Como vai ser? escrita por Tia Leoa


Capítulo 7
Um novo amigo




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Ponto de Vista de Frisk

   Já passará um mês, desde o incidente do pesadelo; Não contei nada para Sans e nem Papyrus, e eles vem andando preucupados comigo, mas, ainda sim, respeitaram minha privacidade e me indicaram falar com a Dr. Alphys, não discuti e apenas concordei.

   Desde então, ela e eu viramos amigas e como já tínhamos uma certa intimidade formada, mostrei para ela os machucados. É, bem... lógico que ela se assustou bastante, e começou a me passar alguns medicamentos, para que as cicatrizes fechassem logo. E também, não deixou de me fazer perguntas e umas delas era essa: "Onde v-você conseguiu isso?" Repondi: "Ah, isso eu cai da escada, quando Sans e Papyrus tinham saido. Por favor Doutora, não conte nada para eles... Não quero que pense que sou uma boba ou coisa do tipo... " Acho que ela acreditou, e por fim, mesmo depois de contar isso para a mesma, ela continua a me examinar para ver se está indo tudo bem comigo.

[...]

   Ouço a abertura do Gravity Falls tocando, e abro os olhos lentamente enquanto bocejo. Viro de lado para tirar o celular de baixo do travesseiro e aproveito e vejo a hora.

— Seis e meia... - Falo baixo para mim mesma.

   Desligo o despertador, e me sento no sofá me espreguiçando e pude ouvir, alguns ossos estalarem. Paro por alguns segundos, pensando se tive sonhos essa noite. Percebendo que não, fico mais aliviada. Me levanto devagar e meio grogue vou indo em direção ao banheiro.

   Já iria começar a me aprontar para o meu trabalho no Grillby's. Já faz uma semana que desde que comecei lá.
   Lembro-mé, até agora de ver Papyrus, muito feliz com a notícia e o mesmo e disse para Sans: " Frisk, é um bom exemplo para você irmão, e acho que você deveria fazer o mesmo!" Não pude deixar de rir disso, e até mesmo Sans, não se importou e também entrou na brincadeira.

   Assim que tirei a camisola, tento ver pelo o espelho, como está ficando alguns dos machucados, e pelo visto os remédios que a Alphys passou, estão ajudando bastante! Não espero a hora, que eles pararem de doer.

   Tomo um banho rápido e coloco minhas roupas normais, que seriam; meu suéter azul e duas faixas rosas, minha meia calça preta, um shorts azul escuro e um par de botas.
   No Grillby's, a única coisa que uso e é obrigatório, é um avental, que sempre deixo lá.

(...)

   Já no estabelecimento, vejo Grillby com seu uniforme, ele estava encostado no balcão e ao seu lado tinha uma garrafa.
  
— Bom dia chefe. - Sorrio ao fechar a porta.

— Bom dia Frisk, como está? - Grillby joga para mim o meu avental, que pego e vou colocando, enquanto caminho até ele.

— Bem com sono e o senhor?

— Também. Olha, hoje fiz um pouco de café, vai querer? - Ele estende uma caneca branca para mim.

   Sorrio de lado e aceito.

— Obrigada. - Tomo um gole do líquido quente, e sinto minha barriga esquentar.

   Grillby, parecia um pouco estranho essa manhã, ele se senta, em um dos bancos que estão perto do balcão e respira fundo.

— Você viu o jornal ontem a noite? - Me sento ao lado dele, sem entender nada. - Sobre: o desaparecimento de um dos membros da guarda-real? - Sua voz saia um pouco cabisbaixa.

— Não, mais, quem foi que desapareceu? - Tomei outro cole de café.
  
— Dogaressa. - Grillby disse seco.

   Quase me engasgo com o café, e volto meu olhar incrédula para o meu chefe, que por sua vez, não mostra nem uma expressão.

— C-como isso foi acontecer? - Digo um pouco eufórica.

— Já faz dois dias, e só foi avisado ontem no jornal da Mettaton. - Grillby da uma pausa antes de continuar. - Dogamy disse que a última vez que vio sua esposa, foi em casa... - Ele  tomou outro gole de café, e continuou a história. - ... tinha saído para comprar algumas coisas aqui na loja de Snowdin, e quando voltou para casa, Dogaresa não estava mais lá.  havia sumido, e nem ele e os outros cães conseguiram rastrear o cheiro dela.

