Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeee
Voltei!!!
Bem, esse cap é sobre o tão esperado baile da Sra. Longbottom (Primeira Parte)!
Kiss, Anna



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“Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas, do qual ninguém faz realmente ideia”. (A garota das laranjas, p. 110)-Jostein Gaarder

—Você está linda, Lily! –Disse Marlene sorrindo satisfeita. A Sra. Evans aceitou o conselho de Marlene e trocou o vestido vermelho de baile por um novo azul claro. Não que o vestido vermelho fosse feio, mas era exagerado e impróprio para uma debutante como Lily, mesmo que ela tendo vinte e dois anos, vestidos tão ornamentados seriam próprios apenas para senhoras e em outra cor.

O vestido novo caiu como uma luva em Lily. O corpete em veludo era preenchido por pérolas na linha do decote e nas mangas caídas nos ombros, a saia era de um tecido azul claro brilhante e ondulava de acordo com os movimentos que Lily fazia, capitando toda a luz ambiente. Para completar o visual perfeito as luvas brancas iam até os cotovelos de Lily, os brincos eram constituídos por uma pérola rodeada de pequenas safiras e no pescoço um colar com um diamante médio. Somente com o vestido e os acessórios Lily já estava encantadora, mas seu rosto e seu cabelo não ficavam para trás. Marlene havia feito cachos perfeitos nos fios ruivos e prendido em um penteado elaborado, deixando que os cachos caíssem até os ombros de Lily graciosamente. Os olhos verdes foram cuidadosamente delineados e nos lábios um batom alaranjado foi levemente passado. Marlene optou por não passar ruge em Lily, afinal suas bochechas eram naturalmente rosadas. Ah, Lily estava maravilhosa!

—Obrigada. Obrigada mesmo, Lene! –Os olhos de Lily brilhavam de empolgação. –Eu nunca fiquei tão linda! Eu...eu...obrigada! Eu te amo!

Lily deu um abraço apertado em Marlene e ela retribui prontamente. Na semana que havia se passado, as duas realmente se tornaram amigas e confidentes, e por influência de Marlene, Lily havia melhorado um pouco seus modos. A Sra. Evans odiava cada vez mais Marlene, a tratando com desdém e presunção, mas ela não podia negar o ótimo trabalho da garota.

—Lily não abrace sua dama de companhia, isso é impróprio. –Disse a Sra. Evans entrando na sala ainda de robe. Pelo visto sua camareira não é tão eficiente quanto Marlene. –Ela deve ter te ensinado isso, não?

Marlene queria revidar a humilhação, mas mordeu a língua e se obrigou a ficar calada, afinal ela precisa do salário. Além disso, Marlene havia aprendido com a madrasta que bruxas como aquela gostavam de ser confrontadas e de se mostrar superior, então era melhor não dar esse prazer a elas.

—Enfim, vá se trocar garota e não se atrase. –Disse a Sra. Evans em tom superior. –Assim que eu terminar, vamos sair, você estando pronta ou não.

—Mãe, você não pode... –Começou Lily, mas parou assim que viu o olhar de Marlene. Não vale a pena.

—Sim, senhora. –Disse Marlene entre dentes. –Com qual vestido devo ir?

Segundo o costume, as acompanhantes devem utilizar vestidos disponibilizados pela família da senhorita.

—O vermelho que Lily usaria.

Marlene ficou perplexa. A mulher queria humilhá-la, obrigando-a a usar um vestido impróprio a sua posição social (acompanhantes devem usar vestidos simples), a sua idade (Marlene tinha 22 anos) e ao evento (pouquíssimas damas teriam coragem de ir a um evento grandioso com essa com aquele vestido).

—Mas, a senhora não pode... –Marlene se interrompeu quando viu a diversão no olhar da mulher. –Acha mesmo que isso vai humilhar somente a mim? Vai desmoralizar Lily, pelo amor de Deus!

—Querida, –Começou a Sra. Evans em tom ácido e venenoso. –Quando Lily for encontrada com o duque de Secorfly a sociedade procurará alguém para culpar pela irresponsabilidade e você não achou que eu fosse levar a culpa, achou?

