A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 28
Capítulo 27 - Atitudes extremas


Notas iniciais do capítulo

Gente, tô tristinha pq vcs nem atenderam meu singelo pedido... Mas como não posso ter tudo que quero, ai vai outro cap



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Capitulo 27 – Atitudes extremas

PDV Edward

Dormimos juntos e abraçados, ela pediu que eu ficasse e eu fiquei. Não conseguiria negar nenhum dos seus pedidos. Sua cabeça pendia para o lado apoiada no meu ombro, meus braços a envolviam pela cintura. Eu tinha vestido a calça antes de deitar novamente ao seu lado, acreditava ser mais seguro. Bella era envolvente, ainda trocamos muitos beijos de madrugada e eu quase acabei sem roupas uma dezena de vezes, porém, soube me controlar.

Num desses momentos pedi que ela se vestisse também e tive que fazê-lo, vesti sua calcinha e a camisola enrolando-a sob um grosso cobertor para que a tentação não fosse maior do que já era. Seus cabelos estavam espalhados sobre meu peito exalando um perfume suave. Algo no fundo da minha consciência me alertava que eu estava me esquecendo de alguma coisa, no entanto, meu sono era mais profundo com ela ao meu lado.

Era como se um sonho lindo estivesse sendo realizado. A claridade bateu no meu rosto, mas eu não conseguia abrir os olhos. Eu estava entorpecido e completamente adormecido. Ao longe ouvi uma porta se abrir e ser fechada, ouvi os passos se aproximando. Seria aquilo um sonho? – hum, hum – um tossido forte ecoou na minha cabeça me fazendo voltar do mundo real.

Abri os olhos lentamente, na porta visualizei Charlie com uma cara emburrada e Renée com uma expressão de surpresa tapando a boca com as duas mãos. Levantei sobressaltado e cai no chão depois de perder o equilíbrio. Foi impressão minha ou vi um sorriso surgir no canto da boca de Charlie? Bella acordou assustada com o som do meu corpo caindo e se estatelando no chão. – pai, mãe?! – ela arregalou os olhos e olhou para mim logo em seguida.

- O que exatamente está acontecendo aqui Isabella Marie Swan? – Charlie perguntou com o rosto vermelho, de raiva.

- Pai, não é nada do que está pensando – assustada, ela retirou a coberta de cima do corpo e ele pode ver seus ferimentos.

- Bella, minha filha – Renée disse correndo na direção dela. – não pensei que tivesse sido assim tão grave.

- E você? O que faz aqui? Quando me ligou ontem à noite achei que iria embora e não que dormiria com a minha filha... – ele estava bravo.

- Não aconteceu nada. Eu juro. – eu disse me levantando – fiz o que pude nos machucados, mas ela estava sozinha e agitada pelo que tinha acontecido. Sentamos na cama e eu adormeci, não foi intencional e... – olhei para o local onde os olhos dele pousaram. A braguilha da minha calça estava aberta e minha cueca estava completamente à mostra. Completamente desconsertado eu a fechei e concluí – eu... Acho melhor... Ir embora – gaguejei. Charlie ainda se mantinha com os braços cruzados a frente do peito e parado na frente da porta.

- É melhor realmente – ele foi irônico – faço questão de te acompanhar – ele olhou para Renée e Bella sentadas na cama. Esta me olhou séria, porém, sem raiva. Vesti a camisa rapidamente e calcei os sapatos de qualquer jeito. Aproximei-me dela e a olhei demoradamente. Charlie tossiu mais uma vez, era hora de deixá-la.

- Espero que fique bem Bella.

- Obrigada por ter ficado comigo Edward. – ela agradeceu.

- Eu sempre vou te proteger – depositei um beijo no topo da sua cabeça e Charlie tossiu ainda mais alto me lembrando que era hora da ir. Caminhei sem vontade rumo à porta da frente, Charlie no meu encalço praguejava muito baixo algo que não consegui compreender.

- Quando falou que lutaria com suas armas não pensei que incluísse levar minha filha para cama... De novo – ele brigou quando chegamos à sala, lá era um lugar onde não poderíamos ser ouvidos.

- Eu não fiz nada já disse, ela foi praticamente atacada por aquele bando de carniceiros – grunhi – senti vontade de matar cada um deles com minhas próprias mãos.

- E por acaso o senhor Herói Cullen já viu o jornal hoje? Claro que não, estava dormindo com a minha filha. – ele pegou o papel amassado em cima da mesa e me deu para que eu lesse:

“Edward Cullen não consegue mais esconder sua preferência pela modelo Isabella Swan, na festa da Calvin Klein durante o desfile a troca de olhares foi tão intensa que os presentes juraram haver uma eletricidade no ar que pairava entre eles. Embora neguem o romance, podemos dizer com certeza que Jacob Black não faz idéia do quanto é descartável para a modelo. Fontes seguras informaram que Isabella e Edward foram vistos saindo do banheiro completamente em desalinho depois de sumirem por longos minutos.