   Fiquei um pouco tensa, não imaginária algo assim! E comecei a me sentir mau pelo Dogamy, não via muito o casal, mas, gostava muito deles, e muitas das vezes eu os atendia  aqui no bar.

   Foi Sans que os me apresentou, e no mesmo dia os dois descobriram que cães podiam se acariciar uns aos outros.
  
— E- e como está o Dogamy? - Coloquei a caneca quase vazia no balcão.

— Ah, ainda não sei...

— Wou... - Falei um pouco sentida.

   Grillby limpa a garganta chamando minha atenção, e se levanta em estantes tomando o último cole do seu café.

— Deixando isso de lado um pouco, mesmo que estamos preocupados. No final vai tudo se resolver. - Grillby arruma seu avental - Vamos Frisk, se levanta e vamos trabalhar!

   Pude sentir a sua determinação e ao mesmo tempo, sua preocupação pelos seus companheiros. Mas ver Grillby, disposto a continuar "firme" me encheu de alegria. E mais que de repente apareceu uma luz na minha frente junto a uma estrela, fico encantada com ela e à toco, percebo que fiquei determinada em ver Grillby, não se deixar levar pela sua preocupação, e logo um painel preto surgiu, e nele estava escrito "resetar" e "continuar" pensei um pouco e resolvi continuar e assim desapareceu.

   Estranhei um pouco, e vejo que Grillby não viu o que acabará de acontecer, mais isso me deixou feliz, então, dou um último gole no café e volto ao trabalho.

   Aqui no bar, todos os dias pela manhã. Grillby e eu lavamos o estabelecimento muito bem! com sabão e água esfregamos o chão, limpamos as mesas e cadeiras e tiramos um pouco da neve da frente da porta, e quando acampamos, abrimos o lugar.

(...)

   Já era tarde, quando um monstro amarelo entrou no bar. Eu estava levando algumas fritas, para alguns clientes que estavam sentados nas almofadas.

— Ôh! Obrigado, pare uma delícia. - Disse um dos clientes, sorrio para ele educadamente e me retiro.

   Vejo o monstro amarelo ir até Grillby, e dizer algo para o mesmo  que em estantes começa a me fitar, e logo em seguida me chama. Enquanto caminho, até eles, olho bem para o monstrinho; ele era do meu tamanho, usava uma blusa listrada e não tinha braços.

— Sim, Chefe? - Digo encarando o pequeno largado.

— O Monster Kid, veio avisar que Papyrus, te chamou para almoçar.

   Monster Kid, sorri ao sorri para mim.

— Oi cara, Tudo bom? - Diz Monster Kid empolgado.

— Oi prazer! - Digo um pouco sem jeito.

— Frisk, vai almoçar e depois volte, tudo bem? - Grillby, vira as costa mim e vai voltando ao seu trabalho. - Afinal, você não comeu nada hoje, certo? - Ele para de caminhar e me olha de soslaio.

— É, sim está certo. - Digo, me recordando que não hávia tomado café da manhã, e ainda bem que já posso fazer uma pausa; Meu estômago já estava doendo.

— Então vai, depois volte O.K? - E assim, ele foi atender um cliente.

— O.K chefe!

   Volto meu olhar, para o jovem monstro que estava na minha frente e que sorria muito - Acho que ele tem minha idade - Pensei ao mesmo tempo, em que o Monster Kid da alguns pequenos passos em direção a porta, e logo se vira para mim.

— Você vem? - Ele me pergunta com a sobrancelhas arqueadas.

— Ah sim! - Corri um pouco até ele.

   Assim que saímos do bar, senti muito frio - Ai, estava tão quentinho lá dentro - Me lamentei um pouco, e começamos a caminhar até a casa dos irmãos esqueletos, que não era longe.

— Yo! você é um criança também, certo? - Acenei a cabeça confirmando. - Eu sei disso porque você está usando uma camisa listrada.

— Então você também tem a minha idade? - Perguntei animada.

— Faz pouco tempo que fiz quinze e você? - Ele diz enquanto sobe os degraus da casa.

— Vou fazer dezesseis ainda.

   Abro a porta e assim entramos - Ufa, assim tá melhor - Me alegrei ao sentir o quentinho do lugar, e um cheiro delicioso de espaguete e de batatas fritas, vem vindo da cozinha, o que fez minha barriga roncar ainda mais alto

— Hi hi hi Cara, você deve estar morrendo de fome, e também só tá aí, pele e osso! - Monster Kid e eu começamos a rir muito.

