If I could fly escrita por vivikasc


Capítulo 1
If I could fly


Notas iniciais do capítulo

Primeio e antes de tudo quero dar alguns TW da minha fic pois ela aborda o tema Transfobia e Homofobia. Em se tratando de Homofobia eu não acredito que sirva de gatilho pra ninguém porque é uma menção rápida sobre uma situação passada mas to aqui avisando. Caso qualquer pessoa comesse a se sentir desconfortável lendo eu peço por favor que não continue a leitura.



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23 de dezembro de 2019.

If I could fly, I'd be coming right back home to you
I think I might give up everything, just ask me to

“Tem certeza que você não consegue chegar a tempo? ” Eu perguntava em um tom extremamente aborrecido no telefone para meu namorado que se encontrava no outro lado da linha, estava deitado no sofá da sala do nosso apartamento e não queria soar incomodado já que ele estava viajando a trabalho, mas este ano ele tinha me garantido que estaria em casa para ao menos a ceia da véspera. Ele sabia como essa época do ano era difícil para mim, ter crescido em uma casa grande, cercado de pessoas e hoje estar completamente sozinho, sem contato com nenhum deles.

“Eu vou tentar chegar a tempo para o dia vinte e cinco Sirius, eu prometo, mas é final de ano, os aeroportos estão completamente cheios e a empresa esqueceu de comprar a minha passagem, eu tô tentando amor, prometo. ” Ele me respondeu e sua voz parecia cansada, mas é óbvio que estaria assim, ele estava preso em um aeroporto do outro lado do país por horas, sem previsão de conseguir embarcar e isso após passar duas semanas em conferências com um povo insuportável do trabalho dele.

Eu sei que eu não deveria ser egoísta, tenho plena consciência disso, mas ainda assim era natal e eu ainda assim precisava da atenção dele, ao menos nesse final de semana. Ao menos para a ceia de Natal.

Eu fiquei em silêncio no telefone, não queria parecer ingrato, não queria deixar ele ainda mais nervoso com essa situação, mas ao mesmo tempo não queria negar meus sentimentos, levei muito tempo trabalhando isso com a minha terapeuta, eu simplesmente não podia mais reprimir o que estava sentindo porque era o que eu achava que as outras pessoas iriam querer que eu fizesse. Tinha feito isso por muitos anos, não podia cair nesse velho habito novamente.

“Amor, você ta chateado? ” Ele me perguntou com a voz mais suave que conseguia fazer e apenas isso já me fazia romper qualquer das minhas barreiras. Eu conhecendo o Remus da maneira que eu conhecia tinha certeza que ele estaria fazendo de tudo para tentar chegar em casa a tempo.

“Por favor, tenta chegar para o dia vinte e cinco. ” Respondi no meu tom de voz cansado.

“Eu vou tentar, você sabe que eu vou, a última coisa que eu queria era te deixar sozinho em mais um natal, eu sei o quanto essa data é importante pra você. ”

Ficamos mais alguns segundos sem se falar pelo telefone, apenas escutando a respiração um do outro, nenhum com vontade o suficiente para desligar, estávamos a duas semanas sem se ver e a saudade era grande.

Não era como se nós fossemos dependentes um do outro, longe disso, éramos nossas próprias pessoas e sabíamos que éramos indivíduos antes de sermos um casal, mas ao mesmo tempo nós estávamos juntos a tantos anos que a presença um do outro trazia uma sensação gostosa de conforto e familiaridade.

“Seus pais entraram em contato? ” Ele resolveu me perguntar depois de alguns minutos em silêncio.

“Não, e os seus? ” Menti, meus pais haviam entrado em contato, da mesma maneira que tentavam entrar em contato todos os anos, mas essa não era uma conversa que eu queria ter por telefone, não quando eu sabia que ele não poderia magicamente se telentrasportar para a nossa sala de estar e me dar um abraço.

