Planos em Ação escrita por Denise Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Espero que gostem da história e se animem para postar comentários.
Esperarei ansiosa por eles. ❤❤

Boa leitura!



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Depois de mais um longo e exaustivo dia de investigação no 12º Distrito Policial, ajudando a Detetive Kate Beckett no novo caso de homicídio, Richard Castle retorna ao seu loft exatamente às dezenove horas, horário em que marcara com sua mãe.

Assim que abre a porta do seu apartamento logo estranha a iluminação cênica do ambiente. Sim, somente as luzes de LED estavam acesas.

Antes mesmo de pensar em fechar a porta ele dá de cara com uma loira belíssima, porém desconhecida, que além de esboçar um lindo sorriso, trajava um vestido negro cujo decote descia profundo pelo vale dos seios e, como se fosse a coisa mais normal do mundo, segurava uma taça de vinho tinto enquanto estava confortavelmente recostada no sofá de sua sala.

Não se lembrava de tê-la visto antes.

Não acreditava no que via.

Em que pese tê-la achado linda, Castle fica meio que paralisado, quase que assustado, com a presença daquela estranha dentro de sua casa.

Ele olha de um lado para o outro do ambiente a procura de duas outras mulheres... sua mãe ou sua filha, mas não as encontra.

No entanto, o choque maior acontece quanto vislumbra uma encantadora mesa de jantar romântico propositalmente preparado para duas pessoas, lindamente ornamentada com pequenos arranjos de flores e algumas velas perfumadas, e neste momento o aroma de uma apetitosa refeição chega até suas narinas. Suas papilas gustativas atiçaram sua fome.

Em outros tempos, ele pouco se importaria em saber o nome da moça, muito menos procuraria saber como ela entrara no seu apartamento. Em outros tempos ele fora adepto ao antigo e repulsivo ditado machista: “Caiu na rede, é peixe” e, com certeza partiria para o ataque no sentido literal da palavra... Certamente teria uma noite de luxúria com aquela linda mulher... O que ocorresse na sequencia seria lucro excitante e prazeroso, já que, no passado, não se importava com sentimentos nobres. Sim, ele faria uma boa refeição com direito a sobremesa em todos os níveis e, claro, muito sexo. Não necessariamente nessa ordem...

Só que naquele momento de sua vida, seu coração estava ocupado com o amor verdadeiro que sentia pela Detetive Beckett, a quem conhecia há três anos, mas que, infelizmente, não era correspondido.

O que noventa e nove por cento do mundo não sabia é que Richard Castle nutria esse amor platônico e a cada dia, investia naquele sentimento e, a todo custo, tentava reverter a imagem preconcebida que Kate tinha dele, cujas informações, lamentavelmente, ele mesmo se encarregara de fornecer por meio da vida desregrada que levara, gerando, assim, motivos para centenas de reportagens sensacionalistas acerca da vida amorosa dele, todas com riqueza de fotos e detalhes nas revistas de fofoca, onde se lia que a cada dia o famoso escritor de mistérios se envolvia com lindas atrizes, modelos, jornalistas e fãs. Como se isso já não bastasse, ele próprio afrontara Kate com algumas destas mulheres, dentre elas a linda e doce Kyra Blaine, seu amor da juventude, a bela Sophia Turner, Agente da CIA e que quase os matara durante uma investigação policial, a extrovertida e sorridente Comissária de Bordo, Jacinda, a sensual Investigadora e ex-ladra, Serena Kaye, dentre tantas outras que desfilara na frente de Beckett, o que inclui a sua Editora, Gina, que, para sua infelicidade, fora sua segunda esposa, com quem namorara mesmo depois do divórcio.

Interrompendo seu devaneio, Castle se encontrava paralisado, segurando a chave de casa e com a mão na maçaneta da porta que ainda se encontrava aberta, fica com cara de paisagem e a testa franzida.

Lança um olhar nada receptivo para a linda estranha, como quem indaga o que ela fazia ali.

Neste momento, percebendo que não era bem-vinda, a beldade faz um trejeito sensual no rosto, que, aos olhos do Castle parecia uma careta.

Mas ela pretendia reverter a situação.

— Olá, Bonitão! – A moça confere o seu relógio de pulso e se faz de desentendida – Gostei da sua pontualidade! – Ela ergueu-se do sofá e deu alguns passos na direção do Escritor.

Castle ergueu o braço, sinalizando que ela deveria parar de caminhar.

Parada, ela o encarou com olhar de dúvida, demonstrando não entender o que acontecia.

— Quem é você e como entrou aqui? – Mesmo sem intenção de ser grosseiro, Castle não foi nada simpático e isso assustou a moça.

