Picolé escrita por HinataSol


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá!

O pessoal do Nyah sempre me deixa no vácuo, mas posto assim mesmo. :v



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Hinata Hyuuga morava na cidade litorânea de Konoha, na região da ilha Kyushu, no arquipélago japonês.

Veja bem! Hinata, porém, não gostava de praias. Sol de 30°C a queimar sua pele, água salgada, areia grudando em partes do corpo que nem imaginava que existiam, além da sensação de cansaço que o movimento das ondas lhe causava.

Era como diziam alguns: quem mora na praia não gosta de praia.

Não obstante, vale ressalvar que, conquanto não gostasse de mar, fazia três anos que, no verão, ela ia diariamente à praia mais próxima de sua casa com a desculpa de estar levando a irmã mais nova — que já tinha catorze anos de idade agora — para se divertir e aproveitar o verão.

Hinata vestia um belo traje de banho lilás, cuja parte de baixo tinha uma saia franzida, e, com um chapéu de palha sobre a cabeça, estendia uma toalha de praia sobre a areia e firmava um guarda-sol sobre o chão.

Assentando-se sobre a cadeira apropriada ao terreno arenoso, ela puxava um livro de dentro de sua bolsa. Vez ou outra, observava Hanabi na água — mais pelo costume que vigilância, já que a mais nova das irmãs nadava como um peixe.

Mas, então, o radar de Hinata apitou ao ouvir o som de sininho que vinha naquela direção. Ela abaixou um pouco o livro e espiou por cima da capa.

Com uma camiseta estampada, bermuda laranja, chinelo de dedo e um chapéu de palha na cabeça, vinha Uzumaki Naruto com seu carrinho de picolé, o motivo de Hinata ir ao aglomerado de areia e água mesmo sem gostar muito.

Naruto era o vizinho de Hinata desde sempre e, também, a paixonite dela; na verdade, o grande amor de sua vida.

O rapaz era dois meses mais velho que ela e oficialmente seu namorado. Ele só não sabia disso. Realmente, ninguém sabia disso. Ninguém além de Hinata, obviamente.

Como, quando tinha pouco mais de doze anos, Naruto ainda não poderia ser empregado, ele resolveu que venderia picolés na praia para ajudar sua mãe com as despesas de casa e para juntar dinheiro para bancar seus estudos, desde que o pai morrera.

Ele não esperava que vender picolé fosse ser um trabalho tão bom como estava sendo, então resolveu continuar, mesmo que já estivesse com dezessete anos agora e pudesse ser contratado. Trabalhar para si mesmo lhe dava muita autonomia.

— Olha o picolé!

Quando o ouviu anunciar, Hinata enfiou a mão na bolsa, já pegando a cédula para poder comprar um — assim como fazia todos os dias —, quando Naruto a avistou lá da frente.

Ele abriu um sorriso e foi até ela, sem esperar que fosse chamado.

— Veja se não é minha melhor cliente! — ele brincou, já estando perto — E aí? Qual será o de hoje?

Hinata sentiu as bochechas esquentarem ainda mais com a aproximação de Naruto.

— Hoje tem de quê?

— Bom, na verdade... já acabou quase tudo... hoje foi um dia bom — ele começou dizendo, mas Hinata não ligava. Só perguntava para o ouvir falando. Não tinha preferência por sabor, qualquer um estava bom. Ela só escolhia o vendedor. — Só perguntei para puxar assunto mesmo.

O Uzumaki a surpreendeu quando se sentou na toalha ao lado dela, colocando o carrinho ali junto dele e tirou de lá um picolé duplo.

— Naruto-kun?

Ele virou o rosto na direção de Hinata.

— Como sei que gosta, separei o de limão para gente. — Ele a ofereceu uma metade.

Hinata arqueou as sobrancelhas. Naruto riu e, quando a entregou o picolé, falou.

— Quando a Hanabi chegar aqui, eu entrego um para ela não ficar com ciúmes.

— Ah! — ela riu. — Você é muito gentil.

— Obrigado! — Ele disse com a voz pomposa e imitando uma espécie de reverência, mesmo estando assentado no chão. — E como está minha garota preferida no mundo? — Naruto questionou — Que minha mãe não ouça isso, por favor.

Hinata enrubesceu e apontou para si.

— Eu?

— É! — Ele assentiu, balançando a cabeça e sorrindo.

— Eu estou bem. Arigatô. E você?

— Melhor agora, ao lado de uma jovem tão bonita.

Hinata olhou para ele e desviou os olhos.

— Não diga coisas assim. É vergonhoso.

— Hã? — Ele demonstrou genuína surpresa, os olhos arregalados em espanto — A kaa-chan sempre diz que as mulheres gostam de ser elogiadas... pensei que fosse dar certo. Gomen!

— Iie! Não tem problema. Eu gostei... só que... fui pega de surpresa. — Admitiu ela, corando.

Naruto apoiou um dos braços na cadeira dela, fitando-a com um sorriso gentil.

— Então eu vou dizer outra vez: você é muito bonita, Hinata.

— Naruto-kun... — Hinata murmurou, encantada com os olhos azuis dele. Tão parecidos com o céu acima deles e com o mar a sua frente. Tranquilos, límpidos, belos e profundos.

— Daqui a pouco começa a escurecer... Você vai ficar aqui muito mais tempo ainda? — Naruto perguntou.

Hinata hesitou, olhando para o mar, avistando Hanabi no início da praia.

— Acho que não muito. Hanabi já deve estar cansando. Por quê?

— Por nada... Podemos ir juntos?

— Claro! — ela sorriu.

Ele sorriu também, fitando-a nos olhos. Porém, os olhos dele desceram e ele começou a rir.

— Está derretendo, Hinata.

Ela seguiu o olhar dele e viu sua mão sendo coberta pelo derretido.

— Ah, gomen!

Depois que ela comeu, eles vislumbraram a vista e, mais tarde, viram o sol a se pôr no horizonte, atrás do mar.

Hinata chamou Hanabi e buscou sua bicicleta de cestinha.

Enquanto as irmãs seguiam ao lado de Naruto, Hanabi, zombeteira, começou a gracejá-los, dizendo coisas constrangedoras sobre eles serem um casal e disparou à frente, dando uma corridinha e os deixando a sós.

Hinata corou, bronqueando a irmã mais nova por ser tão inconveniente.

Ela desculpou-se com Naruto, envergonhada e encabulada.

Ele, todavia, sorriu de um jeito diferente. Extremamente afetuoso e amoroso.

Hinata estancou, completamente embasbacada. Seu rosto esquentou e seus olhos arregalaram-se. Logo depois, ela sorriu fascinada, derretida e feliz, ainda com o palito de picolé em sua mão.

O motivo?

As palavras de Naruto antes de seguir empurrando o carrinho:

— Talvez Hanabi tenha razão, Hinata.

 


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam!
Até mais!



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