Attention escrita por Toxic


Capítulo 8
Capítulo 8 - Onde está o pai?




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Minha mãe não havia chegado ainda. E eu estava louca para falar com a Amber. Fui até o balcão e perguntei em qual quarto ela estava.

- No quarto 58. Mas não está disponível para visitas. - a recepcionista disse. Eu virei os olhos.

- Ok. - e voltei para a sala de espera. Assim que ela desviou sua atenção de mim eu corri até o elevador e fui até o 4 andar. Achei o quarto, estava vazio, a não ser por ela. Ela dormia.

- Amber... - eu a cutuquei. Custou eu fazer ela acordar.

- Amber?

- Que foi?

- Quem é o pai dele? Eu vou avisá-lo, ele precisa estar aqui...

- Não, ele não precisa!

- Precisa sim! Ele precisa de um pai. Você não sabe o valor de um pai quando não se tem um. Eu quero um pai para ele! Ele merece um pai! - o desespero escapou pela minha boca, pois eu gritava.

- Amber! Quem é? - ela me encarou e começou a chorar. Ela apertou um botão que chamava a enfermeira.

- Amber me diga! - eu já chorava. - Ele precisa de um, se não ele irá sofrer muito.

- Não Cassie, ele não irá. Agora vá! - Nesse momento uma enfermeira chegou.

- Você não pode ficar aqui. - e me enviou para a saída. Eu olhei para ela.

- Ele precisa de um, senão será um infeliz como eu! - e a porta se fechou. Eu sentei no corredor branco e continuei a chorar.

Uns 20 minutos depois minha mãe chegou com Dean e Shane.

- Como estão? - ela perguntou.

- Como eu havia dito antes... Está tudo bem. Agora que chegou eu quero ir para casa, estou cansada.

- Tudo bem filha. - ela disse.

- Eu vou com você. - Shane disse. Não pude votar contra. Pegamos um táxi e em minutos chegamos em casa. Eu fui até o quarto, meu ex quarto, arrumar a bagunça de sangue da cama. Enquanto eu tirava os lençóis e o colchão notei que debaixo da cama estavam os posters do Tokio Hotel que antes estavam na parede. Sim, a parede estava vazia demais. Porque ela tirou dali? Será que ela não se tocou que devia perguntar para mim, pois o quarto continuava sendo meu? Fiquei brava, mas acabei percebendo que não iria adiantar em nada. Levar os lençóis para a máquina de lavar e me juntei com Shane para ver Tv.

- Você está quieta demais...

- Eu estou bem. - fui corta e grossa.

- O que houve?

- A Amber não quer dizer quem é o pai do Dereck. Ele precisa de um pai! - desabafei.

- Mas o que ela está fazendo é para o bem de todos, inclusive o seu. - ele disse.

- Do que você está falando? Você sabe quem é? - eu parei.

- O que eu tenho á ver com isso? - o encarei. Ele parou.

- Quem é me diga! - eu o puxei pela gola da camiseta.

- Cassie! Me solte garota! Eu só falei o que ela disse! - ele me encarou bravo. Eu parei, respirei e o soltei.

- Ele só precisa do pai.

- Porque você insiste nisso?

- Porque eu não quero o mesmo para ele... - eu disse e me sentei novamente no sofá. Ele também se sentou e me abraçou.

- Ás vezes as pessoas precisam se sacrificar para o bem dos outros... - eu comecei a chorar em seus braços. Então eu faria o pai da criança se sacrificar também. Eu iria até o inferno atrás dele.

 

Depois de alguns dias Amber voltou para casa, mas só ela, o bebê ainda teria que ficar pelos menos mais algumas semanas no hospital. Eu fui visitá-lo sem ninguém saber. Pedi para a emfermeira para vê-lo, ela me deixou entrar e fui até a encubadora.

Ele continuava o mesmo desde que eu o vira, só que bem mais limpo. Enfiei minha mão pelo buraco da encubadora e toquei sua delicada mãozinha. Foi então quando ele acordou com meu toque que eu olhei em seus olhos, eram castanhos e profundos. Meu coração acelerou em um piscar de olhos. 7 meses piscou em minha mente. Já faziam sete meses. Lágrimas começaram a rolar. Apertei a mãozinha de Dereck.

- Eu já sei quem é seu papai... Não se preocupe... Ele vai ficar com você pra sempre de agora em diante. - resmunguei para ele. Ouvi um suspiro. Ela estava parada ali na porta.

- É ele não é? - perguntei. Ela não respondeu. Isso para mim era um sim.

- Não se preocupe. Ele vai ter um pai.

- Não precisa fazer isso. - ela disse entre lágrimas. Eu ainda tinha um pingo de esperança que ele não fosse o filho dele.

 


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