Eu acredito em magia escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 4
Felicity E OS Sete Paragons


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo usei diálogos do filme antigo da Branca de Neve e os Sete Anões, para compor a trama. Quero esclarecer que as lembranças da Felicity são todas criadas pelo vilão. Os personagens não são meus, as historias também não, mas nada impede de usá-las como referência.



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Felicity ainda lamentava a perda de seu pai, Noah Kutler, que abandonara ela e sua mãe, desde os seus sete anos de idade, e ao completar quinze anos sua mãe anunciara que iria se casar. O pretendente, Ra´s Al Ghul, era um homem misterioso, muito rico e tinha um sorriso diabólico, o que assustava Felicity, mas sua mãe se apaixonara perdidamente, o que foi uma grande surpresa para ela, porque um dia Donna havia falado para sua filha que nunca iria se casar novamente porque o seu coração estava partido.

Donna faleceu quando Felicity completou dezoito anos, e até o presente momento ela ainda não havia se recuperado da perda trágica, ela chorou copiosamente a morte de sua adorável mãe, porque Donna era a luz na escuridão que era Nanda Parbat.

Nanda Parbat era um lugar sombrio, uma grande construção incrustada numa grande montanha de pedra, seus corredores eram lúgubres, as portas pesadas de madeira rangiam toda vez que elas eram abertas, o que assustava Felicity.

Ra´s se esgueirou pela porta secreta, ele caminhou silenciosamente até o grande lago e inclinou-se na borda olhando para as águas que se agitavam e recitou um poema macabro.

— Águas sagradas do Poço de Lázaro deixem o infinito espaço e venha pelas trevas que te convoco. – as águas começaram a borbulhar e uma fina fumaça branca começou a subir. – Deixe-me ver sua face.

— O que ordenais meu rei. –uma voz vinda das águas respondeu.

— Fala meu Poço de Lázaro, quem é o meu inimigo?

—Famoso é o seu poder, majestade, porém, há uma mulher entre nós com tanta luz e felicidade, que eu digo, ela é a sua perdição.

— Pior para ela. – R´as levantou-se altivamente e cruzou os braços furioso. – Revela-me o seu nome.

— Lábios rubros como a rosa, cabelos loiros como a luz do Sol, a pele branca como a neve.

— Felicity Smoak! - rosnou furiosamente. – SARAB! – gritou ao sair da caverna.

Quando Sarab colocou-se diante de sua presença, ele nunca tinha presenciado o seu amo tão furioso, sua boca espumava, seu rosto estava lívido.

— Mestre.

— Preciso de você numa missão.

— Seu desejo é uma ordem. – inclinou-se Sarab em respeito.

— Quero que você leve Felicity para a floresta, procure um lugar onde ela possa pegar água, aí então, meu fiel servo, você a matarás.

— Mas mestre ...

— Cale-se. Se caso falhares, tu morrerás.

— Eu sei, mestre.

— Mas para que eu tenha certeza, você trará o coração dela aqui.

Ra´s coloca nas mãos de Sarab uma caixa de madeira.

Sarab saiu chocado com o que o seu mestre o mandara fazer, ele amava a doce Felicity como sua filha, já que seu filho Akio morrera alguns anos atrás deixando uma grande seqüela em sua vida, como também a separação de sua esposa.

Felicity estava despertando do seu sono, ela levantou-se e caminhou até a janela abrindo-a, deixando que os raios de Sol invadissem seu quarto e aquecesse sua pele, ela aspirou o ar gélido, alguns passarinhos pousaram na sua janela deixando um pouco de neve. Não havia passado muito tempo quando Tália bateu na sua porta.

— Senhorita Felicity, Ra´s exige sua presença.

— Obrigada, Tália, vou me trocar e já desço.

Felicity encontrou seu padrasto no seu escritório, mas ele não estava só, seu servo, Sarab, também estava lá.

— Bom dia, pai. Tália falou que você queria falar comigo.

— Felicity, desde que sua mãe morreu você ficou mais ácida e menos paciente. Então, eu resolvi mandá-la por uns tempos para a cidade de Gothan, o jato já está sendo abastecido e suas malas, nesse momento, estão sendo arrumadas.

— Gothan? Mas …

— Eu sei, eu sei você queria Boston, ir para o MIT, mas tenho outros planos para você.

— E posso saber quais seriam esses planos?

