Sua mochila rosa choque estava em cima do beliche, cheia e com as costuras prestes a arrebentar: exatamente como no dia em que chegou no Acampamento Júpiter. Maleta prateada de maquiagem: checada pela segunda vez.

Os romanos tinham uma forma bem diferente de organização, portanto quando soube que teria que dividir aquela tenda enorme com gregos em geral, e não apenas com seus irmãos, Drew preferiu esconder seus bens para que nenhuma filha de Hermes lhe causasse problemas.

Ou tivesse que raspar a cabeça de alguém.

Missão completa com sucesso a ponto de deixar a parte cavalo de Quiron com inveja: feito.

´´Me despedir da cabeça de texugo: feito. ``

Xingar a mãe ao menos uma vez ao dia: feito.

Fugir de Malcolm: ainda estava no processo.

´´Foi você, Piper. Eu tenho certeza que foi você que contou para ele! ``

Se Drew não estivesse com tanto medo de ir ao refeitório daria um jeito de contar todos os micos dela para a pretora.

´´Tenho certeza que ela adoraria ver as fotos que tenho de você dormindo. ``

Aquele cabelo não tinha perdão.

´´Por que pelos deuses você usa um pijama da Hello Kitty?``

Piper era sua irmã, mas jamais a perdoaria por atrocidades como aquelas.

Nesse momento estava sentada ao lado do estábulo, comendo uma maçã para fingir não estar com fome, talvez se esperasse alguns minutos ali o irmão de Annabeth saísse do refeitório e lhe desse a chance de se despedir da comida do Acampamento Júpiter.

Malcolm estava morando com a irmã em Nova Roma, portanto não teria que se preocupar em se esquivar dele no alojamento dos gregos, era só esperar meia-hora, comer o mais rápido possível e entrar em sua tenda.

Amanhã cedo estaria na carruagem com Butch e alguns campistas e fim, não teria que se preocupar com aquele olhar sagaz e irritante por um longo tempo.

Sem sorrisinhos provocadores as suas custas, a incitando a provoca-lo, apenas que ele rebatesse e a deixasse sem graça, sem olhares analíticos, como se ele soubesse exatamente o que estava pensando.

Não veria mais os olhos cinzentos cintilando de curiosidade quando fazia algo que ele julgava inesperado, tão pouco o sorriso com covinhas que vinha logo em seguida.

A forma como ele ajeitava os óculos sempre que tinha um problema em suas mãos, ou como parecia mais feliz em ganhar no Roubo a Bandeira quando o chalé de Ares perdia, nada disso faria parte de sua vida.

O riso irônico saiu rouco por sua garganta.

Patético.

´´Você não é esse tipo de garota, Drew Tanaka. Lembre-se: você não tem coração. ``

A primeira vez que ouviu que era um ser desalmado e insensível foi de seu primeiro namorado, quando tinha 13 anos, antes de Afrodite, antes de entender que ser bonita era uma grande vantagem e, que isso faria de sua vida muito mais complicada.

Ela não tinha coração, porque aceitou namorar aquele garoto para dar uma lição em uma das garotas que fingia ser sua amiga.

Não tinha coração, pois descartava aqueles que se aproximavam dela apenas por seu rostinho bonito.

Era uma pessoa horrorosa, porque apenas alguém assim poderia incentivar os irmãos a quebrar corações, afinal, o restante do mundo não os enxergava como um pedaço de carne em exposição, era apenas coisa de sua cabeça.

Apenas um ser mesquinho gostaria de ser temida, odiada e invejada por esse poder.

E deuses, ela não se importava em não ter coração, Drew só queria que a deixassem em paz, que ninguém tentasse ser seu amiguinho ou tivesse a ideia idiota de conquistar seu coração.

Afinal, ele sequer existia.

Ambas as partes lucravam com aquela simbiose, as garotas gostavam de ter uma rival linda e malvada que queriam vencer, e Drew queria ficar sozinha e ter as regalias que alguém naquela posição sempre tinha.