O empresário foi além, agrediu um repórter que sugeriu um triângulo amoroso envolvendo a todos numa confusão. Eles foram vistos também numa farmácia próxima a casa da modelo, uma fã fotografou o momento, dando-nos a entender que a noite de ambos seria longa tendo em vista que Jacob Black se encontra em fora da cidade. Até onde o envolvimento de Edward Cullen poderá interferir no relacionamento já bombardeado de Bella e Jacob? A novela continua enquanto ela não decidir com quem vai ficar!”as fotos vinham logo abaixo, eu e Bella saindo do banheiro, na frente da farmácia...

- Mas eles não citam que a machucaram, não dizem aqui porque eu a defendi.

- Para eles não importa Edward, só querem mesmo é vender jornal, acho que já está na hora de deixar essa loucura de lado. Deixe a minha filha em paz, Bella está sofrendo com tudo isso.

- Então é loucura amá-la? Eu só a defendi.

- Então vá a público e diga o que aconteceu realmente. Poupe minha filha de mais esse vexame envolvendo seu nome, ou não me terá mais como aliado. Estou falando sério quando digo que a tiro do país, que a faço se casar com Jacob se as coisas continuarem evoluindo dessa maneira.

- Farei o possível. Charlie... – suspirei – eu amo a Bella, não é minha intenção que isso aconteça. Eu só quero que ela volte a confiar em mim... Que diga que me ama.

- Eu sei Edward, mas do jeito que está, não pode ficar...

- Verei o que posso fazer, ligo para saber como ela está – ele assentiu com a cabeça e eu saí fechando a porta atrás de mim.

PDV Charlie

Eu sabia que era penosa para Edward toda aquela situação, Bella não estava sofrendo menos, se pelo menos me ouvisse, seria menos complicado mostrar-lhe a verdade. Eu sabia que aquilo que os unia era muito intenso e também não era tolo para não saber o que estava acontecendo realmente. Só não imaginava que as coisas pudessem evoluir assim.

Minha filha estava exposta, foi machucada e ainda por cima encontrei o Cullen dormindo com ela. O que mais me preocupava naquele momento era saber as armas com as quais ele estava lutando, porém, não podia permitir que a carreira e a reputação de Bella continuassem sendo manchadas, aquilo, eu não iria permitir.

PDV Edward

Eu precisava encontrar um jeito de resolver toda aquela situação sem que Bella saísse ferida, não era como um problema qualquer. Depois da noite anterior quando ela fora praticamente atacada pelos repórteres eu tinha que tomar uma atitude. Tínhamos uma coletiva de imprensa marcada para a apresentação dos brinquedos das indústrias Cullen e talvez fosse chegado o momento de resolver logo toda a situação.

Fui até o escritório do meu pai e entrei sem bater, vendo-me preocupado ele levantou e seguiu na minha direção. – o que aconteceu filho? Esperamos você ontem à noite para o jantar com a sua mãe e você não apareceu...

- Alguns imprevistos pai, deve ter lido nos jornais.

- Ainda não... – ele afirmou. – ouvi rumores pelos seus irmãos, mas prefiro que você me conte. Sei a capacidade que o Emmett tem de aumentar as coisas.

Era domingo de manhã e eu segui direto da casa de Bella para a dos meus pais, minha mãe estava na cozinha preparando o almoço com Alice e Rosálie, Jasper e Emm estavam na piscina disputando quem era o mais idiota. Eu não estava com paciência para explicar a nenhum dos dois cabeças duras o que estava acontecendo de fato. Por esse motivo decidi conversar com meu pai. Ele me daria sábios conselhos.

- O que aconteceu é que eu não sei como devo me comportar perto dela, dói não poder estar ao lado dela. Não poder beijar seus lábios ou receber seus carinhos. Eu não consigo me imaginar perdendo o contato mesmo que seja passageiro, já me peguei inúmeras vezes na frente da casa dela esperando para vê-la sair.

- Filho, não seria mais prudente contar como se sente?

- E eu já não tentei? Ela não acredita em mim, a ausência dela é impactante para a minha sanidade. A sua ausência, a sua voz. Sinto que estou envolvido numa espécie de pesadelo onde o meu castigo é a falta que a presença dela me causa. Não sei mais em que estação do ano nós estamos. É como se fosse um pecado mortal viver sem que ela esteja ao meu lado – eu podia sentir as lágrimas nos meus olhos.

- Edward... Não sei o que posso fazer para te ajudar. Entramos de cabeça na idéia de Alice para tê-lo de volta, mas não era essa a parte que eu estava esperando ter.

- Como eu poderia estar me sentindo – limpei o rosto pelo pranto que agora banhava minha face - me dói estar vivendo, estar morrendo dessa maneira... No meu quarto, sozinho. Morrendo aos poucos pela solidão que me consome. Eu sonho com ela todos os dias pai. De madrugada é doloroso olhar para o lado e saber que nunca mais poderemos ficar juntos. Por isso eu tomei uma decisão.

- Que decisão Edward? Ainda acho que nunca mais é muito tempo...

