Outra Pessoa escrita por JennyMNZ


Capítulo 2
Chat Noir & Ladybug


Notas iniciais do capítulo

É ISSO MESMO QUE VOCÊS ESTÃO VENDO, EU ESTOU ATUALIZANDO (palavra que aqui significa adicionar um novo capítulo que avança o enredo de uma história) ESSA FANFIC DEPOIS DE QUATRO ANOS!!!!! Afinal, eu falei que um dia eu ia conseguir...

Sem zuera, foi difícil, foi duro, foi complicado. Especialmente porque eu ainda não sei bem ao certo como vou acabar. Me sinto como se tivesse subido num ônibus sem ler o letreiro e agora tô aqui olhando pela janela vendo onde eu vou parar.

Mas ainda assim, gostei muito de escrever esse capítulo, e espero poder escrever mais. Acima de tudo, espero que vocês gostem das invenções que eu me meto, e que gostem do produto final

Sem mais delongas...



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— Você está bem, Chat Noir?

A voz de Ladybug o traz de volta dos seus pensamentos com um sobressalto. Então ele piscou, surpreso quando percebeu que sua mente estava vagando no meio de uma patrulha e que ele passar os últimos minutos olhando para o nada.

— Hm? Oh! Sim, eu tô bem. — Ele tentou parecer concentrado pelo bem de sua Lady, mas o suspiro frustrado dela demonstrou que ela não estava nada tranquilizada.

— Sabe... Você nunca me diz nada...

— Hm? — O tom de tristeza na voz dela o surpreendeu. — Como assim?

— Sobre seus problemas... Sobre você.

— Não foi você quem disse que não devíamos misturar nossos deveres de super-herói com nossas vidas pessoais?

Tinha sido ela sim. Ele lembrava, ela lembrava. Eles dois sabiam o quão determinada ela era para não saber demais das vidas civis um do outro. Ela acreditava que saber detalhes demais da vida privada dele seria perigoso.

Na verdade, Chat Noir sempre tinha respeitado a escolha dela, e ele não tinha intenções de parecer irritado e ofendê-la, mas sua pergunta o lembrara das tantas vezes que ela tinha se fechado para ele sempre que ele dava o primeiro passo, e isso o tinha irritado.

— Minou... — O sussurro dela soou um pouco magoado e ele se repreendeu um pouco. Ele sabia que ela só tinha as melhores intenções no coração e, apesar de tudo, ela sempre o via como um amigo.

Era por isso que ela era tão importante para ele.

Chat se afastou do toque dela como se o queimasse. Sua respiração ficando irregular.

Ele não aguentava mais isso. Ele não aguentava mais. Ele tinha chegado no seu limite e não aguentava mais. Não quando a figura dela, parcialmente coberta pela escuridão, parecia tanto com Marinette que ele quase podia acreditar que ela estava sentada ao seu lado.

Ele não aguentava mais viver assim, pensando em Marinette quando estava ao lado de Ladybug; e se sentindo culpado por Ladybug sempre que segurava a mão de Marinette. Ele simplesmente não podia fazer isso com nenhuma das duas – nem com ele mesmo.

E foi por isso que, antes que sua Lady pudesse abrir a boca para perguntar o que havia de errado com ele, ele a segurou pelos ombros e deixou a cabeça cair enquanto suspirava.

— Desculpa.

— Chat...

— Me perdoe, Ladybug, — ele começou a explicar seu comportamento súbito e estranho, ainda incapaz de olhar nos seus olhos, — Mesmo depois de prometer esperar por você e amar só você, eu falhei. Eu nunca quis que isso acontecesse, eu juro. Acredite, eu tinha certeza que poderia amar só você minha vida toda, e eu ficaria feliz com isso, mesmo que você nunca gostasse de mim, mas...

— Chat Noir...

— Me desculpe, my Lady, — ele ignorou sua tentativa de dizer algo e continuou seu discurso de desculpas, — Mas tem outra pessoa. Eu amo outra pessoa. — Houve um momento de silêncio depois da sua confissão, e ele hesitou antes de continuar, — Talvez eu nunca consiga te esquecer completamente. E a verdade é que ainda somos parceiros e amigos. Vamos sempre ter essa conexão, mas meu coração... Eu não posso controlar meu coração.

Ela não disse nada a princípio. Ele manteve os olhos fixos no chão, esperando que ela dissesse algo, qualquer coisa. Que ela atravessasse e preenchesse essa lacuna que ele sentia que tinha acabado de colocar entre eles, porque ele não tinha condição nenhuma de se fazer sentir melhor com essa situação.

Mas, mesmo assim, ela o pegou de surpresa quando disse:

— Ela é uma garota de sorte.

— Ladybug! — Ele levantou a cabeça de vez, pronto para protestar, pronto para impedi-la de tentar fazê-lo se sentir melhor, mas ela balançou a cabeça e colocou um dedo nos seus lábios para impedi-lo de falar.

— Agora ouça bem. Não fique triste, Chaton. — Ela sorriu ao abaixar a mão, tirar as mãos dele dos ombros dela, consertando sua postura, e ele só podia deixar ela fazer o que queria, olhos arregalados de admiração, — Fui eu quem te rejeitou, não? — Ladybug dá de ombros e então dá um tapinha de leve no seu braço, — Fico feliz que sua garota não cometeu o mesmo erro que eu.