Marlene está boquiaberta com a astúcia e maldade da mulher. Desde o início ela pretendia jogar Marlene no meio da fogueira não se importando com os danos que causaria na vida dela. Vaca.

—Mãe! Isso é errado! A senhora não po... –Lily partiu em defesa de Marlene.

—Quieta Lily! –Ralhou a Sra. Evans

—NÃO! –Elas se assustaram com o grito de Lily, afinal ela nunca levantava a voz. –Não vou ficar quieta! Marlene é ótima comigo e eu não permit...

—Quieta, Lilian Marie Evans. –O Sr. Evans entrou na sala e falou em tom calmo e baixo. –A Srta. McKinnon vai obedecer a minha esposa agora ou pode ir embora. E quanto a você vai aprender a respeitar a sua mãe.

Antes que Lily pudesse protestar mais e piorar a situação, Marlene falou:

—Tudo bem Lily. Com licença, vou me trocar.

Marlene e outra empregada que foi ajudá-la tentaram tornar aquele vestido próprio. Tiraram algumas camadas da saia e o deixaram menos rodado e colocaram uma renda dourada na saia para ocultar o vermelho vivo. Como o vestido era tomara que caia, Marlene colocou um xale branco e luvas brancas de pulso. Para finalizar, pediu a empregada para ajuda-la a fazer uma trança complexa e deixou a franja lateral solta, delineou levemente os olhos e passou um batom claro. Olhou no espelho e se achou estranha. Errada.

Dorcas se remexia dentro da carruagem, ela estava ansiosa para a noite e isso era visível em seu rosto. Ela esperou pacientemente junto de sua mãe e seu pai até eles serem anunciados.

—O marquês e a marquesa de Salluf e sua filha: a Srta. Meadowes!

James e Sirius chegaram juntos ao baile. Devido a sua posição social, é de se esperar que cada um deles chegue em sua própria carruagem, mas por Deus, eles são homens poderosos, podem fazer o que quiserem a hora que quiserem! E para dois libertinos inescrupulosos chegar em uma mesma carruagem em um baile é o de menos!

Remus chegou ao baile e olhou ao redor absorvendo tudo rapidamente. James e Sirius estavam perto da mesa de bebidas, havia uma jovem encantadoramente escandalosa entre as acompanhantes vestida de vermelho e a Srta. Meadowes estava conversando com uma jovem ruiva muito elegante. Por que o repentino interesse na Srta. Meadowes? Simples, das candidatas que Remus havia selecionado ela era a que mais lhe agradava.

Educada, de boa família e bonita. Meadowes era perfeita. Nessa noite ela usava um vestido roxo claro muito elegante e seus cabelos loiros estavam presos em um coque com alguns fios metodicamente soltos. Remus não conseguia ver seus olhos azuis, mas garantia que eles estavam calmos e límpidos, sem expressar o desespero da jovem.

Como em todos os bailes da Sra. Longbottom o salão estava decorado de vermelho e dourado, uma orquestra se preparava para tocar, a mesa de bebidas tinha aproximadamente quatro metros de extensão e a mesa de quitutes no mínimo o dobro disso. Nos cantos do salão haviam algumas cadeiras e bancos dispostos para as jovens que não são chamadas para dançar se sentarem e palmeiras para onde jovens libertinos levavam moças inocentes. O jardim era uma mistura magnífica de flores iluminadas por velas colocadas em árvores. Tudo estava tão lindo que parecia um conto de fadas!

—Srta. Evans, venha. –Disse Marlene baixo. Elas haviam combinado que na presença de desconhecidos se tratariam com formalidade. –Sua mãe quer lhe apresentar ao duque de Secorfly.