“Desejaram um feliz natal, te mandaram um beijo, eles ficaram tristes que não conseguiram vir para a ceia, mas prometeram que o ano novo eles passam com a gente. ” Eu sorri pensando nisso, adorava os pais do Remus e em diversos sentidos eles eram meus pais também, eles tinham me apoiado quando ninguém mais o tinha feito, fora o próprio Remus.

“Diz pra eles que o quarto de hóspedes tem um lençol novo que é incrível caso eles queiram te dar um irmão vinte e quatro anos depois. ” Respondi tentando fazer graça para ao menos aliviar a tenção.

“Sirius Black, o que eu faço com você? ”

“Me paga umas cervejas por ter se atrasado. ” Falei dando uma leve risada, o tom da conversa rapidamente mudou para provocações e piadinhas, da maneira como nós éramos normalmente e da maneira que sabíamos melhor lidar um com o outro, o que me deixava mais tranquilo. Ficamos por um tempo ainda no telefone até que Remus me disse que precisava desligar pois ia novamente conversar com a moça da recepção que estava o ajudando.

I've got scars even though they can't always be seen
And pain gets hard, but now you're here and I don't feel a thing

Assim que a ligação se encerrou eu me levantei do sofá e fui direto para o balcão da cozinha, onde havia um envelope branco com o tradicional brasão da família Black. Pleno século XXI e minha família ainda acha que usar brasão é algo legal, olha, sinceramente.

Peguei o envelope e olhei novamente o endereçamento “para Sabrina Black”.

Sabrina.

Coloquei o envelope novamente no balcão sem nem me importar em abrir, ele teria o mesmo destino que todos os outros tiveram, diretamente para o cofre que Remus guardava a sete chaves, caso um dia eu queira abri-los. Mas não, por mais difícil que fosse, por mais tentador que pudesse ser ler alguma coisa vinda deles depois de tantos anos, eu simplesmente não podia, não enquanto eles ainda me chamavam pelo meu nome de batismo.

Decidi tomar um banho, a chegada da típica carta de natal de Orion e Walburga e minha ligação com Remus tinham me deixado cansado e eu precisava recuperar as minhas energias.

Liguei o chuveiro lembrando do meu primeiro encontro com o Remus, fazia um mês que eu tinha praticamente sido expulso de casa pelos meus pais e não tinha um lugar para dormir, até que meu melhor amigo Tiago me contou de um amigo dele que estava precisando de alguém para dividir o apartamento e que ele conseguia cobrir as despesas até eu arranjar um emprego, parecia uma solução incrível na época e se tornou algo ainda melhor.

Remus e eu nos conectamos de primeira, tínhamos gostos muito parecidos e situações muito parecidas, apesar de hoje ele se dar bem com seus pais, quando se assumiu homossexual a história não foi bem assim, até acho que é por isso que ele ainda carrega alguma esperança de que eu me acerte com os meus, mesmo ele nunca tendo sido expulso de casa. Acabei contando minha história de vida para ele na segunda semana em que estávamos morando juntos, enquanto estávamos bebendo na cozinha, e foi naquele dia em que eu me apaixonei, vendo um cara que eu conhecia a duas semanas me dando mais apoio e me tratando com mais dignidade que os meus próprios pais. Duas semanas depois desse dia ele tomou coragem para me chamar para sair, disse que queria ter um encontro comigo desde o primeiro dia e bem, estamos juntos desde então, quatro anos depois.

Passei uns bons trinta minutos no banho, relembrando dos nossos momentos, do nosso primeiro beijo, em um parque no centro da cidade, para quem quisesse ver, da nossa primeira vez, duas noites depois pois nenhum de nós queria transar no dia em que demos o primeiro beijo mas nenhum aguentava mais esperar. Lembrei de tantos momentos em que Remus fez com que eu me sentisse seguro e protegido, de todas as vezes em que ele insistiu para que eu começasse a terapia, para que eu tentasse entrar em contato ao menos com os meus irmãos, para que eu arranjasse um emprego que eu realmente gostasse e não algo apenas para pagar as contas. Caramba, eu realmente estava com saudades do meu namorado.

