Eu acredito em magia escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 6
CAPITULO 5 – FELICITY A BORALHEIRA


Notas iniciais do capítulo

Como falado, este capitulo será Felicity quem terá conciência do que está acontecendo, e o penultimo dessa fic. Agradeço a todos que acompanham esta historia e desculpe-me pela demora, as vezes nos desanimamos e as ideias fogem. Vamos lá.
xoxo



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— Lis. Lisy. FELICITY!

Felicity acordou assustada com os gritos de alguém a chamando, ela piscou os olhos desorientada, olhou em volta para o quarto estranho, roupas jogadas no chão, um cartaz do MIT pregado na porta do armário, e novamente os gritos que a fizeram pular.

— FELICITYYYYY!!

Felicity se levantou e correu para o banheiro, jogou água no rosto e ao se olhar no espelho seus olhos quase soltaram de suas órbitas. – O que está acontecendo?? – ela pegou as mechas roxas do seu cabelo preto, seu cabelo estava “preto”, e não loiro, não no seu habitual rabo de cavalo que ela tanto gostava, então gemeu de frustração. – Frack.

Ao descer as escadas indo em direção a voz que não parava de gritar o seu nome, Felicity paralisou ao ver a cena à sua frente, Dinah Lance e suas filhas, Laurel e Sara, estavam sentadas rigidamente em frente a uma grande mesa de carvalho lindamente ornamentada.

— Eu pensei que o café já estivesse pronto. – Dinah falou com desdém. – Até hoje você não aprendeu que quando eu e minhas lindas filhinhas acordam, a mesa para o café da manhã já deveria estar pronta?

— Café? Mas eu nem sei cozi…

— Oh, por favor, Felicity, não vamos começar com isso novamente! – retrucou Laurel. – Você deve ter mais consideração pela mamãe, porque desde que seu pai morreu, ela tem sido uma excelente madrasta para você.

— Pobre Lisy, deve ter ficado acordada até tarde mexendo naquele computador nojento, por isso essa cara amassada, está parecendo uma Gata Borralheira. – Sara riu da sua própria piada fazendo com que sua mãe e irmã também rissem com ela. – Acho melhor você se apressar “Gata Borralheira”, caso contrário, chegará atrasada novamente no seu trabalho e sua chefe, Isabel Rochev, irá meter o pé na sua bunda. Hahahahahah

Felicity revirou os olhos e saiu sem olhar para trás. Depois que ela fez todo o trabalho doméstico, correu para a Queen Consolidade.

Chegando ao departamento de Ti, Isabel já a aguardava sentada na sua cadeira.

— Está atrasada, Smoak.

— Isabel...

— Sra. Rochev para você, senhorita das saias curtas.

— Certo. Sra. Rochev, eu ...

— Oi.

— Oliver! – Isabel ronronou. – A que devo a sua presença?

— Eu derramei café com leite em meu laptop. – Oliver olhou de Isabel para Felicity e vice versa sentindo uma certa tensão. – Está tudo bem!?

— Está tudo ótimo, Sr. Queen, quero dizer Oliver. Sr. Queen era o seu pai, e isso quer dizer que você pode vir aqui e... e eu vou parar de falar em 3,2,1...

Isabel olhou com desprezo para Felicity, mas logo a ignorou e puxou o braço de Oliver sorrindo para ele como quem ganhou na loteria.

— Deixe seu laptop aqui, a Srta. Smoak irá consertá-lo, enquanto eu e você vamos para a minha sala para falarmos sobre o baile.

— BAILE!? – Felicity sentiu seu rosto queimar de vergonha ao ver que Oliver, o seu Oliver, sorrir para ela. – Desculpe-me, eu me empolguei.

— Não precisa se preocupar Srta. Smoak. – Oliver piscou para ela, em seguida tirou as mãos de Isabel de seu braço e saiu sem esperá-la.

— Oliver, eu preciso falar com você. – Isabel saiu atrás dele, mas antes estreitou o olhar sobre Felicity e apontou para seus olhos num gesto que dizia “estou de olho em você”.

Felicity sorriu olhando para o laptop em cima de sua mesa.

Horas mais tarde, Felicity estava comendo seu almoço quando ouviu um pigarro acima dela.

— Você não bate?

— Aqui não é o banheiro feminino, Felicity, é o departamento de TI.

— Sr. Queen... Oliver?

— Oliver. Eu vim buscar o meu...

— Laptop. – Felicity apertou os lábios antes que ela falasse outra bobagem. – Desculpe-me a interrupção. Aqui está o seu laptop. – ela estendeu em sua direção o laptop. – Você por acaso estava em um bairro perigoso?

