Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen
Manhã de 14 de abril de 1912
Mãe e filha vão até o hospital do navio procurar o Dr. Cullen. Embora Esme tenha insistido com Katherine para não fazer isso que iria apenas atrapalhar Carlisle, mas esta disse para a filha que deviam essa visita em retribuição por ele ter ido ao jantar convidado por Charles.
— Oi doutor Carlisle! – saúda Katherine ao chegar ao consultório.
Ela pensava que iria pegar o médico de surpresa por ele estar virado e não ter visto sua aproximação, mas ele sentiu seu perfume antes de vê-la.
— Oi! – ele diz erguendo a cabeça do livro que estava lendo.
— Oi Carlisle! – diz Esme.
— Oi Esme! – cumprimenta-a. – A que devo a honra da visita?
— Eu resolvi vir para agradecer pessoalmente por ter cuidado da minha filha ano passado – diz a Sra. Platt.
— Não há de que Katherine, foi um prazer.
— Sim, vejo que você realmente ama o que faz.
— Minha profissão é minha vida – ele diz orgulhoso.
— Então o Sr. não é casado doutor? Como é possível, você é tão lindo! – Katherine diz e enrubesce
— Eu sei a minha aparência, mas não quero alguém que só me ame pelo que pareço. Eu sou muito mais. Quero que me queira pelo que eu sou.
— Ah! Um dia você vai encontrar a mulher ideal para você! Você merece.
— Você também não está tão mal, parece que tem pouco mais de trinta.
— Na verdade eu tenho quase 40 – ela fica lisonjeada.
— Me desculpe o atrevimento, mas eu não vi seu marido. Ele não veio com vocês?
— Eu sou viúva. Carlos morreu há quase um ano.
— Ah, lamento muito. Eu lembro quando ele levou a filha até o hospital de Columbus.
— Eu imagino que foi realmente uma situação inusitada, Esme sempre foi uma menina espevitada!
Carlisle sorri sem nenhuma censura no rosto e olha para a futura esposa.
— Ela sabe o que quer e é determinada – diz.
— Ela é geniosa isso sim - conclui a mãe de Esme.
Mas que mal há em subir em uma árvore? O problema é cair dela, mas com certeza Esme não queria cair. Ela não fez de propósito, premeditado.
— O que aconteceu depois? – ele pede por educação para incentivá-la a continuar contando.
— A fazenda que tinha foi a falência e tivemos que vender. Tudo aconteceu depois que meu marido morreu. Ainda bem que ele já tinha arrumado o casamento da nossa filha antes.
— Ele era jovem ainda, o que provocou sua morte? – pergunta Carlisle surpreso.
— Nem tanto, mas ele sofreu um acidente de trem.
Esme sempre suspeitou que talvez o noivo tivesse algum envolvimento. Como foi só o pai dela vítima? Essa história está muito estranha.
— Oh! Deve ter sido muito traumático perder o companheiro assim de repente.
— No começo foi mesmo muito difícil, o primeiro mês foi horrível. Mas agora vou me dedicar a preparar o casamento de minha filha e cuidar dos netos quando vierem.
— Mamãe! – Esme protesta.
— O que foi Esme?
— Não quero ter filhos – não com Charles, ele não merece.
— Oh Esme, isso é o que todas as esposas tem que fazer.
— Para continuar a linhagem do marido? Não queria, mas...
Biologicamente ela pode, infelizmente. E é bem provável que um dia fique mesmo grávida do marido. Mesmo que ele não mereça ser pai. Ela merece e quer muito ser mãe, mas não quer ver os filhos sofrerem por causa do pai. Ela está condenada e de mãos atadas. Se houvesse uma forma de se tornar estéril só para não fazer uma criança sofrer ela preferiria se sacrificar para impedir uma tragédia. Isso se Charles permitisse que o bebê nascesse, pois ele é tão impaciente que não iria conseguir esperar nove meses.
— Quando será o casamento? – Carlisle pergunta para mudar de assunto.
— Logo, acho. Assim que chegarmos nos EUA meu genro vai marcar a data.
— Vocês ainda moram em Ohio?
— Não mais, nós nos mudamos com o noivo da minha filha para Nova York.
— Ah! – olha para o relógio.
— Estou atrapalhando algo? Não quero ser inconveniente.
— Não, não. Obrigado pela visita. Não há mesmo muito movimento por aqui.
— Eu agradeço por me ouvir, não quero mais tomar seu tempo, doutor – diz Katherine se levantando.
— Desculpe atrapalharmos, falei para mamãe que não deveríamos vir – excusa Esme constrangida pela atitude da mãe.
— Está tudo bem, não precisa se preocupar.
— Tchau doutor Carlisle – diz a senhora Platt.
— Tchau Katherine, até mais ver.
— Tchau Carlisle! – diz Esme.
— Tchau Esme, até logo.
As duas voltam para seu convés.
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