— Quando chegar à hora você será informada. Sarab irá acompanhá-la. Agora pode se retirar.

Felicity fez que sim com a cabeça e saiu apressadamente antes que Ra´s visse seu sorriso, ela irá embora daquele castelo de horrores.

Horas depois, Felicity e Sarab iam em direção a pista de pouso particular localizada ao norte de Nanda Parbat, mas antes de chegar ao seu destino Sarab parou o carro e pediu que Felicity o seguisse até a floresta à frente deles.

— Srta Felicity, eu preciso lhe mostrar uma coisa antes.

— Mas Sarab, nós vamos nos atrasar.

Sarab fingiu não ouvir e continuou em silêncio adentrando cada vez mais para dentro da floresta, um pio de um corvo fez Felicity congelar, ela esfregou os braços tentando se esquentar, já que nesta parte da floresta era fria e úmida.

— Aqui está bom. - Sarab parou de repente fazendo com que Felicity trombasse nele. – Srta. Felicity, esta caminhada me deu sede, você pode buscar um pouco de água daquele riacho?

— Buscar água?

Felicity estreitou os olhos na dúvida, mas não disse nada e fez o que Sarab tinha lhe pedido, ela tinha um grande apreço por ele, já que Sarab sempre a tratou com carinho de um pai, ao contrário de Ra´s, que sempre foi distante. Assim que Felicity inclinou-se na beira do lago mergulhando a garrafa que pegara de Sarab, ela viu sua sombra sobre ela e gritou horrorizada. O cervo que bebia água do outro lado do lago correu assustado, passarinhos revoaram das moitas ao redor e alguns coelhos correram assustados.

A mão de Sarab tremia, ele então deixou o punhal cair e chorou escondendo o rosto em suas mãos.

— Por favor, perdoe-me, Srta Felicity, mas eu não posso.

— Eu não estou entendendo. – Felicity olhou-o confusa.

— Ele é mal, está dominado pelas águas do Poço de Lázaro. Ninguém pode detê-lo.

— Mas quem?

— Ra´s Al Ghul.

— Meu padastro? Mas ....

— Fuja Srta. Felicity, fuja para bem longe.

— Mas para onde? Eu não tenho nenhum dinheiro!

— Você seguirá em frente, vai ver uma velha cabana, lá mora a minha esposa, Tatsu, dei-lhe isso. – Sarab entrega um pergaminho para Felicity. – Ela saberá o que fazer.

Seus pés já não aguentavam mais quando Feliciy viu a cabana que Sarab falou, ela bateu na porta e aguardou.

— Quem é você? E como achou esse lugar?

— Meu nome é Felicity, e Sarab mandou que eu a procurasse, ele disse que me ajudaria.

— Maseo?

Felicity entregou o pergaminho para Tatsu, que logo o abriu e leu.

— Venha para dentro, você está tremendo.

— Estava frio na floresta, e a neve também não ajudou.

O fogo aumentou quando Tatsu o alimentou, ela sentou Felicity numa cadeira próxima a lareira e colocou sobre seus ombros um cobertor, minutos mais tarde lhe trouxe uma caneca com algo fumegante.

— Beba isso.

— Você salvou a minha vida.

— Maseo salvou.

— Não podemos deixar que ele volte para lá.

— Não é uma escolha nossa. Talvez pudéssemos fazer Maseo mudar de ideia. Mas não ele. Não Sarab.

— Sarab é só um nome que Ra´s al Ghul deu pra ele. Ele ainda é seu marido.

— Maseo se culpa pelo que aconteceu.

— Não foi culpa dele que Akio morreu.

— A linha entre luto e culpa é bem tênue. Às vezes, a morte é melhor do que a agonia da vida.

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Quando Sarab voltou à presença de seu amo, Ra´s estava sentado na grande mesa de carvalho saboreando o seu farto almoço.

— Mestre.

Ra´s gesticulou para que Sarab entrasse, ele olhou para a caixa em suas mãos e sorriu diabolicamente.

— Sua missão foi bem sucedida? – Sarab fez que sim com a cabeça entregando-lhe a caixa, Ra´s olhou dentro e fechou novamente satisfeito, entregou a caixa para Tália. – Leve isso para o meu cozinheiro e mande-o preparar agora, porque ainda estou com fome.

Três semanas haviam se passado desde o encontro de R´as com o Poço de Lázaro, foi quando ele sentiu necessidade de ir novamente a sala secreta.

