Hatstall escrita por Snowfall


Capítulo 1
A decisão do Chapéu.


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta com uma nova fic.Espero que gostem.



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“Eu posso ver por mim mesmo quem é a pessoa errada.”

Uma raiva indignada borbulhava no peito de Draco. Potter se arrependeria pagaria pelo insulto. Mais cedo ou mais tarde.

Crabbe e Goyle discutiam as suas costas enquanto andavam pela escadaria do castelo, cada um defendendo uma forma diferente de seleção das Casas.

— Dizem que tiram uma gota de sangue e examinam. Decidem a Casa que você vai pela pureza de seu sangue – contou Goyle, talvez um pouco apreensivo.

— O que foi? – perguntou Draco, se divertindo – preocupado que o seu sangue seja diluído demais e você vá parar na Lufa-Lufa?

Sabia muito bem que a seleção era feita por um chapéu. Uma ideia ridícula em sua opinião. Mas o que se podia esperar? Foi o fundador da Grifinória que havia criado o chapéu, o pai lhe informara.

Pancy riu da cara cada vez mais enjoada de Goyle.                 

— São poucos aqueles que tem certeza suficiente da sua ancestralidade para não se preocupar em ser testado – falou, lançando um sorriso a Draco.

Os quatro estavam em um canto de uma sala esperando que a professora voltasse e os levassem para o salão.

Potter estava em um canto, e disputava com Goyle em nível de palidez. Junto dele estava Wesley.

Pelo que sabia daquela família, era uma vergonha que se chamassem de bruxos. O pai sempre dissera que os Wesley era o exemplo vivo do que havia de ruim na sociedade mágica.

Um bando de traidores do sangue, todos eles.

Perto eles estava Longbotton, que não era nem um pouco melhor. Ao lado dele estava a garota que encontrou no compartimento de Potter. Não dava para ver muito a cara dela, tão tampada pelo cabelo como estava.

Mas se ele não a conhecia, não devia ser de importância. O pai fizera questão que Draco conhecesse todos que podiam ser boas relações em Hogwarts.

Olhou para o menino que se apoiava displicentemente na parede a uns poucos metros.

Zabini. A mãe era famosa.

Crabbe e Goyle, ele já conhecia antes da escola. Mas mal podia esperar para ir até as Masmorras e conhecer mais bruxos de sua idade com que pudesse se relacionar.

Não havia muitos Sangues-Puros por aí.

Uma desgraça – queixava-se o pai – O Mundo da Magia está se dissolvendo em um mar de mestiços e sangues-ruins.

Era bom que não permitissem aquele tipo de gente na Sonserina. Já era ruim o suficiente que tivesse que dividir a escola com a escória, imagina dividir um dormitório.

Os fantasmas invadiram o lugar e tomaram toda a atenção. Não sabia porquê. Não havia nada demais para ver. Literalmente.

Um Malfoy por certo não se impressiona com esse tipo de bobagem.

Quando a professora retornou, mandou que fizessem uma fila e a acompanhassem.

Draco pensou que estivesse preparado para o que iria encontrar. Afinal, inundara os pais com perguntas sobre Hogwarts e sabia como Grande Salão era. Mas não pode deixar de esticar o pescoço para cima como todos os outros para observar o teto encantado.

— Não são estrelas de verdade – explicou a garota de cabelo de vassoura – É só um feitiço para se parecer com o céu lá fora. Li isso em Hogwarts Uma história.

A sua frente havia um banquinho e em cima dele o tal chapéu.

Draco esperava coisa melhor. Será que não havia feitiços que remendassem os buracos. Nunca havia posto nada tão imundo na sua cabeça.

Esperava que a escolha não se demorasse.

— Quando disser seus nomes, dêem um passo a frente. Porei o chapéu em suas cabeças e serão selecionados para suas casas.

Lançou um olhar a mesa da Sonserina. Todos ali sabiam quem ele era. Quem era seu pai. Não teria problema nenhum na Sonserina.

Os Malfoy pertenciam aquela casa a centenas de anos. Era quase como se o lugar já fosse seu.

— Lá você alcançará todo seu potencial — veio a voz do pai em sua cabeça.

Um a um os alunos do primeiro ano foram sendo selecionados.

Abbot e Bones foram para a Lufa-Lufa e saíram sorridentes como se tivessem feito grande coisa.

Um tal de Finningan foi para a Grifinória, assim como a garota de cabelo de vassoura. Herminia Grengir ou algo parecido.

Longbotton demorou. Draco tinha certeza que iria para a Lufa-Lufa, mas não. Grifinória, dissera o chapéu.

Draco começava a duvidar da sanidade daquele apanhador de poeira. Longbotton estivera quase aos prantos por causa de um sapo. Que faria ele na Grifinória?

— Draco Malfoy – chamou a professora.

Andou para o banco já pensando em que lugar sentaria na mesa da Sonserina. Um ponto entre Crabb e Goyle. Mas que ainda deixasse espaço para Zabini, se ele fosse para a Sonserina também.

Era bom ter um amigo de sobra caso Crabb e Goyle adoecessem ou coisa assim.

— Pensando em fazer amigos, hein?— perguntou uma voz na sua cabeça.

O sobressalto que sentiu quase o fez cair do banco.

— Hogwarts sempre foi um bom lugar para as amizades florescerem. As inimizades também. – comentou o chapéu — É isso o que busca garoto?

 - O quê? – não fazia ideia de onde o trapo velho queria chegar.

Trapo velho— riu-se a voz na sua cabeça – Diga, Sr Malfoy, veio para Howarts a procura de amigos?

Draco lembrou-se do dia que fora convidado para o aniversário de um garoto, filho de um colega do pai no Ministério. Não conhecia o menino, mas queria ir mesmo assim. Por certo jogariam quadribol e queria mostrar sua nova vassoura.

Já havia convencido a mãe a leva-lo no Beco Diagonal para comprar um presente quando o pai chegou em casa. Quando leu o convite seu rosto se contorceu.

— Você não vai – dissera – esse Sangue-Ruim não sabe o seu lugar. Como se fossemos nos misturar com essa gente.

Os amigos que tinha, e que o pai aprovava, não formavam nem um time de quadribol. Olhou de novo para a mesa da Sonserina.

Não vai encontrar amigos ali, menino— retrucou o chapéu – Aliados talvez. Companhias convenientes, com certeza. Mas a amizade que procura está em outro lugar.

— Sou da Sonserina – afirmou Draco firmemente.

Verdade. Mas poderia ser muito mais. Está tudo aqui na sua cabeça.

Draco começava a perceber que seu sorteio demorava mais que Longbotton.

Não, não. Sonserina não servirá para você. Vejo coragem e lealdade quase sufocados por anos de má educação. Há um lugar em que você pode se tornar o melhor que pode ser.

Começava a ver onde essa conversa estava se dirigindo e não gostava nada.

— Você não ousaria....

Medo não era palavra suficiente para descrever o que Draco sentia.

Desculpe, menino. Mais é melhor que seja GRIFINÓRIA! 


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