Entre Extremos escrita por Bella P


Capítulo 7
Capítulo 6




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As férias de verão estavam sendo um Inferno, isto era o que Dallas sempre dizia nas cartas que enviava à Patrick. 

A amizade deles não tinha razões para dar certo, mas Patrick era doce e tímido, ainda a olhava com admiração cada vez que ela sentava à mesa da Corvinal e não tinha a expulsado de sua convivência só por causa da opinião desagradável de seus companheiros, o que mostrava teimosia e resiliência e força para lutar pelos seus ideais, e ele também era um bálsamo dentro do círculo que Dallas geralmente frequentava. Ir para Hogwarts não mudou muita coisa na vida dela exceto que agora a mesma tinha um toque de magia. Os seus companheiros de casa eram tão intragáveis quanto os herdeiros e herdeiras com os quais conviveu a vida toda. Manter contato com Patrick era uma forma de desintoxicar-se daquele ambiente doentio. E agora tinham os gêmeos.

A presença dos tutores na mansão Winford apenas deu mais gás as palavras e brincadeiras cruéis dos gêmeos, e não havia horas de cavalgada sobre Anúbis pelos longos campos, colinas e florestas que rodeavam a mansão, ou aulas de esgrima que desfizesse a vontade que Dallas tinha de re-arranjar os ossos das faces de Samantha e Nicholas com os punhos. 

“Se você quer socar alguma coisa,” Amélia havia dito quando impediu que Dallas avançasse sobre Nicholas. “eu vou arrumar alguma coisa para você socar” e então a levou para Montgomery e instruiu que o homem a ensinasse boxe. 

Montgomery foi atleta em seus anos áureos, competiu sob o honrado nome da Marinha Real Britânica e era quem fazia mais uso da academia montada para os funcionários, e que ficava aos fundos do grande complexo que era a garagem dos Winford. O local tinha três esteiras para corrida, quatro máquinas de levantar peso, cinco bicicletas, dois sacos de areia pendurados em ganchos grossos que desciam do teto e um ringue de boxe. 

“Antes de começarmos, você precisa construir resistência.” Montgomery havia a instruído e Dallas piscou repetidamente para ele, sem entender, até que foi acordada no dia seguinte antes do nascer do sol pelo chauffeur para correrem pela propriedade. E Patrick, ao invés de ser solidário com a sua dor, ria dela. Não claramente, mas Dallas podia ler a graça que ele estava sentindo nas entrelinhas das cartas dele. 

Agosto não poderia ter chegado em melhor hora e Dallas praticamente vôo da copa para a saída da casa quando Amélia declarou que este ano Montgomery que a acompanharia nas compras do material da escola. O Beco Diagonal ainda a fascinava e Montgomery passou todo o percurso da entrada até o Gringotts sem saber para onde olhar. Após a troca do dinheiro, a primeira parada foi a loja de uniformes. Dallas havia notado que a sua saia estava mais justa no quadril e o robe mais curto, a camisa ainda dava, mas também havia encurtado nas mangas. Uma hora na Madame Malkins resolveu os seus problemas e então foi a vez dos novos livros e cadernos. Montgomery ofegou às suas costas quando entraram na Floreios & Borrões, cheia de alunos atolando os ouvidos dos atendentes com as suas listas de materiais. Uma das vendedoras destacou-se do grupo e aproximou-se de Dallas que automaticamente estendeu à ela a sua lista de materiais. 

— Nome e casa? — a atendente perguntou, já com a pena em punho para rabiscar a resposta no topo da lista.

— Dallas Winford, Sonserina. — ela escreveu a informação oferecida, girou a varinha e o pergaminho enrolou-se e disparou para um cesto atrás do balcão. Com outro girar de varinha ela conjurou um cartão com o número 42 e entregou à Dallas. 

— Aguarde ser chamada. — e desapareceu novamente na multidão que povoava a livraria. 