- Eu irei à entrevista de lançamentos dos novos brinquedos das indústrias Cullen, eu direi aos repórteres tudo aquilo que eles querem ouvir. Isentarei Bella daquilo que eles a acusam. Não posso permitir que a tratem como estão fazendo. Leia os jornais pai. – pedi. Ele saiu do recinto e foi buscar o mesmo que estava na sala.

Voltou com os olhos fixos na matéria estampada primeira pagina – o que significa isso? – ele me olhou surpreso. – Edward o que você fez? Você agrediu o repórter...

- Eu a defendi, eu a protegi como disse que faria... Não voltei para casa ontem, simplesmente por que eles a enxovalharam pai, ela tem feridas no corpo... Está machucada.

- Me explique. Como eu disse... Quero sua versão. - Ele mostrou a foto na qual saiamos do banheiro.

- Não a forcei a nada, ela queria fugir da multidão que a estava afogando de perguntas e fomos juntos ao banheiro. Ficamos lá alguns minutos. Eu saí da festa porque precisava vir para cá. Mas, algo dentro de mim gritava para que eu a esperasse e assim o fiz. – ele me olhava compreensivo – meus irmãos entraram e saíram sem que eu pudesse vê-los, eu teria pedido que a protegessem para evitar os burburinhos. Charlie estava ausente e o advogado viajou. Maldito seja, mas, eu queria que ele pudesse estar lá.

- Foi tão grave o que aconteceu?

- Ela saiu escoltada pelos seguranças, os repórteres avançaram sobre ela como se suas vidas dependessem daquela matéria. Sei que exageramos nas fotos, sei que fomos convincentes na campanha. No entanto o que eles fizeram foi humilhante e desumano, ela quis sair, pediu que parassem, ela correu e caiu. O senhor não entende? Se eu não estivesse ali, se não tivesse seguido meu coração. Hoje as coisas seriam piores. Não haveria ninguém para tirá-la dalí. Ninguém que pudesse ajudá-la. De um jeito ou de outro eu sou o culpado, Charlie acha que devo desistir, já estou quase acreditando nisso.

- E o que você pretende fazer na entrevista?

- Pretendo dizer que eu a seduzi, que fui o responsável por tudo.

- Ela vai te odiar Edward.

- Talvez pai, ou talvez ela entenda que só quero poupá-la. Quem sabe assim ela possa ver que na verdade minha intenção era somente fazê-la feliz. Livrá-la de todos esses infortúnios. Talvez ela entenda meu gesto como uma prova de amor...

- E você vai correr esse risco? Edward, você não é o culpado pelo que aconteceu. Eu diria que todos nós somos. Como eu queria poder voltar no tempo e internar Alice antes que ela nos convencesse de fazer aquela asneira.

- O que está feito é passado, eu preciso resolver o futuro. Eu li sobre amores verdadeiros que duram uma vida inteira, talvez, se o nosso for real, exista uma maneira. É evidente pela forma que ela me olha que nós precisamos um do outro cada dia mais. Ontem ela me pediu que ficasse ao seu lado.

- Então para que estragar essa aproximação com uma revelação explosiva?

- Preciso afastá-los dela, preciso que possa voltar a sua vida normal onde ninguém a incomodava. Onde somente seu trabalho importava.

- Ela está em evidencia Edward, talvez o melhor a fazer seja esperar o tempo passar.

- E enquanto isso? O que eu faço? Nós nunca poderemos sair sozinhos... Ela nunca irá acreditar que eu a amo.

- Você caçou isso quando resolveu levar sua vida desregrada, Erim o feriu e você simplesmente se entregou aos vícios sem entender quando dissemos que amaria uma mulher que valesse a pena entraria no seu caminho. Você não foi forte, mas precisa ser agora. Precisa fazer com que as coisas se resolvam sem piorá-las ainda mais. Se você fizer isso, ela nunca mais vai querer vê-lo. Edward perceba o erro que vai cometer.

- Prefiro acreditar que ela irá entender meus motivos.

- Teimoso como uma mula... Você está se preocupando a toa.

- O que é o amor, quando não há alguém que se preocupar? Ela pode não saber que sempre que precisar, eu estarei ao lado dela, sem duvidar nenhum instante de que o amor dela me pertence e o meu a ela. Sei que está escrito no nosso destino que estaremos juntos e disso eu não posso desistir. Eu preciso tentar pai.

- Filho... Espero que não se arrependa do que está prestes a fazer.

- Contanto que ela esteja bem... Para mim não fará mais diferença, não poderá ser pior do que já é...

(...)

Preparei-me durante toda a semana para a entrevista, cedo ou tarde eu sabia que as perguntas seguiriam pelo âmbito pessoal. Dois repórteres de um do The Sun e outro do New York times vieram até a Toys Cullen para a entrevista. George Stewart e Isabelle Dumont chegaram às oito da manhã pontualmente, ao meu lado, meu pai entrou na sala de reunião. Cumprimentamo-nos formalmente e esperamos que as perguntas iniciassem.

Isabelle: Edward, de onde surgiu a inspiração para a nova linha de brinquedos da Toys Cullen?