Era perfeito.

Infelizmente seu clichê de high school não durou para sempre.

´´É sua culpa, Piper. Do nada você não quer mais o Superman e tá atrás da Mulher Maravilha, desbalanceou tudo. ``

Drew suspirou, esperava que ao menos sua irmã tivesse o final que queria e, que a mãe deixasse sua garota em paz.

Quase cuspiu o pedaço da maçã que estava mastigando, rindo como uma criança.

´´Você? Logo você torcendo pela McLean? O Tártaro deve ter congelado. ``

Levantou-se, olhando para as janelas do estábulo a procura de algum unicórnio que quisesse o restante de sua fruta. Jogou a maçã na baia mais próxima, onde um unicórnio cor caramelo estava.

Ponderou por um momento enquanto encarava o céu limpo cheio de estrelas, estava entediada: deveria dar uma volta pelo acampamento ou simplesmente voltar a tenda e checar se sua maleta de maquiagem continuava com o cadeado?

— Que guarda horrorosa você tem. — Virou-se de supetão e tentou se afastar, o que quase a fez cair. O riso que ela conhecia muito bem, e infelizmente teria saudade, soou. — Calma, eu não sou tão feio assim.

— É claro que é. — Não pode deixar de provocar. — O que está fazendo aqui, Pace? — Cruzou os braços, tentando manter ao menos a pose, pois já não conseguia fingir para si mesma que a presença dele não mexia consigo.

— Procurando você. — Disse com obviedade, dando um passo à frente. Drew avaliou suas opções.

´´Se eu correr ele vai me alcançar, posso fingir que vou beija-lo e dar uma joelhada nas partes baixar, assim ele não vai ter chance. ``

Se usasse o charme e falhasse, — porque na verdade não queria que ele fosse embora, — seu orgulho seria destruído, isso não poderia permitir.

— Por que está me olhando como se quisesse me dar um soco? — Parou a sua frente com as mãos no bolso da calça jeans, a filha de Afrodite simplesmente não entendia como ele poderia agir assim.

´´Eu xingo, mando você embora e estou realmente planejando te dar um soco, por que você sorri pra mim? ``

Era masoquista, não conseguia pensar em outra coisa.

— Eu não gosto de você. — Seus olhos se ligaram aos dele, esperando ver magoa, incerteza, raiva ou qualquer emoção negativa.

— Sério? —  Indagou com inocência fingida, tendo a certeza de que estava mentindo.

´´Ok, eu estou mentindo, mas como você sabe disso? ``

Como poderia saber que não estava apenas brincando com ele quando o pediu em namoro? Ter tanta certeza que estava mentindo agora?

Como poderia gostar dela? Se tudo o que fazia era para afasta-lo.

— Você nem é bonito, e é magrelo. — Destacou a última parte. — Parece uma salsicha albina. — Aquela frase tinha feito Lacy chorar, por algum motivo anormal Malcolm deu risada.

´´Você puxou isso do seu pai, porque Annabeth teria ralado a minha cara no asfalto. ``

— É, acho que ser alto me deixa magrelo mesmo. — Sentiu um leve tremor na pálpebra esquerda enquanto ele puxava a blusa laranja e se avaliava. O filho de Athena estava a obrigando a usar sua última cartada.

´´Vamos ver até onde você consegue ir com esse sangue de barata. ``

— Eu prefiro mil vezes o Mark. — Soltou o comentário casualmente, torcendo para ser algo além de diversão em sua expressão.

— Quem é? — A curiosidade e confusão a ajudaram a retomar parte de sua confiança.

— Um filho de Marte, um deus da guerra de verdade. — Malcolm comprimiu os lábios, o que deveria tê-la deixado satisfeita, mas a única emoção que cresceu em seu coração foi a tristeza.