— Águas sagradas do Poço de Lázaro deixem o infinito espaço e venha pelas trevas que te convoco. – as águas começaram a borbulhar e uma fina fumaça branca começou a subir. – Deixe-me ver sua face.

— O que ordenais meu rei.

— Fala meu Poço de Lázaro, quem é o meu inimigo?

— Para além de Star City, na casa dos Sete Paragons, Felicity Smoak ainda vive.

— IMPOSSIVEL, FELICITY ESTÁ MORTA! Ela está morta na floresta, Sarab me trouxe a prova e eu comi o seu coração.

— Felicity ainda vive, foi o coração de um bicho que você comeu.

— Coração de um bicho? Então fui traído! – Ra´s saiu, com fogo nos olhos, indo até uma das suas masmorras. - Eu o farei pagar, depois mandarei meu melhor homem terminar o serviço, matar Felicity Smoak.

Nanda Parbat era cheia de segredos, de lugares secretos, e num desses lugares secretos Oliver acordou com um banho de água gelada em seu rosto, ele assustou-se e tentou levantar-se, mas foi em vão, suas mãos estavam acorrentadas, então ele olhou em volta e soube onde estava. A porta da sua cela foi aberta por Gholem Qadir, ele se posicionou em posição de sentido dando um passo para o lado deixando R´as Al Ghul entrar e saiu em seguida.

— Oliver Queen, está morto. Você é Al Sah-him. – Ra´s andava ao redor de Oliver, como um leão cercando sua presa, então ele estendeu a mão para Oliver, por um segundo Oliver hesitou, mas acabou aceitando e pegou sua mão se levantando. – Você fez um grande progresso em três semanas, Al Sah-him. Você nem se contorce mais quando ouve seu novo nome.

— Oliver Queen está vivo somente no passado. Ele está esquecido.

— De fato. Você é Al Sah-him. Você é Wareeth al Ghul. Herdeiro do Demônio.

— Meu Senhor.... – Gholem Qadir abre a porta abruptamente. - ... peço perdão por essa interrupção. Nós capturamos esse traidor.

— Então por que ele ainda está vivo?

— Ele é um conhecido de Al Sah-him. - Gholem Qadir retira o capuz revelando Sarab, que olha para cima assustando e vê Oliver. - Claramente, ele fez outra tentativa de libertar Al Sah-him.

— Então cabe a Al Sah-him lidar com ele.

— Oliver, eles estão mentindo. – Sarab arregalou os olhos e implorou para Oliver.

— Meu juramento de ter misericórdia dos seus amigos baseava-se na sua fidelidade. Prove. – Ra´s desafiou Oliver.

Oliver fechou os olhos por uns minutos lembrando que nada disso era real, que ele já havia passado por esse teste com John e vencido, lembrou que sua esposa estava em algum lugar e que ela precisa ser salva.

— Não. Oliver me escuta. Eles estão mentindo. Ainda podemos sair daqui você e eu, se trabalharmos juntos, ainda há uma chance.

— Retire as correntes dele. – Oliver esperou que os homens de R´as retirassem as correntes de Sarab. – Dê a ele sua espada, Gholem Qadir. Eu não vou matar um homem desarmado.

— É assim que funciona? – Sarab pegou a espada se levantando em seguida sem tirar os olhos de Oliver. – Está aqui há algumas semanas e já se esqueceu quem você é? Lembra quando nos conhecemos em Hong Kong? Eu falei que estaria ao seu lado para te levar para casa, sua casa, para sua família. Eu ainda sou o Maseo que você conheceu, pai de Akio. – Sarab empunhou a espada para frente desafiando Oliver. – Eu não desisti dessa promessa.

— Lute.

Ambos lutaram bravamente sobre o olhar de R´as, até que Oliver derrubou Sarab, então ele cravou-lhe no coração a espada de Ra ´s.

— Nas últimas três semanas, você foi exposto a uma erva rara de séculos de idade. Faz com que a consciência da pessoa domine a mente, então é a única coisa que ela vê. O efeito da erva é diferente em cada um. – R´as circulava Oliver novamente observando sua reação. – Algumas pessoas vêem familiares e pessoas queridas ... outras, encontram amigos de confiança e professores. O que você viu? – Oliver olhava fixamente para frente demonstrando uma feição raivosa, porém, não falou uma palavra. – Muito bem. Tem mais uma coisa que eu quero que veja. Venha.