Edward: para os carros, buscamos aquelas peças mais antigas, de antes da globalização e da tecnologia. Meu pai, Carlisle Cullen, pediu que desenvolvesse um projeto voltado para a família. Ele entende que com tantos vídeos games e computadores, as crianças se afastaram dos seus pais... Criando assim um distanciamento entre eles.

George: e para a boneca que segue uma linha tão conhecida como é a Barbie?

Edward: a boneca Isabella foi criada pelo mesmo motivo dos carros de controle remoto com modelos atuais e os jogos de tabuleiro.

A entrevista se desenvolveu muito bem até que eles começaram a questionar sobre a inspiração para a criação da boneca.

Isabelle: então a criação das bonecas Isabella não teve nada a ver com o seu envolvimento com uma das modelos mais bem pagas do mundo da moda?

Edward: não... Isabella e eu nos envolvemos num momento muito difícil da vida dela. Um momento no qual ela e Jacob Black estavam separados.

Isabelle: então não houve mesmo traição?

Edward: não.

George: o que você pode dizer sobre as fotos da Calvin Klein?

Edward: não houve nada, somente as fotos. Escutem bem... Bella é uma garota inocente e livre de maldade, trabalhei a boneca da linha Isabella em cima disso.

George: mas na ilha ela não parecia tão inocente, convenhamos Edward, sua fama não é das melhores. 

Edward: agi por impulso, não era para a imprensa nos encontrar lá. Precisávamos de privacidade para sermos apenas Edward e Bella.

- Acho que já chega filho – meu pai alertou.

- Só mais uma pergunta Edward – Isabelle pediu, assenti.

Isabelle: afirmando que a levou para aquela ilha e que se aproximou num momento de fragilidade. Você está querendo dizer que vocês não passaram de um momento?

Edward: não afirmo nada.

George: também não nega.

Edward: só estou falando estas coisas para que entendam, não há porque interferir e seguir os passos de Bella Swan, nós não estamos juntos e não há nada a ser noticiado. O que quer que tenha acontecido entre nós, já acabou... Ela está bem agora.

Isabelle: então o famoso solteiro e um dos milionários mais cobiçados de New York não está de fato apaixonado?

Carlisle: meu filho não irá responder a mais nenhuma indagação sobre sua vida pessoal.

George: mas vocês foram vistos brigando no shopping depois que voltaram da ilha, soubemos que brigou com Jacob Black e que você agrediu um repórter na festa da Calvin, e tudo por causa dela. – ele afirmou.

Edward: você foi informado errado, não brigo por causa de mulher alguma... E na festa da Calvin eu só a defendi da imprensa marrom. Eles foram desumanos e agora tudo que podem publicar é que não há mais nada entre nós.

George: imprensa marrom?

Edward: ela foi ofendida e perseguida por aqueles que dizem fazer noticia. São eles que sujam a imprensa séria. Eu só fiz o meu papel de homem quando a defendi, Isabella ficou machucada devido aos acontecimentos... Eu tenho a minha vida e ela tem a dela, vocês interferem muito quando resolvem indagar sobre um relacionamento que não existe e um relacionamento que já faz parte do meu passado. Somos amigos hoje... Não há mais nada entre nós.

A entrevista acabou e percebi que talvez meu pai tivesse razão. Eu sabia que os fatos seriam distorcidos e que as noticias seriam divulgadas de uma forma completamente diferente. Não importava, o que eu queria mesmo, era que Bella pudesse ficar em paz e pedia aos céus que entendesse meus motivos para fazer o que fiz.

Deixei meu pai terminando de passar os dados aos repórteres e segui para a minha sala, queria ficar sozinho, esquecer de tudo e de todos. Entrei fechando a porta atrás de mim. Joguei meu corpo pesadamente em cima da cadeira e girei no intuito de esquecer minhas dores. Três batidas na porta e o rosto feminino apareceu por detrás dela, loira com o cabelo preso num rabo de cavalo, Isabelle estava entrando na minha sala, provavelmente queria algo mais do que uma simples entrevista. Por que seu nome tinha que ser tão parecido com o de Bella?

Ela tinha o corpo esguio e bem torneado, pude perceber pela saia justa num tom de rosa que ela usava na altura dos joelhos, um blazer do mesmo tom da saia e uma camisa branca por baixo. – passei para agradecer pela entrevista.

- Só isso? – virei de frente para ela e observei sua expressão de curiosidade.

- Há algo mais que eu possa querer que Isabella não tenha tido? – ela se insinuou.

- Se você quiser descobrir, podemos tentar encontrar algo. Desde que prometa que não vai querer me entrevistar enquanto eu te mostro.

- Nunca, não poderia ser comparada a ela... – ela respondeu.

- Cada mulher tem sua particularidade, a sua é essa pequena cava que deixa a mostra um colo perfeito – levantei me aproximando dela – seria interessante poder descobrir o que há por trás de tanta roupa – passei por trás dela e passei as unhas no seu pescoço, ela se arrepiou.

- Talvez não seja uma boa idéia – ela respirou fundo antes de responder.