— SAAAAANS!

   Ouvimos Papyrus da um berro da cozinha, e na mesma hora o monstrinho amarelo e eu se entre olhamos assustados e corremos até lá.

   Sans, estava sentada na cadeira, e com a parte superior do corpo estirada por cima da mesa, e com um grande sorriso na rosto.

— Falando bro? - Sans disse preguiçosamente.

— VOCÊ ESTÁ DANDO MAL EXEMPLO PARA O MONSTER KID! EU NÃO ADMITO ISSO!

— Hehehe não culpa é minha se sou um modelo para as crianças . - Sans olha de relance para nós - Hey, jovens.

— Hey Sans - Nós dizemos em uníssono.

— Nhay! Frisk e Monster Kid, que bom que chegaram agora. Sans, também acabou de sair do trabalho dele para almoçar. - Papyrus diz alegremente enquanto coloca comidas nos pratos. - Vamos, lave as mãos Frisk e sentem vocês dois.

   Acenei positivamente e fui até o banheiro. Assim que voltei todos já estavam servidos, sentei ao lado de Sans.

— Então Monster Kid, chegou agora também? - Sans falou de boca cheia.

   Monster Kid, engoliu a comida e sorriu.

— Não, eu tinha acabado de chegar e Papyrus me pediu para chamar a Frisk.

— Ah, ué você não foi para a escola hoje? - Sans disse confuso.

— Aqui tem escola?! - Disse surpresa

— Tem humana, até eu o GRANDE PAPYRUS! ia para a escola quando mais jovem. - Papyrus erguesse um pouco e estufa o peito orgulho.

   Enquanto Papyrus fala com o seu esplendor, a mesmo tempo em que sua capa pairava no ar. Sans, se enclina um pouco para perto de mim.

— Ele acabou a escola, ano passado hehehe. - Sans cochicha no meu ouvido e sem esperar alguma resposta, voltou se para o seu lugar.

   Encho minha boca de macarrão - igual a um esquilo - no mesmo estante que Monster Kid da um pequeno grito, o que me assustou bastante.

— Você é um humano cara! - Diz ele surpreso.

   Eu estava um pouco inclinada na mesa, olho de solagio para Sans, sem entender nada e o mesmo me lança o mesmo olhar e voltamos a encarar o monstrinho amarelo.

— Sim! - Papyrus diz animado e levantando sua mão esquerda - e não exatamente, melhor dizendo, ela é um humano fêmea que o certo a se dizer é humana...

   Vou mastigando devagar, o bolo de comida que ainda estava na boca, e fiquei prestando atenção na cena - Será que vou ter que lutar com ele? - Pensei, imaginando já essa situação.

— Foi a Undyne, que me ensinou a diferenciar os humanos macho e fêmea. - Papyrus diz normalmente é logo da outra garfada no espaguete.

— Como ela te ensinou... - Quando Sans iria completar sua frase, Monster Kid passa por cima.

— ELA É NOSSA INIMIGA, TEMOS QUE CAPTURA- LÁ! - Gritou o amarelado.

   Fui com o corpo para traz com a voz alterada do mesmo, que me surpreendeu um pouco. E logo pude sentir, a palavra "inimiga" ecoar, pelo meu corpo, que me deixou muito mal.

— Nop, ela não é nossa inimiga e sim uma aliada. - Sans fecha suas órbitas casando.

— Aliada? - Papyrus, Monster Kid e eu dizemos e uníssono.

   Sans abre as órbitas em segundos e muito surpreso, provavelmente sabendo que disse algo que não era para ele dizer. O mesmo começa a olhar em volta e logo olha para o relógio e da um leve sorriso de lado.

— Olha a hora! - Sans disse mudando de assunto.

— Sans! - Papyrus falou um pouco bravo.

— Tenho que ir hehehe. - Simplesmente Sans, some da cozinha, e aparece de volta pegando seu prato e outra vez desaparecendo.

   Respiro fundo e outra vez encho minha boca de macarrão, e vou mastigando em burrada.

— Nhayyyyyyy esse Sans, ele sempre faz isso. - Papyrus cruza os braços.

— Então me explica, ela é miga ou inimiga? - Monster Kid fala meio Confuso. - O que a Undyne disse sobre isso?