Dallas afastou-se do tumulto e concentrou a atenção em uma estante que ia do chão ao teto, cheia de volumes dos mais finos aos mais grossos, organizados de maneira que somente os funcionários da loja deveriam compreender a logística daquela arrumação. Podia sentir Montgomery às suas costas como uma sombra fiel, ainda fascinado por aquele mundo e ao mesmo tempo alerta, a guardando. 

— Oi. — a voz tímida fez Dallas olhar para o lado e ver Potter parado a poucos passos dela. Ele aparentava claro nervosismo e o olhar endurecido de Montgomery sobre ele não o ajudava emocionalmente. Dallas rodou os olhos pela loja, porque uma verdade que ela conhecia deste Universo que era onde quer que Potter estivesse, Granger e Weasley estariam atrás. E não deu outra. Granger estava próxima a uma estante do lado oposto de onde Dallas estava e com um casal de adultos perto com o qual ela tinha grande semelhança. Weasley era quase irreconhecível em meio a tantas cabeças ruivas que com certeza eram a famosa prole de Arthur e Molly Weasley. Nenhum dos dois grifinórios havia notado a ausência de Potter do lado deles.

— Potter. — Dallas o cumprimentou sem nenhuma inflexão na voz. Potter era uma contradição: detestava os sonserinos por razões que somente ele sabia, mas sempre arrumava uma desculpa para falar com Dallas.

Harry remexeu-se, incomodado. Havia algo em Dallas que o atraía, despertava uma curiosidade que ele não conseguia saciar. A garota não era um grande enigma, era de família sangue-puro, rica, bem educada, uma herdeira e sonserina, mas, ao mesmo tempo, não agia como os seus colegas de casa e até mesmo a dispensa que lhe deu no Natal passado havia sido feita de forma polida e com um toque de arrogância, mas não teve ofensas proferidas.

— Então, como foi de férias? — Harry sentia-se estúpido, a pergunta era estúpida, mas não é como se ele tivesse muito assunto em comum para iniciar uma conversa com ela. 

Dallas o olhou daquela forma intensa, como se avaliasse até os mínimos detalhes de sua alma. Os seus olhos azuis, sob o reflexo das lamparinas da loja, ganharam um interessante tom de lilás, o que foi a primeira coisa que chamou a atenção de Harry para ela na primeira vez em que se viram no Beco Diagonal. 

— Como foram as suas férias, Potter? — Dallas respondeu a pergunta dele com outra. Não acreditava que discorrer sobre as suas férias para Harry Potter, suas aulas e treinos e as brigas com os gêmeos, fosse interessá-lo. Era claro que Potter pertencia à um mundo completamente diferente do dela, não interessa o que Draco falasse. As roupas ainda eram de segunda mão, as atitudes tímidas e receosas, sinal de que ele não foi tão bajulado pelos tios trouxas, recebeu o tratamento digno de heroi, que muitos achavam que ele recebeu. A aproximação dele de Weasley era outro exemplo. Weasley e ele tinham coisas em comum e ao mesmo tempo diferentes. Quando confrontou Draco no incidente do Lembrol, Dallas reconheceu muito bem o olhar no rosto de Potter enquanto ele ordenava à Draco que devolvesse o objeto mágico, porque era o mesmo olhar de pura determinação e ódio que Dallas já viu em seu reflexo após confrontar um de seus atormentadores na escola. 

Potter não teve uma vida fácil e também não teve alguém que lhe ensinasse e brigar de volta. No mundo trouxa ele não era ninguém importante, no mundo mágico ele era um heroi e era esperado dele atitudes heroicas, como lidar com bullies e defender os mais fracos. 

— Ah… — ele deu um relance para os Weasley, como se eles fossem oferecer alguma resposta para a sua pergunta, e o seu olhar prendeu-se com o caçula da família e melhor amigo que destacou-se da horda de cabelos ruivos e veio na direção deles. 

