VMHV - Vírus de Mutação Humana Vampiresca escrita por Bellaluna Creator


Capítulo 12
Notícia ruim


Notas iniciais do capítulo

Olha... Vou falar, não queria postar esse cap agora. Já tá terminando os caps que tenho prontos e eu to de novo com bloqueio pra continuar o enredo, mas como gosto de saber a opinião de vocês e to curiosa do que vão achar, resolvi postar.

Boa leitura!S2
Espero vocês nas notas finais.



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Logo que Alex saiu porta afora, Sebastian virou para Selênia ao lado dele na cozinha e sussurrou.

— O que houve entre vocês dois quando eu estava lá em cima? E porque você está com um band-aid na testa? — ele tinha reparado nele ao longo das partidas. Selênia tocou-o com as pontas dos dedos de uma mão e corou ao se lembrar da branda reprimenda quanto a  sua infantilidade.

— Por que quer saber? — ela retrucou ao invés de responder, abaixando a mão. Sebastian olhou para ela do mesmo modo que ela o tinha olhado dentro do carro, com cara de "isso não cola".

— Não se faça de sonsa, Selênia — falou. Ela demorou a dizer alguma coisa. Picou um monte de cebola e pimentão antes de abrir a boca.

— Pra falar a verdade, não aconteceu nada demais — disse simplesmente, dando de ombros.

— Seeei... — respondeu Sebastian, descrente. — E o band-aid? Se não foi nada, eu posso tirar, né?! — continuou levantando um braço para tirar o curativo da testa dela. Mas Selênia tapou-o com uma mão e deu um passo atrás. Tinha decidido que deixaria o curativo lá até que saísse sozinho, ou que ela tirasse quando fosse tomar banho. Como um lembrete para ser menos impulsiva. Seu irmão olhou para ela como quem diz "a quem você está tentando enganar?". Ela pensou em dizer que não era isso, porém percebeu que não adiantaria tentar explicar a ele, então não disse nada, só voltou a picar os ingredientes que Helena tinha lhe dado, o que só fez aumentar as suspeitas de seu irmão. Sebastian começou a ficar cismado. Alguma coisa nisso não estava lhe cheirando bem. Como que Selênia e Alex pareciam ter ficado tão amiguinhos em tão pouco tempo? Se fosse só pelas ações da irmã ele não ficaria tão apreensivo já que ela é naturalmente uma pessoa que cria afeição rapidamente pelos outros. Entretanto, Alex era o completo oposto e até onde sabia, tinha ficado mais sisudo que o habitual nos últimos meses depois daquela missão infeliz. Hum… Não estava gostando disso. Seus instintos de irmão coruja estavam apitando.

Passou a todo o momento espiar descaradamente sua irmã. Era desconcertante, e ele sabia disso, por isso mesmo mantinha o olhar fixo querendo ver até onde ela aguentaria, e se deixaria escapar alguma coisa. Todavia Selênia jamais contaria a ele o que tinha acontecido na noite anterior, o que deixou Alex mais amigável com ela. Vira um lado frágil de seu parceiro que achava melhor manter apenas entre eles. Afinal, se fosse com ela, não gostaria que terceiros soubessem de suas fraquezas. Além de não querer falar sobre Alex achá-la infantil, porque sendo verdade ou não, Sebastian veria isso como um ataque a sua irmãzinha e poderia criar problemas com Alex a troco de nada. Portanto tratou de ignorar completamente seu irmão. Enfim acabaram de fazer o que sua mãe pediu e voltaram para sala. Alex chegou em seguida. E quando o jantar estava quase todo pronto, Marcos também chegou do trabalho. Como fazia quase todos os dias, ele engrossou a voz e falou alto:

— Vilma, cheguei! — imitando Fred Flintstone. Era uma brincadeira que faziam desde que tinham se casado. Os três que estavam na sala sorriram ao ouvi-lo, e Marcos sorriu de volta. Alex o tinha ouvido fazendo isso na noite passada enquanto estava em seu quarto provisório. Ficou rindo sozinho consigo mesmo. Essa família da Selênia era bem interessante. Fazia-o compreender um pouco porque ela é como é.