- O que? – colei meu corpo nas costas dela e a senti estremecer – eu te mostrar coisas que somente Isabella viu? – murmurei no seu ouvido. – tenho muito mais a ensinar se estiver disposta a guardar segredo como ela fez – mordisquei o lóbulo da sua orelha e passei o braço ao redor da sua cintura apertando-a contra mim.

- Uou... Edward, acho melhor eu ir ou darei razão as mulheres que não conseguem resistir ao seu encanto... Embora seja tentador poder conhecer seu lado mais intimo... – ela disse se afastando.

- Quem sabe depois do seu horário de trabalho – me aproximei novamente tomando suas mãos entre as minhas depositando um beijo em cada uma delas. – leve meu cartão – retirei um do bolso e o entreguei a ela – ligue-me quando desejar.

- Não sei se devo... – ela estava incerta. – considerando a forma como as mulheres são descartáveis para você, tenho medo de me envolver demais.

- Você vai ligar, eu não descarto mulheres... Só quero ter próximas a mim a melhor delas... Esta eu ainda não encontrei - toquei sua cintura de leve e dei-lhe um leve beijo nos lábios entreabertos. Eu sabia qual era o real fundamento daquele jogo de sedução. Se era uma historia que ela queria, ela teria... Quem sabe assim, eles não esqueceriam a Bella de uma vez por todas.

- Ainda não a encontrou?

- Poderia ser você... – menti.

- Vejamos futuramente, preciso ir... Uma edição da matéria que fizemos com você e com o seu pai me aguardam... – ela se dirigiu a porta.

- Seja gentil comigo... – sorri cinicamente, eu sabia exatamente o que seria descrito da minha personalidade na próxima reportagem do The Sun. Não me importava em ser descrito como vilão. Talvez o meu pai estivesse certo e Bella me odiasse, o mais importante, no entanto, era que a imprensa a deixasse em paz. Quem sabe assim, longe dos olhos dos abutres incansáveis da mídia, ela enfim pudesse entender o quanto eu a amava.

PDV Bella

UM MÊS DEPOIS...

Acordar estava sendo mais difícil naqueles dias que sucederam a entrevista de Edward. Ele não havia mais me procurado, a imprensa me procurou para perguntar sobre as revelações do empresário Edward Cullen. O simples fato de ter constatado através de uma entrevista aquilo que eu já sabia foi doloroso demais. Apenas confirmei que não tínhamos mais nada e a minha vida já quase voltava ao normal.

Meu aniversário, passado há algumas semanas, tinha sido um pouco desastroso já que me vi dentro de um hospital logo após um desmaio. Jake estava ao meu lado, segurando minha mão. Foi somente quando o médico entrou na sala e pediu para falar a sós comigo que pude perceber o tamanho da minha idiotice, como eu pude ser tão tola?

Lembrei-me instantaneamente do que o The Sun anunciou na sua primeira página

#Flash Back on#

“Edward Cullen, o rico empresário, filho de Carlisle Cullen, herdeiro das indústrias Cullen, deixou claro o quanto precisou de inspiração para a criação da nova linha de brinquedos que nos remeterá a um passado não tão passado assim.” A entrevista fora interessante e até muito lisonjeira na parte a qual ele falou da criação da boneca que levava o meu nome. As palavras de Carlisle foram muito doces e gentis de um jeito acolhedor e amável, como ele sempre era.

Mas foram as paginas de fofoca que me deixaram tão fragilizada e incapaz de reagir por pelo menos trinta minutos após encerrar a leitura “Edward revelou em entrevista que a modelo Isabella Swan nunca fez parte dos seus planos para o futuro, o caso passageiro terminou antes mesmo de começar com uma tórrida paixão passageira numa ilha paradisíaca próxima a baía de Manhattan. Se podemos definir Edward Cullen, é evidente que diríamos que ele é, um dos solteiros mais cobiçados da elite de New York, com isso fica a pergunta no ar. Até que ponto Isabella saberia da sua passageira estadia no coração do empresário? Como estaria seu coração após ser descartada pela segunda vez em menos de um ano. Fontes revelam a reaproximação de Jacob Black como causa do rompimento entre eles.

Como já se sabe, Isabella tem estado constantemente em hospitais e clinicas cuidando da saúde, será que em breve veremos um herdeiro Black ou Cullen? A tão recatada e protegida modelo deixou claro quando perguntada que não falaria sobre sua vida pessoal, no entanto, foi enfática em afirmar que Edward Cullen, também faz parte do seu passado. Afirmando o que fora dito por Edward enquanto ao ser apenas bons amigos. Será mesmo que chegamos ao capitulo final dessa novela? Acreditamos que sim... Pois, ontem à noite, o empresário foi pego de surpresa saindo de uma boate com outra moça cujo nome ainda desconhecemos. Perguntado sobre Isabella ele apenas respondeu – antes de questionar a índole e o caráter dela, talvez devessem conhecer a linda carreira que ela construiu. Sempre a base de competência e simplicidade. Isabella é uma mulher doce e sensível, embora não tenhamos ido adiante, restou o carinho e o respeito... Espero não ser mais questionado sobre isso, pois essa é uma pagina virada na minha vida.”