— Minha mãe é vingativa, Drew. — Sua voz soou séria. — Melhor retirar o que disse. — Rolou os olhos, não era hora de falar de mães malucas.

— Ele é lindo, sabia. Até ganhou o MPT. — Soltou um som de concordância, como se houvesse se lembrado.

— Esse cara. — Ele mexeu no cabelo ondulado, rindo de uma piada não compartilhada. —  Jason, Mark e eu, você realmente gosta de loiros. — Encarou-o, sem acreditar no que estava ouvindo.

— É isso que vai dizer? — O filho de Athena a fitou em dúvida, Drew suspirou, tentando não ficar irritada, o que não funcionou. — A sua namorada está se derretendo por outro cara e é só isso que você vai dizer?! — Avançou um passo, indignada demais para notar que o fez.

— Você quer que eu tenha ciúmes de você? É isso? — Nunca esteve tão próxima de realmente bater nele. — Quer que bufe e te arraste pelo braço para os lugares, como um babuíno? Qual é Drew, não sou troglodita. — Não respondeu, porque aquela foi a primeira vez que viu o brilho de irritação em seus olhos, embora tenha sumido em uma questão de segundos. — Você admitiu que é minha namorada. — Sua voz soou duvidosa, mesmo sendo uma afirmação.

— Cala a boca, Pace. — Encarou a janela do estábulo, pensando se conseguiria montar um unicórnio e fugir daquela situação.

— Que bonitinho. — Murmurou, como se falasse de um filhote de cachorro.

— Cala a boca! — Encarou o chão escuro, querendo que as borboletas em seu estômago sossegassem de uma vez.

Como aconteceu?

´´Você nunca deu nenhuma brecha, como foi gostar desse cara? ``

Era tão estranho que pensasse ser coisa de Afrodite?

— Você está feliz? — A voz de Malcolm soou baixa e suave.

— O que? — Voltou a fita-lo, tentando entender do que exatamente ele falava.

— Você está feliz? — Rolou os olhos.

— Eu pareço feliz? — Apontou para o próprio rosto. — Seu magrelo oxigenado. — Murmurou no mesmo tom que ele, sem a necessidade de falar mais alto, dessa vez o garoto a sua frente não riu.

— Você está triste agora, se as coisas derem errado entre a gente vai estar triste também, não quer ao menos tentar? — Ainda que delicado, sua voz soou séria, Drew apertou os braços cruzados.

Estavam tendo aquela conversa.

DR...

´´Não! ``

— Não tente usar a lógica da sua mãe contra mim, Pace. — Tentou disfarçar, o loiro apenas suspirou.

— Deuses...Você gosta de mim, eu gosto de você. — Apontou um para o outro, como se explicasse a um surdo, o que Drew odiou, porque era ter a verdade esfregada em sua cara duas vezes seguidas. —  Por que quer complicar algo que é tão simples?

— Você não gosta de mim. — Invocou o pensamento que sempre estava presente em sua cabeça. — Você é masoquista, me acha engraçada e gostosa, é isso. — Empregou charme em sua voz, porque queria que aquilo fosse verdade.

Seria doloroso, mas aprenderia a lição de uma vez por todas.

´´Você não tem coração, você não tem coração, você não tem cora...``

— Di Immortales... — Um riso curto escapou pelos lábios. — Você inventa cada coisa. — Antes que pudesse se dar conta, sentiu o toque da mão de Malcolm em seu antebraço, deu um passo para trás por puro reflexo.

— O que vai fazer? — A pergunta escapou de sua boca, ele a encarou com tédio.

— Pegar a mão da minha namorada, eu posso? — Respirou fundo, tentando não soar mais patética do que se sentia. — Por que sempre age assim quando tento encostar em você? — Pegou sua mão quando descruzou os braços, seu coração retumbava no peito como uma banda marcial.

´´Porque tenho medo de me trair, seu idiota. ``

Aquilo era tão bobo, estar nervosa porque um garoto segurava sua mão.