            -

Pay attention, I hope that you listen cause I let my guard down
Right now I'm completely defenceless

Passei o resto do dia organizando a casa e reorganizando as decorações de natal. Não tinha uma programação boa na televisão, eu já não aguentava mais ver filmes de natal, e estava com preguiça demais para procurar qualquer coisa que fosse na netflix, então simplesmente preferi bancar o designer e mexer em qualquer coisa que eu visse pela frente, trocar o local de cada objeto decorativo com o tema natalino. Eu tinha falado para o Remus que tanta decoração assim não era necessária já que iríamos passar o natal só nós dois mas ele insistia em todo ano decorar o apartamento da maneira mais bonita possível já que me deixava um pouco mais animado.

Depois que terminei de mudar cada detalhe de nossa decoração foi que senti o sono chegar, olhei para o relógio e percebi que já passava dá uma da manhã, passado e muito do meu horário de dormir.

Deitei na cama e fiquei mexendo um pouco no celular, a princípio vi uma mensagem de Remus que eu não tinha notado antes, ela tinha sido enviada enquanto estava no banho e acabei não tocando no meu aparelho desde então.

Remus: Boa noite minha constelação, como estão as coisas por ai?

Remus: Eu ainda tô tentando, mas pode confiar em mim que a gente vai passar o natal juntos, anota o que eu to dizendo, falei com o Tiago e com o Frank e eles falaram que caso tu não apareça na casa deles amanhã as oito da noite para a Ceia eles vão passar ai pra te buscar, e tu sabe muito bem como o Frank é, então eu de ti estaria na porta da casa deles as sete. Aproveita e leva o presente do Harry. Dorme bem meu amor, eu amo você.

Respirei fundo antes de responder, que saco, eu só queria ele aqui do meu lado para passar o natal comigo. Às vezes eu ficava sem acreditar na maneira como o Remus se preocupava e cuidava de mim, o jeito como ele agia, prestando atenção em cada detalhe do que eu tinha para dizer, focando em cada pequena atitude que eu tomava para poder me incentivar e fazendo questão de demonstrar o quanto se importava comigo.

´Ás vezes ele me ligava no meio do dia para dizer que me amava e ás vezes ele me mandava flores aleatórias com um cartão cheio de palavras bonitas. Eu não sabia muito bem como reagir a essa demonstração tão aberta de carinho ou em como demonstrar tudo de volta, mas todos esses sentimentos que Sirius carregava, ei trazia comigo também.

Depois de alguns minutos pensando no que responder, e em apenas falar o básico para não o deixar ainda mais angustiado por estar longe, decidi tentar colocar em palavras o quão grato eu era por tê-lo em minha vida.

Sirius: Faz um pouco mais de quatro anos desde que eu saí da casa dos meus pais, nessa mesma época. Pouco mais de quatro anos desde que eu fui abandonado e obrigado a viver na casa do meu melhor amigo quase como um refugiado porque minha família simplesmente não conseguia aceitar o que eu sou. E faz a mesma quantidade de tempo desde que você entrou na minha vida. Não sei se acredito em Deus, em alguma força maior ou apenas em Destino, mas seja lá o que for que guie as nossas vidas, acho que quis me recompensar, porque me deu em dobro tudo aquilo que eu perdi. Não sei colocar em palavras o quanto eu amo você e em como eu sou grato por tudo aquilo que você fez e continua fazendo por mim. Eu sei que eu falei que queria você aqui no dia vinte e cinco, e eu ainda quero, muito, porque passar pelo Natal sozinho é difícil e você torna tudo tão mais fácil, mas só em saber que você vai chegar em algum momento já me deixa mais tranquilo em enfrentar as lembranças. Eu amo você. Viaja em segurança, o resto a gente se acerta. Muito obrigada por me mostrar que eu também mereço ser amado.

Depois de clicar em enviar, acabei pegando no sono.

24 de dezembro de 2019.

I can feel your heart inside of mine, I feel it, I feel it

Acordei no dia seguinte com alguém fazendo uma massagem no meu cabelo, não precisei nem abrir os olhos para identificar o toque que eu gostava tanto.

