque. Uma vez lá, parei e olhei para Edward. Lancei-lhe um beijo, ele fez que pegou no ar e levou-o ao coração.

(...)

Peter dormiu tão logo o avião levantou vôo, Alice falava como se nunca fosse parar. Mesmo que só estivéssemos longe por algumas horas, eu não sabia como iria sobreviver aqueles três meses. Ela percebeu minha tristeza – Bella, sei que a ausência é dolorosa, mas não é como se estivessem se separando definitivamente.

- Eu sei Alice – eu disse finalmente – é que por tantos meses privei a Edward e a mim de viver o que estamos vivendo agora que, sem ele aqui, sinto-me perdida. Uma vez você me pediu para assumir que o amava e eu jurei que nunca o faria em voz alta. Eu não ando só aérea, eu flutuo ao lado dele... É como se eu pudesse tocar o céu. Hoje não consigo deixar de admitir a quem quer que seja... Eu amo Edward Cullen, eu amo meu marido. – olhei para Peter – meu filho, ou melhor, nosso filho. É a certeza de que nossa vida juntos, está apenas começando.

- Então, no final de tudo...

- Seu plano deu certo, porque foi naquela ilha que eu comecei a amá-lo de fato. No dia em que fomos sequestrados, eu ia encontrá-lo para dizer isso a ele. Eu queria me despir dos medos. Mas agora, me sinto forte e certa de que é para sempre – ela me abraçou.

- Ainda bem amiga... Fico tão feliz.

(...)

A comissária de bordo anunciou nossa chegada à Itália pouco mais de doze horas depois que tínhamos partido de Nova York. – finalmente chegamos – Alice comentou.

- Espero poder voltar logo para casa... Agora é só trabalhar e em seguida voltar para aquele que amo. E para a nossa família.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria muito de agradecer a todos os leitores e leitoras que acompanharam essa historia. Reclamando, brigando, adorando...No fim das contas vcs foram responsaveis pelo desenvolvimento dessa historia. Amo muito todos e todas...

O cap 42 será postado aqui no site, porem, não integralmente. Temos algumas lemons impróprias demais e sei que temos leitoras menores de 16 anos. Então por isso foi tomada a decisão de postá-las na comunidade. Para aquelas que não aderiram, enviem e-mail para velgoncalves@gmail.com... Tentarei ao máximo atender seus pedidos.

A proxima fic será 10 passos para o amor e estará no ar na primeira semana de março. Se tudo correr bem... Amores... Estarei sempre a disposição de todos os meus amados leitores.

Spoiler do cap 42:

"A chuva torrencial dificultava minha visão. Estava realmente ruim dirigir naquele aguaceiro, então minha atenção era dobrada. O fato de termos encontrado aquele tal ator e modelo cobiçando minha mulher no restaurante e não poder dar-lhe uma surra, só fez a situação piorar. Como podia ser? Nunca senti tanto ciúmes na minha vida, nem mesmo quando acreditava que ela ainda estava com Jacob. Estava absorto em meus pensamentos e ao mesmo tempo tentando prestar a atenção na estrada.

Talvez por isso tenha me sobressaltado quando senti a mão de Bella em minha coxa, perto da virilha. Por reflexo, olhei para a mão e então voltei à atenção para frente. – o que está fazendo?

— Estou com saudade! – disse ela com a voz rouca.

— Eu também! – sorri. – mas será que não devemos conversar sobre o que aconteceu naquele restaurante?

— Sobre o que quer falar?

— Por que não cortou aquele ousado? Ele te tocou... Cumprimentou-a quase te devorando... – ela deslizou a mão para cima do meu sexo já crescente dentro das calças – Bella estou falando serio... Eu queria bater nele, o canalha estava excitado..."