— Quem é Undyne? - Digo de boca cheia.

— Você não conhece a maior guerreira da guarda-real? - Monster Kid disse com um ar de superioridade.

   Balançei a cabeça negando, e volto a mastigar devagar.

— Você conhece a guarda-real, correto? - Papyrus, me perguntou e eu acenei positivamente. - Então, Undyne é aquela minha treinadora e GRANDE AMIGA! E ainda não dissemos nada para ela.

— Ah, sim, então conheço ela, só por ouvi falar. - Acabo de comer.

— Cara, como você vai contar dela para ela? - Monster Kid, perguntou para Papyrus, enquanto estava com seus olhos fissurados em mim.

—  Undyne vai entender, ela é bem razoável. - Papyrus se levanta e vai tirando a mesa, já que todos acabamos de comer - Nhey, quando ela quer ser. - Ele cochicha um pouco no final da frase.

   Dou um sorriso preucupada com a idéia de conhecer essa Undyne, suspiro baixo e levanto para ajudar Papyrus, arrumar a cozinha. Enquanto me fazia algumas perguntas. A Primeira seria; a do por que os guardas, da guarda-real quem me capturar? E outras aleatórias como por exemplo; como essa Undyne, ensinou o Papyrus a diferenças os humanos?!

   Acabamos de limpar a cozinha e ja me despido de Papys. Vou indo até o banheiro para escovar os dentes - Acho que vou passar na biblioteca, hoje - Penso, enquanto já colocava o creme dental na escova.

    Monster Kid, estava me esperando na porta, ele iria me acompanhar até o Grillby's. Ele é um monstrinho bem divertido e inconveniente, mais ainda sim, bem legal! O mesmo disse, para mim a poucos minutos que: Não era para mim dizer os pais dele, que ele estava aqui. Achei meio confuso e logo o respondi afirmando que "nem conhecia os seus pais" e ele sorriu com minha resposta.

   Assim que termino de escovar os dentes, levanto o meu rosto e olho para o espelho e fico perplexa. Não era eu no reflexo, não, sim era eu... Mais, eu estava com os olhos vermelhos e tinha pó em meu rosto.

   O sonho! Melhor dizendo o pesadelo, era aquela criatura, ela... ela está em mim... Sem querer, deixo cair a pasta de dente no chão, e vou me afastando. No reflexo, começa a sair uma gosma preta dos meus olhos.

   Encosto na parede do banheiro, e cerro os meus dentes com medo. Até que a figura atravessava a mão direto, para fora do espelho, e logo um cheiro de carniça começa a encher o lugar.      Meu coração batia a mil, e sentia minha pele ficar gelada e logo quanto aquela criatura estava prestes a sair do espelho por completo, eu fecho meus olhos fortemente.

— FRISKKKK! - Escuto Monster Kid a me gritar.
  
   Sinto meu coração a ficar mais aliviado, enquanto volto a abrir os olhos, a criatura havia sumido e meu reflexo voltará ao normal.

   Começo a respirar mais devagar, e vou saindo do banheiro, ainda atordoada. Vou andando até Monster Kid, fitando o chão e assim que chego perto dele.

— Que tanta demora, tem certeza que você só estava escovando os dentes? - Ele diz malíciosamente, segurando um sorriso.

— É- é sim hehehe - Levanto meu olhar para ele, com um grande sorriso.

— Hi hi hi. - Monster Kid vai andando na frente. - Vamos, humaninha.

   Ainda meio tensa com o que eu vi, vou andando ao lado dele, muito agradecida por o mesmo, ter meio que me tirado do trance - Mesmo que ele não saiba - Penso enquanto, Monster Kid me dizia: um pouco sobre a líder da guarda-real, Undyne.

   Assim que chegando no Grillby's, abraço Monster Kid e logo se despedimos. Vejo de longe, ele correr para outro caminho e o mesmo cai de cara na neve.

— Otario hahahahahahaha! - Falei baixinho para mim, enquanto ria muito.

— EU OUVI! - Ele grita de longe para mim. - OTARIO É VOCÊ!

   Ele começou a rir e foi embora e eu entrei no estabelecimento, me sentindo muito melhor.

 


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Notas finais do capítulo

Tia_leoa

Oi leitores! Então, hehehe - Risos de nervosismo - Desculpa a demora. Mais! Esta aí mas um capítulo quentinho para vocês.

Fiquem com Deus



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