Candy girl escrita por mjrooxy


Capítulo 7
Eu não vou negar, você é meu pão de mel...




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O beijo em si foi bastante superficial, um pouco mais que um selinho. Mas, o suficiente para me acender totalmente.

— Foi mal. - falei, separando nossas bocas, enquanto minhas bochechas queimavam de vergonha. - Eu... Eu... - as palavras não saiam.

Contudo, foi o que Hinata fez em seguida, que mais me impressionou. Ela me beijou de volta.

E aí meu mundo parou, só me deixei levar por aquele momento, subindo minha mão para retirar a tigela que cobria sua cabeça e depois de me livrar daquilo, levei a mesma mão para a nuca de Hinata. Com a outra eu a puxei mais contra o meu corpo, enquanto pedia passagem com a língua em sua boca, apesar de ela demonstrar estar perdida em meio ao beijo, eu não conseguia ver aquilo como ruim. Era diferente, único o jeito como nossas bocas tentavam achar a melhor forma de sincronizar o beijo, que, precisava assumir, estava um bocado desengonçado.

No instante seguinte, fiz menção de dar uma mordidinha no lábio inferior de Hinata; no entanto, a tentativa não funcionou e batemos os dentes um no outro.

— Desculpe. - falamos em uníssono.

A puxei outra vez e tentei novamente conduzir o beijo, porém, sem sucesso. E, apesar de querer muito beijá-la, precisei reconhecer que aquele contato não estava dando certo. Por fim, afastei-me razoavelmente e a olhei nos olhos.

Hinata devolveu parecendo envergonhada e culpada, tanto que mordi meu lábio, não queria demonstrar que ela não sabia beijar. Queria ser sutil, não bruto, contudo, acho que o tiro saiu pela culatra.

— Desculpe, Naruto. - pediu toda constrangida. - Eu... Eu não sei fazer isso. - confessou com um grande pesar na voz.

— Tudo bem, hime. - garanti afagando seu rosto. - Quer que eu... - hesitei antes de continuar. - Te mostre?

Hinata me olhou com os olhos brilhando em expectativa, antes de fazer que sim com a cabeça.

— Vem cá. - a puxei para mim e colei nossas bocas de novo, sentindo Hinata ofegar contra meus lábios de forma bem sutil.

Aquilo foi a chavinha que precisava ser ligada, pois, finalmente entendi que tinha de ser diferente com ela. Não adiantava forçar algo que Hinata não sabia fazer ainda, assim sendo, deixei que ela mesma guiasse o beijo e só segui seus movimentos. Contrariando o que eu havia pedido alguns segundos atrás de mostrá-la como beijar. E, dessa vez, nossas bocas se encontraram e se encaixaram como nunca tinha me acontecido antes. O beijo fluiu e eu me senti nas nuvens. Era como uma dança, na qual eu acabara de conhecer os passos.

Apertei a cintura fina de Hinata e fui descendo com a outra mão livre até sua coxa direita, deslizando os dedos por aquela região desnuda. Causando um visível arrepio em Hinata, graças ao toque rarefeito em sua pele. Pude perceber, pois, onde outrora era apenas maciez, agora dava para sentir alguns pelinhos um bocado arrepiados. Foi minha vez de suspirar e soltar um ofego bem baixinho.

— Hinata, eu estou perdidamente apaixonado por você. - confessei em voz alta, sem desgrudar completamente nossas bocas e colei nossas testas, olhando bem no fundo de seus olhos claros no processo.

— Eu também estou. - Hinata devolveu e sorriu com as bochechas coradas. - Eu gosto muitão de você, Naruto.

Eu sorri tanto que não sei como não desloquei a mandíbula.

— Puts, por que você é tão perfeita? - indaguei todo bobo, com o coração já completamente entregue. - Você devia ser modelo, hime. Eu poderia te indicar na minha agência, o que acha? - propus sorrindo e apertei a ponta de seu nariz.

— Ah, eu sou estranha, eles não iriam me querer. - assegurou tristonha.

Respirei fundo e a puxei pela mão, indo em direção ao maior espelho da minha casa e colocando-a de frente para ele, enquanto ficava por trás. Apontando cada pedacinho dela, que para mim era como se tivesse sido esculpido à mão por um grande artista. Hinata ainda tentou tampar os olhos, mas eu retirei suas mãos e desobstrui sua visão com delicadeza.

— Se olha no espelho, hime. - pedi enfático. - Você é toda perfeitinha. - eu a abracei por trás, apoiando o queixo em seu ombro. - Olha esse rosto lindo, esses olhos enormes e tão raros, esse nariz desenhado, essa boca gostosa... - eu iria falar outras coisas, mas me contive, porque Hinata já estava quase desfalecendo de vergonha nos meus braços.

— Sério mesmo que me acha bonita? - questionou com a voz embargada.

— Eu te acho maravilhosa, Hinata. - afirmei sorrindo. - Não apenas pelo que você é por fora.