´´Pare de agir como a virgem que você não é. ``

Seu olhar focou as mãos unidas, os dedos de Malcolm entrelaçando com os seus pouco a pouco. Aquela era a primeira vez que ele tentava toca-la.

Das outras vezes tentava apenas como forma de provoca-la, como no almoço dias atrás, os dois beijos que tinham trocados fora ela quem tomou iniciativa. O primeiro quando estava bêbada, o segundo enquanto discutiam isso, Drew não resistiu e, se odiava por isso.

Infelizmente tinha um fraco por caras altos e loiros, como Piper tinha por pretores romanos.

— Eu sei que esse é seu departamento. — Começou com a voz suave, como quem explicava a uma criança. — Mas diz que não gosto de você, como se isso fosse lógico. — Forçou-se a encara-lo nos olhos, o coração se aquecia a cada palavra. — Se tem algo que aprendi estudando física quântica é que não se deve procurar lógica onde ela não existe.

— O que? — Ele maneou a cabeça, claramente aquela parte não era importante.

— Eu gosto de você e você gosta de mim, é só isso, não tem mais o que pensar. — Estalou a língua, sentindo o orgulho sendo pisoteado.

— Como você é convencido. — Sussurrou irritada, Malcolm apenas suspirou, mesmo que o olhar divertido continuasse lá.

Ele estava tão calmo, como se...

— Eu sou observador. — Tocou a ponta de seu nariz com a mão livre, sorrindo como uma criança que vê neve ao acordar. — E está na sua cara. — Deuses, como queria socar sua cara por ter lhe dito a verdade de um jeito tão fofo.

Os olhos de Malcolm chegavam a uma Drew que odiava mostrar, a Drew fraca que se magoava quando alguém dizia não gostar dela, a Drew que se sentia mal quando um garoto falava de seu corpo ou espalhava mentiras por onde passava. Malcolm enxergava além da máscara que mostrava a todos e, isso a deixava com medo.

De que outras pessoas a vissem também, suas fraquezas e receios, não queria voltar a ser idiota.

— Caramba, Tanaka. — E de alguma forma, ele pareceu ter lido seus pensamentos, apertou sua mão, em uma forma de passar confiança. — Você não tem jeito.

— Estou indo embora. — Claro que ele sabia, havia corrido o dia todo daquele momento, mas sentiu que deveria dizer.

— Eu sei, Jason me contou. — Semicerrou os olhos.

´´E a Piper contou ao Superman. ``

— Vagabunda. — Exclamou, sentindo a traição por tabela.

— Ei... — Murmurou para que se acalmasse, levando a mão livre a sua cabeça para fazer carinho, a sensação de ser um filhote de cachorro voltou. —  Eu vou passar um tempo por aqui ajudando o Jason, mas está tudo bem, mensagens de Íris são baratas. — E piscou para ela. Drew tirou a mão dele de sua cabeça, não queria seu cabelo com frizz.

— É minha última noite aqui. — Comentou, sequer tentou soar inocente e, Malcolm não pareceu entender.

´´Como pode ser tão virgem? ``

— Eu sei. — Foi sua única resposta, Drew suspirou, irritada com aquela lerdeza.

— Não vai tentar nada? — Foram momentos com a sinfonia dos grilos até o loiro finalmente entender.

— O que? — Soou ofendido. Por que ele soou ofendido?

´´Como pode agir assim quando uma garota linda como eu se oferece pra você? ``

— Não vai dar uma de mão boba? — Talvez se explicasse com todas as palavras ele entendesse. — Inventar uma desculpa pra gente ir pra um lugar afastado e....

— Para aí mesmo. — O porquê de seu olhar assustado, Drew jamais saberia. — Com que tipo de cara você saia?

— Com os normais, você que é bocó...