Lily, que estava conversando com uma garota adorável que acabara de conhecer chamada Dorcas, se virou e seguiu Marlene até onde a mãe estava, do lado de três rapazes. Ela tinha que admitir que eles eram de tirar o fôlego. O mais alto tinha cabelos ondulados e feições angulosas, que combinavam perfeitamente com os olhos negros, a barba elegante e o corpo esguio e musculoso. O segundo usava óculos quadrados e era de se esperar que isso o deixasse feio, mas somente o deixava mais atraente. Com seus cabelos castanhos penteados e um pouco desorganizado, os olhos azuis límpidos e a musculatura definida presa perfeitamente em um terno elegante, ele era facilmente um dos homens mais bonitos do salão. O terceiro tinha cabelos loiros, olhos âmbar e a mesma forma física impressionante dos amigos, porém era diferente, exalava uma aura de inteligência e autoconfiança que o deixava muito atraente.

—Queridos, –Começou sua mãe nem percebendo o quanto era inadequado chamar a três cavalheiros que acabara de conhecer de queridos. —Essa é a minha filha, a Srta. Lily Evans.

Lily fez desajeitadamente a reverência que Marlene a ensinara e avaliou o olhar dos homens. O loiro a olhava sem nenhum interesse e apenas balançou a cabeça em resposta. O de óculos mantinha o olhar atento nela e a avaliava. O mais alto olhava para Marlene como se a comesse com os olhos.

—Quem é essa dama ao lado da Srta. Evans? –Perguntou o mais alto enquanto beijava a mão de Lily.

—Ah. –Sua mãe realmente parecia chateado com a atenção dirigida a Marlene. –Somente a acompanhante da minha filha.

O homem olhou com uma sobrancelha arqueada para sua mãe e avançou até pegar a mão de Marlene e levá-la a boca, demorando-se mais do que deveria.

—Senhorita,­ essa senhora parece não saber realizar apresentações da forma correta. –Sirius disse e olhou na direção da Sra. Evans, quando ela abriu a boca para falar algo, ele continuou: –Além disso, parece não saber que ninguém desobedece a um duque. Então por favor, conduza devidamente as apresentações.

—Claro, milorde. –Marlene mordeu a língua para não sucumbir a uma crise de risos naquele instante. –Milordes, essa é a Srta. Lily Evans de Londres e sua mãe, a Sra. Evans. –Então se dirigiu a Lily e sua mãe. –Miladys, esse é a Sua Graça, o duque de Secorfly.  Lorde Potter, conde de Rynnor. E o Sr. Lupin, um dos homens mais poderosos da Inglaterra. Milordes, eu sou a acompanhante da Srta. Evans, Srta. Marlene McKinnon de Sussex.

A partir desse momento, os acontecimentos da noite passaram como um vulto. A Sra. Evans prendeu os rapazes até a música começar, obrigando assim um deles a chamar Lily para dançar. O Sr. Lupin simplesmente pediu licença e foi até a Srta. Meadowes e lhe chamou para dançar, o que foi um alívio para Sra. Evans que não queria um homem sem título interessado em sua filha. Marlene e ela se dirigiram a área destinada às acompanhantes, viúvas e mulheres casadas. Lorde Potter convidou a Srta. Vance, que havia se juntado a conversa recentemente, para dançar. E sobraram Lily e Sirius.

—Sirius não precisa me chamar para dançar se não quiser. –Disse Lily prontamente. –Percebi que não demonstrou nenhum interesse em mim, somente em Marlene.

—Não se deve tratar um cavalheiro que não pertence à família pelo primeiro nome docinho. –Disse Sirius sorrindo maliciosamente. –Mas também não sou dado a formalidades. Realmente me interessei por Marlene, mas não vejo nenhum mal em nos divertirmos juntos.

Ele ofereceu a mão a Lily e ela aceitou sorrindo, mas um bolo se formava em sua garganta. Ali, junto com o duque que todas as jovens solteiras queriam, não era o lugar dela. Seu lugar era perto de uma lareira, lendo confortavelmente um livro.


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Notas finais do capítulo

E aí? Já odeiam a Sra Evans?
Essa fic já tem mais um cap pronto e dependendo do número de comentários (meu incentivo básico rs) eu posto essa semana.
Enfim kiss, Anna



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