Eu estava parada na frente daquele hospital esperando ele sair.

—Olha que incrível, eu tô a uma semana com você e quase fui morto.

—Pior que essa a primeira vez em uns quatro anos que isso acontece.

—Então pelo visto não teremos muitas aventuras- ele riu irônico.

—Tá querendo morrer Rick?

—Gosto de aventura.

—Porque Rick?

—Precisava de um novo quando entrei no programa já que não podia usar o meu- seu olhar se perdeu por um instante.- pior que só três corajosas sabem meu nome real.

—Que exclusividade- eu ri auto.

—Só você a Finlay e o Jonny sabem meu nome verdadeiro.

—Que honra- ele me abraçou.- e porque decidiu me contar.

—Porque somos tudo que restou, passei anos sozinho, não queria isso para você.

—Valeu- um sorriu para o outro.

—O que estão comemorando sem mim- Paul parou ao nosso lado.

—Nada- Caleb me soltou e abraçou ele, os dois eram legais comigo mas ainda tinha um rixa entre eles- vem cá baxinha- os dois me abraçaram.

—Que tal ir para casa- eu me desvenciliei dos dois.

—Você não tem noção de como eu estou feliz por sair daqui- nos três caminhamos em direção ao carro, ainda era estranho entrar em um após o ocorrido.- e como foi a banca?

—Você não tem noção de como essa baixinha foi fenomenal- Caleb estava tão entusiasmado quanto eu.

—Obrigada pelo elogio- eu dei um tapa no ombro dele e me sentei confortavelmente no banco do carro- foi incrível Paul, só não foi melhor porque você não estava lá.

—PARTIU CASA- Paul gritou animado.

NICK STOKES 

 Aqueles corredores me trazia lembranças de coisas que ainda não tinha vivido porém imaginava. Cadê passo naquela cidade era marcado por lembranças dela, parecia clichê o quanto ela ainda mexia comigo, mas era difícil não lembrar daquele sorriso, daquela voz, seu angelical rosto de sono.

—SURPRESA- aquelas vozes interromperam meus pensamentos, eles estavam ali, minha nova equipe e meus antigos colegas de trabalho.

—Nick- Sarah me encarou supresa.

—Um festa surpresa- eu os encarei.

—E para o novo diretor- ela me abraçou feliz pelo reencontro- quando chegou?

—Cheguei hoje cedo.

—Porque não ligou- Cath deu um tapa no meu braço- teríamos ido te buscar no aeroporto.

—Eu queria fazer surpresa porém o efeito foi oposto.

—E aí o cara já chegou- Warrick entrou todo animado mas surpreso em me ver- e aí cara o que te trás a Las Vegas.

—Eu tô me mudando para cá.

—Então desistiu do quântico?

—Não, eu decidi dar uma mudada de áreas.

—Então seja bem vindo de volta.

—Quando decidiram entrar para Fbi?- eu estava curioso.

—Um pouco depois que você saiu daqui.

—Que legal- eles tinha feito até um bolo- eu posso pegar um pedaço desse bolo.

—Esse é o bolo para o novo diretor- Sarah se aproximou de mim- fizemos para amansar a fera.

—Acham que o novo diretor vai ser tão ruim assim?

—O anterior não era um dos melhores, então estamos tentando ganhar as graças dele.

—Eu agradeço pelo bolo, mas não acho que preciso ser amansado.

—Como assim Nick- os três me encararam.

—Eu gosto de bolo, porém não um feito que essa a intensão e outra o cara nem e tão ruim assim.

—Você o conhece?

—Sim o conheço e o cara não é tão ruim quanto vocês imaginam.

—Como o conhece?

—Acha que eu estou aqui para que?- eu os encarei enquanto me deliciava com um pedaço de bolo.

—Você é o novo diretor- os três estavam boquiabertos enquanto eu acenava com a cabeça.

—Seja bem vindo diretor- Cath veio me dar um abraço, era a primeira vez em quatro anos que eu os fazia ficar de cara com algo, ou melhor era a primeira vez na vida deles que isso ocorria.

—Somos sua nova equipe- Warrick parecia feliz da vida.

—Vocês não sabem o quanto me deixaram feliz- eu passei um considerável tempo abraçando cada um deles, aquela era a prova que eu tinha voltado para casa.

—Tem um caso- Greg entrou correndo porém se assustou ao me ver- o que você está fazendo aqui?