— Isso não é normal. — Pontuou. — Já disse que não sou um troglodita. — Estalou a língua, encarando o estábulo, não queria falar sobre isso, de alguma forma Malcolm achou engraçado. A mão que estava entrelaçada na sua se desprender e, antes que pudesse dizer qualquer coisa sentiu os braços dele a envolvendo.

Seu primeiro instinto foi recuar do abraço, porém dessa vez conseguiu frear suas reações naturais, apertando a criatura que jamais seria tão heroico quanto Jason ou tão gostoso quanto Mark.

Mas que era gentil e atencioso, que reconhecia seu verdadeiro eu e que seu coração inexistente havia escolhido.

— Isso é estranho. — Murmurou, satisfeita em ouvir as batidas aceleradas do coração ao pousar o a cabeça em seu peito.

— É estranho mesmo. — Aquela foi a primeira vez que o bom humor em sua voz a contagiou o bastante para ser motivo de um sorriso. — Acha que pode se acostumar? — Pensou por alguns segundo, mordendo o lábio inferior.

Não tinha mais força alguma para fugir dele ou de si mesma.

— Sim... — Afastou-se para encara-lo. — Acho que sim. — Malcolm sorriu, e seu olhar foi direto até os lábios dele.

´´Ok, nada de lugar afastado, mas ao menos eu poderia tirar uma casquinha antes de ir embo...``

— Se quer tanto que eu te arraste pra algum lugar, então vamos para o refeitório, aposto que você não... — Segurou o rosto dele com as mãos, seu olhar dizia claramente para ficar quieto.

Estava com fome, mas isso poderia esperar.

As mãos em suas costas escorreram para sua cintura, afim de lhe dar sustentação enquanto se colocava na ponta dos pés.

O primeiro beijo que roubou dele era um embaralhado em sua cabeça por causa do álcool, apenas se lembrava de estar irritada consigo mesma. O segundo foi um impulso, entretanto a raiva continuava presente, o empurrou assim que conseguiu tomar o controle de si mesma novamente e o xingou de algo antes de sair correndo, não eram boas memórias, mesmo que marcantes.

O terceiro foi o oposto dos demais.

Seus lábios tocaram os dele gentilmente, sem pressa alguma, completamente consciente de sua mão subindo até o cabelo loiro e macio que chamava tanto sua atenção, uma das mãos dele também subiu, acariciando suas costas, arrepiando sua pele por baixo da camiseta laranja, Drew não se importou de se mostrar afetada por tão pouco.

Já não havia o que esconder.

Inclinou levemente a cabeça para aprofundar o beijo, sem mãos bobas, sem prensadas na parede, pressa ou comentários fora de hora. Era um beijo, apenas um beijo, mas que despertou reações nela que nunca havia experimentado.

— Vai bagunçar o meu cabelo, idiota. — Murmurou, rente a seus lábios quando se separaram, sentiu o sorriso se desmanchar em seus lábios quando ele a beijou novamente, apenas um selinho.

´´Vou ter que tomar a iniciativa em tudo, seu bocó? ``

Deveria ter se incomodado, mas estava feliz com a ideia, em ter seu próprio tempo para a evolução de sua...

Relação?

´´Deuses, eu estou ferrada. ``

Como havia dito, Malcolm a arrastou até o refeitório, andou com ele de mãos dadas até a mesa em que Piper e Jason sempre se sentavam com os amigos, ameaçou sua irmã quando seu olhar simplesmente não deixava a surpresa de lado e comeu sua última refeição no Acampamento Júpiter.

Depois andaram juntos até sua barraca, onde ele ficou irritado por ter feito insinuações:

— Pare de me olhar como seu eu fosse um tarado.

Beijou-o outra vez e se despediram.

´´Você vai se ferrar tanto que deveria começar a estocar lenços para as lágrimas agora. ``

Drew tinha certeza que seu namoro, — deuses, — teria fim do pior jeito possível, mas infelizmente, Malcolm tinha bons argumentos.

E apenas uma idiota não ouviria um filho de Athena.