Akari era o porto seguro de suas irmãs, tanto uma quanto a outra estimavam muito as palavras da mais velha. Sempre esperando algo sábio e sensato a ser dito. E ela sempre se esforçava para suprir essas necessidades com todo o carinho que tinha em seu coração.

Aquela que deveria ser apenas a irmã mais velha, ganhou mais um posto sem que pedisse por isso. No começo fora difícil, mas com o tempo ela descobrira que não estava assim tão sozinha, e que ter de assumir o lugar de sua mãe tão jovem não fora um fardo, mas um aprendizado. O quanto que ela aprendia ao ver Hinata lutando por seus princípios na escola, ou com Momo e seus queridíssimos.

Ela não estava sozinha.

Seu avô, por mais velho que fosse, sempre se dedicava a cuidar da loja de doces e olhar por suas netas; sua tia não deixava de olhar por ela, tendo carinho o suficiente para tirá-la dos afazeres domésticos ao menos uma vez por semana. Ela definitivamente não estava sozinha.

Haviam seus gatos de rua, aos quais cuidava com todo o carinho, até que ficassem gordinhos e rechonchudos. E também havia Rei, um gato abandonado ao qual ela cuidara com todo o seu coração, até vê-lo crescer de verdade. Vê-lo perdoando o seu passado, e amando o seu presente - agora não era incomum a casa das Kawamoto sempre estar cheia de jogadores de shogi.

No final, Akari sempre acabava zelando pelos outros, se atentando a cada pequeno mísero detalhe, tendendo a se deixar para depois - até que alguém aparecesse e mudasse isso por ela.

Para obterem mais informações a respeito dos arcanos maiores (e outras cartas do tarô), leiam esses links: Former Fujoshi que fez uma análise incrível do baralho que a Kohske desenhou para os personagens de Gangsta, Tarot Meanings que na minha opinião é o site mais completo sobre o assunto. Ambos estando em inglês!