A frase ‘pagina virada na minha vida’, não devia ter feito tanto mal quanto fez. – eu não disse que ele estava mentindo pai? - gritei enquanto amassava o jornal com toda minha fúria.

- Estou certo de que ele teve motivos para dar uma declaração estúpida como essa Bella, eu mesmo o obriguei a fazer alguma coisa para que a deixassem em paz.

- Pare de tentar defendê-lo pai, Edward é um canalha e nunca deixará de ser... Acreditei que ele podia ser diferente, que me amava realmente pela forma como me defendeu dos repórteres. Ele jurou me proteger...

- E não é isso que ele está fazendo?  Dizendo que você é uma pagina virada está retirando das suas costas e das de Jake o peso de ter passado pela vida dele. Isso é uma prova de que ele tem boas intenções Bella, talvez devesse ouvi-lo. Deixe seu orgulho de lado, ignore o que os outros dizem e escute seu coração antes que seja tarde.

- Tarde para que? Para ser usada? Já estou cansada de ter tanta gente me manipulando, tentando me mostrar um homem que não existe e nunca existirá. Ele deixou claro que a ilha foi passageira e afirmando isso, só reafirmou minhas suspeitas de que foi culpado realmente. Posso ser jovem, mas enxergo um palmo adiante do meu nariz pai... Edward Cullen não me ama e nunca me amou...

- Eu não seria tão tolerante com você... Eu já teria desistido de provar a verdade e teria deixado que seguisse sua vida. O que vejo, são duas pessoas cabeças duras que não conseguem se entender simplesmente porque não conseguem conversar. Estou me eximindo de tudo... Não vou mais tentar te provar nada e sei que irá se arrepender, como minha filha, estarei aqui para apoiá-la porque eu sei Isabella Marie Swan, que você ainda irá derramar muitas lágrimas se deixar que esse amor passe por orgulho e burrice. – dizendo isso, ele saiu.

#Flash back off #

As palavras do médico me trouxeram de volta a realidade – Isabella, parabéns, você está grávida.

Meus olhos se abriram razoavelmente e meu coração acelerou tanto que parecia capaz de explodir. Era um misto de sensações e emoções – grá... Grávida? – gaguejei.

- Sim, grávida... Acredito que o seu noivo vai ficar muito feliz quando receber a notícia. – o dr. Phillip Benson disse com um largo sorriso no rosto. Não consegui com aquelas declarações odiar Edward... Só não consegui entender como, depois de jurar me proteger, ele pôde ter me tirado da sua vida. Pelo visto muito bem refeita, já que ele voltava ao antigo desempenho de garanhão conquistador.

Ninguém sabia, nem mesmo Jake, que a noite no meu quarto eu me lembrava de quando estivéramos na ilha. Como fizemos amor de um jeito como se o mundo dependesse daqueles momentos, de quando ele me beijava com urgência e ferocidade. ‘Eu irei te proteger Bella, não importa o que aconteça’ ele prometeu. E agora que eu estava esperando um filho seu? Como ele poderia me proteger de si mesmo? Das coisas que estavam por vir.

- Não conte nada a Jacob, Doutor – pedi. Ele me olhou confuso, me apressei em explicar – eu mesma quero falar com ele. - Desde aquele dia, não contei nada a Jake, não tive mais coragem de olhar em seus olhos, por mais que ele me questionasse, eu simplesmente não conseguia dizer. Contando os dedos, pude saber exatamente o dia o qual eu engravidei; no dia das fotos para a campanha da Calvin, um mês havia passado até aquele dia e a confirmação da gravidez de quatro semanas só confirmou minhas suspeitas.

Voltando ao presente, sentada com Jacob na sala do seu apartamento, longe da perseguição da imprensa, eu buscava uma forma de contar como fui estúpida. Eu sabia que Jake não me julgaria, ele era sempre compreensivo. Um amigo maravilhoso.

- Jake – eu chamei quase chorosa. – sente aqui – chamei. Ele estava na cozinha americana preparando algo para comermos.

- Não dá para esperar Bella? Posso perder o ponto do macarrão... – ele me olhou com o apanhador de massas na mão e um pano no ombro.

- Por favor, já é difícil para mim confessar isso a você, não torne as coisas piores do que já são. Sinto-me uma completa idiota. – ele largou tudo em cima do balcão e veio andando em minha direção com um sorriso estampado no rosto, logo sentou ao meu lado – que bom que podemos sentar lado a lado sem recaídas não é? Eu senti tanto sua falta – acariciei o rosto dele.

- Seria mais interessante se você chegasse ao ponto certo daquilo que suponho que pretende me contar. – ele foi direto. – o que te preocupa minha Bella?

- Eu... Eu – meus olhos encheram de lágrimas.

- Bella, o que está acontecendo? – ele me segurou pela nuca e me puxou para perto encostando minha cabeça em seu ombro – tenho te notado estranha nos últimos dias, gostaria que me contasse o que está acontecendo sem que eu precise pedir mais uma vez.