—Oi para você também cara- eu o comprimento pode seu rosto de chocado continuava- pelo visto não está muito feliz em me ver não é Sanders.

—E que eu não esperava- ele me encarou um pouco mais alegre e veio me cumprimentar- e aí veio para conhecer o novo diretor?

—Greg- Sarah tentou chamar sua atenção porém não surtiu efeito.

—Novo diretor?

—O nosso se aposentou e contratam um prego para lugar dele.

—Imagino que saiba quem ele é- eu comecei a dar corda.

—Não a única coisa que eu sei e que ele é insuportável.

—Eu adorei o jeito que se refere a um supervisor- eu coloquei minha mão no ombro dele e comecei apertar.- eu deveria te dar uma suspensão Sanders.- ele me encarou assustado.

—Greg- Sarah se aproximou de nos- ele é o novo diretor.

—Como assim- ele estava horrorizado.

—Eu vim direto do quântico para cá, sou o novo diretor desse departamento.

—Seja bem vindo cara- ele tentou me abraçar porém eu me afastei.

—Temos um caso para resolver- eu saí andando deixando eles de boquiabertos.

Não tinha gostado da brincadeira, mesmo não sendo um carrasco não gostei de ser comparado a um, porém eu estava feliz em estar ali com eles.

DIAS ATUAIS NICK STOKES 

—Tá me ouvindo Nick- Cath estava parada na frente com aquele papel.- sei que não era com você planejava, porém isso é a mostra que nosso destino e ficarmos juntos.

—De quanto tempo você está?

—Entrando para quinta semana.

—Eu vou ser pai- eu a abracei, eu estava feliz.

—Você vai ser papai em oito meses.

Aquela notícia tinha tirado meu chão, quando eu comecei a ver um futuro de volta com a Sophia, aquilo me deixou assustado.

—Tá na hora Nick- o Warrick entrou na sala interrompendo nossa comemoração.

—Ja pegaram ela- ele simplesmente balançou a cabeça positivamente.- Cath você fica.

—Mais o Nick- ela tentou discutir.

—Só me obedece.- eu saí do escritório em silêncio ao encontro da equipe que estava na garagem com a Victória

—Para onde estao me levando?- Victória  nos encarou impaciente.

—Temo um encontro familiar irmãzinha- nenhuma das duas estavam muito feliz ali.

—Você vai me levar até ele- Sophia simplesmente concordei- eu nao posso ir até ele.

—Porque?- eu parei ao lado da Sophia.

—Ele não vai gostar de saber que eu o entreguei.

—Relaxa que ele já sabe- ela não ficou assustada com aquilo.

—Para onde vamos Victória?- Sophia estava um pouco ansiosa.

—Ultimo andar do Cassino Mandalay- Sophia me encarou surpresa.

—Ele está se escondendo no cassino da mamãe?- pelo visto ela conhecia o local.

—Ele sabia que você nunca o procuraria la- ela não respondeu nada, só agarrou o braço da irmã e a colocou dentro do carro e saiu cantado pneu com se não estivéssemos ali.

—Eu vou atrás delas- eu saí em disparada, atrás da Sophia, eu a conhecia e sabia que ela podia ser bem cabeça quente.

SOPHIA MACKENZIE.

 Ela estava assustada com a possibilidade de perder as filhas que nos ajudar seria fácil.

—Para onde estao me levando?- ela nos encarou impaciente.

—Temo um encontro familiar irmãzinha- ela não estava muito feliz com aqui.

—Você vai me levar até ele- eu apenas concordei- eu posso ir até ele.

—Porque?- Nick parou ao meu lado.

—Ele não vai gostar de saber que eu o entreguei.

—Relaxa que ele já sabe- ela não ficou assustada com aquilo, como se já esperasse.

—Para onde vamos Victória?

—Ultimo andar do Cassino Mandalay- aquele lugar era familiar.

—Ele está se escondendo no cassino da mamãe?

—Ele sabia que você nunca o procuraria la- eu não respondi, simples te agarrei seu braço e a arrastei para o banco de trás do carro e a prendi a porta e entrei no carro e sai cantando pneu dali.- achei que iria esperar sua equipe?

—Eles vão me seguir- eu tinha medo de machuca-los, por isso não queria que ele fosse juntos,  porém meu desejo não tinha sido ouvido- porém nosso papo familiar não pode esperar.