— Harry, vamos. Hermione já escolheu o livro dela. — Ronald, este era o nome dele, comentou e Dallas olhou por cima do ombro do garoto para Granger que ainda parecia indecisa em frente a estante com tantos volumes. A desculpa era clara e esfarrapada. Weasley não gostava de sonserinos e empurrava as suas opiniões goela abaixo de Potter. Talvez aí estivesse a resposta de Dallas do porquê Potter não gostar da casa e dos seus integrantes, mas ainda sim vir falar com ela. 

Weasley era um sangue-puro, independente da má fama que a sua família tinha, portanto ele conhecia o histórico de cada herdeiro que estava na Sonserina, menos Dallas. Weasley não tinha opinião formada sobre ela porque não sabia de onde ela veio, mas ainda sim preferia manter a distância porque se ela foi parar na Sonserina, boa coisa ela não era, e ao mesmo tempo tentava fazer Potter manter a distância. 

Dallas sorriu largamente para Potter, um sorriso que quem não a conhecia achava ser sincero e meigo. Potter corou sob os aros redondos de seus óculos. 

— As minhas férias foram ótimas, Harry! — ela enfatizou o Harry e o rosto deste ficou ainda mais vermelho. — Obrigada por perguntar!

— Número 42! — a voz ecoou sobre a balbúrdia de clientes. 

— Bem, essa é a minha deixa. — Dallas comentou, ainda em tom agradável e sorridente. — Foi bom te encontrar, Harry. Nos vemos em Hogwarts. — e afastou-se da dupla, com Montgomery em seu encalço. 

 

oOo

 

— O que foi aquilo?! — Dallas foi segurada pelo braço e girada com tanta força que se não fosse a mão de Montgomery em seu ombro, a firmando no lugar, ela teria ido de cara no chão. 

Montgomery a soltou e então quem ele segurava era Draco Malfoy. pelo colarinho de suas vestes. e o puxou com força, o obrigando a soltar Dallas. O homem alto e loiro que acompanhava Draco ergueu a varinha e a apontou bem entre os olhos de Montgomery, cuja reação foi retirar a Sig Sauer do coldre sob a jaqueta de seu uniforme de chauffeur e a apontar de volta para o bruxo. 

Montgomery Briggs não era apenas o motorista da família Winford, ele era o chefe da segurança e guarda-costas pessoal de Amélia e Dallas, e ele levava o seu trabalho bem a sério e isto envolvia responder com hostilidade toques agressivos direcionados a sua protegida. 

— Está tudo bem, Monty. — Dallas disse às costas dele. Montgomery era alto e corpulento e quando ele puxou Dallas e colocou-a às suas costas, escondeu-a por completo com o seu físico. 

Ao redor deles, os bruxos e bruxas que passavam por eles os observava com curiosidade, provavelmente porque a sua maioria nunca vira uma arma de fogo na vida. Dentre a multidão era possível reconhecer os nascidos trouxas devido ao brilho de medo em seus olhos diante da exposição da Sig Sauer, e Granger e Potter eram uns do que tinham os olhos largos diante da presença da arma. 

— Montgomery, está tudo bem. Draco é carecido de tato e tem memória fraca. Lembra-se do que eu disse quando você me tocou da última vez, sem o meu consentimento? — ela perguntou para Draco ao dar um passo para o lado, deixando apenas uma parte de seu corpo exposto. Não era burra para deixar a segurança que o corpo de Monty formava enquanto ele próprio não julgasse a situação segura.

Malfoy sênior claramente sabia o que era uma Sig Sauer e o estrago que esta poderia causar a sua cabeça, porque havia um tique nervoso sob o seu olho esquerdo e o braço erguido com a varinha estava com os músculos tão tesos que o membro tremia levemente. Draco empalideceu diante das palavras de Dallas, porque da última vez que ele a tocou sem o consentimento da garota, correu o risco de perder todos o dentes.  