— Como você... – Oliver a olhou curioso.

— Um palpite.

— Obrigado, srta. Smo..

— Felicity, meu nome é Felicity.

— Felicity. – Oliver sentiu em seu peito uma sensação estranha ao falar esse nome, ele suspirou, balançou a cabeça tentando afugentar essa sensação de posse. – Obrigado, Felicity. E isso é para você. – ele lhe entregou um envelope grande dourado com o seu nome escrito em azul – Como agradecimento.

— O que é isso? – Felicity olhou para o envelope elegante em suas mãos.

— O convite para o baile. Será amanhã à noite.

— Frack! Você está me convidando para o baile, baile, baile?

— Isso é o que diz o convite. Você quer ir ao baile comigo?

— Quero.

Felicity balança a cabeça em resposta e sorri para Oliver, e ele sorri de volta.

O fim do dia chegou e Felicity recolheu suas coisas para voltar para casa, ela estremeceu ao pensar no que a aguardava, as “mulheres Lance”.  Mas se fazia parte do jogo, não seria ela que ia desistir agora, voltar para a sua família era prioridade número um. Seu marido estava ali e ela o faria se lembrar dando-lhe o beijo do amor verdadeiro.

Pensando no beijo do amor verdadeiro que Felicity girou a chave da casa, sua felicidade estava estampada em seu rosto quando ela entrou dando de cara com Laurel.

— Por que esse sorriso idiota no seu rosto? Por acaso foi convidada para algum baile?

— Baile, que baile?

— Quem falou em baile? – quis saber Sara quando viu sua irmã conversando com Felicity. – Vocês estão falando do Baile dos Queen´s?

— Vocês foram convidadas? – perguntou Felicity

— Mas é claro, Gata Boralheira! E hoje escolhemos os nossos vestidos. Pena que você não poderá ir. Hahahahahah Você não foi convidada.

— Quem disse?

— O QUE? – gritou Dinah da escada. – Felicity, você foi convidada?

— O baile não é para todos?

— E que roupa você vai? E com esse cabelo? – desprezou Dinah apontando para ela.

Laurel e Sara olharam uma para outra e depois para sua mãe e Felicity, então ambas começaram a rir e fazer chacota com Felicity.

— Mamãe, ela deve ir com aquele vestido horroroso e antigo da mãe dela, um vestido vulgar próprio para uma filha de garçonete de Las Vegas.

— Hei, não fale de minha mãe. – Felicity apontou o dedo em riste para o nariz de Laurel. – Donna Smoak é mais mulher do que vocês três juntas.

Dinah sentiu a mão queimar quando deu uma bofetada em Felicity, mas não tanto quando Felicity sentiu.

— Sua vagabunda, nunca mais levante o dedo para uma de minhas filhas. Agora vá trocar de roupa e desça para fazer o jantar, sua preguiçosa.

Felicity segurou o rosto tremendo de raiva, mas se controlou, ela não ia desistir por causa de uma bofetada, então, se segurou, subiu as escadas para trocar de roupa. Assim que ela chegou em seu quarto no sótão jogou a bolsa na cama e em seguida foi ao banheiro para lavar as lágrimas que escorriam pelo rosto.

Laurel subiu depois que ela ouviu a porta do quarto de Felicity se fechar e ela descer para a cozinha, pé ante pé ela entrou no quarto e começou a vasculhar o quarto procurando o convite do baile, assim que ela o viu pegou e correu para o quarto de sua mãe.

No dia seguinte, as três bruxas, assim que Felicity as chamava, não a deixaram um minuto sequer atoa, elas sempre arrumavam tarefas das mais descabidas para ela fazer, desde passar as roupas de Lúcifer, o gato assombroso de Laurel, até lavar a gaiola do Canário preto de Sara.

Faltava uma hora para o baile começar quando Felicity terminou suas tarefas, ela correu para o sótão, tomou o seu banho, lavou os cabelos secando-os em seguida fazendo um coque de lado, maquiou-se realçando o seus olhos azuis, e por último vestiu seu vestido vermelho e calçou sua sandália dourada.

As Lances estavam no saguão quando Felicity desceu as escadas, as três a olharam espantadas.

— Onde você pensa que vai, FE.LI.CI.TY? – cuspiu Dinah as palavras com desprezo.

— Ao baile.

— Você tem um convite?

— Oh! Esqueci de pegar.

— Por acaso seria esse? – Dinah levantou o envelope sobre sua cabeça

— Como, como você... – Felicity viu Laurel sorrir . – Foi você, Laurel?

— Mamãe, a limusine chegou. – anunciou Sara.