Afastei-me limpando o rosto – é que eu passei todos esses dias imaginando como contar ou como lhe dar com algo que... É complicado.

- Quanto complicado?

- Muito...

- Então me conte e deixe-me te ajudar... Bella confie em mim. Fui um cretino com você no passado, mas foi porque eu estava com ciúmes, não havia definido meus verdadeiros sentimentos. Eu prometi desde pequeno que nunca te deixaria sozinha e por mais estúpida que você seja, eu vou cumprir minha promessa.

- Eu estou grávida Jake – ele me olhou e ficou petrificado. Aquele silêncio durou longos minutos, eu já não aguentava mais a espera... – você ouviu o que eu disse? – ele continuou paralisado.

- É de fato um acontecimento grave – ele disse finalmente – e você é realmente a mulher mais idiota que eu já conheci. Mesmo assim, não é isso que eu vou te abandonar. Embora saibamos em que circunstancias isso aconteceu e quem é o pai, ninguém mais além de nós precisa saber.

- O que eu vou fazer? Como vou explicar para a minha família?

- Bella... – ele ficou em silêncio novamente – eu serei o pai do seu filho, nós vamos nos casar.

- Não Jake – levantei abruptamente do sofá – não, não, não... E Leah? E o que vocês sentem um pelo outro? Por mais amigos que sejamos você a ama e não é justo que abra mão da sua vida por uma idiotice minha... Não, nem pensar.

- E que outra idéia você tem em mente? Bater na porta do Cretino Cullen e dizer ‘estou grávida’ ou então aparecer com a barriga enorme e as pessoas questionarem sua índole? Sim, porque nós temos estado juntos... Melhor, talvez esteja pensando em interromper a gravidez.

- Nunca, isso nunca passou pela minha cabeça...

- Então acho melhor contarmos ao Charlie e a Renée, posso falar com Billie e com Leah, se eu explicar a situação ela entenderá.

- E como vocês viverão? Como amantes? – abanei os braços no ar. – não posso deixar que assuma a responsabilidade por uma atitude infantil que partiu de mim. Jacob, não posso deixar que assuma essa -carga.

- Quer você queira, quer não... Teremos que fazer alguma coisa e rápido. Logo você vai começar a engordar e sua barriga vai crescer. Quanto tempo faz que você sabe disso?

- Três semanas – descobri no dia do meu aniversario, quando passei mal.

- Então está explicado porque você não conseguiu olhar ninguém nos olhos naquela noite e porque tem me evitado nos últimos dias. Case comigo Bella, deixe-me te ajudar.

- Não Jake, não assim... – sentei novamente. Ele olhou para o chão e passou a mão no cabelo...

- Você me distraiu – olhei para ele confusa, ele sorriu – o macarrão deve estar uma papa e logo agora que você precisa se alimentar direito – fiz uma careta. – vamos lá Bella, nós iremos ter um bebê... Sinta-se feliz. Vamos pedir comida chinesa para comemorar.

PDV Edward

Sair com Jessica Stanley não me fez mais feliz naquela noite, eu não poderia oferecer nada em troca do que ela tinha para me ofertar. Observei-a enquanto ela se despia... O corpo escultural e os cabelos loiros e longos que lhe cobriam apenas os seios já haviam me feito feliz outras vezes. Mas não depois que conheci Bella, todas aquelas curvas que antes me pareciam perfeitas eram insossas, sem graça. Ela caminhou na minha direção e desabotoou minha camisa, passando a mão pelo meu peito nú.

A sensação que tive foi incomoda e desonesta. Segurei seus pulsos e ela me olhou confusa – não Jess, não assim.

- E como você prefere então? Que eu te toque em outro lugar? – ela me olhou sensualmente.

- Não Jessica, perdoe-me, mas, eu não posso. Por favor, preciso ficar sozinho. – me afastei deixando-a bestificada.

- Como assim não pode Edward? Você nunca deu para trás, em matéria de sexo sempre foi o melhor. – ela se aproximou novamente.

- Por favor, Jessica... Acho melhor pararmos por aqui – eu não queria ser indelicado – não me sinto bem, acho que comi alguma comida estragada... Perdoe-me.

- Oh! Edward, então esse é o motivo? Quer que eu o leve ao médico? – ela se preocupou.

- Não... Eu só quero mesmo ficar sozinho Jess. Vamos deixar nossa diversão para outro dia. – sorri sem vontade. Não queria e nem podia explicar que não podia tocá-la simplesmente porque quem estava na minha mente tão torturada não era ela.

- Eu vou embora então – ela disse se vestindo – espero que melhore e me ligue em breve, sinto muito a sua falta. – ela seguiu até a porta e eu a acompanhei.

- Ligarei tão logo me sinta melhor – ela depositou um selo em meus lábios. A sensação de vazio aumentou, ela não era Bella. Fechei a porta e respirei fundo para conter o desespero que me dominou.