Malfoy sênior recolheu o braço, ergueu ambas as mãos com as palmas viradas na direção de Montgomery, para mostrar que ele não era mais uma ameaça, e então a varinha retornou para dentro da bengala que ele carregava, voltando a ser o punho desta. Montgomery demorou um segundo antes de imitar os gestos de Malfoy, recolocar a trava de segurança na Sig Sauer e esconder a pistola sob a jaqueta de seu uniforme. A multidão ao redor deles levou alguns segundos a mais antes de continuarem com os seus caminhos e as suas vidas. Granger e Potter já tinham sumido entre as pessoas, provavelmente levados pelos Weasley, e logo ninguém estava mais dando atenção ao quarteto no meio da via principal do Beco.

Montgomery repousou um mão sobre o ombro de Dallas quando viu que o garoto que tinha a abordado não diria mais nada e pôs-se a guiá-la para longe da dupla. 

— Winford! — Dallas ouviu Draco gritar o seu nome e olhou por cima do ombro para o menino que agora estava vermelho de fúria contida. — Isto não vai ficar assim! — ameaçou e Dallas riu com um tom de escárnio. 

— O que você vai fazer? Contar para o seu pai? — o olhar dela foi para o adulto estático ao lado de Draco, para o pai dele que tinha os lábios torcidos de puro desagrado, mas não dizia ou fazia nada. — Depois me conta como foi. — e deixou-se levar por Montgomery para longe dos Malfoy. 

 

oOo

 

— Cara, o que foi exatamente aquilo que aconteceu? — Ron perguntou antes de dar uma colherada em seu ensopado. Ao término das compras, Potter, Weasleys e Grangers reuniram-se no Caldeirão Furado para um jantar entre amigos. Arthur atolava os pais de Hermione com perguntas sobre o mundo trouxa, enquanto os gêmeos faziam piadas à mesa em que estava, arrancando gargalhadas de Ginny. Molly percorria as duas mesas que as famílias ocupavam, para verificar se todos estavam acomodados e sendo bem servidos, como se ela fosse a responsável pelo conforto deles ao invés dos donos do Caldeirão Furado. Meia hora atrás Dallas tinha atravessado o bar, com sacolas e Montgomery às suas costas, e nem ao menos dado um relance para o grupo quando saiu. 

— Qual é o nome dela mesmo? — Hermione perguntou diretamente para Harry, visto que o amigo era quem tinha mais contato com a sonserina. 

— Dallas Winford. — ele respondeu e Ron parou de comer porque Hermione adquiriu a expressão que eles conheciam bem, a expressão de que ela tinha descoberto algo importante e estava prestes a elucidá-los do assunto. 

— Eu sabia que o rosto dela era familiar, mas não quis acreditar porque as implicações que isto traz são absurdas demais para serem levadas em consideração.

— Mione, você não está fazendo sentido algum. — Harry a interrompeu. 

— A família Winford é a quarta maior fortuna da Europa, construíram o império deles pelo ramo imobiliário, mais da metade de Londres lhes pertence, eles tiveram antepassados com título de nobreza e um ou outro parente no Parlamento. — Hermione explicou.

— Ela é uma sonserina rica e esnobe, então, qual é a novidade nisto? — Ron disse com um dar de ombros e voltou ao seu ensopado. Hermione rolou os olhos diante da incapacidade do amigo de pensar na presença de comida. 

— Dallas Winford é o escândalo da família. — nisto Hermione abaixou o tom de voz e inclinou-se sobre a mesa, obrigando os meninos a fazerem o mesmo para ouvi-la. — Ela é filha bastarda, nasceu de uma relação que o seu pai teve fora do casamento e foi assumida como uma Winford para a surpresa da elite britânica. Até mesmo a rainha ficou chocada com esta decisão de Amélia Winford. 

— E o que isto tem a ver com as tais implicações das quais você falou? — Harry perguntou quando Hermione recuou, voltando a posição original, e Ron e ele a imitaram.

— Eu pensei que ela fosse uma nascida trouxa que entrou na Sonserina. — os olhos de Ron ficaram largos diante deste prospecto. Ter um motivo para caçoar dos sonserinos era a sua razão de viver, e uma nascida trouxa em meio a orgulhosos sangue-puros era a melhor fonte de zuação existente. — Mas como ninguém sabe quem é a mãe dela, talvez ela só seja um mestiça. 