— Vamos meninas, vocês serão as mais belas desse baile, uma de vocês será a nova Sra. Oliver Jonas Queen.

— Meu convite, por favor, devolva-o.

— Mas é claro. – Dinah rasgou o convite em quatro partes e o jogou na direção de Felicity. – Ops. O convite rasgou. Hahahahaha

O som daquelas risadas más, foi a última coisa que Felicity ouviu ao ver a porta se fechar para ela. Felicity sentou na escada e colocou as mãos sobre a cabeça.

— Pense Felicity, pense. - ela então começou a se lembrar da história da Cinderela que Oliver contava para Mia. – Isso, a Fada Madrinha, mas onde está a abóbora?

Antes que Felicity fosse para a horta nos fundo da casa, a campainha toca.

— Desculpe mocinha, mas eu andei tanto hoje procurando meu gato, será que ele não está aqui?

— Sra. Fernández!?

— Oh, menina Smoak, é você!?

— Sinto muito, mas o seu gato não está aqui.

— Ohhh! – Sra. Fernández fez um olhar triste. – Era a minha última esperança. Mas será que você podia me dar um pouco de água?

— Claro, por favor entre.

Ambas foram para a cozinha, chegando lá Felicity encheu o copo d´água e o entregou para sua visitante inesperada.

— Você está tão linda! Vai para algum baile?

— Eu ia, mas não tenho convite, quero dizer, a minha madrasta má o rasgou.

— Inveja, elas te invejam. Você é linda, sua mãe era linda.

— Sra. Fernández ....

— Seja forte e corajosa.

Bem longe dali, Oliver olhava nervoso para a porta toda vez que ela se abria para entrar algum convidado, ele ansiava pela vinda de Felicity. “Felicity “ era um nome doce, e ao mesmo tempo forte, ela foi a única que ele a viu como pessoa, a única que o fez sorrir sinceramente.

— Quem você está esperando, irmão mais velho?

— Speedy!

— Esse apelido é estúpido! Não fuja da pergunta, quem é ela?

— Ninguém. Quero dizer, claro que ela é alguém. – Oliver sorriu.

— Oh meu Deus! O que é isso no seu rosto?

— O que? – Oliver passou a mão pelo rosto achando que tinha algo nele.

— Esse sorriso bobo?

— Oliver, meu lindo menino! – Moira Queen, mãe de Oliver, segurou o rosto dele entre suas mãoS e o beijou delicadamente no lado esquerdo. – Temos que inaugurar o baile, você já escolheu a candidata?

— Ela ainda não chegou.

— Ela quem?

— Felicity, o nome dela é Felicity.

Dinah e suas filhas estavam tentando chegar perto de Oliver quando o salão ficou em silêncio, elas olharam para onde as pessoas estavam olhando deslumbradas.

As portas duplas do grande salão de baile abriram para uma bela convidada entrar, ela vestia um deslumbrante vestido azul, com uma saia rodada, o decote em forma de canoa com pequenas borboletas enfeitando, a cintura estava marcada realçando sua silhueta,  os pequenos diamantes bordados na saia refletiam as luzes a cada movimento, o cabelo loiro reluzente caiam em ondas num pequeno coque baixo.

A mulher misteriosa desceu as escadas revelando um par de sapatos do mais puro cristal, e quando ela o viu elegantemente vestido uma jaqueta militar na cor verde sorriu.

Os convidados seguiam com olhares hipnóticos a bela mulher ir em direção ao anfitrião.

— Você veio! – exclamou Oliver.

— Você me reconhece?

— Eu nunca poderia esquecer da cor dos seus olhos e muito menos do seu sorriso.

A orquestra começou a tocar e Oliver enlaçou Felicity pela cintura levando ambos para o centro do salão, ele só tinham olhos para eles mesmo, o que causou inveja nos presentes.

Dinah piscou os olhos várias vezes tentando ver quem era a mulher que prendeu a atenção do pretendente de uma das suas filhas.

Laurel cruzou os braços aborrecidas enquanto Sara dava risadinhas pela aborrecimento de sua irmã.

Algumas horas antes .....

— Mais uma vez obrigada pela água, menina Smoak. O que eu posso fazer por você?

— Por acaso tem alguma Fada Madrinha dentro da bolsa.

— Um momento.  – a Sra. Fernandez abriu e abolsa olhando dentro, balançou a cabeça em negação. – Sinto muito, não tenho.

— Imaginei que não tivesse. – sorriu Felicity com a brincadeira.

— Mas eu posso fazer melhor. Pif patf pum!

De repente a Sra. Fernandez transformou-se numa bela Fada Madrinha.