Marcos brincava desse jeito constantemente porque quando se casou com Helena prometeu fazer ela e os filhos sorrirem todos os dias. Quando a conheceu, ela andava tão depressiva, envolta em uma aura melancólica, que não conseguia disfarçar por mais que tentasse. Sentia muita falta do marido que morreu no cumprimento do dever.

Afrouxando a gravata Marcos foi para a cozinha de onde ouviu a voz de sua esposa dizendo "Estou aqui, querido!". Os jovens na sala voltaram sua atenção para a TV novamente. Na cozinha abraçou Helena por trás quando esta pegava pratos na parte do meio do armário de louças. Deu um beijo em seu pescoço atrás da orelha e recostou a cabeça em seu ombro. Ela deixou os pratos de lado e acariciou-lhe a cabeça com uma mão, pousando a outra nos braços que a envolviam.

— Dia difícil? — perguntou baixinho. Ele apenas fez que sim com a cabeça. — Não vai me contar? — prosseguiu com voz suave. Ele respirou bem fundo antes de responder.

— Recebemos a notícia agora de tarde que dois imunes foram assassinados pelos Lich — já que enrolar não ia tornar a informação menos impactante ele só falou de uma vez.

— Da nossa área? — ela perguntou ficando apreensiva, a voz sufocando em sua garganta repentinamente seca. Ele fez que não com a cabeça. Ela relaxou levemente sentindo como se seu sangue voltasse a circular lentamente pelo corpo depois de ter congelado. Ficou pensando se deveria perguntar mais alguma coisa, porém quando ia falar, ele se adiantou.

— Estou assustado, Helena... — falou tão baixo que ela mal pôde ouvi-lo. Os olhos fechados com força na tentativa de conter seus anseios. — Um deles era mais novo que a Selênia... O outro tinha acabado de começar a trabalhar com o DCII... Ambos estavam sob proteção constante e mesmo assim estão mortos agora... — ele a abraçou mais forte. O mesmo pensamento passou pela cabeça de ambos. "Conseguiremos manter nossa menininha a salvo?". Respirando fundo mais uma vez ele se recompôs. Deu outro beijo no pescoço dela, desta vez próximo ao trapézio, e soltou-a. — Vou chamar as crianças pra comer — disse indo para sala. Parou um instante no meio do caminho querendo  ter a certeza de que seu semblante não passava suas preocupações.

Durante a refeição Helena e Marcos agiram normalmente como se não tivessem ouvido a notícia preocupante. Sebastian continuou encarando Selênia, tanto que Marcos acabou notando o band-aid e perguntou o que tinha acontecido, achando que ela tinha machucado a testa. Ela respondeu que não era nada, e ele deixou para lá ao perceber que ela não queria falar sobre isso. Alex ficou o tempo todo na sala, mexendo no celular. Tinha ouvido sem querer um pouco da conversa entre Marcos e Helena, quando o filme que estavam assistindo teve um momento de silêncio, que fez sua atenção auditiva vagar. Pegou exatamente a parte em que falaram sobre os dois imunes assassinados. Mandou mensagem para Roger querendo saber os detalhes. Como este não respondeu, mesmo depois de meia hora ter passado, ele resolveu perguntar para o Grilo. Esse último respondeu quase instantaneamente.

 

: Como você soube disso?

: Não foi pelo Roger ou não estaria me perguntando.

    Ouvi por aí. :

: Marcos?

    Você pega depressa. :

: Ele era o único membro dessa família que estava aqui quando Roger deu a notícia, só fiz uma conexão lógica.

    Como sempre. : 

Agora vai parar de me enrolar e me passar os detalhes ou não? :

: É pra já.