R´as fez um gesto com as mãos para que Oliver o seguisse.

Eles chegaram a um cemitério particular, duas lápides estavam adornadas com flores frescas, uma dizia “adorável esposa” e na outra “querida filha”, Ra´s ajoelhou diante da primeira lápide pegando uma rosa e a cheirou, depois a colocou de volta com um floreio.

— Esses são os túmulos da minha esposa e minha enteada, eu as amava, mas infelizmente ambas se foram tão cedo! – Ra´s enxugou uma lágrima falsa no canto do olho direito. - Al Sa-hin, como você pode ver, eu sou um homem muito rico e poderoso, que por muitos anos acumulei inimigos também poderosos. Tem um em particular, Damien Dark, ele tem algo que me pertence. Damien tem sua própria organização, montada com uma colmeia de agentes devotados a ele, chamada de Sete Paragons. Muitas vidas perdidas, outras colocadas em perigo. Tudo porque eu fui lento em usar a minha espada da vingança. E eu não deixarei que meu império seja assombrado pelo mesmo erro.

— O que você quer que eu faça?

— Quero que você elimine essa ameaça do meu império. E deve fazer isso sem misericórdia.

Star City

A chuva fina começou a engrossar fazendo com que Felicity corresse mais depressa, ela chegou mais cedo na cave porque precisava rastrear a nova ameaça que sondava a cidade. Cinco semanas haviam se passado desde que ela deixou a casa de Tatsu, e quatro semanas que ela conhecera os Sete Paragons. Os Sete Paragons trabalhavam para Damien Dark, juntos protegiam a cidade de ameaças sobrenaturais. Ameaças essas que ela descobriu que seu padrasto dominava, e por achar que ela era sua inimiga, mandara seu amigo Sarab matá-la, mas graças a sua esposa Tatsu, estava salva e bem. O barulho da chuva que ainda teimava em cair lá fora à fez voltar ao passado.

Flasback da chegada de Felicity a Star City.

Um novo pergaminho estava seguro no fundo da mochila de Felicity, ela desceu do trem e correu tentando se proteger da chuva.

— Ei, para, espera. – Felicity chamou a atenção do taxista, mas em vão. – Você nem tem taxímetro. - ela gritou para o motorista que arrancou o carro, em seguida um carro particular deu-lhe um banho jogando água que estava empossada próxima a ela. – Frack!

O taxi parou de frente para a Verdant, Felicity olhou para a boate a sua frente e pensou que Tatsu deve ter se enganado, ela conferiu o endereço e sim, o endereço estava correto, então desceu do carro e seguiu para os fundos da boate, conforme Tatsu instruiu.

A boate estava deserta, Felicity foi até o painel nos fundos, logo após o banheiro masculino, digitou o código, a porta abriu-se como mágica, ela empurrou com cautela a porta, o lugar estava escuro, mas ela viu o interruptor e acendeu a luz, um clarão iluminou a grande escada à sua frente, Felicity desceu devagar, ao chegar ao fim da escada ficou maravilhada com o que viu.

O porão da Verdant era usado como base de operações da Colmeia, lideradas por Damien Dark.

Várias mesas com computadores decoravam o lugar, mas o que mais impressionou foi às sete caixas de vidro. Felicity observou cada traje ali exposto, e começou a ler os nomes que estavam escritos no alto de cada um. Arsenal, Canário Branco; Flash; Spartano; Precursora; Cão Raivoso e Speed. Horas depois, os verdadeiros nomes deram rostos aos trajes.

Fim do Flasback

— Espera um pouco, Oliver não faria. Eu não vejo como. – Sara desceu as escadas discutindo com Dig e Damien.

— Ela está tentando dizer que Oliver nunca faria nada para nos ferir. – respondeu Dig. – Ele só se juntou à Liga para proteger as pessoas que ele ama.

— E vocês precisam entender que Oliver Queen está morto. – retrucou Damien. – Ele é uma lembrança.

— Pelo jeito, a Liga faz com que seus recrutas passem por um processo de reprogramação.

— Lavagem cerebral? Ollie nunca disse que estava aceitando uma lavagem cerebral.

— A Liga é cheia de rituais e cerimônias. Oliver nem saberia o que está acontecendo com ele.

— Eu não ligo. O Oliver é mais forte que isso. – irritou-se Sara.