— Oh meu Deus! – gritou Felicity.

Em poucos minutos Felicity viu seu vestido tornar-se azul, borboletas pousando no decote, suas lagrimas se transformarem em pequenos diamantes a enfeitar sua saia, e quando ela levantou o vestido para entrar na linda carruagem dourada, ela viu que os seus sapatos era de cristal, e seus cabelos loiros ela só percebeu quando passou pelo corredor que a levava para o salão de baile e viu seu reflexo nos grandes espelhos que ali estavam.

Ao chegar na porta do grande salão, Felicity lembrou-se das palavras da sua Fada Madrinha

 “ Volte antes da meia-noite”. Então, ela suspirou e fez sinal para que os seguranças abrissem a porta.

De volta ao grande salão

Thea dançava com o seu namorado Roy quando ela viu o sorriso bobo no rosto de seu irmão, e quando ele a viu olhando, ela piscou para ele.

Quando a orquestra tocava a segunda música, Oliver colocou a mão nas costas de Felicity levando-a para uma porta com saída para o jardim.

Moira observou seu filho levar a mulher misteriosa para o jardim, ao voltar-se ela deparou com Isabel.

— Onde você vai, Srta. Rochev?

— Queria falar com Oliver.

Isabel tentou seguir Oliver, mas foi impedida por Moira que se colocou a sua frente.

— Meu filho, no momento, encontra-se ocupado com a bela jovem. E se for para falar de negócios, que é a única coisa que tem em comum com o meu filho, pode esperar. Não acha?

Isabel deu meia volta deixando Moira satisfeita.

No jardim, o casal caminhava calmamente com os dedos entrelaçados, Oliver levou Felicity até um balanço pendurado numa grande árvore no meio do jardim.

Oliver colocou-se por trás de Felicity e começou a balançá-la.

— Por um momento eu pensei que você não viesse.

— Sinto muito. – ela parou o balanço e olhou por sobre o ombro para Oliver. – É uma grande história. A minha madrasta rasgou o meu convite. Bem, não era tão grande assim a história.

Eles riram.

— Felicity – Oliver . – eles falaram ao mesmo tempo.

— Primeiro as damas. – Oliver apontou para ela.

Felicity levantou do banco e deu a volta parando em frente à Oliver, ela pegou suas mãos nas suas.

— Oliver, sei que parecerá loucura, mas eu preciso lhe contar.... – Din Don, Din Don, o relógio bateu meia-noite – Nãoooo.

— Fe.li.ci.ty

Oliver olhou consternado para o seu rosto em lágrimas abraçando-a junto ao seu peito tentando consolá-la, depois colocou o seu dedo no queixo dela levantando seu rosto em sua direção para beijá-la, até que uma luz brilhante apareceu envolvendo-os nela.

— Sra. Fernandez! Quero dizer, Fada Madrinha!

— Meia-noite Sra. Queen. Pronta para mais uma aventura?

A Fada Madrinha, Sra. Fernández, transformou-se no Sr. Pesadelo.

Oliver despertou e vendo quem era, ele escondeu Felicity atrás dele, mas ela se recusou a se esconder atrás do seu marido.

— Eu não tenho medo de você. – Felicity enfrentou altivamente seu opositor, ela vi-o vacilar por um segundo, e se não estivesse observando atentamente o tremor dele teria passado despercebido.

Sr. Pesadelo estreitou o olhar tentando descobrir o porquê de Felicity enfrentá-lo, mas resolveu ignorá-la, ele levantou a mão direita para lançar a sua mágica para transportá-los  para outra história sendo impedido por Oliver, que se jogou em cima dele e ambos começaram a lutar, até que ouviram Felicity gritar.

— PAREM, PAREM. – eles olharam em sua direção assustados com a sua voz alta. – Oliver , pare, por favor.

— Baby...

— Nós não precisamos do beijo do amor verdadeiro.

— Não?

— Não. – Felicity olhou bem nos olhos do Sr. Pesadeloo e sorriu, fazendo com que ele estremecesse. – EU ACREDITO EM MAGIAAAAAA.

— NÃOOOOOOO.

A luz brilhante os sugou....


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Notas finais do capítulo

Surpresa, surpresa! Sim, não é o beijo do amor verdadeiro que iria quebrar o feitico, mas Felicity acreditar em magia. Essa era a pegadinha do Sr. Pesadelo, e como nossa protagonista adora desvendar um mistério, ela por fim descobriu, porque se dependesse do Oliver, bem... melhor nem comentar. Espero que todos estejam bem, sei que não é fácil para ninguém essa quarentena, mas eu creio que Deus está lá por nós, basta crer.
xoxo



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