— Ah!... – Como não esperava aquela indagação da parte do dono da casa, ela ficou sem graça, arregalou os olhos e abriu a boca para tentar se justificar, mas gaguejou – Eu... Foi a Martha...

— Claro! – Castle fez um bico, demonstrando estar chateado ao ligar os pontos e facilmente deduzir que toda aquela cena foi planejada por sua mãe e essa não era a primeira vez que ela convidava uma de suas alunas de teatro para tentar seduzi-lo e ganhar o coração do seu filho único que sofria pelo amor não correspondido da Beckett.

— Eu... Eu... – A moça ainda estava sem graça e isso fez o Castle se redimir, já que estas moças, apesar de não serem santas, estavam ali por iniciativa de sua mãe, Martha Rodgers, a famosa atriz de teatro, cinema e televisão que agora, usava sua vasta experiência de atriz para exercer a atividade de professora de Teatro.

Percebendo o quanto fora grosseiro, Castle procurou consertar seus maus modos e, realmente constrangido, se dirige à visitante que, aparentemente, era um tanto quanto ingênua e atrapalhada. Se sua mãe visse tais cenas, a reprovaria no curso, pois estava nítido que era uma péssima atriz.

Tentando não sorrir deste último pensamento, Castle se dirigiu à moça – Ah, peço desculpas... Detesto pessoas grosseiras e esse, tenha certeza, não é o meu perfil. Eu tive um dia atribulado. Ah, tá... Sei que isso não é motivo para ter te tratado com indelicadeza, mas é que eu não esperava encontrar você... Aliás... Creio que não nos conhecemos.

Ao ouvir o pedido de desculpas do dono da casa, a moça deu um longo suspiro e logo exibiu um belo sorriso, como se tivesse recobrando o ânimo e isso preocupou o Castle, já que não queria, de forma alguma, dar uma falsa esperança.

Castle continuou tentando consertar a situação embaraçosa criada por sua mãe – Quero que saiba que muito embora seja uma surpresa para mim te encontrar na minha casa, percebo que você está aqui para jantar... – ele olhou na direção da mesa arrumada e fez um gesto indicativo para o cenário criado por sua mãe – Isto está óbvio. – ele torceu a boca ao constatar tal fato.

— Ah, sim... – a moça era mesmo muito ingênua – Martha disse que seria uma surpresa para você, mas que...

— Justamente, senhorita... – ele procurou saber o nome dela.

— Smith. Natasha Smith.

— Pois é, Srta. Natasha Smith. Realmente, minha mãe me fez uma grande surpresa... Oh, e que surpresa! – ele fez um trejeito divertido no rosto – Mas o que a mamãe não sabia é que eu já tenho um compromisso inadiável para esta noite... Portanto, sinto muito, mas eu e você não poderemos jantar juntos e...

— Mas o jantar já está pronto! – a moça tentou fazer o Castle mudar de ideia – Sinta o cheirinho... Sua mãe contratou um Cheff que fez tudo e saiu alguns segundo antes de você chegar e...

— Não se preocupe com esses detalhes, Srta. Smith. – ele procurou tranquiliza-la – Depois eu converso com minha mãe e tudo ficará resolvido. Mas te peço desculpas porque agora necessito ficar sozinho. Preciso me arrumar para o tal compromisso que eu te falei.

— Mas...

Interrompendo-a mais uma vez, Castle permanece com a porta aberta e dá espaço para a moça passar, deixando claro que ela deveria deixar o loft. – Fico grato pela sua presença e quem sabe, poderemos jantar um outro dia...

— Que ótimo! Vou adorar!

Castle continuava à porta esperando a moça sair.

Percebendo o olhar impaciente do dono da casa, a moça, finalmente, compreendeu que não tinha mesmo mais nenhuma chance de permanecer ali no loft e se encaminhou até a saída e, obtusa, tenta passar seus contatos para o Castle – Então vou te passar o meu telefone... – ela começa a ficar toda animada com o possível encontro com o Castle, mas ele logo a interrompe e dá uma desculpa.

— Não precisa... Depois eu pego o seu telefone com a minha mãe.

Acreditando piamente no que Castle prometera, ela dá um sorriso largo – Ah, vou esperar.

Castle não faz nenhum comentário.

— Então, até breve, Sr. Castle.

A porta é fechada e o sorriso que ele deu foi inevitável.

— Ela também deve acreditar em Papai Noel e no Coelhinho da páscoa... – Castle comenta para si mesmo e dá um sorriso torto, achando aquela situação muito bizarra.

Assim que a jovem saiu, Castle trancou a porta do loft e se encostou nela, como se tivesse se livrado de um fardo pesado.

Ele deu um longo suspiro e fez um bico grande, demonstrando que teria que ter uma importante conversa com sua mãe. Uma conversa longa e definitiva.


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Notas finais do capítulo

❤❤



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