“Você chegou antes do dia vinte e cinco” falei ainda de olhos fechados e com a minha voz arrastada de sono. “Que horas são? ”

Abri os olhos para ver Remus sentado na beirada da cama sorrindo para mim, não pensei duas vezes antes de puxa-lo e dar um abraço nele. Ficamos uns bons minutos abraçados até que ele se afastou, me deu um leve selar de lábios e sentou-se novamente na cama.

“Horário do almoço, pode ir se levantado” Ele disse já puxando as minhas cobertas e me deixando sentir o frio de dezembro.

“Não” Falei tentando pegar o braço dele para puxa-lo de volta para a nossa cama. “Deita um pouco aqui comigo, a gente come depois. ” Apelei para a minha tática conhecida como fazer a minha voz o mais manhosa possível e a minha melhor expressão de cachorro sem dono.

“Nem tenta Sirius. ” Falou se afastando da cama para que eu não tivesse como conseguir alcança-lo sem precisar, de fato, me levantar. “Eu cheguei cansado de viagem e antes de vir aqui acordar o meu belíssimo namorado tive que cozinhar algo descente para a gente comer, então agora o senhor vai levantar da cama sim, colocar uma cueca e ir almoçar comigo. ”

“Okay, okay, já entendi, sem chance para discussões quanto a isso. ” Respondi fazendo sinal de rendição com a mão enquanto me levantava da cama, ele veio até a minha direção e me beijou mais uma vez, até que saiu para me esperar na cozinha.

Hope that you don't run from me

Cheguei na cozinha alguns minutos depois e o vi sentado na mesa segurando a carta que meus pais haviam mandado, o abracei por trás e apoiei minha cabeça em seu ombro para que eu também pudesse observar o envelope branco em suas mãos.

“Você tinha me dito que eles não tinham entrado em contato” Remus falou sem olhar para mim, ainda encarando a carta. Encarando o endereçamento dela.

“Eles não entraram. ” Respondi simplesmente, balançando os ombros e me desvencilhando dele. Peguei a carta de suas mãos e a coloquei de volta no balcão. Remus olhou para mim, fixando seu olhar no meu. “Pelo ao menos não comigo. ”

Ele segurou firme na minha mão antes de perguntar “como você ta se sentindo? ” E eu sinceramente não estava com a mínima vontade de conversar sobre esse assunto, não quando eu tinha Remus para mim na véspera e no dia do Natal, então respondi simplesmente “com fome. ”

Ele deu aquela risada gostosa dele que eu gostava tanto de ouvir e sem falar nada me levou para a mesa, onde nosso almoço já estava servido em grande estilo.

“Olha essa mesa toda chique, eu não sabia que estava merecendo algo assim. ” Falei tentando fazer graça e recebendo um beijo na bochecha.

“Você merece o melhor, todos os dias. ” Ele falou enquanto sentava na minha frente.

Ficamos conversando durante o jantar sobre as nossas últimas duas semanas, ele me falou como conseguiu um avião menor até uma cidade que fica a umas duas horas de distância de Londres e depois pegou carona com alguém até o centro e de lá veio a pé até aqui, para conseguir chegar ainda na véspera. Eu acho que ele nunca entenderia o quão grato eu sou por ter ele comigo. Depois de lavarmos a louça e deixarmos tudo pronto nos encolhemos no sofá da sala e ficamos ali, simplesmente abraçados, aproveitando a companhia um do outro.

25 de Dezembro de 2019.

Por mais que o Remus tenha conseguido chegar a tempo da ceia de natal, ainda assim optamos por passar na casa do Tiago e do Frank, junto com o resto de nossos amigos. Nós normalmente preferimos passar em casa justamente por ser uma época do ano cheia de sentimentos confusos dentro de mim, mas por algum motivo, esse ano eu queria celebrar. Meus pais não me aceitaram do jeito que eu sou e eu talvez nunca conseguiria fechar por completo essa lacuna na minha vida, mas ao mesmo tempo eu tinha uma outra família, cheia de pessoas que me amavam e se importavam comigo e era com elas que eu queria fazer novas lembranças.