— Peraí. Quem é Oliver? – Felicity perguntou.

— Desculpe-nos. Oliver Queen foi um amigo da Sara e do Dig, irmão de Thea, eles o tem em alta estima. – respondeu Damien.

— Por acaso ele é algum ninja e veste as mesmas roupas que os lacaios de meu padrasto vestiam?

— Sim. Por quê?

— Porque eu acho que acabei de ver um bando deles aterrissando num dos telhados no centro de Star City.

— Quando?

— Nessa madrugada. O que ... o que está acontecendo? – gaguejou Felicity. – Ele veio atrás de mim?

— Pelo que sabemos, Ra´s te quer morta.

Felicity mordeu o lábio inferior, ela largou o tablet em uma das mesas e começou a andar até a saída, mas foi impedida por Dig.

— Espera. Pra onde está indo?

— Enfrentá-lo, se necessário, o meu destino. – Dig puxa o braço impedindo Felicity de sair, ela o olha irritado. – Eu não vou me encolher nas sombras, esperando pela morte.

— Ótimo! Agora o que devemos fazer? – Sara pergunta para Damien.

— Primeiro eu irei ao encontro do Oliver, quero dizer, Al Sa-hin, ouvirei suas exigências. Enquanto isso, você Felicity, ficará aqui na cave, onde é mais seguro. – Felicity cruza os braços aborrecida. – Sei que você nos quer fora, mas você não é páreo para os lacaios de Ra´s . Eles são assassinos treinados e eu conheço a Liga melhor que qualquer um aqui. Portanto, ninguém vai fazer nada até a minha segunda ordem. Estamos entendidos?

Todos os presentes concordaram. Sara abraçou Felicity e sussurrou em seu ouvido que eles fariam de tudo para protegê-la, o que fez com que Felicity relaxasse.

Damien aguardava no topo do prédio da Palmer Tec, ele vestia seu antigo uniforme da Liga, quando Oliver o encontrou ele estava próximo ao parapeito do prédio olhando para a cidade.

— Foi aqui que eu lutei com Ra ´s para sair da Liga. – Damien sentiu a presença de Oliver, mas ficou na mesma posição. – Você se lembra de seus amigos? O seu mestre já conseguiu arrancar eles da sua memória?

— Estou aqui para levá-lo para Nanda Parbat.

— Para me levar à justiça? – Damien finalmente dá o prazer de Oliver olhá-lo de frente. – Se for, por qual crime? Para enfrentar a vingança? Se for, por qual ofensa?

— Você tem algo que meu mestre quer. Então, eu vim pegar de volta.

— Ela nunca será de Ra´s.

— É o que vamos ver.

Damien puxou a espada e começou a lutar com Oliver, faíscas voavam de ambas as espadas, socos eram trocados, até que Oliver rendeu Damien prendendo-o na beira do telhado colocando a sua espada em seu pescoço.

— Mate-me. Se eu morrer, desejo morrer como .....

Antes que Oliver fizesse qualquer coisa, Sara ligou o dispositivo do seu grito Canário, ela e Dig , invadiram o telhado para salvar Damien. Oliver largou Damien que tentava se recuperar e olhou para seus amigos.

— Não podemos deixar que mate ele, cara. – rosnou Dig.

Sem nem mesmo lhes dirigir a palavra, Oliver pulou do prédio.

Tão logo os três chegaram à cave, Felicity correu em direção ao seu protetor e o abraçou.

— Eu sinto muito. – choramingou Felicity.

— Isso não é sua culpa. Ra´s me quer morto há muito tempo, você só é a cereja do bolo.

— Eu fui marcada para morrer no momento que Sarab aceitou a oferta do meu padrasto.

— Felicity, nessas últimas semanas você transformou esse lugar. Você se tornou nossos olhos lá fora, nossa Overwatch. E eu faria tudo para te proteger.

— Ser outra pessoa, mesmo que por pouco tempo, me trouxe grande alegria. Mas eu sou a enteada do Demônio. Felicidade não é algo que foi feito para mim.

— Eu conheço Ollie desde a minha infância. Mas hoje, eu não o reconheci.- lamentou Sara.

— Eu te falei, ele foi mudado.

Enquanto isso, em algum esconderijo da Liga.

— Damien tinha amigos. – informou Oliver

— Eu o alertei para não enfrentá-lo sozinho. - retrucou Gholem Qadir. – Esses amigos de Dark, eram os seus amigos?

