Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783576/chapter/7

Manhã de 14 de abril de 1912

Mãe e filha vão até o hospital do navio procurar o Dr. Cullen. Embora Esme tenha insistido com Katherine para não fazer isso que iria apenas atrapalhar Carlisle, mas esta disse para a filha que deviam essa visita em retribuição por ele ter ido ao jantar convidado por Charles.

— Oi doutor Carlisle! – saúda Katherine ao chegar ao consultório.

Ela pensava que iria pegar o médico de surpresa por ele estar virado e não  ter visto sua aproximação, mas ele sentiu seu perfume antes de vê-la.

— Oi! – ele diz erguendo a cabeça do livro que estava lendo.

— Oi Carlisle! – diz Esme.

— Oi Esme! – cumprimenta-a. – A que devo a honra da visita?

— Eu resolvi vir para agradecer pessoalmente por ter cuidado da minha filha ano passado – diz a Sra. Platt.

— Não há de que Katherine, foi um prazer.

— Sim, vejo que você realmente ama o que faz.

— Minha profissão é minha vida – ele diz orgulhoso.

— Então o Sr. não é casado doutor? Como é possível, você é tão lindo! – Katherine diz e enrubesce

— Eu sei a minha aparência, mas não quero alguém que só me ame pelo que pareço. Eu sou muito mais. Quero que me queira pelo que eu sou.

— Ah! Um dia você vai encontrar a mulher ideal para você! Você merece.

— Você também não está tão mal, parece que tem pouco mais de trinta.

— Na verdade eu tenho quase 40 – ela fica lisonjeada.

— Me desculpe o atrevimento, mas eu não vi seu marido. Ele não veio com vocês?

— Eu sou viúva. Carlos morreu há quase um ano.

— Ah, lamento muito. Eu lembro quando ele levou a filha até o hospital de Columbus.

— Eu imagino que foi realmente uma situação inusitada, Esme sempre foi uma menina espevitada!

Carlisle sorri sem nenhuma censura no rosto e olha para a futura esposa.

— Ela sabe o que quer e é determinada – diz.

— Ela é geniosa isso sim -  conclui a mãe de Esme.

Mas que mal há em subir em uma árvore? O problema é cair dela, mas com certeza Esme não queria cair. Ela não fez de propósito, premeditado.

— O que aconteceu depois? – ele pede por educação para incentivá-la a continuar contando.

— A fazenda que tinha foi a falência e tivemos que vender. Tudo aconteceu depois que meu marido morreu. Ainda bem que ele já tinha arrumado o casamento da nossa filha antes.

— Ele era jovem ainda, o que provocou sua morte? – pergunta Carlisle surpreso.

— Nem tanto, mas ele sofreu um acidente de trem.

Esme sempre suspeitou que talvez o noivo tivesse algum envolvimento. Como foi só o pai dela vítima? Essa história está muito estranha.

— Oh! Deve ter sido muito traumático perder o companheiro assim de repente.

— No começo foi mesmo muito difícil, o primeiro mês foi horrível. Mas agora vou me dedicar a preparar o casamento de minha filha e cuidar dos netos quando vierem.

— Mamãe! – Esme protesta.

— O que foi Esme?

— Não quero ter filhos – não com Charles, ele não merece.

— Oh Esme, isso é o que todas as esposas tem que fazer.

— Para continuar a linhagem do marido? Não queria, mas...

Biologicamente ela pode, infelizmente. E é bem provável que um dia fique mesmo grávida do marido. Mesmo que ele não mereça ser pai. Ela merece e quer muito ser mãe, mas não quer ver os filhos sofrerem por causa do pai. Ela está condenada e de mãos atadas. Se houvesse uma forma de se tornar estéril só para não fazer uma criança sofrer ela preferiria se sacrificar para impedir uma tragédia. Isso se Charles permitisse que o bebê nascesse, pois ele é tão impaciente que não iria conseguir esperar nove meses.

— Quando será o casamento? – Carlisle pergunta para mudar de assunto.

— Logo, acho. Assim que chegarmos nos EUA meu genro vai marcar a data.

— Vocês ainda moram em Ohio?

— Não mais, nós nos mudamos com o noivo da minha filha para Nova York.

— Ah! – olha para o relógio.

— Estou atrapalhando algo? Não quero ser inconveniente.

— Não, não. Obrigado pela visita. Não há mesmo muito movimento por aqui.

— Eu agradeço por me ouvir, não quero mais tomar seu tempo, doutor – diz Katherine se levantando.

— Desculpe atrapalharmos, falei para mamãe que não deveríamos vir – excusa Esme constrangida pela atitude da mãe.

— Está tudo bem, não precisa se preocupar.

— Tchau doutor Carlisle – diz a senhora Platt.

— Tchau Katherine, até mais ver.

— Tchau Carlisle! – diz Esme.

— Tchau Esme, até logo.

As duas voltam para seu convés.

...XXX...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Twilight in Titanic" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.