 

Ao invés de contar com suas próprias palavras, Grilo enviou para Alex por e-mail os relatórios dos casos. Alex passou o restante do tempo que levou para a família da Selênia terminar o jantar, lendo os relatórios. Um foi envenenado através de uma bebida que comprou numa lanchonete que frequentava constantemente e o outro foi baleado por um atirador a longa distância quando voltava para casa. "Com certeza dará um trabalho do cão para o DCII abafar os casos e impedir que a mídia investigue o acontecido." Pensou Alex enquanto processava as informações. Os Lich estavam se tornando mais agressivos que o habitual. Nunca antes tinha ouvido falar deles usando veneno ou um atirador de longa distância. Normalmente nem armas de fogo usavam. Preferiam armas brancas — facas, punhais, etc. — para matar suas vítimas lenta e dolorosamente. Estavam declarando guerra abertamente ao DCII. Parece que estavam cansados de apenas se esconder e matar civis inocentes. "O que será que os levou a sair da toca? Não faz o feitio deles esses ataques..." Balançando a cabeça Alex deixou esse pensamento de lado. Não importava. A missão dele era manter Selênia em segurança, não investigar o motivo dos Lich fazerem o que quer que fosse. "Talvez seja melhor ela não ir à escola amanhã…" Ponderava sobre isso subindo as escadas para o segundo andar junto com todos os outros, após o jantar. Sebastian o seguiu para o quarto. A primeira coisa que Alex tinha notado naquele cômodo quando Selênia o mostrou a ele foi a bicama, um tipo de cama com um colchão extra em uma gaveta na parte de baixo. Como não tem quarto de visitas na casa, aquela foi a forma que Helena encontrou para que seus visitantes ocasionais — parentes e amigos distantes — pudessem dormir lá. A cama da Selênia é do mesmo modelo, embora de uma cor diferente.

Quando Sebastian e Alex estavam trocando de roupa para dormir, Marcos entrou no quarto sem bater na porta. Assustados com a intromissão repentina, se enrolaram tentando vestir-se depressa.

— Relaxem rapazes, sou só eu. Somos todos homens aqui — disse Marcos, fazendo sinal para se acalmarem e sentou na cama, enquanto terminavam de se trocar. Sua expressão era como a de alguém que comeu algo estragado que agora revirava em seu estômago. Assim que os garotos estavam completamente vestidos, Marcos começou a falar.

— Eu tenho uma notícia ruim pra contar... — fez uma pausa passando a mão na nuca incomodado. Antes que pudesse continuar foi interrompido por Alex.

— Eu já sei sobre os dois imunes — Alex ia deixá-lo contar mesmo sabendo do assunto, porém vendo como ele parecia muito perturbado resolveu falar em seu lugar.

— Já?! Que bom então... Explica a situação pro Sebastian pra mim. Não me sinto com cabeça pra fazer isso — falou aliviado se levantando da cama. Ia saindo do quarto quando parou com a mão na porta e se virou. — Ah! Quase esqueci. Roger mandou um recado pra você. Disse pra não se inquietar que ele já tem um plano em andamento e pra ficar atento que ele vai entrar em contato quando estiver tudo pronto — Alex fez um pequeno aceno com a cabeça demonstrando que tinha entendido e Marcos saiu do quarto. Depois que ele se foi, Alex falou dos assassinatos para o Sebastian e mostrou-lhe os relatórios. Quando esse acabou de ler ficaram ambos pensando na morte daqueles garotos, que eram mais novos que eles. Sentados de frente um ao outro no chão de pernas cruzadas, estavam tão absortos em seu pesar, que até mesmo Alex só percebeu o que seus ouvidos captavam tarde demais. Selênia pulou na sacada deles e bateu nas portas duplas. Entreolharam-se. Contavam ou não contavam? Num breve segundo decidiram que ela saberia cedo ou tarde, então era melhor que soubesse logo. Levantando-se com um aviso no olhar para Alex, Sebastian decidiu que quem teria que contar seria o mais velho alí. Este fez cara de quem chupou limão quando percebeu que teria que contar aquilo de novo. Estava começando a entender como Marcos deveria estar se sentindo quando veio ao quarto deles mais cedo. As informações no DCII eram passadas por ordem de hierarquia, o que queria dizer que Marcos devia ter passado um bom tempo repassando a informação aos seus subordinados depois que recebeu a notícia por seu superior.

Entrando no quarto Selênia notou o clima estranho. Olhou de um rapaz a outro avaliando seu comportamento. Pareciam perturbados com algo.