— Uma mestiça criada por trouxas, então é o mesmo que ser uma nascida-trouxa. Aposto que ela nem sabia que era uma bruxa até receber a carta de Hogwarts. — Ron disse com deleite. As conclusões de Hermione não lhe tirariam o prazer em saber que os sonserinos agora tinham entre os seus justamente o que mais detestavam. 

— Isto explica o segurança. Se ela é uma herdeira tão importante, óbvio que anda com segurança. — Harry comentou. 

— Segurança? — Ron perguntou, sem entender. 

— São uma espécie de guarda, mas a função deles é proteger pessoas. — Hermione esclareceu. 

— E como vocês sabem que aquele cara é um segurança? — Ron olhou de Harry para Hermione, que foi quem lhe respondeu. 

— Pela arma que ele apontou para Lucius Malfoy, pela velocidade com que ele reagiu a ameaça de Lucius e sacou a arma. — Ron ainda continuava confuso e o seu rosto mostrava isto. Hermione rolou os olhos, tinha ciência de que a comunidade mágica isolou-se completamente da trouxa, mas a ponto de desconhecer totalmente o que tinha ou não na sociedade não-mágica? Isto era vergonhoso. — Ron, se aquele homem tivesse atirado, Lucius estaria morto. A arma que ele tinha nas mãos só tem esta função, ferir ou matar e na direção que ele estava mirando, bem entre os olhos de Lucius, um tiro daquela distância seria fatal. 

— E só por causa disto você deduziu que ele fosse um segurança? — Ron continuava intrigado. Com arma ou sem arma o homem não parecia um segurança, isto se a descrição de Harry e Hermione estivesse certa. Na cabeça dele, ele imaginava segurança como uma versão trouxa dos aurores e não dava para reconhecer tão facilmente assim aurores a não ser que eles apresentassem os distintivos. 

— Também pela forma com que ele puxou Dallas para as costas dele na intenção de protegê-la, ao mesmo tempo em que sacou a arma. Essas reações rápidas são de alguém altamente treinado para a função. — Hermione esclareceu. 

— Agora a pergunta que não quer calar é: o que deu no Malfoy para ele segurar Winford daquela maneira? — Ron soltou a pergunta no ar e Hermione lançou um longo olhar para Harry. — O que foi? 

— Malfoy estava observando toda a conversa de Dallas com Harry e não parecia nem um pouco feliz. — ela explicou e Harry corou. — Harry? 

— O quê? — ele respondeu em um tom defensivo. 

— Aconteceu alguma coisa entre Dallas e você pro Malfoy ficar contrariado? — Harry franziu as sobrancelhas diante da pergunta da amiga e tentou puxar pela memória alguma coisa, mas nada veio à sua mente. 

— Não. 

— Talvez Malfoy não goste dessa sua obsessão pela Winford. — Ron comentou com escárnio. 

— Eu não estou obcecado, Ron. — Harry soltou com exasperação e um rolar de olhos. — Trocar meia dúzia de palavras com ela não é obsessão, é ser simpático.

— Amigo, que razão você tem para ser simpático com ela? Ela é da Sonserina, eles não são simpáticos, e muito menos confiáveis. 

Ron tinha razão, Harry não tinha motivos para ser simpático com Dallas. A convivência entre eles era mínima, eram de casas rivais e o contato mais intenso que tiveram foi um troca de olhares há um ano no Beco Diagonal. E, ainda sim, o seu olhar sempre desviava para a mesa da Corvinal ou Sonserina a procura da garota. Durante as férias considerou tolamente em escrever para ela, mas não sabia o seu endereço e as chances eram de que se soubesse, seria mais uma carta a ser interceptada por Dobby.  E hoje, quando a viu na Floreios & Borrões, precisou ir falar com ela, nem que fosse para dizer um estúpido “oi”.

No final das contas, Ron estava certo, ele não tinha razão para ser simpático com Dallas mas, ainda sim, não conseguia evitar.

 


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