— Desculpa.

— Para de se desculpar! — Ela dá uma bronca bem humorada, sorriso crescendo o máximo possível em seus lábios, — Estou realmente feliz por você.

— Hã?

Com a sua segunda cara de confusão, ela riu e cutucou-o de leve, como se estivesse tentando acordá-lo.

— Você é um amigo precioso para mim, Chat Noir, — ela disse, mais alto dessa vez, — Eu nunca quis que você gostasse de mim a vida inteira. Eu sempre quis e sempre vou querer que você seja feliz. Tá bom?

— Sério?

— Desde que você realmente a ame e não a comida dos pais dela.

— Perdão?

Ela riu e ele se encolheu, pego de surpresa com seu comentário afiado. Ela claramente o estava provocando, ele conhecia aquele olhar e aquele tom de voz. Ela estava zoando dele abertamente, mas a única maneira de isso ser possível seria se soubesse que fora por Marinette que ele se apaixonara.

Ele ficou boquiaberto quando se tocou disso. Ele estremeceu, já temendo uma bronca sobre como era desleixado e descuidado, uma observação de que ele tornara óbvio seu namoro secreto para toda a Paris e que colocara todos eles em perigo.

Mas então ela piscou para ele, e ele se encheu de alívio. Estava tudo bem. Era só que sua Lady era uma grande detetive – e também muito discreta, então ele nunca saberia como ela descobriu – e ela apoiava o seu (meio que) novo relacionamento.

Parte dele se sentiu aliviado por as coisas serem tão simples de resolver, mas a outra parte não parava de se culpar por não ser tão firme e inabalável quanto ele desejava com seus sentimentos por ela.

— Não consigo deixar de me sentir culpado por isso... — ele murmurou, mas ela balançou a cabeça veementemente.

— Não sinta. Eu também vou encontrar minha felicidade.

— Ah, é. — Ele se lembrou da vez que ela o rejeitou diretamente, e que ela lhe dissera que já estava apaixonada por outra pessoa. Naquela época ele ficara bastante magoado, mas agora isso era um alívio; ela não ia ficar sozinha depois de ele ter quebrado sua promessa, — Eu te desejaria boa sorte, mas se aquele cara que você gosta não te notou, que pena pra ele.

Esse comentário, no entanto, faz Ladybug dar de ombros e rir de leve.

— É, eu meio que já superei ele.

— O quê? Tá me dizendo que um cara em Paris tinha todo o afeto de Ladybug, e que agora ele perdeu? E sem fazer nada? Ele é burro.

— Ei, não fale mal dele, — ela cruzou os e o encarou severamente, — Ele ainda é um amigo que eu gosto muito.

— Tá bom, — Chat Noir suspirou e pensou alto consternado, — Mas eu espero que ele nunca descubra... Ele ficaria tão arrasado!

— Ele não precisa saber. Além do mais, eu acho que tenho outra pessoa?

— Quem é?

Ele se inclinou para mais perto, esperando encontrar uma fofoca da maior super-heroína de Paris. Mas ela continuava a mesma pessoa privada de sempre, então só cutucou sua bochecha e o afastou.

— Não vou falar! Mas ele é muito charmoso e bonito.

— Eu não acho que alguém possa te merecer.

— Eu acho que eu não o mereço. — Havia uma fagulha de tristeza nos seus olhos, e antes que ela pudesse disfarçar seu sorriso desapareceu e seus ombros caíram em desânimo, — Será se eu consigo ser feliz desse jeito?

Esses foram os maiores absurdos que Chat Noir já ouvira. O primeiro, que ela não poderia merecer um cara de Paris. E o outro, que ela não poderia ser feliz.

Então, porque esse é o dever de um amigo, ele sorriu e a abraçou com força, e disse a verdade que ela aparentemente não podia ver.

— Você vai ser feliz, My Lady. Você merece ser, mais do que qualquer outra pessoa.

Se tinha uma coisa que Chat Noir sabia era isso.

Ele se despediu e se afastou do prédio, mas não antes que ele pudesse ouvi-la sussurrar ansiosamente às suas costas.

— Eu não teria tanta certeza.

Mais tarde naquela noite, depois que Adrien fechou os olhos, o rosto triste de Ladybug ocupou sua mente. Ele sabia que ela não estava triste por causa dele ou de qualquer coisa, mas ele se sentiu mal depois de ver aquele tipo de expressão em seu rosto.

Ele fez outra promessa silenciosa para sua Lady, então. Uma promessa de que, se a outra pessoa dela não conseguisse fazê-la feliz, ele ia atrás do cara até o fim do mundo e o faria pagar por isso.

Então o rosto de Ladybug se dissolveu no de Marinette e Adrien sorriu enquanto adormecia.


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Notas finais do capítulo

Tava com uma saudade de escrever sobre eles, vocês não tem ideia...

Opiniões são bem-vindas.
Elogios sempre aceitos.
Críticas apreciadas.

:)



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