— Acho que cheguei em má hora... — comentou baixo consigo mesma desviando o olhar para o chão do lado oposto aos garotos. — Devo perguntar ou só voltar pro meu quarto? — questionou coçando a nuca incomodada, virando metade do corpo em direção a sacada. Como permaneceram quietos achou que deveria sair, mas assim que deu um passo, sentiu Alex lhe segurar o pulso. Parou, pensando no quanto ele já tinha feito isso até o momento. Tinham sido quantas vezes? Não tinha parado para contar, mas achava que para duas pessoas que se conheciam a tão pouco tempo eram muitas. Só que dessa vez o movimento tinha sido tão suave, e o aperto tão leve, que percebeu que ele a mantinha ali a contra gosto.

— Senta. Tenho umas coisas pra falar com você — não gostou do tom que ele disse aquilo. Ninguém dizia coisas boas com aquele tom sombrio. Teve um mal pressentimento. Seu coração pareceu falhar uma batida e ela engoliu em seco antes de sentar ao lado deles no chão. Permaneceu calada esperando ele revelar seja lá o que fosse, desejando ter ficado em seu quarto. Alex contou brevemente sobre os dois imunes assassinados e mostrou os relatórios a ela também. Selênia ficou sem reação. Não sabia o que dizer ou pensar. Estava em choque. Poderia ter acontecido com ela ao invés daqueles garotos, foi a única coisa que passou pela sua cabeça. Nunca tinha parado para pensar na morte. Como todo jovem, tinha a leve ilusão de que a morte estava longe dela. Com essa notícia podia jurar que sentiu a morte assoprar sua nuca, porque sentiu um arrepio gelado descendo pela espinha a partir dali, ao compreender a gravidade da informação. Engoliu em seco outra vez.

— O que fazemos agora? — perguntou meio aérea.

— Esperamos — respondeu Alex prontamente e recebeu um olhar de estranhamento dos irmãos. Apesar dele ser um cara paciente, não parecia o tipo de pessoa que ficava parado sem fazer nada, como a proposta que acabava de dar. — Você ouviu Marcos mais cedo. O velho tem um plano — disse para Sebastian a guisa de explicação.

— E? — Sebastian perguntou sem entender. Afinal, o que o plano do Roger tinha haver com eles ficarem de pernas pro ar? Alex abriu um sorrisinho de quem sabe algo que outros desconhecem.

— Ao longo dos anos eu aprendi que qualquer plano que eu possa bolar, vai parecer a ideia de uma criança de 5 anos, perto das estratégias do velho. Acredite, ele pensa em todas as possibilidades possíveis. Todas mesmo! Se ele disse pra eu me aquietar é porque fazer qualquer coisa agora pode acabar estragando o plano dele e pôr Selênia em risco — contou brandamente como se estivesse comentando o clima. Minutos depois levantou e saiu do quarto, deixando-os ponderarem sobre o que disse. Supondo que ele estivesse indo ao banheiro, os outros não perguntaram para onde de fato ia.

Alex desceu as escadas e pegou uma garrafa na geladeira. Ficou mais tranquilo quando falou do plano do Roger. Se havia alguém em quem tinha plena confiança, era naquela aranha sabichona. Acabou lembrando que não tinha "jantado" quando a tensão baixou. Seu estômago roncou alto ao abrir a garrafa, o cheiro delicioso invadindo suas narinas com força. Recostou no balcão da cozinha e começou a beber, saboreando. Acabava de encher as boca com mais uma golada quando ouviu alguém descer as escadas. Engoliu um pouco mais rápido e pousou a garrafa no balcão, levemente escondida por seu corpo. Selênia apareceu pouco tempo depois na cozinha. Ficou surpresa de vê-lo ali.