—Você me dá medo as vezes- eu entrei com tudo no estacionamento do Cassino e parei até fora da vaga, eu não tinha tempo para formalidades.

—Você não me conhece- eu abri a porta do carona e retirei ela de dentro do carro e a algemei ela a mim- se eu fosse você não tentaria nenhuma coisa estúpida.

Eu não sabia com quem eu estava mais brava, todas as pessoas que deviam me proteger ou tinham morrido ou estavam tentando me matar, e as pessoas que eu tentava proteger acabavam morrendo, eu sou um perigo.

Quando a porta se abriu o corredor estava totalmente escuro, o andar em si nunca foi utilizado já que servia exclusivamente ao meus pais no início do casamento, eu dei alguns lentos passos ainda algemada a ela, porém aquilo fez com que minha mobilidade ficasse quase nula.

—Olá meninas- o ambiente se iluminou e ele apareceu do outro lado do salão.- que bom te ver Victória.

—Pai- eles se encararam- que bom te ver.

—Então você me entregrou para sua irmã- ele começou a caminhar em nossa direção- eu não pensei que fosse tão fácil traze- lá até mim.

—Eu vim aqui para te prender Nicolas- ele soltou uma risada alta.

—Acha que vai ser tão fácil me pegar- ele se aproximou de mim e segurou o braço da Victória que estava algemado ao mei- eu achei que tivesse te ensinado melhor minha filha.

—Aiii- o som do grito da Victória rompeu o ar- seu desgraçado- eles estavam se encarando enquanto ela se afastava de mim, e a algema que ate segundos antes nos prendiam uma a outra agora só estava no meu braço, já que o Nicolas tinha quebrado o dedo dela para retirá a algema.

—Sabia que podia ter me pedido a chave- eu saquei minha arma e os encarei enquanto ele colocava o dedo dela no lugar.

—E você teria me dado- ele se afastou dela e veio em minha direção- que tal abaixa essa arma querida, não vai querer atirar no seu querido pai.

—Você já está morto, não vai fazer muita diferença.

—Meu amor- ele passou a mão no meu rosto, mesmo estando arma a aquilo não era o suficiente para intimidade-lo.- eu fiz tanta coisa por você e vai ser assim que me retribui.- ele se aproximou de mim e me abraçou bem forte fazendo minha arma cair no chão por conta da surpresa.

—Eu sempre tive medo que esse dia chegasse- Victória interrompeu aquele momento e apontou uma arma para nós ou melhor apontou minha arma.- seu coração de manteiga com certeza trairia a causa.

—Victória abaixa isso- Nicolas se aproximou dela, porém um tiro o parou ali mesmo- filha- ele caiu de joelho entre nós duas.

—Isso é pelo Efraim- ela atirou de novo e dessa vez ele caiu- isso é por ter escolhido ela todas as vezes.

—Eu sempre- eu tentei me aproximar dele, porém ela também atirou contra mim, acertando meu braço de raspão- eu sempre imaginei que seria a Sophia a acabar comigo não você filha.

—Você nunca foi meu pai, já que escolheu protege-la.

—Victória abaixa isso- eu tentei novamente caminhar até ela.

—O que vai acontecer com as minha filhas?- ela me encarou querendo resposta- me diz o que vai acontecer com ela?

—Possivelmente seram retiradas em definitivo de você e colocadas em lares provisórios separadamente.

—Eu nunca quis filhos- seus olhos se entristeseram- quando eu engravidei da Cassie eu pirei, o Nicolas queria que eu tirasse mais eu desejei aquele bebê.

—Você ficou com ela- Victória fez silêncio.

—Só que o que eu realmente sou nunca saiu de mim, não importa o quanto eu tente as lembrar nunca vão embora.

—Que lembranças?

—O Efraim e o Brain encostaram em mim durante anos, enquanto você teve sua vida perfeitinha.- ela começou a chorar.

—Eu sinto muito.

—Não minha para mim- ela se aproximou e colocou a arma de frente para o meu peito- você não sente nada por mim.

—Não é bem assim Victória, você e minha irmã, tudo que acontece você mexe comigo também.

—Claro porque se não fosse eu teria sido você, é bem provável que você não sobreviveria.

—Eu nunca odie  voce- Victória começou a pressionar meu machucado- em partes  isso me fez crescer, me fez deixar de ser aquela garota ingênua, me fez conhecer o amor.