— Eles o protegeram. Temos que tirá-lo de lá.

— Damien Dark é só uma distração, Oliver.

— O que você quer dizer?

— Quero dizer que o nosso alvo é outra coisa, outra pessoa.

— Quem?

— Você não precisa saber, se concentre em Damien, o resto cuido eu.

Na noite seguinte, Oliver conseguiu sair do esconderijo sem que Gholem Qadir e os outros capangas o vissem, ele foi à procura de sua esposa, talvez ela estivesse na caverna do Arqueiro, já que Sara e Dig estavam trabalhando com Dark, porque não Felicity. Assim que ele chegou a Verdant, se esgueirou pela entrada dos fundos sem que percebessem, mas sem sinal de Felicity. Oliver ficou frustrado e quando viu uma samambaia em cima de uma mesa, ele derrubou tudo que viu pela frente e urrou, mas algo na tela do computador chamou sua atenção, Felicity estava sentada tomando um drinque com Thea e Roy na boate acima.

A saudade da sua risada, do seu sorriso, do seu balbucio causou um grande impacto em Oliver, ele subiu para a boate e sentou de costas para sua família tentando ouvir o que eles falavam.

— Ao Ollie.

— A Oliver.

— Ao Ollie, a Oliver, seja qual nome for. Saúde!

O trio virou seus drinks, cada um saboreando suas bebidas, até que Felicity começa a sufocar.

— FELICITY! - gritou Thea.

Oliver segurou Felicity antes que ela caísse no chão.

— Ollie!

— Baby, olha pra mim. – Felicity olhou confusa para o homem que havia impedindo-a de cair no chão. – Respira, respira.

— Ollie, o que você está fazendo aqui? Você veio matar Felicity?

— O que? Não. – Oliver olhou para cima, para sua irmã, foi quando ele viu Gholem Qadir. – Thea, não me faça perguntas agora, preciso que fique com Felicity, mantenha-a sentada para que ela possa respirar melhor, eu vou buscar ajuda. Oliver deixou relutante sua esposa e saiu atrás de Gholem. – Gholem. O que você fez?

— Al Sa-him, eu não te devo satisfações.

— Você vai me dizer agora, ou eu te mato. – Oliver agarrou Gholem pelo pescoço. – O que você fez com ela?

— Ela era a minha missão. Felicity Smoak precisa morrer.

— Por quê?

— Porque Ra´s quis assim.

— O que você colocou no copo dela?

— Eu coloquei no seu drink de maçã um pouco de licor de amendoim.

— Ela é alérgica a amendoim.

— Eu sei.

Gholem Qadir aproveitou que Oliver se distraiu e fugiu. Sem perder mais tempo Oliver volta para Felicity e começa a vasculhar sua bolsa.

— O que você está procurando? – perguntou Roy.

— Felicity é alérgica a amendoim, ela sempre anda com uma caneta Epipen na sua bolsa. Achei.

Oliver aplicou o remédio na perna de Felicity, ela começou a voltar ao normal.

— Oliver, Oliver.

— Hei, hei, eu te peguei.

— Eu me lembro.

— Eu sei. – Oliver acariciou seu rosto, lagrimas começaram a escorrer pela bochecha de Felicity, ambos riram felizes.

— Ollie. – Thea chamou a atenção de Oliver. – Os paramédicos chegaram.

Os paramédicos colocaram Felicity na maca sob supervisão de Oliver, eles se deram as mãos quando a maca começou a se movimentar e só largaram quando os paramédicos precisaram levantar a maca para colocarem dentro da ambulância. Tão logo Felicity estava instalada, Oliver sentou-se do seu lado.

— Você me encontrou novamente.

— Eu sou sua cola, Baby.

— Sr. Queen, Sra Queen, apertem os cintos. Hahahahah

O motorista da ambulância tirou a máscara de proteção revelando na verdade ser o Sr. Pesadelo.

O som da sirene foi ficando cada vez mais alto fazendo com que Oliver e Felicity protegessem seus ouvidos, até que tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Ra ´s (madrasta) Poço de Lázaro (espelho mágico) Sarab/Maseo (o caçador) Sara, Thea, Lyla, John, Roy, Barry e Rene (os sete anões) Oliver (príncipe) Felicity (Branca de neve). Comentem se eu devo continuar, o que devo mudar ou melhorar, preciso de feedback. xoxo