— Pensei que estava no banheiro — disse indo até a geladeira e abrindo-a. Ele não falou nada. Sentiu levemente o cheiro do sangue seco no cotovelo dela quando se aproximou dele e se pegou comparando com o perfume que subia do gargalo às suas costas. Sempre achou estranho como o cheiro do sangue de cada um parecia tão parecido e ao mesmo tempo diferente. Imaginava que deveria ser porque apesar de todo o sangue ser basicamente igual, cada pessoa ou ser vivo carrega uma quantidade diferente de nutrientes e hormônios em seu corpo. Sendo um insolúvel podia dizer claramente se uma amostra de sangue pertencia a um macho ou uma fêmea de qualquer espécie, além de se pertenceu a um ser jovem ou velho, por causa dos hormônios presentes na composição. No caso da garrafa às suas costas, pertenceu a um mamífero herbívoro fêmea que não era nem velho, nem novo quando o sangue foi tirado. Por se tratar de um mamífero fêmea jovem, tinha similaridades com o cheiro do sangue da Selênia. Mas ao contrário do que estava na garrafa Selênia tinha um cheiro mais… Como descrever? Digamos doce e apimentado. O que Alex achou que combinava bem com a personalidade dela, por ser uma garota extrovertida, impulsiva, inocente e afetuosa.

Ela pegou um pote de requeijão que estava sendo usado para guardar brigadeiro de colher caseiro e Alex varreu da mente aqueles pensamentos, voltando sua atenção ao que ela fazia.

— É o meu estoque de emergência, preciso de um pouco de açúcar depois do que me contaram — ela falou mostrando o pote a ele, mas Alex não fazia ideia do que era aquilo. Como não andava com não infectados em seus horários de refeição, e nem falava sobre comida com eles por ser quase um tabu devido a sua alimentação de hematófago, sendo insolúvel, não sabia muita coisa sobre comidas e sobremesas normais. Selênia percebeu por sua expressão que ele não sabia o que era aquilo.

— Brigadeiro. É um tipo de doce — explicou simplesmente, e pegou uma colher em uma gaveta do balcão, sentando sobre o mesmo em seguida. Quando ia enfiando um bocado de brigadeiro na boca notou a garrafa que Alex tinha escondido parcialmente as costas. — Ah, desculpa. Acho que atrapalhei você. Você se incomoda se eu ficar aqui com você, enquanto come? — do modo que ela perguntou tão naturalmente, parecia até que ele estava comendo um pedaço de pizza e não bebendo sangue de uma garrafa.

— Não, se você não ficar incomodada com a minha "comida" — fez aspas no ar.

— Por que me incomodaria? Não é como se tivesse o sangue de alguém que você matou dentro dessa garrafa. Sei de onde vem o sangue que vocês bebem. E acho que seria hipocrisia minha ficar incomodada com isso quando como os mesmos animais de onde esse sangue veio — respondeu tranquilamente e deu uma bocada na colher cheia de brigadeiro. Alex piscou surpreendido outra vez por aquela garota. Nunca conheceu ninguém comum com essa mentalidade aberta sobre a alimentação dos insolúveis. Bem... Se ela não se incomodava, ele também não se incomodaria. Pegou de novo a garrafa. Bebeu calmamente enquanto a observava comendo o doce balançando as pernas no ar. Ela levava uma colherada de brigadeiro à boca e dava um sorrisinho de satisfação murmurando "Hmm...". Alex achou isso tão fofo que não conseguiu evitar sorrir com o contentamento dela. Quando o último restinho do doce desapareceu, Selênia desceu do balcão e colocou o copo e o talher na pia, ainda lambendo os lábios. Alex já tinha tapado a garrafa — agora vazia — e a deixado em um canto junto das outras que tinha tomado anteriormente. Mesmo que Selênia tivesse dito que não se incomodava em vê-lo beber sangue, talvez não se sentisse muito confortável se visse o sangue de fato, caso ele resolvesse lavar a garrafa na presença dela, por isso ele apenas a colocou de lado. Não queria dar motivos para ela se sentir estranha perto dele quando ainda estavam se acostumando à presença constante um do outro.

— Vamos? — perguntou Selênia.

— Damas primeiro — disse divertido, ela revirou os olhos para a pilhéria e foi na frente. Ele a seguiu calado, enfiando as mãos nos bolsos e pensando o quanto estava começando a gostar de conviver com ela. Sentia-se feliz por ela ser a nova parceira dele no final das contas.


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Notas finais do capítulo

E ai? Falem, falem e falem. Quero ouvir tudo! Ou melhor, ler. He he.

Espero que estejam gostando e até o próximo cap. S2



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