Ela sorriu em meios às lagrimas, eu a girei nos meus braços, deixando-a de frente para mim e a envolvi pela cintura.

— Não chora, bebê. - pedi acarinhando sua bochecha e enxugando uma lágrima que escorreu.

— Não acredito que estamos aqui, que você me beijou de verdade. - divagou e eu a encarei sem entender. - Isso é algum tipo de aposta? Alguém te desafiou a fazer isso, a me conquistar?

— Ei! - exclamei mais alto do que gostaria. - Eu não sou esse tipo de garoto, assim você me ofende, Hinata.

— Desculpe. - baixou os olhos e eu me arrependi amargamente de ter falado tão alto com ela.

— Não, eu que peço desculpas por ter me exaltado. - Hinata anuiu. - Nunca mais pense algo do tipo, tá bom? Eu tenho sorte de você gostar de mim, não o contrário.

Ela sorriu mais abertamente, me dando outro beijo na bochecha e eu não perdi tempo, puxando-a pela cintura e iniciando um beijo lento e demorado. Que dessa vez aconteceu com bem mais sincronia e desejo. Eu nem lembrava mais do filme que começamos a assistir, quem queria saber de filme, com um pedacinho de céu daqueles em seus braços?

— Chegamos! - ouvi a voz da minha mãe e demos um pulo, nos afastando rapidamente.

— Eita. - falei comigo mesmo e fiquei ali na sala, sem saber o que fazer, ostentando as bochechas vermelhas e a cara de quem estava aprontando.

— Ah, oi. - meu pai cumprimentou um pouco sério. - Você é a Hinata? - acrescentou sorrindo.

— Si-sim, prazer. - Hinata respondeu encabulada.

— O prazer é nosso, Hinata. - minha mãe foi tomando a dianteira. - Eu sou Kushina, mãe desse garotão aí. - apontou para mim. - Ele é meu marido, Minato. - apresentou-os animadamente e indicou meu pai. - Naruto fala muito de você.

— Mais precisamente o tempo todo. - meu pai completou e quis me afundar no chão.

— Vocês almoçaram? - minha mãe mudou de assunto, olhando de mim para Hinata curiosamente. - Não sei o que aconteceu, mas precisamos tirar esses legumes do seu cabelo, minha querida. - ponderou e Hinata quase desmaiou de vergonha.

Meu pai abafou um risinho e eu sorri amarelo.

— Foi um acidente. - garanti olhando de canto para Hinata, que permanecia travada.

Parecia um personagem de The Sims, no qual a ação foi subitamente cancelada.

— Não tem problema, acidentes acontecem. - meu pai deu risada novamente. - Se não almoçaram ainda, vamos todos comer. Aliás, estamos felizes por você estar aqui, Hinata. - Minato afirmou amistoso.

Hinata assentiu e um sorriso minimo brotou em seus lábios, que ainda jaziam bem vermelhos do beijo que trocamos.

Passado o constrangimento inicial, minha mãe foi paparicar Hinata, alegando que ela era a garota mais linda que já tinha visto. Fez comida, bolo, suco de fruta, pediu para Hinata tomar um banho e lavar o cabelo. Resumindo, praticamente adotou minha namorada.

Epa, namorada?

Que seja, porque não, se o que eu mais queria na vida era ela? Fiquei ensaiando a melhor forma de pedi-la em namoro e, assim que almoçamos, voltamos para a sala. Não antes de meus pais caírem na risada, ao encontrarem um monte de legumes no chão e a tigela que tirei da cabeça de Hinata largada perto da geladeira. Hinata desculpou-se inúmeras vezes, apesar de eu garantir que a culpa foi minha, por ser muito desastrado. Porém, meu pai como me conhecia como ninguém, me deu uma piscadela de cumplicidade e sorriu. Na certa entendendo que fiz toda aquela bagunça pelo meu nervosismo. Afinal de contas, eu tinha dito que Hinata e eu éramos apenas amigos. O que ele não acreditou muito, de tanto que eu falava dela, o quanto Hinata era linda e fofa, mais um monte de coisas. Porque eu não conseguia controlar minha língua, eu só queria estar pertinho de Hinata e quando estava longe, só falava o nome dela. Meu pai até perguntou pela Shion, mas expliquei que tinha acabado tudo entre nós, que eu nem sabia quando ela retornaria do trabalho como modelo. E, mesmo se Shion retornasse amanhã, nada mudaria entre mim e Hinata.

"Hinata", sussurrei baixinho e toquei meus lábios.

Eu beijei a garota mais linda da escola e nem me lembrava mais da miragem da cachoeira... E, com esse pensamento em mente, me sentei ao lado de Hinata, entrelaçando nossos dedos em frente aos meus pais. Eu não iria esconder o que sentia, em hipótese alguma. Eu tinha aquele pãozinho de mel só para mim e isso nunca me pareceu tão certo.

 

 


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