—Você não tem noção de como eu invejo isso em você.

—Achei que amasse o Richard.

—Ele era um amigo que cuidou de mim, durante um tempo, mas nunca foi amor.

—Que tal você abaixa essa arma e ai conversamos uma maneira de ter suas filha de volta.

—Não posso ficar com elas- Victória se afastou um pouco de mim- se eu ficar com elas não vou poder para isso.

—Parar o que- eu tentei me aproximar dela

—VICTÓRIA ABAIXA ESSA ARMA- a voz dele rompeu o silencio que estava se formando entre nós duas- ABAIXA AGORA.

—Detetive você não sabe o quanto e bom te ver- ela agarrou meu braço e se colocou atrás de mim- não pretende matar alguém que acabou de voltar dos mortos né?

—Victória me solta- eu o encarei, ele estava ali, porem em seus olhos eu via uma apreensão de que algo ruim acontecesse.

—Eu não vou voltar para cadeia- eu tentei me soltar- sabe eu sempre invejei vocês dois, mesmo tendo ficado anos sem se ver ainda se amam.

—Você ainda pode ter isso- ele tentou se aproximar mas ela se afastou ainda mais.

—Não posso, acho que nunca mais vou sentir isso.

—Quanto melodrama Vic- uma voz saiu de trás de nos- isso nunca foi por amor- eu já tinha ouvido a anos atras- você sabe que nada disso estaria acontecendo se a sua doce irmãzinha tivesse ajudado a gente desde o inicio- eu senti o cano gelado de uma arma no meu pescoço- só que todos falharam e agora só vai restar eu- o barulho tiros não foi pior que a sensação das balas passando por mim e o Nick me puxando para longe daquele homem.

—Você tá bem- ele me abraçou forte me impedindo de olhar o que tinha acontecido.

—Você está bem Nick- antes que pudéssemos falar qualquer coisa, aquela mulher entrou em nosso campo de visão.

—O que você tá fazendo aqui- ele me soltou por um instante e a encarou bravo.- sabe que isso é perigo

— fiquei preocupado com você,  e outra o bebê está bem- aquelas palavras doeram mais do que o tiro.

Mesmo assim eu disse que vinha sozinho.- eu me desvenciliei dos braços dele- Sophia- era a primeira vez que ele notava minha presença, eu simplesmente me virei a caminhei lentamente em direção ao corpo da Victória que estava caído a poucos passos de mim.

—Eu sempre imaginei esse dia- ela não estava nada bem- porém eu prefiro que seja assim do que voltar para cadeia.

—Eu prefiro que fique aqui- eu comecei a pressionar a ferida dela.

—Cuida delas pra mim- lagrimas começaram a cair dos meus olhos.

—Você vai cuidar delas- Victória tentou rir-

—sabe que isso nunca vai acontecer, mesmo que eu sobreviva, não vou querer que elas tenham que crescer indo visitar a mãe naquele buraco.

—Elas não podem te perder- eu limpei as lágrimas que insistiam em cair- não acho que seja isso que você deseje.

—Só cuida delas para mim- ela passou as mãos no meu braço- não deixe que elas sejam separadas.

—Eu não tenho vocação para babá.

—Elas não precisam de uma babá, ela precisa de uma mãe e sei que você e o detetive seram bons para elas.

—Não existe eu e ele- eu falei um pouco mais alto na intenção que ele notasse.

—Me promete que não vai deixá-las acabar como eu.

—Vou dar um jeito de colocar elas em um bom lar.

—Não existe um lar melhor do que um com a família, sei que me odeia só não deixa elas sozinhas eu posso não ter sido a melhor mãe mais sei que você vai ser.

—Não desiste ainda- eu já estava chorando mais que uma criança.

—Já faz tempo que eu morri só que eu ainda não tinha sido enterrada- ela passou as mão em uma parte do meus rosto secando minhas lagrimas- só me promete que nunca vai deixar elas sozinha.

—Eu prometo.

Nunca entendi muito o porque aquilo tinha que acontecer justamente comigo, eu só queria que os responsáveis pela morte dos meus pais pagassem pelo que tinham feito, porém  agora que tudo tinha acabado eu estava perdida, tudo que tinha acontecido comigo naqueles últimos anos agora passavam com um filme diante daqueles corpos, e perguntas vinha a minha cabeça...