Fazia três semanas desde a entrevista e a fatídica reportagem, nem Bella, nem Charlie haviam entrado em contato. O que eu acreditava devia ser um bom sinal. Se ele não explodiu me ligando para chamar de irresponsabilidade tudo aquilo que eu tinha feito no intuito de proteger sua filha. Tirei a camisa já aberta e corri na direção do banheiro, no caminho tirei os sapatos, as meias e a calça. Joguei-me debaixo do chuveiro frio deixando que meu choro se juntasse a água que escorria pelo meu rosto.

Bella fazia tanta falta que meu peito parecia se apertar cada dia mais, eu poderia esquecer e seguir adiante se eu mesmo tivesse errado. Porém, por se tratar de um erro alheio, eu acreditava que merecia pelo menos a chance de tentar. Não adiantava ser desejado ou rico se eu simplesmente não podia ter a mulher que eu amava a meu lado.

Sai do banho e vesti um roupão quente, me deitei na cama com as lembranças que teimavam em me consumir. Se eu a tivesse possuído no dia em que ela pediu, no seu quarto, talvez restasse à esperança de que me perdoasse mesmo depois da asneira que falei para a imprensa. Não sabia se haveria volta.

Link seguro para a música: http://www.youtube.com/watch?v=MP2u3u_jpg0&feature=related

Coração Partido

Tremedeiras neste coração partido... (tremendo de frio)

Tremedeiras neste coração partido... (para este coração)

Você pode ver, que não existem dois sem três,

Que a vida vai e vem e que não se detém

E, o que sei eu?...

Mas minta para mim ainda que seja, me diz que resta algo

Entre nós dois, que em seu quarto

Nunca sai o sol, no existe o tempo nem a dor.

Leve-me se você quiser, a perder, a nenhum destino, sem nenhum por que

Já sei que o coração que não vê

É coração que não sente

O coração que te mente amor

Mas você sabe que no fundo da minha alma

Continua aquela dor por acreditar em você

O que aconteceu com a ilusão e a beleza do que é viver?

Para que me curaste quanto estava ferido

Se hoje me deixa de novo com o coração partido?

Quem vai me entregar suas emoções?

Quem vai me pedir que nunca lhe abandone?

Quem me cobrirá essa noite se fizer frio?

Quem me vai curar o coração partido?

Quem encherá de primaveras este janeiro,

e baixará a lua para que brinquemos?

Diga-me se tu vais, me diz, carinho meu,

quem me vai curar o coração partido?

Tremedeiras neste coração partido... (tremendo de frio)

Tremedeiras neste coração partido... (para este coração)

Dar somente aquilo que te sobra,

Nunca foi compartir, e sim dar esmola, amor

Se tu não o sabes, eu te digo

Depois da tormenta, sempre chega a calmaria

Mas sei que depois de tí,

Depois de tí não há nada

Para que me curaste quanto estava ferido

Se hoje me deixa de novo com o coração partido?

Quem vai me entregar suas emoções?

Quem vai me pedir que nunca lhe abandone?

Quem me cobrirá essa noite se fizer frio?

Quem me vai curar o coração partido?

Quem encherá de primaveras este janeiro,

e baixará a lua para que brinquemos?

Diga-me se tu vais, me diz, carinho meu,

quem me vai curar o coração partido?

Durante meus momentos de reflexão me vi pensando em como poderia seguir adiante, talvez, eu devesse sumir um tempo. Escapar de tudo e de todos para colocar minha cabeça no lugar, estava quase pronto para tomar aquela decisão. Deixaria Bella decidir sozinha se queria ou não estar comigo, não sabia como seria além da sua ausência também ter que sofrer com a ausência da minha família, principalmente do meu melhor amigo, pelo menos aquele que era mais centrado, que era meu pai.

Liguei a TV e comecei a rodar os canais da TV a cabo, vi reportagens sobre lugares lindos e paraísos tropicais onde certamente eu poderia reorganizar minha vida, talvez esquecer Bella definitivamente. Se ela não acreditava em mim, embora eu tenha tentado dar tantas explicações sobre o que ocorreu de fato. Talvez não merecesse o meu amor. Eu estava sofrendo e meu coração sangrava tanto que às vezes seria melhor estar morto.

Não era como se eu pudesse deitar e acordar na manhã seguinte sem aquele buraco no meu coração. Eu teria que reencontrar forças para recomeçar minha vida. Não como foi com Erim, eu a amei e ela me abandonou. Eu teria que ser quem eu era de fato, não queria estar marcado como garanhão, como Bella me acusou, quando encontrasse a mulher que se casaria comigo. Eu queria mais... Por isso decidi que viajaria até que minha dor passasse ou até que eu pudesse encontrar alguém que me amasse sem desconfiar da veracidade dos meus sentimentos. Como meu pai havia dito, eu poderia encontrar um novo amor. Ouvi alguém bater na porta e levantei sem vontade, se Jessica houvesse voltado eu seria indelicado com ela, com certeza. Limpei o rosto e abri a porta com força... – Pai?!


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas... Espero que tenham gostado e passem na minha comunidade para começar a fazer parte do nosso universo... Começaremos a postar algumas fanfics autorizadas pelos autores para que possam se deliciar. A medida que formos postando falo com vcs.

Eis o link:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=87319621

Entrem e façam parte... Bjos!