Acordei no dia vinte e cinco para encontrar um Remus na sala já me esperando com o meu presente em mãos, sorri ao vê-lo sentado no sofá e fui em direção a ele, sentei do seu lado e fiquei simplesmente o observando com o meu maior sorriso.

“O que foi? ” Ele perguntou sorrindo de volta.

“Nada” Respondi simplesmente, ainda sorrindo para ele feito o homem apaixonado que eu era. “Eu gosto de observar o meu namorado, ou agora vai me dizer que eu não posso? ”

Ele se inclinou e me deu um leve selar de lábios. Nossos sorrisos por estarmos juntos no natal não podiam ser contidos.

“Você sabe que pode ficar me olhando o tempo que quiser” Falou sentando o mais próximo de mim possível. ‘Toma” Remus disse enquanto me entregava uma pequena caixa vermelha, eu nem precisava abrir o embrulho para saber o que tinha lá dentro, já que era o mesmo presente todos os anos, era a nossa tradição.

Abri o pacote e tirei de lá mais um globo de neve, o desse ano era inspirado no natal e tinha um boneco de neve no centro, cercado por pequenas casas ao redor. Sorrindo, dei um beijo no topo do globo e me levantei, colocando-o junto aos outros da minha coleção, na estante da nossa sala. Desde que sai de casa eu comprava globos de neve, por algum motivo que eu não sabia explicar o porquê, se tornou um estranho habito meu.

“É lindo” falei ainda de pé, olhando bem nos olhos de Remus. “Eu espero que você não fique triste com o seu presente esse ano, ele não é algo palpável. ”

Pude ver a expressão de confusão que surgiu em seu rosto quando eu disse essas palavras, mas sem explicar muito simplesmente fui em direção ao nosso quarto e peguei o vilão que tinha lá.

Quando voltei para a sala eu vi sua expressão de confusão se transformando para uma mais leve de surpresa e felicidade. “Você me escreveu uma música? ”

“Você namora com um musico por quatro anos, achei injusto eu ainda não ter escrito nada diretamente para você. ” Falei me sentando em uma poltrona na frente de Remus e, olhando para as cordas do meu violão, comecei a cantar.

For your eyes only, I'll show you my heart
For when you're lonely and forget who you are
I'm missing half for me when we're apart
Now you know me, for your eyes only

Quando terminei de cantar foi que olhei para a direção onde Remus estava e pude ver as lágrimas se formando em seus olhos. Ele realmente era o chorão no nosso relacionamento, por mais que tentasse negar isso de todas as formas possíveis.

“Gostou? ” Perguntei apenas para me reafirmar, porque pela expressão em seu rosto estava nítido de que ele tinha gostado.

“Casa comigo. ” Foi o que ele me respondeu e dessa vez foi a minha expressão que mudou para uma completa confusão. Eu tinha realmente escutado as palavras que eu achava que eu tinha escutado? “Q-Que? Você ta falando sério? ” O tom de confusão da minha voz era perceptível, eu não estava esperando um pedido desses.

Ele se aproximou de mim, ajoelhando-se na minha frente e colocando suas mãos em meu rosto. Nossos olhares se encontraram e pareciam que estavam conectados, colados um no outro.

“Sirius” Ele começou dizendo. “Eu não tenho um anel, não tenho nada, nem tinha planejado te pedir em casamento hoje, mas casa comigo? Porque eu quero passar o resto da minha vida com você e eu acabei de perceber que simplesmente te chamar de namorado não funciona mais. A gente não precisa se casar ano que vem, nem no outro, nem no próximo, não até você estiver pronto, mas eu só... eu te amo tanto, por favor, casa comigo? ”

E a minha resposta foi dada com um longo e apaixonado beijo. Ele não tinha que se preocupar, se dependesse de mim, eu casava com ele amanhã. Ou hoje mesmo. No final das contas, ele era a minha família e era com ele que eu iria construir um futuro, livre de quaisquer das amarras que antes me prendiam. “Sim, eu aceito” respondi finalmente.


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