A porta da autocaravana bateu quando ele entrou. Dave não queria fazer barulho, para não despertar os outros, mas não o conseguiu evitar. O raio da porta escapou-se dos dedos e fechou-se com um estrondo que pareceu mais alto por causa do silêncio da noite.

— Tudo bem, Phoenix?

— Acordei-te, Mike? – perguntou, preocupado.

— Eh… não, não me acordaste – justificou-se o japonês. – Estava acordado. Estou à espera… dele.

Ouviu alguém ressonar. Não tinha incomodado ninguém, afinal. O Mike não contava.

— O Chester ainda não voltou? – perguntou, descalçando-se.

— Não.

— Deve estar numa dessas festas… Nem imaginas a loucura que vai no outro extremo do parque de estacionamento. Num dos autocarros há música alta, gajas e… e os típicos exageros.

— Álcool e drogas. Também estiveste na festa? Viste o Chaz?

— Não, estive no bar à conversa com um tipo da outra banda. Ele também gosta de golfe. E nunca mais vi o Chaz.

— Golfe.

— Estou a falar do desporto, Mike. Não é nenhum código. Ei, vai deitar-te. O Bennington sabe cuidar de si.

— Qualquer dia vais ensinar-me…

— Como não nos preocuparmos com o Bennington?

— Não! A jogar golfe.

— Combinado, Shinoda.