Era 21 de abril de 1858, naquela noite acontecerá uma grande festa no castelo da minha família, não nada em especial para ser comemorado mais papai sempre diz que não precisa ter um motivo para ter uma festa e que todo dia era dia de festa.

Eu estava no meu quarto terminando de me arrumar enquanto Kessi, a minha dama de companhia, apertava o meu corselet e eu olhava as carruagens chegando no jardim.

-Deseja algo mais?- Kessi perguntou quando terminou de amarrar o meu corselet.

-Não, Kessi obrigada. - Eu respondi e voltei a olhar a janela, respirei fundo, coloquei a minha mascara e fui ao encontro de meu pai.

Aquela noite eu veria Peter, o homem que eu realmente amava, e infelizmente, eu teria que ver Karl, o noivo que meu pai tinha arrumado para mim, eu odiava ele, ele era tão asqueroso.

Quando descia as escadas de braço dado com o meu pai, logo fui procurar pelo Peter, meu pai passou a minha mão para Karl que me deu um beijo molhado na minha bochecha, aquilo me causou repulsa, quando olhei para a minha direita Peter estava lá, seu cabelo estava mais preto por causa do gel, seus olhos azuis fazia contraste com a sua pelo branca, ele sorriu para mim, seria questão de minutos para que Karl começasse a conversar com os membros da nobreza e eu me entregaria a Peter, nós tínhamos que aproveitar o nosso tempo juntos já que cada vez ficava mais difícil de nos encontramos .

-Victoria, vamos conversar com o Lord Michel. -ele disse no meu ouvido.

-Eu tenho que falar com umas amigas minhas, desculpe, mais você sabe que eu não gosto muito de falar sobre política.- Eu disse para ele

-Eu entendo. -ele disse beijando a minha testa, eu podia ver a raiva nos olhos de Peter que estava atrás de Karl.

Eu me distanciei de Karl e Peter começou a me seguir sutilmente, nos encontramos perto de uma fonte que tinha na parte de trás do castelo, era o lugar perfeito já que ninguém ia lá, nos abraçamos o cheiro dele me atingiu como da primeira vez.

-Eu não suporto a idéia que outra pessoa toque os seus lábios. - ele disse pegando o meu rosto entre suas mãos 

-Ninguém, alem de você, tocou os meus lábios. - eu disse, ele tocou os meus lábios com os dele pela primeira vez naquela noite, seus beijos era tão suave, sensual, ele explorava cada canto da minha boca.

Peter era a melhor pessoa que eu tinha conhecido, ele me tratava bem e me dava atenção ao contrario de Karl.

-Tem um quarto lá em cima que ninguém vai. - eu disse passando a minha mão em seu braço musculoso.

-Você vai na frente e me espera lá.- Ele ordenou sorrindo maliciosamente.

Eu me virei e percorri todo o jardim, mais uma vez, passei pela cozinha os empregados estranharam a minha presença na cozinha, finalmente cheguei ao salão, passei por grupos de pessoas e mesas com o banquete, estava quase chegando ao final do salão quando senti uma mão fria no meu braço.

-Onde você vai, Victoria?- Karl me perguntou arrastando-me de volta para o salão.

-Eu vou trocar de roupa o vestido esta me incomodando. -ele disse e ele me deixou ir.

Eu subi as longas escadas e fui para o quarto que ficava a direita do meu, quando entrei Peter estava lá com uma rosa em sua mão, iluminado pelo luar, ele me deu a rosa quando fui agradecer ele me beijou, eu pode sentir todo o desejo e amor naqueles beijos, senti a sua mão pelo o meu corpo até a minha cintura onde ficou por um tempo.

-Obrigada pela rosa. -eu disse quando nós dois estávamos recuperando o ar.

-Eu queria poder te dar algo mais valioso do que essa rosa.-ele disse

-Esqueça, você já me deu o seu amor não há nada mais valioso do que isso.-eu disse.

Ele puxou a minha cintura para perto de seu corpo e me beijou mais uma vez, suas mãos encontraram o amarril do meu corselet e logo desfez o laço, suas mãos encontraram a minha pele e eu arfei.

Ele começou a beijar o meu pescoço, eu fechei os meus olhos e joguei a minha cabeça para trás, quando voltei para a posição normal vi Karl parado na porta do quarto com uma arma na mão o primeiro tiro acertou Peter em cheio, eu pode sentir o seu sangue na minha pele e o segundo tiro atingiu o meu coração em cheio.